Supremo Tribunal da Islândia confirma condenações de banqueiros

Quatro executivos do banco Kaupthing condenados a penas de 4 a 5anos e meio de prisão, o veredicto mais pesado por fraude financeira na história da Islândia.

 

Um polícia de uma pequena aldeia piscatória foi o único a aceitar o cargo de procurador especial
Um polícia de uma pequena aldeia piscatória foi o único a aceitar o cargo de procurador especial

 

O Supremo Tribunal da Islândia manteve as condenações por manipulação de mercado a quatro ex-executivos do falido banco Kaupthing, numa decisão histórica que demonstra, segundo o procurador especial nomeado para o caso, que é possível punir os banqueiros fraudulentos.

Hreidar Mar Sigurdsson, ex-executivo-chefe do Kaupthing, Sigurdur Einarsson, ex-presidente, Magnus Gudmundsson, ex-CEO do Kaupthing Luxembourg e Olafur Olafsson, o segundo maior acionista do banco na época, foram condenados a penas de 4 a 5 anos e meio de prisão.

Trata-se do veredicto mais pesado por fraude financeira da história da Islândia.

A sentença considerou provado que o Kaupthing Bank financiou a maior parte da compra de 5% das suas próprias ações, no valor de mais de 170 milhões de euros, através de uma sociedade ligada a um xeque do Qatar, pouco antes do colapso da instituição.

O Supremo Tribunal manteve a sentença de um tribunal de primeira instância, proferida em dezembro de 2013, e nalguns casos aumentou mesmo as penas.

Nenhum dos condenados estava presente à leitura da sentença, dado que vivem no exterior.

O procurador especial Olafur Hauksson disse à agência Reuter que este processo “mostra que estes casos financeiros podem ser difíceis, mas podem também produzir resultados”, e que representa um sinal para outros países que nenhum indivíduo é poderoso demais para não ser processado.

Polícia de uma pequena aldeia piscatória
.
A nomeação de um procurador especial para este processo não foi fácil. Na primeira tentativa, não apareceram candidatos. Até que Hauksson, 50 anos, um polícia de uma pequena aldeia piscatória, acabou por avançar.

A tarefa teve alguns tropeções. Dois ex- executivos do banco foram ilibados, e as sentenças condenando outros foram consideradas demasiado leves. Ainda assim, os tribunais condenaram os executivos-chefe dos três maiores bancos pela responsabilidade de uma crise que revelou a existência de um clube de ricos financeiros, num país de 320 mil habitantes.

Uma decisão fundamental, tomada pelo Parlamento, foi a de levantar o segredo bancário

.
para ajudar os procuradores a investigar documentos bancários sem precisar de ordem judicial. “É perigoso o facto de existir alguém demasiado grande para ser investigado”, observou Hauksson, “Dá a sensação de que há sempre um refúgio seguro”.
.

Até agora, sete processos envolvendo banqueiros chegaram ao Supremo, que manteve as condenações de seis. Há outros cinco que ainda aguardam o veredicto do Supremo Tribunal. E há 14 processos que ainda devem avançar.

Artigo relacionado:
A Islândia põe os seus banqueiros na prisão

Ganhadores do Nobel Paul Krugman e Joseph Stiglitz, criticam autonomia do Banco Central, defendida por Marina Silva

A independência formal do Banco Central é tema de destaque no debate eleitoral. Atualmente, as ações da autoridade monetária brasileira são conduzidas com técnica e responsabilidade, mas dentro da linha do governo eleito democraticamente pelo povo. Existem programas de candidatos à Presidência da República que defendem a independência formal ou legal do BC, o que significa total liberdade frente às políticas governamentais.

Recentemente, economistas renomados, como os ganhadores do Prêmio Nobel Paul Krugman e Joseph Stiglitz, manifestaram suas críticas à independência dos bancos centrais. Para eles, ambos norte-americanos, o maior culpado pela crise econômica mundial, cujo epicentro foram os EUA em 2008, foi a excessiva liberdade dada pelo Federal Reserv (FED) – o BC norte-americano – ao mercado financeiro e sua ganância sem freios.

BNDES dinheiro banco

Em palestra na sede do Banco Central da Índia, Stiglitz destacou que um dos princípios centrais defendidos pelos banqueiros do Centro-Oeste (Europa e Estados Unidos) é esse desejo de independência do BC. E acrescentou: “Na melhor das hipóteses, essa posição é questionável. Na crise, os países com bancos centrais menos independentes como China, Índia e Brasil fizeram muito, mas muito melhor mesmo do que os países com bancos centrais mais independentes, caso da Europa e dos Estados Unidos”.

