A corrupção seja investigada no executivo, no legislativo e no judiciário

Faixa da passeata deste 15 de março
Faixa da passeata deste 15 de março

 

O povo pediu nas ruas o fim da corrupção.

Que ela seja investigada já! no executivo, no judiciário e no legislativo.

Que o “Abre-te, Sésamo” aconteça em todas as cavernas das prefeituras, das câmaras municipais, dos governos estaduais, das assembléias legislativas, dos tribunais, do governo da União, do Congresso Nacional.

Que todas as cavernas sejam aclaradas. Nas reitorias, nos cartórios, nas estatais, nos quartéis, no fisco, nos serviços terceirizados, nos leilões da justiça, nas quermesses do executivo, nas Anas, nos pedágios…

Que sejam analisadas todas as outorgas, notadamente de fontes de água, de entrega de ilhas marítimas e oceânicas; todas as concessões para explorar os minérios do Brasil, a começar pelo ouro, pelo nióbio, pelos diamantes, pelos meios de comunicação de massa; todos os precatórios assinados pelos desembargadores, e pagos por prefeitos e governadores; todas as isenções fiscais que beneficiam as castas, as elites protegidas pelo sigilo (fiscal e bancário); todas as anistias concedidas pela justiça secreta do foro especial.

Que seja fiscalizado todo o dinheiro arrancado do povo, via impostos diretos e indiretos, para autarquias, planos de saúde, serviços de informações estratégicas, pesquisas de opinião pública, fundações, ONGs, hospitais, igrejas, maçonaria, partidos políticos, promotores culturais, proxenetas e pedófilos dos esportes amadores, escolas e hospitais particulares…

Que sejam exterminados o tráfico de dinheiro, de minérios, de órgãos humanos, de prostitutas infantis; o mercado negro de venda de sentenças judiciais, do dólar paralelo; o contrabando de medicamentos, de madeira nobre; as máfias dos fiscais, dos alvarás, das obras e serviços fantasmas e dos agiotas das campanhas eleitorais…

 

Que prometem o judiciário e o legislativo? Apenas o governo da União anuncia o combate do bem contra as almas sebosas

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A presidente Dilma Rousseff esteve reunida com nove ministros e o vice, Michel Temer, no Palácio do Planalto. Após o encontro, os ministros da Justiça, Jose Eduardo Cardozo, e de Minas e Energia, Eduardo Braga, fizeram um pronunciamento a respeito das manifestações do último fim de semana e reafirmaram que o governo está ouvindo as manifestações e aberto ao diálogo. Cardozo reconheceu que o país precisa passar por uma mudança, pois, só assim, conseguirá superar os desafios. Além disso, os ministros disseram que não vão retirar os programas sociais.

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Não vão retirar os programas sociais

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Durante o pronunciamento do ministro da Justiça, Jose Eduardo Cardozo, a palavra “humildade” foi usada para dizer que o governo reconhece que é preciso mudar, e que para chegar a essa mudança é preciso à união de todos os que estão no poder, seja da base aliada ou da oposição.

“Reitero que até o final da semana, a presidente da República, assim como anunciou no seu programa de reeleição, irá lançar um projeto para auxiliar as empresas a implementar um mecanismo que ajude a coibir e investigar a corrupção. É preciso ter humildade para reconhecer que o momento é delicado e que é necessário uma mudança. O governo está aberto ao diálogo com todos, oposicionistas ou não, e estamos abertos a debater com a sociedade brasileira. A presidente Dilma Rousseff governa para 200 milhões e não apenas para os que votaram nela”, comentou Cardozo.

Já o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, reforçou as palavras de Jose Eduardo Cardozo:

“O governo sabe que temos um desafio grande, e que é preciso enfrentá-lo. O governo buscou até o esgotamento da sua capacidade com o Tesouro para combater esse momento, e tentando manter todos os programas sociais. Todos esses ajustes são com o único objetivo de continuar crescendo, e alcançando o nível que queremos chegar. Mas para vencer desafios, é preciso coragem para mudar. Reforço que esses novos ajustes serão necessários para que possamos deixar a nossa economia saudável por emprego e distribuição de renda. Um governo que tem compromisso com a transparência e a eficiência, não pode se esconder neste limite, e é isso que nós estamos fazendo, anunciando que chegamos a esse limite”, anunciou o titular da pasta de Minas e Energia.

Ao ser questionado sobre como a presidente ficou após ver todas aquelas pessoas nas ruas protestando contra a corrupção e contra seu governo, o ministro Eduardo Cunha lembrou-se do passado político de Dilma Rousseff para mostrar que ela aceita qualquer manifestação, desde que democrática.

“A presidenta Dilma sofreu uma prisão lutando pela democracia, ela perdeu a sua liberdade para que conseguíssemos nossa democracia, portanto, ela encarou as manifestações de ontem com esse sentimento. Sentimento de quem prega a liberdade de reivindicações, desde que democráticas, e as reivindicações que tivemos nos últimos dias foram totalmente democratas”, explicou Cunha.

Para encerrar, o ministro da Justiça, Jose Eduardo Cardozo, comparou as manifestações do último fim de semana com as que aconteceram em 2013, e que ao contrário do que ocorreu há um ano e meio, desta vez existe uma causa direta, a corrupção.

