Alckmin mentiu para o povo. São Paulo vai parar por falta de água

água balde

 

 

O governador Geraldo Alckmin, com a cumplicidade da mídia vendida – os jornais das famílias Frias e Mesquita, e as revistas de papel cuchê editadas em São Paulo, a Veja e Istoé – , para se reeleger logo no primeiro turno, deu sua palavra de honra, de cavaleiro da TFP e da Opus Dei, que não faltaria água em São Paulo.

Mas a falta de água era uma tragédia anunciada. O abastecimento vinha sendo feito com o volume morto das represas. A verdade, a verdade verdadeira é que o governador mentiroso estava oferecendo lama para o povo.

A água estava prevista para faltar, oficialmente, na segunda-feira depois do domingo do primeiro turno. E a decretação do racionamento foi adiada para a segunda=feira depois do domingo de segundo turno, quando os tucanos tinham a esperança de eleger Aécio, via golpes eleitorais. Esconder a falta de água foi um deles.

 

Restaurantes fechados, uso de poços

10 cenários da iminente falta total de água em São Paulo

 

Café na Vila Madalena: fechado
Café na Vila Madalena: fechado

 

por Edson Rodrigues

 

A cada dia que passa a crise da água em São Paulo ganha contornos mais e mais dramáticos para os habitantes da região metropolitana.

Os relatos de desabastecimento se espalham e o segundo volume morto está com os dias contados.

Os índices de armazenamento dos sistemas Alto Tietê, Guarapiranga e do Alto Cotia, somados à baixa pluviometria dos meses de setembro e outubro, desenham um futuro próximo que assusta o paulistano: a seca.

Além do cenário crítico cenário, os recentes vazamentos de áudios da Presidente da Sabesp e seu diretor metropolitano sobre iminente da falta d’água só contribuem ainda mais para a insegurança do cidadão à espera do pior.

Dilma disse, numa conversa gravada, que a Sabesp não alertou os consumidores por “orientação superior”.

Diante da realidade que se anuncia sem o esperado dilúvio, o cidadão terá que se adaptar a uma nova realidade: viver sem o mínimo de água. Algumas mudanças que a cidade deverá enfrentar no próximo semestre:

1 – Atividades domésticas: lavar louça, roupas, asseio sanitário e banhos escassos já fazem parte do dia a dia em diversas regiões. A opção será o uso de descartáveis e buscar alternativas para o banho diário. Tendência de agravamento.

2 – Comércio: bares e restaurantes serão os mais afetados. Grandes centros de compras e lojas enfrentarão dificuldades para disponibilizar o uso do sanitário para consumidores. Demissões não estão descartadas.

3 – Indústria: as empresas que não disponibilizam tecnologias de reuso de água optarão pela redução de carga horária ou interrupção das atividades. Inevitável ajuste de quadros de funcionários.

4 – Ingestão: a realidade já bateu à porta. O aumento do preço da água engarrafada e de caminhões pipa para abastecimento coletivo é fato.

5 – Uso recorrente a poços e minas: rasos, artesianos ou profundos colocam em risco a saúde pública diante do conhecido histórico de contaminação do solo e das águas subterrâneas em todo o território da região metropolitana de São Paulo.

6 – Aumento de casos de doenças de veiculação hídrica: após anos de avanço na redução da mortalidade infantil, as conquistas do Plano Nacional de Saneamento estarão em risco face ao uso indiscriminado de qualquer água disponível. Crianças e idosos serão os mais atingidos.

7 – Lazer: inevitável interrupção de atividades em piscinas e clubes devido à demanda de reposição. Parques, praças públicas, cinemas, teatros restringirão o uso de banheiros.

8 – Serviços: lavagem de automóveis e lavanderias só a seco. Outros dependerão de poços profundos próprios.

9 – Educação: suspensão das aulas e interrupção do calendário de ensino.

10- Horti-fruti: inevitável aumento no preço e redução da qualidade de produtos já estão em curso.

O que se aproxima num futuro muito próximo tem protagonistas: a estiagem, a má gerência da Sabesp e a incompetência do governo Alckmin para lidar com um bem escasso e coletivo, proporcionando um cenário que costumava estar restrito à ficção.

 

 

É Veríssimo!!! [tribunal de cobertura militar sempre nega tortura]

jornalismo-de-merda

Manchetes

por Luis Fernando Verissimo

Há notícias de primeira página que nunca chegam à primeira página. Ou por falta de espaço – caso do Brasil no último mês, quando o futebol dominou as primeiras páginas de todos os jornais – ou por decisão editorial. Entre as notícias de primeira página que não viraram manchete durante a Copa está a declaração formal das forças armadas brasileiras que nada de anormal, como tortura e mortes, aconteceu em qualquer dependência militar no Brasil no período da ditadura. E pronto. Notícia paralela que também ficou nas páginas internas foi a da prescrição do caso da bomba no Riocentro, que não será mais investigado. Também: assunto encerrado. Quem insistir que houve tortura e morte nos quartéis durante a ditadura, segundo o relato de sobreviventes e averiguações criteriosas já feitas, estará chamando a instituição militar brasileira de mentirosa. Sobre a ação criminosa abortada pela explosão prematura daquela bomba no Puma jamais se saberá mais nada.

Outra notícia que merecia manchetes, mas não passou do bloqueio da Copa, foi a de que dos 32 países que participaram do campeonato, o Brasil foi o que apresentou maior queda nos índices de mortalidade de crianças de até 5 anos de idade nas últimas décadas. Maior do que ocorreu na Alemanha, na Holanda e na Argentina, para ficar só nos quatro finalistas da Copa. Os dados são da Parceria para a Saúde Materna e Recém-nascidos e Crianças, entidade coordenada pela Organização Mundial da Saúde. A divulgação destes números com o destaque merecido talvez diminuíssem os insultos à presidente, que, estes sim, sempre saem na primeira página. Ou talvez aumentassem, vá entender.