“A questão é quem vai estar lá e qual política ele vai praticar”, disse Stiglitz, para quem um presidente de BC escolhido pelo mercado tende a atender aos interesses desse mercado, ainda que isso prejudique a maioria da população. Ele deu como exemplo a atitude do presidente do FED de Nova York, William Dudley, pouco antes da eclosão da crise: “Ele executou um modelo de má governança em razão de seu conflito de interesses: salvou os mesmos bancos que ele deveria regular – os mesmos bancos que lhe permitiram ganhar a sua posição de mando”, afirmou Stiglitz.

crise_judici_rio

O Banco Central decide sobre taxas de juros e câmbio, estabelece e executa metas de inflação e pode baixar normas para regular o mercado. “Não se pode dar um poder desse ao mercado, que age conforme sua ganância, sem se preocupar com a população e o futuro do país”, critica a secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria da Silva.

Patetada – Em entrevista ao Brasil Econômico, a conceituada economista brasileira Maria da Conceição Tavares foi incisiva: “BC independente é uma patetada”. Disse ainda que autonomia não existe porque, se tem liberdade em relação ao Executivo, está ligado às decisões do mercado. “Independente quer dizer o que? Independente do governo? Do mercado?”, questionou.

 

 

 

Autonomia do Banco Central “é acreditar no ‘deus’ mercado como o grande organizador da sociedade”

indignados-rico-banqueiro-corrupto

 

Os papéis do Banco Central e dos bancos públicos têm ocupado lugar de destaque no debate eleitoral, com candidatos à Presidência da República defendendo a independência da autoridade monetária no país e a diminuição da importância das instituições financeiras estatais, como BB, Caixa e BNDES.

Para o presidente da CUT, o bancário Vagner Freitas, tornar o BC independente seria o mesmo que “delegar à raposa o controle sobre o galinheiro”. Ou seja, entregar o BC aos banqueiros privados, justamente os que devem ser controlados pela instituição. “É acreditar no ‘deus’ mercado como o grande organizador da sociedade. Mas estamos falando do mesmo mercado desagregador, incapaz de uma autorregulação mínima, como mostraram as crises econômicas de 1929 e 2008. Eles tiveram liberdade e a usaram para provocar o caos econômico que se alastrou, derrubou mercados e a economia de dezenas de países. Milhares de empresas quebraram e milhões de pessoas ficaram desempregadas na Europa e nos Estados Unidos”, lembra.

Nobel – Prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz também alertou para os perigos da medida: “Na melhor das hipóteses, essa posição é questionável. Na crise, os países com bancos centrais menos independentes como China, Índia e Brasil fizeram muito, mas muito melhor mesmo do que os países com bancos centrais mais independentes, caso da Europa e dos Estados Unidos”, disse em palestra recente na sede do BC da Ìndia.

Bancos públicos – A diminuição do papel dos bancos públicos, defendida por alguns candidatos, é outra preocupação dos movimentos sindical e social. Instituições como Banco do Brasil, Caixa e BNDES tiveram papel importante na evolução da economia brasileira nos últimos anos, principalmente após a crise de 2008: quando os privados retraíram o crédito, foram as instituições estatais que passaram a sustentar sua oferta.

Estudo do Dieese mostra que a participação relativa dos públicos no saldo total das operações de crédito da economia saltou de 36%, em janeiro de 2008, para 51% em dezembro de 2013, enquanto que os privados nacionais reduziram a oferta de 43% para 33% e os estrangeiros de 21% para 16%, no mesmo período.

“Essa atuação foi fundamental para o crescimento na última década. Não se avançaria como nos últimos dez anos sem o crédito disponibilizado pelos bancos públicos”, defende o economista da Unicamp, André Biancarelli. “Haveria crédito de longo prazo no país sem a atuação do BNDES, por exemplo? São questões a se pensar seriamente, até porque apontam para mudanças radicais que, uma vez postas em prática, não serão revertidas com facilidade”, alerta.

Públicos é que garantem ampliação do crédito

banco pobre

por Andréa Ponte Souza
É importante desconfiar de fórmulas que já se mostraram equivocadas, como pregar diminuição do papel de instituições como BB, Caixa e BNDES
São Paulo – Os bancos públicos tiveram papel fundamental na evolução da economia brasileira nos últimos anos, inclusive após a crise mundial. Estudo do Dieese mostra que enquanto as instituições privadas, após 2008, retraíram sua participação no crédito, as estatais passaram a sustentar sua oferta: a participação relativa dos públicos no saldo total das operações de crédito da economia saltou de 36%, em janeiro de 2008, para 51% em dezembro de 2013, enquanto que os privados nacionais reduziram a oferta de 43% para 33% e os estrangeiros de 21% para 16%, no mesmo período.