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Desta vez existe uma causa direta, a corrupção

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“As manifestações de ontem, foram totalmente diferente das manifestações de 2013, antes foram reclamados outras coisas difusas, hoje o povo se manifesta pela corrupção. A grande verdade, é que a corrupção é muito antiga no Brasil, mas hoje ela é investigada e punida. Na história brasileira, desde a constituição de 88, passando por todos os governos, o Brasil trabalha para que possamos investigar coisas como essas”, encerrou Cardozo. Fonte Jornal do Brasil 

MAFIAS. Apesar da limpeza ética do último passaralho, a Folha de S. Paulo continua um jornal safado

Para passar a impressão de que limpou a redação dos profissionais da extrema-direita e dos partidários do PSDB, o jornal da Folha de S. Paulo deu um pontapé na bunda de conhecidos jornalistas. Apesar desse passaralho,  continua uma propriedade de porteira fechada da família Frias.

Toda notícia falsa tem que ser desmascarada. O leitor precisa saber que a Folha não faz jornalismo e sim, faciosa e mentirosamente, propaganda política.

Viomundo comprova:

mentira da Folha

 

Haddad repudia matéria maliciosa da Folha que tenta associá-lo a funcionário corrupto  

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A Folha de S. Paulo publicou neste domingo 9, a matéria sobre esquemas de fraudes na Câmara dos Vereadores de São Paulo.

Título: Servidor da Prefeitura de SP tem mansão com sete suítes.

A casa pertence Roberto de Faria Torres, engenheiro que entrou na Prefeitura de São Paulo por concurso em 2006, cujo salário é de cerca de R$ 4.000.

Roberto foi flagrado em uma operação do Ministério Público Estadual — em parceria com o Fantástico, da TV Globo – achacando um comerciante.

Ele pediu R$ 15 mil em troca de um laudo que livraria o comerciante da CPI dos Alvarás, criada pela Câmara Municipal para verificar a situação de locais com capacidade para mais de 250 pessoas.

Antes disso, a própria CGM (Controladoria Geral do Município) abrira investigação contra Roberto Torres, depois de constatar um patrimônio suspeito do engenheiro.

Acontece que, no subtítulo da matéria, a Folha destaca: Engenheiro da gestão Haddad tem salário de R$ 4.000 e 9 carros de luxo.

Depois, no meio, o jornal volta a mencionar Haddad: “A Câmara enviou ao menos três pedidos para que a gestão Fernando Haddad (PT) o liberasse para a comissão [da CPI dos Alvarás]“.

Má-fé da Folha para tentar associar Haddad e a sua administração ao servidor golpista.

A Folha esconde que:

1. O flagrante de propina se deu quando o servidor atuava na Câmara e não na atual gestão da Prefeitura.

2. Roberto Torres supostamente acumulou bens de 2006 em diante, período em José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (na época, DEM, atualmente PSD) estavam à frente da Prefeitura.

3. O golpista é ligado ao vereador Eduardo Tuma (PSDB).

Abaixo, a nota da Secretaria Executiva de Comunicação, da Prefeitura de SP, sobre a matéria da Folha

Esclarecimento sobre servidor investigado da CPI dos Alvarás da Câmara

Prefeito Fernando Haddad esclarece que o flagrante de propina se deu quando o servidor atuava na Câmara e não na atual gestão da Prefeitura

“O prefeito Fernando Haddad repudia a maliciosa tentativa de envolver seu nome e a reputação de sua administração na edição da reportagem Servidor da Prefeitura de SP tem mansão com sete suítes. (C1; 9/11/14).

Sem que exista qualquer justificativa de fato ou jornalística, o subtítulo da matéria é Engenheiro da gestão Haddad tem salário de R$ 4.000 e 9 carros de luxo, imputando a responsabilidade dos atos de um servidor concursado à gestão Haddad, quando é sabido que o flagrante de pedido de propina ocorreu quando o mesmo atuava no legislativo municipal, poder ao qual o funcionário estava cedido.

Além disso, a incompatibilidade de patrimônio já vinha sendo investigada pela Controladoria Geral do Munícipio (esta sim, criada por Haddad), fato que permitiu a rápida ação do Ministério Público.

O período do suposto acúmulo ilegal de bens data de 2006 em diante, período que coincide com outras gestões municipais e com a atuação de outro notório suspeito de corrupção, Hussain Aref Saab — porém, o jornal escolhe, estranhamente, não citar as gestões José Serra e Gilberto Kassab”.

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O JEITINHO DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO DE VIVER NO LUXO E NA LUXÚRIA DEPENDE DOS PREFEITOS E GOVERNADORES AMIGOS DA CORRUPÇÃO

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Existem máfias de alvarás, de outorgas, de concessões etc que empestam as secretarias das prefeituras, dos governos estaduais, e as agências nacionais de regulação, que chamo de prostitutas respeitosas.

Essas máfias são fáceis de combater. Veja como AQUI.