Transcrito do Ficha Corrida

Infanticidas e escravocratas contra Bolsa Família

O boato do fim do Bolsa Família nasceu de um balão de ensaio da Folha de São Paulo, que reverberou na classe média escravocrata e ameaçou as empregadas domésticas. Ouvi de uma dondoca: – “Essa gente pobre, sustentada pelo governo, não quer mais trabalhar”.

Esquecem os católicos o sermão do Papa Francisco: – “Salário indigno é escravidão”.

Que reclamem as madames: elas ajudaram a espalhar o boato infanticida.

br_atarde. bolsa família mortalidade infantil

E para Áecio o aviso: os conselhos da Folha de São Paulo derrotam qualquer candidato.

O povo não lê a Folha, cujas opiniões e notícias são espalhadas por proprietários de rádio e outros meios de comunicação do PIG.

Escreve Paulo Henrique Amorim: “O editorial da Folha – que só este ansioso blogueiro leu – critica severamente o Aécio Neves, porque deu ‘sinais de hesitação’: já que se recusou a atacar com ‘denúncia ácida’ o assistencialismo do Bolsa Família”.

E acrescenta: “O boato sobre a extinção do Bolsa Família atingiu 12 estados. Milhares de brasileiros (os mais pobres) correram às agências da Caixa com medo de não receberem o benefício.

Dizem que o boato começou na internet. Pode ser. Mas duvide-o-dó que tenha sido espalhado por ela. Aí tem rádios populares, com toda certeza, pois o povão do Bolsa Família só tem computadores, carros e aviões na mensagem distorcida da mídia corporativa.

Esse atrevimento de bolar e botar em execução um plano com esse alcance só acontece porque temos três ministérios fracos, acocorados – o da Justiça, o da Comunicação e a Secretaria de Comunicação, que enche de verba o inimigo que lhe ataca. Três bananas.

A presidenta Dilma que não se engane: esse boato plantado, e que atingiu seu objetivo de provocar pânico, é apenas balão de ensaio do que vem por aí.

Caso ela continue apoiando esses ministérios inoperantes, pode ter a desagradável surpresa de ver adiante um boato como o de que todos devem correr aos bancos porque eles vão quebrar, ou, ainda (vamos ver se assim ela se move), o de sua renúncia, um golpe etc., trazendo caos ao país, sem que nada disso tenha sido detectado pelas agências de inteligência (nas mãos do bananão da Justiça), com apoio das concessionárias de rádio, TV e teles ( nas mãos do bananão da Comunicação) e com as fartas verbas publicitárias do governo (nas mãos da bananona da Secom).

Presidenta, Lula quando chegou à presidência já havia concorrido três vezes. Além disso, percorreu o país com a Caravana da Cidadania, nasceu pobre no interior do nordeste, e virou um grande líder metalúrgico.  Sua imagem é conhecida, admirada e está na imaginação e no coração de todos. Lula fala diretamente com o povo. Você, presidenta, ainda não. Grande parte do seu prestígio ainda vem dele, por isso a mídia não se cansa de querer dissociá-los.

Portanto, cuidado. João Goulart, com uma proximidade do movimento sindical imensamente maior que a sua, foi defenestrado com um aviso falso de que havia fugido do país, divulgado pelas rádios e espalhado pelos jornais. O Congresso fez o resto, enquanto os tanques tomavam as ruas.

O boato do fim do Bolsa Família abriu a jaula. Ou a presidenta prende as feras ou pode vir a ser devorada por elas”.

Para Luiz Carlos Azenha: O “resumo do filme: hoje o Bolsa Família tem um benefício médio de R$ 237 por mês, o que dá R$ 2.844,00 por ano. Por outro lado, desde 2000, por cálculos oficiais, a família Marinho recebeu um Bolsa Família anual de R$ 488 milhões e 824 mil reais em recursos públicos federais, só através da TV. Chique, né?”
bf

“Vivimos la amenaza de una catástrofe social y sanitaria”

La mortalidad infantil de Suecia, por ejemplo, es de menos de tres muertes cada mil nacidos vivos, la de Brasil es de 15 y la de algunos países de África supera los 100, o sea, 10 por ciento de los niños no llegan a vivir.

Lo mismo pasa con la expectativa de vida, en Suecia y Japón se vive más de 80 años, en Brasil 72 y en Mozambique y Angola, menos de 50.

Son disparidades globales, nacionales y locales, entre países y dentro de estos. La conferencia reunió experiencias nacionales y locales para combatir esas desigualdades y enfrentar los determinantes sociales de la salud, como la distribución de ingresos, la escolaridad, o el acceso a bienes y a servicios públicos generales: agua, saneamiento y recolección de residuos. Son inequidades evitables y prevenibles.

La conferencia buscó identificar iniciativas, políticas, mecanismos y herramientas que los países, municipios y comunidades usan para mejorar la equidad de los resultados. La salud es resultado de la equidad social.

(…)la crisis económica global que se originó en el descalabro del capital financiero de los países centrales está profundizando las desigualdades entre países y dentro de estos, principalmente por el desempleo, que es una de las primeras causas sociales de mala salud.

Queremos hacer un llamado a la responsabilidad de gobernantes, académicos y sociedad civil. Estamos frente a una catástrofe social si no tenemos el cuidado de proteger el empleo para mantener una calidad de vida para todos. Leia mais. Entrevista de Paulo Buss