Os dados servem de reflexão às vésperas da eleição presidencial, quando candidatos defendem a redução do papel dos bancos públicos na economia, com o argumento de que a oferta de crédito pela Caixa, BB e BNDES inibem a atuação dos privados.

“O Sindicato sempre defendeu a importância das instituições financeiras públicas”, lembra a secretária-geral da entidade, Ivone Maria da Silva. Ela destaca a luta histórica dos bancários contra as privatizações promovidas na década de 1990, como a do Banespa. “Nossa atuação sempre se pautou pelo combate a políticas que pregam menor participação do Estado seja na economia, seja em serviços públicos. E esse é um momento importante para o país, em que candidatos defendem projetos que vão em direções opostas. É preciso cautela.”

Crescimento – O economista André Biancarelli, da Unicamp, lembra que foram as intervenções do Estado na economia que permitiram que o país avançasse entre 2009 e 2010, em plena crise mundial. “Foi fundamental para o crescimento na última década. Não se avançaria como nos últimos dez anos sem o crédito disponibilizado pelos bancos públicos.”

E acrescenta: “O Brasil tem um sistema de financiamento público muito importante, que resistiu ao projeto neoliberal da década de 1990”. Mas novos projetos defendem a diminuição dos bancos públicos, sob o argumento de que têm de perder espaço para que os privados possam atuar. “Haveria crédito de longo prazo no país sem a atuação do BNDES? Ou o que teríamos seria financiamento externo e endividamento? São questões a se pensar seriamente, até porque apontam para mudanças radicais que, uma vez postas em prática, não serão revertidas com facilidade.”

 

Propaganda espanhola
Propaganda espanhola

Todo poder aos banqueiros

piramide povo elite banqueiros

 

Defender a autonomia do Banco Central é assinar o programa econômico entreguista de Marina Silva, escrito por Neca Setubal, herdeira do Itaú, e uma equipe de banqueiros, ex-empregados de bancos nacionais e internacionais e economistas que atuaram nos governos Collor e Fernando Henrique.

Maria Lara Collor economia

Itaú Marina juros

satanizar neca marina

Itaú

rede-itau-marina-o-banco-do-edir-macedo

PGR quer proibir críticas de Dilma ao BC independente de Marina

por Luis Nassif

Em geral regrado, o Procurador Geral da República Rodrigo Janot avançou além das chinelas ao deduzir que a crítica à proposta de Marina Silva, de Banco Central independente, configuraria alguma forma de terrorismo.

A independência do BC é uma discussão mundial, diretamente ligada à questão da apropriação da política econômica pelo mercado – que está na raiz da grande crise de 2008. A questão da apropriação das agências reguladoras pelo mercado é tema recorrente na literatura econômica mundial.

A campanha de Marina poderá alegar que, com Lula, o mercado tomou conta do BC. E, com Dilma, nenhum dos dogmas de mercado foi arranhado. Há amplo espaço para críticas recíprocas que ajudem a trazer mais luz sobre um dos temas centrais da discussão política e econômia mundiais.

Impedir a discussão sobre independência de BC mata uma oportunidade única de dar visibilidade ao tema.

catastroika troika FMI bancos indignados

banco povo indignados

Janot defende suspensão de propagandas com críticas a Marina

Por Ricardo Brito

Foco do procurador-geral Eleitoral são inserções com ataques à proposta de autonomia do Banco Central defendida pela candidata do PSB

O procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, defendeu a suspensão das propagandas veiculadas pela campanha da presidente Dilma Rousseff que criticam a proposta da adversária Marina Silva de conceder autonomia operacional ao Banco Central (BC). Em parecer encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira, Janot considerou as peças irregulares ao reconhecer que eles pretendem criar “artificialmente na opinião pública estados mentais, emocionais ou passionais”. Tal conduta é proibida pelo Código Eleitoral. A manifestação de Janot pode ser acatada pelo TSE no julgamento do mérito das três ações da campanha de Marina que questionaram a propaganda. O caso deve ser analisado nos próximos dias.

Dilma banco neca banqueiro

 Roque Sponholz
Roque Sponholz

Os advogados da candidata do PSB recorreram na semana passada ao tribunal contra a campanha sob a alegação de que a chapa de Dilma pratica “verdadeiro estelionato eleitoral” ao distorcer a proposta da adversária, uma vez que induz à percepção de que os bancos seriam os responsáveis pela condução da política de controle de juros e de inflação. Os advogados da candidata do PSB sustentam que a propaganda cria uma “cenário de horror” com a implantação da autonomia do BC ao chegar ao “absurdo terrorismo” de que a medida esvaziaria os poderes do presidente da República e do Congresso.