E no mais, para a justiça cega:

 

máfia Itália corrupção indignados

 

 

 

 

O Papa excomunga a máfia italiana

Francisco faz um duro discurso contra a ‘Ndrangheta depois da morte de uma criança
Criança de quatro anos é assassinada na Itália em ajuste de contas mafioso

O papa Francisco aos mafiosos: Peço-lhes de joelhos, convertam-se

 

O papa Francisco, diante de dezenas de milhares de vizinhos da Calábria, a terra da ‘Ndrangheta, o local onde no último mês de janeiro Cocò, uma criança de três anos, foi assassinada e carbonizada junto a seu avô durante um macabro ajuste de contas, deu um passo mais em sua oposição de enfrentamento à máfia. “A ‘Ndrangheta”, disse ontem Jorge Mario Bergoglio chamando o mal pelo nome, “é a adoração do mau, o desprezo do bem comum. Tem que ser combatida, afastada. Isso nos pedem nossos filhos, nossos jovens. E a Igreja tem que ajudar. Os mafiosos não estão em comunhão com Deus. Estão excomungados”. Uma grande ovação rompeu o silêncio de uma terra acostumada a se calar.

As palavras de Francisco, ainda podendo parecer uma redundância, não o são. A Igreja católica não se destacou historicamente por levantar a voz contra a máfia. A lembrada intervenção de João Paulo II em Agrigento (Sicília) em 1993 —“mafiosos, convertam-se, um dia chegará o julgamento de Deus”— foi uma pedrada em um lago quieto. Nem antes nem depois a hierarquia do Vaticano soube acompanhar os padres de um povo que em Nápoles, Sicília ou Calábria romperam o silêncio contra a Camorra, a Cosa Nostra ou a ‘Ndrangheta e, em alguns casos, pagaram com sua vida o atrevimento. A intervenção de Bergoglio durante a missa que fechou sua visita a Cassano allo Jonio —o povoado de 17.000 habitantes, província de Cosenza, onde foi assassinado Cocò— vem a confirmar sua postura radical contra a máfia que já apontou o último 21 de março em Roma.

Naquele dia, Francisco converteu-se no primeiro Papa a ir à cerimônia anual em memória das mais de 1.500 vítimas da máfia. Jorge Mario Bergoglio entrou na igreja de São Gregório VII com Luigi Ciotti, um padre famoso na Itália por sua velha luta contra o crime organizado, e depois de escutar os nomes das vítimas inocentes dirigiu-se a seus verdugos: “O poder, o dinheiro que têm agora, os ganhos de tantos negócios sujos, de tantos crimes mafiosos, o dinheiro ensanguentado não poderão levá-lo à outra vida. Peço, de joelhos, se convertam”.

Na Calábria ele deu um passo a mais. Anunciou a excomunhão dos mafiosos, o que também pode parecer um gesto simbólico, mas é algo mais profundo. Por um lado, não se pode esquecer que muitos mafiosos, e em especial os que pertencem à estrutura da ‘Ndrangheta, incluem em sua simbologia termos e inclusive devoções cristãs. Por outro, a Igreja italiana, como tantos outros setores da sociedade, conviveu durante séculos com as máfias. Às vezes, como um problema menor. Outras, como um poderoso aliado. Ninguém esquece da infiltração de personagens da máfia e da política mafiosa no banco do Vaticano ou do fato, que chamaremos de pitoresco, de que o motorista que conduziu o veículo de Karol Wojtyla em sua primeira visita oficial à Sicília, em 1982, se chamava Angelo Siino e pertencia à Cosa Nostra. A sombra dessa interseção de interesses também parece estar por trás do desaparecimento jamais esclarecido da criança Emanuela Orlandi em 1983.

O papa Francisco não só parece disposto a fazer tábula rasa com essa inércia perigosa do Vaticano, como também a mudar radicalmente —não só com palavras, mas também com gestos— o roteiro. Durante sua visita a este recanto de Calábria, Bergoglio esteve com os presos do presídio de Castrovillari (onde se reuniu com o pai e as avós de Cocò) e com os doentes terminais do hospital San Giuseppe Moscati; almoçou com um grupo de pessoas atingidas pela pobreza extrema e, quando se reuniu com os padres da região, disse a eles que se dediquem menos a eles mesmos e mais às famílias.

Também levou sua fala às instituições. Durante a visita à prisão —afetada como todas as italianas por uma superpopulação que multiplica a dureza das condenações— Francisco disse que “é essencial que os detentos compreendam a importância de respeitar os direitos fundamentais do ser humano”, mas também, advertiu, que as instituições penitenciárias trabalhem para conseguir uma efetiva reinserção dos presos na sociedade. “Quando este requisito não se cumpre”, acrescentou, “a execução da pena se converte em um instrumento de castigo e represália social e, ao mesmo tempo, danoso para o indivíduo e para a sociedade”.

Quando se reuniu com os pais da criança Nicola Campolongo e de Cocò, Bergoglio os confortou, dizendo: “Que não existam mais vítimas da ‘Ndrangheta. E, sobretudo, mais violência contra as crianças. Que nunca mais uma criança tenha que voltar a viver este sofrimento”.

Bergoglio lembrou-se de Cocò em uma terra que, quando o recorda, só o faz em silêncio.

O silêncio cúmplice do medo

A omertà, esse código de silêncio construído de medo, de lealdade ou da ligação de alguns materiais que a máfia sabe manipular tão bem, pode ser tocado nas ruas de Cassano allo Jonio. Só é necessário lançar uma pergunta aparentemente inocente enquanto se espera a chegada de Jorge Mario Bergoglio a bordo de seu carro descoberto: Por que acha você que o Papa vem? E então Antonio Mancuso responde: “Vem nos pedir perdão por levar para Roma nosso bispo”. Diante da expressão de estranhamento do estrangeiro, se vê forçado a acrescentar: “E porque se chama Francisco e nesta terra nasceu São Francisco de Paula…”.
A resposta parece com a que, de início, oferecem os compadres, já aposentados, Mario Pennini e Giacinto Pellicano ou com a que dá Maria, rodeada por suas filhas adolescentes. Mas Maria não demora em confessar —baixinho, isso sim— diante da tristeza da evidência: “Isso que acontece aqui [jamais a palavra máfia ou a palavra ‘Ndrangheta, só às vezes o sucedâneo de “a má vida”] nos tem asfixiado. Está levando nossos filhos, arruinando suas vidas, matando-os. Não podemos continuar vivendo assim, mas não podemos falar se não queremos que nos calem”.
O medo, a granel, em estado puro. Disfarçado de eufemismos sempre e ontem escondido nas bandeirolas brancas e amarelas do Vaticano, na orquestra autárquica e nos novos sorvetes “com sabor Francisco”. O medo é o que provoca a ausência cúmplice de um nome nas bocas e nas paredes. O Papa vem a este recanto da Calábria, sabem todos, porque a ‘Ndrangheta matou Cocò, o matou e o cozinhou no interior de um carro, junto a seu avô e a sua jovem noiva. Mas o nome de Cocò não está em nenhuma parede, ninguém parece se lembrar dele. Até o prefeito, Giovanni Papasso, um socialista convencido de que a ‘Ndrangheta destroçou seu carro e queimou sua casa, procura, no início, sair pela tangente. Depois, à sombra da igreja grande, admite que sim, que a pressão e o medo são sentidos, que é um drama que nesta terra fértil e de gente boa a única saída dos jovens seja a emigração ou…
—Sim, diga prefeito.
—A ‘Ndrangheta.

 

BRA_CB máfia dos alvarás

Ceará
Ceará
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
Maranhão
Maranhão
Espírito Santo
Espírito Santo

Prefeitos contra o salário mínimo são inimigos do povo e defendem o trabalho escravo

município novo

 

As prefeituras nadam em dinheiro na hora de promover festas do santo padroeiro da cidade, carnaval, carnaval fora de época, Natal, réveillon, rodeios, embalos de finais de semana, shows comícios, 31 dias de São João, inaugurações de pequenas obras etc.

Não falta grana para pagar os altos salários do prefeito, secretários, vereadores, e uma imensa corte de cargos comissionados de familiares, de fantasmas e outras assombrações.

Quem realmente trabalha nas prefeituras recebe o salário mínimo do mínimo: começa pelos professores do ensino primário, os servidores dos postos de saúde, das creches, dos serviços essenciais para o povo pobre.

Dilma Rousseff, para o descontentamento de chefes de currais eleitorais, deu um basta na criação de municípios. Os ladrões das prefeituras enriquecem roubando dinheiro desviado dos governos da União e Estados. Difícil um prefeito brasileiro que não foi processado ou que esteja livre de investigação.

A corrupção no Brasil começa com os prefeitos, secretários municipais e vereadores governistas, com a vista grosa dos tribunais faz de contas, vereadores da oposição, do juiz e do promotor das varas municipais, das polícias civil e militar e fiscais e procura-dores, para o deleite de diferentes máfias de obras e serviços invisíveis. Que nada se faz que preste para o povo.

prefeito honesto

O SALÁRIO MÍNIMO DO MÍNIMO 

Publica o Jornal da Manhã de Ponta Grosa: O aumento de 6,78% no salário mínimo impactará no setor público e deve atingir, principalmente, a folha de pagamento dos municípios. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a participação de servidores que recebem o salário mínimo nas administrações municipais é mais expressiva que em âmbito estadual ou federal.

O presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Luiz Sorvos, afirma que, com o aumento, será ainda mais difícil para as prefeituras se manterem dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “A receita dos municípios não vai acompanhar o aumento no salário mínimo, não haverá aumento real no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e, se em 2013 o custeios da folha já foi crítico, neste ano deve piorar”, diz.

 

BRA_FDSP prefeitura são paulo corrupção

Um município que não pode pagar um salário mínimo do mínimo deve pedir falência, e voltar a ser distrito. Isso depois de revistos os contratos de todas prestadoras de ser√iços, levantados os contratos de parentes e contraparentes das autoridades municipais, e investigado o destino das verbas recebidas das secretarias estaduais e ministérios da União.

Onde vai parar a riqueza dos estados de terras raras e oceanos de água doce?
Onde vai parar a riqueza dos estados de terras raras e oceanos de água doce?

Por erros graves, TCU recomenda parar sete obras do Governo Federal

A engenharia civil brasileira está repleta de erros:

Obras super, super faturadas.  Licitadas por um preço, que vai sendo reajustado a cada propina paga.

Obras inacabadas e regiamente pagas.  Gastaram tanto que a verdinha foi embora.

Obras fantasmas. Apenas existem as  faturas de pagamento. Temos estradas fantasmas, e máfias do asfalto espalhadas por todo o Brasil. Milhares e milhares de ruas estão asfaltadas de mentirinha. Outra ladroagem: as operação tapa-buracos ou mijadinhas de asfalto.