Sinfronio
Sinfronio

A propaganda, que foi ao ar nos dias 9, 11 e 12 de setembro e também em inserções durante o dia, mostra uma família sentada ao redor de uma mesa de refeição e mostra a comida sendo retirada aos poucos dos comensais à medida que um narrador fala das supostas consequências da autonomia do BC. Na semana passada, o TSE negou três pedidos de liminares apresentados pela defesa de Marina para suspender a propaganda. Contudo, Rodrigo Janot é a favor que o tribunal impeça a veiculação da campanha no julgamento do mérito.

“A cena criada na propaganda impugnada é forte e controvertida, ao promover, de forma dramática, elo entre a proposta de autonomia ao Banco Central e quadro aparente de grande recessão, com graves perdas econômicas para as famílias”, afirmam os pareceres de Janot. Para ele, é inquestionável que a crítica meramente política é inerente à campanha eleitoral e constitui típico discurso de embate. “Seus limites, entretanto, não podem ser ultrapassados, a ponto de criar um cenário ad terrorem ou tendencioso, apto a gerar estados emocionais desapegados de experiência real”, completaram.

Rodrigo Janot, que também é procurador-geral da República, manifestou-se contrariamente a outro pedido da chapa de Marina: conceder direitos de resposta à candidata do PSB no horário eleitoral reservado à campanha de Dilma. Para Janot, as peças não prejudicaram a candidatura de Marina. Ele disse que “a afirmação, ainda que controvertida, se insere no contexto de opinião pessoal acerca de um plano de governo” e que a visão de que a autonomia do BC signifique a entrega aos banqueiros de um grande poder de decisão sobre a vida das pessoas “não constitui inverdade flagrante, apta a ensejar direito de resposta”.

 

banco fmi capitalismo

 Tjeerd
Tjeerd
  Papa Nayer
Papa Nayer

FMI

ensino FMI

 

crise futuro indignados

crise povo futuro indignados

O jeitinho novo de fazer política: Marina, Eduardo Campos e a ditadura dos banqueiros

banco rico pobre

 

A ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ambos do PSB, atuam em frentes paralelas para angariar o apoio de empresários e banqueiros à aliança que constituíram para disputar a eleições presidenciais do próximo ano.

Na terça-feira, enquanto Marina tomava café da manhã no Itaú BBA, em São Paulo, Campos conversava a pouco mais de 5 km dali com cerca de 15 banqueiros na sede da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), que reúne instituições de médio porte.

Na reunião de cerca de duas horas, Campos se apresentou aos presidentes de bancos médios ao lado do ex-deputado federal Maurício Rands e do deputado federal Márcio França, ambos do PSB.

Após a apresentação, os banqueiros fizeram perguntas sobre temas como autonomia do Banco Central e Reforma tributária.

Quem estava na plateia relata que Campos não se apresentou como candidato, apesar de adotar uma postura que foi interpretada como tal pelos presentes.

Essa foi a primeira vez que a ABBC conseguiu que um candidato à Presidência aceitasse um convite para um bate-papo.

No Itaú BBA, Marina falou a cerca de 130 executivos. Os anfitriões foram o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal e o presidente do Itaú BBA, Candido Bracher. Na plateia, havia empresários como Daniel Feffer (Suzano) e Rubens Ometto (Cosan).

Segundo relatos de participantes, a ex-senadora disse que, sem poder registrar a Rede, entrou no PSB por afinidade com o programa da legenda.

No mês passado, Marina fez palestra no Credit Suisse. Na ocasião, criticou a política econômica atual e defendeu o tripé  do tucano  Fernando Henrique Cardoso formado por metas de  política fiscal austera.

A “REPÚBLICA DOS BANQUEIROS” COMEMORA PUBLICAMENTE OS 50 ANOS DO GOLPE 1 DE ABRIL DE 64

por DANIEL MAZOLA 
banco poupança

 As instituições financeiras foram as que mais colaboraram com a ditadura e se beneficiaram do golpe. Lucraram mais que tudo e todos! Não foi apenas um golpe militar, e sim um golpe militar-empresarial-civil apoiado pelos EUA, tendo a CIA como colaboradora.

O banco Itaú comemorou publicamente o aniversário do golpe, e vem sendo muito criticado nas redes sociais, por uma agenda da instituição distribuída aos seus correntistas. O referido material de divulgação traz no dia 31 de março, o dia oficial do golpe militar brasileiro, a data comemorativa “aniversário da revolução de 1964”. O fato causou indignação em vítimas da ditadura, correntistas e não correntistas, e internautas que repercutiram o fato.

1 abril
Em 1965, o Itaú ocupava a 150ª posição no ranking dos bancos brasileiros, quando estes ainda eram em menor número. Dez anos depois do golpe, já era o 2° colocado. Tornando-se o maior banco privado do país. Em 2013, o Itaú contabilizou um lucro líquido de R$ 15,7 bilhões. O maior da história dos bancos brasileiros.

Após muitas críticas e reclamações o Itaú Unibanco se defendeu, em nota, alegando ser “apartidário”: “O Itaú Unibanco informa que a agenda distribuída aos clientes conta com informações sobre datas relevantes ao longo do ano. O banco é apartidário e, em hipótese alguma, pretende defender uma posição política no conteúdo entregue aos correntistas”.

No Twitter, críticas, piadas e gozações: “Se o Itaú acha que houve revolução em 64, ele pode estar enganado sobre muitas outras coisas, como meu saldo, por exemplo”, escreveu um correntista. Mestre Helio Fernandes, você está coberto de razão: “NEM Deus muda a República dos banqueiros”. Só o povo!

Vandalismo. Protestos não explodem os caixas eletrônicos que a imprensa esconde

Qual maior vandalismo: quebrar as vidraças dos bancos ou roubar os caixas eletrônicos?

Na campanha contra as marchas de protestos sociais e passeatas de grevistas – notadamente os professores e os estudantes -, a imprensa conservadora destaca:

br_extra.protesto

br_folha_spaulo.protesto
br_oglobo. protesto

A polícia e o povo sabem, antecipadamente, o roteiro de cada passeata, de cada marcha, portanto, os lugares preferidos dos vândalos são conhecidos, o que não é o caso do dia e hora e local de cada assalto a caixa eletrônico.

Os roubos a bancos cresceram 20% no primeiro semestre deste ano no Estado de São Paulo, em comparação com os seis primeiros meses de 2012, de acordo com estatística da Secretaria da Segurança Pública. De janeiro ao final de junho foram registrados 119 casos, 20 a mais do que no primeiro semestre do ano passado. Os dados mostram que esse tipo de crime cresceu muito nos últimos meses. Foram 18 casos em abril, 22 em maio e 30 em junho deste ano. A maioria dos roubos ocorreu após a explosão de caixas eletrônicos – nova modalidade de crime contra o sistema bancário adotada pelas quadrilhas.

Os governos estaduais e bancos costumam esconder as explosões de caixas eletrônicos. Não existem estatísticas nacionais, e as informações são parciais.

Os bancos não perdem nenhum tostão, que os seguros pagam tudo e muito mais. Ou melhor, o povo é quem paga, com o encarecimento das taxas de serviços.

BRA^SP_AC caixas eletronicos

Robin de los Bancos se queda sin abogado por causas “extrañas”

Robin Hood

Cuarto Poder

A veces el bosque de Sherwood no es un lugar seguro. Enric Duránel Robin Hood de los bancos, acaba de repudiar a su abogado a cinco días de que se le juzgue. Durán robó –el verbo es suyo– 492.000 euros a 39 bancos solicitando créditos. Y desde el primer instante reconoció que no los pensaba devolver. De hecho, ya no los tiene. Se los donó a movimientos sociales alternativos. Robin de los Bancos tiene claro su credo: “Se ha demostrado que los bancos nos roban y condenan a la miseria a millones de personas, que la especulación y la avaricia dominan la sociedad, que el consumismo guía las vidas de la mayoría y todo gracias a la banca”. La banca española ha recibido 41.000 millones de euros en ayudas que pagarán los españoles. Lo “robado” por Enric Durán supone un 0,0012 por ciento de esta cantidad. Le piden ocho años de cárcel.

Enric Durán será juzgado este día 12 y ya no tiene abogado. Lo repudió ayer. Su defensor le comunicó la fecha del juicio solo hace tres semanas. Algo falla. Las notificaciones judiciales jamás dejan un margen menor a los tres meses. Durán elude decir que su abogado pueda haber actuado de mala fe. De hecho, prefiere salvaguardar la identidad del letrado para no manchar su honorabilidad. “Es extraño”, permite transcribir al periodista. “Es extraño”.

“Ninguna persona puede preparar su juicio sin tener la información de las diligencias previas. Esto no ha ocurrido. Esta indefensión ha llevado a Durán a revocar la confianza al abogado y pedir la suspensión del juicio. Esta mañana [por ayer] se han trasladado ambas peticiones a la Audiencia Provincial de Barcelona”, señala Durán en su escrito en tercera persona.