Os erros de obras inauguradas são a cara do Brasil: o estádio do Engenhão no Rio de Janeiro, construído para os jogos da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, pode ser derrubado por uma ventania mais forte. O Palácio da Justiça do Estado do Rio Janeiro é um luxuoso edifício cai mas não cai. Depois de construído, no hospital da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco descobriram que os elevadores não tinham espaços para as macas na horizontal.

Estádio Engenhão, Rio de Janeiro
Estádio Engenhão, Rio de Janeiro

Pelo mundo, a FTC publica a lista dos 60 erros mais engraçados e bizarros. Fotos.

O Correio da Manhã de Portugal mostra erros de engenharia que “resultam de distrações, ou de falta de jeito. Estes erros de construção e engenharia parecem inacreditáveis, mas é possível encontrá-los um pouco por todo o lado.

Por exemplo, já imaginou ter um poste de eletricidade em frente à garagem? Ou uma parede construída por cima da tampa de uma sanita? Pois… mas é possível“.

Existe um blog que relata erros no Brasil. “O prédio de 35 andares, Edifício Real Class, ainda em construção na sua fase de acabamento, pertencente a construtora Real Engenharia, em Belém, desabou no sábado, 29 de janeiro de 2011. Chovia e ventava muito no momento do desabamento.

Real Class desabou em Belém
Real Class desabou em Belém

A destruição foi total, afetou a estrutura de edifícios e casas na vizinhança, danificou a rede elétrica, e os escombros atingiram pessoas que passavam no momento do desabamento (inclusive dentro de carros). Vários carros que estavam na rua ficaram cobertos de poeira e pedras. Um bloco de concreto caiu no meio da rua. Informações preliminares indicam que um edifício ao lado do prédio também corre o risco de cair.

Há informações preliminares – não confirmadas – de um engenheiro civil que supostamente trabalhou na construção do prédio Real Class e que relatara haver um erro absurdo na concretagem de pilares dos primeiros pavimentos.
Por que ocorrem desabamentos na construção civil? Os erros técnicos que geram estes acidentes na construção civil têm três causas básicas:

• Erros de avaliação na escolha do terreno, pela falta de uma sondagem séria que identifique os materiais que compõem o solo (areia, argila, aterros, áreas de turfa).

• Erros de cálculo das fundações, da estrutura, distorções do projeto arquitetônico, etc.

• Erros na execução da obra, resultantes da aplicação de materiais de baixa qualidade ou inadequados. Um exemplo é a utilização de areias com salitre encontradas próximas ao mar, que comprometem a qualidade do concreto pela corrosão na armadura de ferro — problema que pode surgir até muitos anos após a conclusão da obra.

TCU auditou 136 obras públicas em todo o País, com dotações orçamentárias de mais de R$ 34,7 bilhões

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, no dia último dia 6, recomendar a paralisação de sete obras que receberam recursos do Governo Federal. Dentre elas, quatro fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A recomendação está no relatório Fiscobras 2013.

 

Ponte em construção: do nada para lugar nenhum
Ponte em construção: do nada para lugar nenhum

Ao todo, 136 auditorias foram realizadas pelo TCU. Destas, sete possuem erros graves e, segundo o órgão, devem ser paralisadas: a Ferrovia Norte-Sul, no Tocantins; a Ferrovia Oeste-Leste, na Bahia; o esgotamento sanitário em Pilar, em Alagoas; a Avenida Marginal Leste, no Rio Poty, no Piauí; a Vila Olímpica Parnaíba, no Piauí; a pavimentação da BR-448, no Rio Grande do Sul; e a ponte sobre o Rio Araguaia, na BR-153, no Tocantins.

Além disso, algumas obras foram recomendadas a terem seus valores retidos, por precaução. São elas: a Ferrovia Norte-Sul, em Goiás; a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; o Canal do Sertão, em Alagoas; o terminal fluvial de Barcelos, no Amazonas; os trens urbanos de Salvador; os trens urbanos de Fortaleza; a construção de Adutora Pirapama, em Pernambuco; e a melhoria do Complexo Esportivo Canarinho, em Roraima.

As 136 obras públicas auditadas têm dotações orçamentárias de mais de R$ 34,7 bilhões.

 dna tucano metrô

O luxo e a luxúria de uma das máfias que roubava São Paulo. Existem outras nas prefeituras das grandes cidades

mafia fiscais

 

Luís Alexandre Cardozo de Magalhães, um dos auditores fiscais de São Paulo investigados por corrupção, foi libertado na madrugada desta segunda-feira última. Essa investigação começou em 2006 e revelou um esquema que pode ter causado um prejuízo de até meio bilhão de reais aos cofres da prefeitura paulistana, informou o Jornal Nacional da Tv Globo.

Eram prefeitos: José Serra, empossado em 1 de janeiro de 2005, e Gilberto Kassab, que governou São Paulo de 31 de março de 2006 a  1 de janeiro deste ano.

Segundo a investigação, Luis e outros três auditores fiscais formaram uma quadrilha para cobrar propina de construtoras em troca da liberação do termo de quitação do ISS, o Imposto Sobre Serviços, com valores muito abaixo do real. Sem esse documento, as construtoras não conseguiriam o Habite-se.

O esquema começou a ruir quando a controladoria da prefeitura comparou os salários com a declaração de bens dos envolvidos. Outra peça importante na investigação foi Vanessa Alcântara, apontada pelos promotores como ex-amante de Luis Alexandre.

O novo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que foram abertas outras investigações para erradicar a corrupção.