Ahora Durán tiene un problema. Él pretendía que el juicio se convirtiera en una causa social contra los abusos de los bancos. Y no tiene tiempo para organizar eso. Quería exponerse a la justicia y enfrentarse a la posible pena con un apoyo social tan grande como el institucional que ampara a banqueros como Rodrigo Rato. “Mientras la legitimidad de diversas instituciones del estado y de la banca es cada vez más cercana a cero, mientras cientos de cargos políticos y bancarios van saliendo airosos de sus imputaciones penales, la fiscalía y 14 entidades bancarias continúan adelante con una petición de 8 años de prisión para Enric Duran”, escribió ayer en un correo electrónico destinado a los medios.

Y continúa: “Este activista participa en la construcción de otra forma de vivir y quiere explicarla. La convocatoria de este juicio es una oportunidad para hacer visible la contraposición entre las instituciones corrompidas que están perdiendo sentido y las otras sociedades que la dignidad de los de abajo están haciendo realidad. Con esta voluntad divulgativa, hoy Enric ha puesto en marcha su nuevo bloghttp://www.enricduran.cat, donde explica con detalle el proceso que le llevó a la acción de expropiación bancaria y el movimiento de construcción, ahora con más fuerza que nunca, de otra sociedad. El derecho a la defensa motiva legalmente el aplazamiento del juicio y el derecho a la información de la ciudadanía es una motivación política de fondo”.

¿Y dónde está el medio millón de euros “rescatado” de los bancos? Ya en su momento, Enric Durán señaló que esta “acción individual de insumisión a la banca” se destinaría a “denunciar el sistema bancario e iniciativas que alerten de la crisis sistemática”.

Una de estas iniciativas que recibió el dinero prestado tan generosamente por los bancos a Robin es la Cooperativa Integral Catalana: “Es un modelo económico alternativo basado en la utilización de una moneda social de carácter físico y virtual –utilizan a tal fin una página web surafricana denominada CES para la gestión de cuentas de sus asociados al modo de una red de trueque o banco de tiempo- una estructura legal en forma de cooperativa y un mercado interno de productores y consumidores que utilizan moneda social para efectuar intercambios de productos y servicios”.

El día 12 habrá juicio. Salvo milagro.

RELACIÓ D’ENTITATS FINANCERES QUE HAN PRESENTAT DENÚNCIA PENAL CONTRA ENRIC DURAN:

Bancaja
La Caixa
Bankpime
Caixa Sabadell
Cetelem
Cofidis
CAM
Finconsum
Cajamadrid
Caixa Galicia
Barclays
Citifin
Banco sygma
General electric bank
El Corte Inglés
Santander Consumer EFC

 

Los muertos de la tele

por José A. López Camarillas

Pese a ser la primera causa de muerte violenta en España, no es habitual encontrar noticias relacionadas con suicidios. Y es que, salvo en casos puntuales, los medios de comunicación evitan este tipo de informaciones para prevenir un posible “efecto contagio”.

Sin embargo, de la mano del problema de los desahucios, estos sucesos han pasado del más profundo de los silencios al primer puesto de la actualidad española. ¿Irresponsabilidad, presión al gobierno o casualidad?

Nadie da puntadas sin hilo. No es ningún secreto que los grandes grupos de comunicación marcan la agenda mediática del país de acuerdo a los intereses de sus propietarios: los poderes económicos. Al fin y al cabo, son empresas que buscan beneficios más allá de los monetarios. De ahí que algunas de ellas asuman pérdidas sin problema.

Entonces, ¿qué ganan estos capitalistas desestabilizando un gobierno que les beneficia y poniendo a la banca en el punto de mira de la ciudadanía? Recordemos que son los bancos los principales accionistas de los grupos mediáticos.

La respuesta es simple: mantener el statu quo. Suena paradójico, ¿verdad? Las calles comienzan a ser una olla a presión. Se desborda el problema de la vivienda, que entronca con numerosas particularidades de la crisis del capitalismo en el estado español, y comienza a inundarse de realidad el feliz escenario de papel cartón que nos habían colocado delante.

Esa fuerza la ha sabido canalizar muy bien la Plataforma de Afectados por las Hipotecas. Es tan justa su causa y tan evidente la problemática, que los lobbies de poder y sus voceros no han encontrado de momento la forma de criminalizarla. Esto ha permitido que gran parte de la clase trabajadora se haya volcado con ella sin reparos ni prejuicios.

Es decir, se ha fraguado un poder popular combativo (alejado de las moralinas cristianas de poner la otra mejilla), muy activo, con amplio respaldo de la sociedad y que cosecha victorias por día. Algo muy peligroso para la clase propietaria si no consigue frenarlo a tiempo. Y más cuando la PAH señala claramente quiénes son los enemigos contra los que combate.

Por esa razón, los poderes económicos quieren que el conflicto se suavice desde arriba bajo su tutela. Pretenden bajar la presión y desmovilizar el poder popular con un mal menor para sus intereses y unas reformas con letra pequeña.

No es casual que los suicidios lleguen ahora a los medios de comunicación ni causal que días después se reúnan PP y PSOE para buscar una solución. Después de las movilizaciones de la PAH, una capitulación del gobierno, por pequeña que fuera, sería reconocer que la lucha obrera da sus frutos y devolver la fuerza a un pueblo dócil por desesperanzado.

Necesitaban una excusa para intervenir “de oficio” sin legitimar la solidaridad y el combate de los trabajadores. Una excusa que ellos mismos han creado con su industria propagandística. ¿Acaso no había hasta hace unas semanas gente que se quitaba la vida por la presión de este sistema genocida?

No nos engañemos. Estamos asistiendo a un macabro teatrillo, con muertos de por medio, para tratar de perpetuar un sistema que se les va de las manos. La intención es eliminar a la organización independiente, poderosa porque se mueve por convicción en vez de por dinero, y rescatar a un PSOE en caída libre para que pueda seguir actuando como oposición de paja y mantener la estructura del estado capitalista.Pero ya no cuela. Cada vez hay menos personas que creen en las marionetas. Somos el pueblo trabajador y lo queremos todo. Ya no nos conformamos con las migajas de los burgueses. El camino, marcado hace décadas, vuelve a estar despejado. Organización y lucha de clases. Juntos, sí se puede. (La República. Es)

La huelga, la monarquía, los suicidas y un juez aristotélico

por Juan Carlos Monedero

Kalvellido
Kalvellido

Al rey le produce cansancio hablar de España, donde todo se ve muy mal y le aburre. También la aburre a Ana Botella, la devenida alcaldesa de Madrid, que se le mueran las adolescentes en las fiestas, y por eso se va a un hotel de lujo en Portugal a que se le pase el susto de niñas aplastadas. Como le aburrieron a su marido los muertos del atentado de Atocha. Les aburre España de hastío, patatas y ropa vieja, y no esa otra de fiesta, polos, yates, noche, rumba, coca, puros y guardaespaldas. Por eso el rey, sensible, viaja y mira en la distancia, que los pobres, en la distancia, son más llevaderos. A los intelectuales, incluso, los pobres les valen como objeto de estudio y también como objetivo de sus cámaras reflex de zoom arbitrario. En blanco y negro y virtuales, los pobres son hasta estéticos.

Le hastía al rey esta España que llora y emigra. Dice el Congreso nacional de Psiquiatría que el 32% de los suicidios se basan en problemas económicos. El otro 25,8%, sostienen, tiene que ver con el desamor y los problemas de pareja. Y otro 11,2% con los conflictos familiares. Como si no poder pagar la hipoteca o el alquiler, faltar para la comida y el colegio de los niños, no tener para unas vacaciones ni para salir a cenar, estar en la noche de un cine o esconder la prisa en un teatro no tiene que ver con la economía; vaya, como que lograr un poco de espacio para no pisarse todo el día, no tiene que ver con el desenlace del desamor y con los problemas de pareja. Ni tampoco con esa familia a la fuerza reunida que nunca puede reinventarse porque hay que quedarse a la fuerza en casa, donde tienen que convivir tres generaciones que, dice el FMI, duran mucho, y en un momento en donde la televisión lleva cuatro décadas diciendo que si no vives tu propia vida es que eres un fracasado y que tú y la chispa de la vida, pues nada de nada.

Es decir, que si nos ponemos a enlazar causalidades, como hacen los científicos sociales, nos va a salir que, al menos, uno de cada dos que se suicidan, los están en verdad matando. Que te pones a tirar del hilo y resulta que están siendo asesinados por los banqueros y por los presidentes de las cajas de ahorro que vaciaron sus arcas, incluidos los obispos; asesinados por los partidos que aprueban reformas constitucionales que dan prioridad al pago de la deuda aunque luego digan que sienten el dolor de las que saltan por la ventana; ejecutados por la portavoz del Gobierno que celebra las medidas de ajuste y alienta más recortes mientras visita a su Santidad en el Vaticano vestida con el burka nacional; reventados por una bomba indirecta puesta en los bajos de su vida por el presidente Rajoy al que cada día se le suicidan 9 españoles y sin embargo se marcha a Nueva York a fumarse un puro (¡Ay esos tiempos en que un Presidente de la República dimitió por no querer firmar una pena de muerte! Una sola). Rematados por los que desde la oposición no hacen lo suficiente para enfrentar esta situación sintiéndola como si les estuvieran matando a sus propios hijos porque un político demócrata debiera defender a los humildes como si fueran sus hijos.