“Novos 16 processos foram instaurados envolvendo suspeitas que não dizem respeito a esse esquema. Mas que podem nos ajudar a descobrir outras quadrilhas, dado o tamanho da incompatibilidade entre o patrimônio declarado e o patrimônio real que foi apurado pelas investigações da controladoria”, declara Fernando Haddad.

 

Vanessa Alcântara máfia alvarás São Paulo

Revela Istoé: Testemunha-chave do escândalo, Vanessa Alcântara revelou como agia o grupo acusado de desviar cerca de R$ 500 milhões dos cofres públicos. Vestida sobriamente, bem maquiada e como uma voz firme, ela diz que o ex-companheiro sempre afirmou que, se um dia o esquema ruísse, iria entregar todo mundo, sem poupar ninguém.

Istoé – Como você conheceu o Luís Alexandre?
Vanessa –
 Eu era representante comercial em 2010 e fui atendida por ele na prefeitura. Trocamos cartões e ele me ligou para sairmos. Depois de um tempo, começamos a namorar. Eram jantares e noitadas maravilhosas regadas a vinhos e champanhes nas melhores casas da noite paulista. Não conhecia esse mundo de se gastar R$ 10 mil reais em um jantar. Ele era muito encantador e sedutor comigo. Logo no início, ele me deu uma gargantilha de ouro. Não foi difícil se apaixonar por uma pessoa que te trata tão bem. Principalmente, porque estava separada, com um filho, e carente.

Istoé – Você ficou encantada com esse mundo de luxo?
Vanessa –
 Tudo era muito fantástico e real. Adorava aqueles jantares com pratos exóticos, com javalis, hotéis deslumbrantes e passeios em lanchas. Quando você está acostumado com o lixo e se depara com aquele luxo é deslumbrante. O Luís não era nenhum príncipe encantado, mas depois que começamos a namorar ele emagreceu 16 quilos, cortou a barba e começou a se vestir melhor. Ficou bem.

Istoé – Você levava uma boa vida, então?
Vanessa – 
Tinha uma vida de madame. Morávamos numa casa de 500 m², com quatro quartos, três banheiras de hidromassagem. O aluguel era de R$ 6 mil. Na verdade, dinheiro não era o problema. Ele não me deixava trabalhar. Nossa casa tinha quatro empregados e tudo à disposição. Em muitos fins de semana, a gente ia de avião particular para Angra dos Reis, pegava a lancha dele de 44 pés, que ficava na Marina Pirata, e dormia em alto-mar. Era fantástico. A gente ia tomando champanhe na proa. Não posso negar que eu adorava.

Istoé – Você também fazia gastos extravagantes?
Vanessa – 
Adoro moda. Apesar de ter um estilo hi-low, sempre consegui combinar peças populares com outras de grife. Não era de exagerar, mas já cheguei a comprar uma bolsa Chanel de R$ 8 mil, diversos casacos de pele e contabilizei 120 pares de sapatos.

Istoé – Luís revelava que o dinheiro daquelas noitadas e das compras vinha da corrupção?
Vanessa – 
Só depois que começamos a viver juntos é que soube. Aí, ele adorava vangloriar-se que era corrupto. Ele adorava ser o mafioso, o bandido grandioso e esperto. Ele gosta de contar a história de sua primeira mala de dinheiro conseguida com a corrupção. Ele diz que comprou um Vectra zero. O Luís gosta tanto do mundo do crime que, sobre a mesa do nosso escritório, ele mantinha um boneco do Al Capone.

Istoé – Quando vocês começaram a se desentender?
Vanessa – 
Ele tinha um ciúme doentio. Brigava comigo e com outras pessoas na rua por causa desses rompantes de agressividade. Nós assinamos vários boletins de ocorrência juntos. Como eu não sei apanhar e não reagir, também batia nele.

Istoé – Então as brigas de vocês eram violentas?
Vanessa –
 Muito. Ele me batia, eu batia nele. Ele me chutava, eu o mordia. Às vezes, essas brigas acabavam na polícia. A única vez que instalei um inquérito foi quando eu estava grávida de dois meses e apanhei dele. Ele queria que eu tirasse o bebê. Não aceitei. Tomei vários chutes e socos na barriga. Saí do flat dele sangrando e inconsciente numa ambulância para o hospital. Mas não perdi o filho.

Istoé – Mas por que você ainda ficava com uma pessoa tão violenta?
Vanessa –
 Ele tem uma conversa terrível, bom de lábia. Depois das brigas, ele acabava levando buquês de flores e até uma guia espiritual para intermediar as crises. Eu acabava perdoando. Com dois filhos, a gente sempre acha que o outro vai mudar. Ele pedia perdão e eu acabava cedendo. Gostava dele.

Istoé – Como é esta história de guia espiritual?
Vanessa – 
Depois das brigas ele chegava em casa junto com a mãe de santo e me convencia de que estávamos possuídos. Ela gastava três horas benzendo tudo, espalhando arruda pelo flat e rezando. Eu não resistia e acabava perdoando.

Istoé – Quando foi que o relacionamento de vocês acabou?
Vanessa – 
No meio deste ano, coloquei ele para fora de casa. Não aguentava mais aquela relação doentia. Ele chegou com um fusca verde 66 em casa e já tínhamos outros cinco carros na garagem. Eu perguntava: pra que tudo isso? Ele dizia que era dinheiro.