La Constitución también defiende el derecho a una vivienda digna y dice que toda la riqueza está sometida al interés general. Lo dice el artículo 128.1. “Toda la riqueza del país en sus distintas formas y sea cual fuere su titularidad está subordinada al interés general”. A veces la Constitución está bien escrita. Clarito como el agua. ¿Nadie va a reclamar esa parte? Parece que las partes buenas de la Constitución son las que más sobran.

Entonces vino un juez que era aristotélico y empezó a hacer silogismos: Amaia Pueblo ha saltado por la ventana porque le iban a embargar el piso; Amaia Pueblo se ha matado al saltar por la ventana y chocar contra el asfalto. Los que le iban a embargar el piso son lo que han lanzado a Amaia Pueblo al vacío robándole la vida. Pedro Tierra se ha quitado de en medio por no recibir ayuda pública del Gobierno. El jefe del Estado ha dicho que el Gobierno está gestionando muy bien la crisis y que está haciendo muy bien al recortar el gasto social. Luego el jefe del Estado y el Gobierno han quitado de en medio a Pedro Tierra. Juan España se ha ahorcado porque le iban a echar de su casa. Los medios de comunicación y sesudos economistas dicen que la política social es la adecuada. Ergo los medios de comunicación y los sesudos economistas fueron los que ataron a la viga la soga que quitó la vida a Juan España. José Pobre se suicidó por no poder seguir adelante por culpa de las deudas. En su bolsillo una carta denegándole un crédito. El dinero para los créditos está en los paraísos fiscales. A José Pobre lo han asesinado los que tiene el dinero en paraísos fiscales. Al final, el juez aristotélico escribió en su libreta: “Antonia Ciudadana se ha quitado la vida porque los poderosos le han cerrado todos los caminos. El de la educación, el de la sanidad, el del trabajo, el del centro de acogida, el de la dependencia, el del agua, el de la comida, el de la vivienda, el de la esperanza. Los jueces están para defender a las víctimas. Los jueces tienen que actuar de oficio y detener a los poderosos por asesinar a Antonia Ciudadana. De lo contrario, -se dijo el juez filósofo-, nos convertiremos nosotros mismos en asesinos”. Recordó un artículo del Código Penal. El 143.1: “El que induzca al suicidio de otro será castigado con la pena de prisión de cuatro a ocho años”. Leer más

Quem deve ficar mais tempo preso: o banqueiro ou o jornalista?

A Polícia Federal prendeu, na tarde desta segunda-feira, o banqueiro Luis Octavio Índio da Costa, presidente do banco Cruzeiro do Sul, como antecipou o site de VEJA.  O banco sofreu intervenção do Banco Central em junho deste ano, após a autoridade monetária ter identificado um rombo de 1,5 bilhão de reais na instituição.  De acordo com a PF, Índio da Costa foi detido em um condomínio na cidade de Cotia, Grande São Paulo. Ele está na sede da instituição em São Paulo, no bairro da Lapa.

O pobre jornalista Ricardo Antunes, acusado pelo banqueiro Antônio Lavareda, está preso desde o dia 5, antevéspera das eleições. Apesar de ter direito a prisão especial, continua jogado em um cárcere de segurança máxima, incomunicável. Sua detenção aconteceu em local ignorado. Sem cobertura da imprensa. Até agora é desconhecido o nome do seu advogado, e qualquer versão que não seja de fonte policial.

Segundo investigações da polícia, as fraudes verificadas nos livros do banco eram similares às que foram praticadas no banco PanAmericano.

 Devido aos problemas encontrados pelo BC, o patrimônio líquido do Cruzeiro do Sul ficou negativo em ao menos 2,23 bilhões de reais. Mas, assim como ocorreu com o banco fundado por Silvio Santos, o rombo pode ser maior do que o que foi divulgado até o momento, ultrapassando 4 bilhões de reais. Teria sido esse, inclusive, o motivo de o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) não ter encontrado compradores para o banco em meados de setembro. Com isso, o Banco Central decidiu liquidar a instituição.

A PF (Polícia Federal) cumpriu mandado de prisão domiciliar contra Luis Felipe Indio da Costa, pai de Luis Octavio Indio da Costa, em sua residência na cidade do Rio de Janeiro na manhã de hoje.

Advogado diz que não entende motivo de prisão preventiva, pois entregou passaporte de banqueiro

Com rombo contábil de R$ 3,1 bi, instituição foi liquidada pelo BC em setembro, por falta de comprador.

A polícia do governador Eduardo Campos informa que Ricardo Antunes foi preso por tentar vender uma notícia por um milhão de dólares.

Dessa gente toda, ora citada, quem vai ser o único que ficará mofando nos porões carcerários?