Istoé – E você não denunciava o Luís porque também se beneficiava desse dinheiro?
Vanessa – 
Eu sempre ameacei denunciá-lo toda vez que apanhava, que a gente brigava. Uma vez escrevi um e-mail para a Polícia Federal com poucas informações, dando as pistas sobre a corrupção e citava o nome dele. Crie até o e-mail BMW3886@gmail.com para fazer a denúncia – era o nome do carro que ele mais gostava, com a idade e o ano do veículo.

Istoé – Você queria dinheiro com essa denúncia?
Vanessa – 
Ele achava que era isso. Errou. Nós nos separamos e ele não quis aceitar as condições que eu tinha estabelecido, como uma pensão de R$ 3 mil, que era o equivalente ao salário dele.

Istoé – Você chegou a ver como era o relacionamento dele com a quadrilha?
Vanessa –
 De altos e baixos. Depois que um deles ficou viciado em cocaína, as coisas começaram a desandar e vieram as brigas.

Istoé – Como eles operavam o esquema?
Vanessa –
 Eles superfaturavam as guias do ISS e negociavam a propina. O dinheiro era dividido entre os quatro (Luís Alexandre Magalhães, Ronildo Bezerra Rodrigues, Carlos Augusto de Lallo Amaral e Eduardo Horl Barcelos). Eles alugavam um escritório perto da prefeitura que eles chamavam de cafofo – os promotores chamam de ninho, mas eles não usavam esse nome. Quando marcavam encontros, falavam cafofo. Era lá que aconteciam as negociações.

Istoé – A propina era paga em dinheiro vivo?
Vanessa –
 Não sei se era toda assim. Mas o Luís chegava em casa com mochilas cheias de dinheiro. Quando os blocos de dinheiro chegavam desorganizados, nós sentávamos no tapete de casa, espalhávamos aquela dinheirama e separávamos em pacotinhos iguais para os quatro do esquema.

Istoé – O esquema funcionou durante todo o tempo em que eles trabalharam na prefeitura, com todos os prefeitos?
Vanessa – 
Eles operavam na gestão Kassab. Teve uma ou outra coisa no governo Haddad, mas fiquei sabendo por um despachante que só tinha uma pessoa operando nesse atual governo.

Istoé – Eles mostravam algum medo de serem descobertos?
Vanessa –
 Eles nunca achavam que iam ser pegos ou que ia dar alguma coisa errada. Eles não tinham limites para roubar e nem medo de serem presos. Eu sempre perguntava qual era o limite. O Luís falava que tinha filhos e que precisava montar um patrimônio para eles. O único medo dele é de macumba. O negócio dele era dinheiro, dinheiro e mais dinheiro. Quanto ao risco de ser preso, ele sempre dizia que, se um dia o esquema ruísse, ele seria o primeiro a entregar todo mundo. Ele não ia poupar ninguém. Ia ser o primeiro a se oferecer para a delação premiada.

Istoé – Como ele investia o dinheiro?
Vanessa –
 Imóveis. Só em Angra ele tem cinco flats. Em Araraquara, ele tem uma casa com uma adega para 400 vinhos e uma charutaria climatizada no centro da casa. Tudo registrado na empresa da ex-mulher, Ana Luzia Passos.

Istoé – Ele contou se operava só com os grandes empreendimentos?
Vanessa – 
Corriam processos maiores e outros menores. Nem sempre os grandes negócios caíram nas mãos dele. Teve uma época que a turma tirou ele do esquema das grandes operações e aí cada um agia por conta própria. Existiam vários grupos atuando dentro da prefeitura.

Istoé – Ele achacava muita gente?
Vanessa – 
Ele era baixo. Certa vez, ele chegou numa obra para fazer uma vistoria, o empreendedor estava sem dinheiro para pagar o achaque e ele levou uma televisão do cara.

Istoé – Ele chegou a trabalhar diretamente com o prefeito?
Vanessa – 
O esquema colocou o Luís Alexandre no gabinete para ele dar uma maneirada, acalmar um pouco. Ele operava de uma forma muito agressiva, era louco.

Istoé – Por que você decidiu denunciar tudo?
Vanessa – 
Quando a polícia e o Conselho Tutelar entraram na minha casa com um mandado para buscar meus filhos, alegando que eu era louca e não tinha condições de cuidar das crianças, peguei o telefone e liguei para todo o grupo e disse a eles que iria detonar o esquema. Falei para o Ronilson, o Barcelos e o Lallo: ‘Vou f… todo mundo’.

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Istoé – Como eles reagiram?
Vanessa – Ficaram apavorados. O Barcelos disse: ‘Agora a briga é nossa. Nós compramos essa briga para você. Fica calma’. Na verdade, eles queriam pôr panos quentes e pediam para eu segurar um pouco. Mas eu não segurei.

Istoé – E então o que fez?
Vanessa – No início de setembro liguei para a Controladoria-Geral do Município e falei com o corregedor Spinelli. Os meninos da prefeitura e o promotor vieram ao meu encontro aqui em Valinhos e entreguei para eles 150 páginas de documentos e vídeos que comprovavam a corrupção. A partir daí fiz jogo duplo.

Istoé – Como assim?
Vanessa – Eu não sabia, mas quando eu liguei para o Ronilson e o Lalo na noite em que a polícia levou os meus filhos e disse que iria revelar tudo, eu já estava grampeada pela Federal. Depois que soube disso continuei a negociar com o grupo, sem que eles desconfiassem que a polícia estava gravando tudo. Nessas conversas ficou comprovado que eu não queria dinheiro, mas meus filhos de volta. Nas tratativas, eles falam até em “comprar meu bebê de mim”. Servi como uma cola superbonder que uniu todas as peças da investigação.

Istoé – O que tinha nesse material que você entregou para o promotor?
Vanessa – Está sob segredo. Não posso dizer para não atrapalhar as investigações, mas eram documentos que comprovavam minhas denúncias. Havia também gravações que mostram como funcionava o esquema.

Istoé – Em algum momento você ficou com medo?
Vanessa – Ainda tenho muito medo. Mas o maior problema foi naqueles dias de silêncio que tive de aguentar. Ligava para o MP, para a CGM, enfim, queria pôr a boca no mundo para tentar trazer meus filhos de volta. Isso foi em setembro e os investigadores me pediram até o fim de novembro para estourar o esquema. Foi uma aflição ficar tanto tempo em silêncio.

Istoé – Quando você soube das prisões?
Vanessa – Assim que a polícia começou a executar os mandados de busca e apreensão. Eram seis horas da manhã do dia 30 de outubro.
Eu gritava dentro do carro como se fosse um gol.

Istoé – Se o Luís Alexandre tivesse feito o acordo para pagar a pensão você teria denunciado o esquema?
Vanessa – Não. Se ele tivesse me deixado quieta com meu filho, dado a pensão correta, ficaria quieta. O Luís não aceitou minhas condições, mesmo depois que seus amigos o advertiram.

Istoé – Quais eram as suas exigências?
Vanessa – O filho, a pensão, o cachorro Thor, um sharpei que amo, e minha máquina fotográfica profissional.

Istoé – Quais serão os próximos passos?
Vanessa – Tudo que eu quero são meus filhos de volta. Esse processo precisa ser revisto urgentemente. Foi tudo uma grande armação. Depois de uma briga nossa pelo telefone, eu surtei de raiva dele e quebrei uns jarros e algumas peças da prateleira. Com isso, ele entrou com um processo na Justiça, alegando que eu sou louca e perdi a guarda das crianças. Tenho certeza que meu marido armou tudo isso. Pior. Ele foi preso e nosso filho ficou com a babá.

Istoé – Como você está vivendo?
Vanessa – Trabalho como gerente de uma loja, moro em um apartamento de 50 metros quadrados e tenho o mesmo carro, uma Tucson.

Istoé – É verdade que o apelido do Luís Alexandre é “louco”?
Vanessa – Louco e camicase. Na verdade, deveria ser burro. Perder R$ 15 milhões por causa de uma pensão de R$ 3 mil, um cachorro de estimação e uma máquina de fotografia, não é loucura. Aí já é burrice.

 

Lei mais dura para prender mais estudantes em São Paulo

Brasil protesto

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira, 30, que defende penas mais duras para quem agride policiais e penas mais rígidas para casos de vandalismo, como os que ocorreram na segunda-feira na Rodovia Fernão Dias.

“Duas propostas de alteração da legislação federal. Uma, para crime cometido contra o policial, que é um agente de Estado, de ele ser agravado, de a agressão ao policial. Hoje há muita violência na criminalidade. E a outra é para danos. O que está acontecendo? O crime para danos não mantém preso. Então, nós até conversamos com o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, ontem fiz uma visita ao presidente, Ivan Sartori, para pedir também uma cooperação do poder judiciário, porque o fato de não manter preso estimula o vandalismo, estimula a impunidade”, disse.

“Nós não descartamos nenhuma hipótese”, disse Alckmin sobre a suposta atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos protestos da zona norte.

O PCC é o governo paralelo invisível que está em todas. Antigamente, nos tempos de Brizola governador do Rio, a imprensa denunciava a presença de gerrilheiros da FARC nas favelas.

BRA_OG vândalos inafiançáveis

Alckmin não falou de leis para os que super faturam obras públicas, comem tocos,  embolsam bilhões com obras e ser√iços fantasmas.

Quem desvia verbas dos serviços da saúde e educação, por exemplo, precisa receber uma pena maior do que um manifestante que quebra um orelhão ou queima um ônibus.

Roubar medicamentos é roubar vidas. Roubar a merenda escolar é roubar o leite das crianças.

O policial que bate, sequestra, tortura, realiza prisões arbitrárias, arma flagrantes falsos, intimida testemunhas é o pior dos vândalos. Tão iníquo quanto um juiz que vende sentenças ou esconde/ engaveta processos.

O combate contra o vandalismo, a corrupção deve ser feito nas ruas, nos palácios e repartições públicas.

gigante protesto

O manifestante não é criminoso.   A adolescente e estudante Dilma Rousseff foi sequestrada, torturada e condenada pela justiça por pertencer a uma ‘facção criminosa’. Ela e milhares de estudantes. Outra geração de estudantes, membros de ‘facções criminosas’ enfrentaram a polícia nas ruas para pedir diretas já. Pintaram a cara pelo impeachment de Collor. Que os estudantes reivindicam hoje para ser considerados membros de ‘facções criminosas’? Fica a pergunta.

vândalo fardado

democracia vida protesto