Levy joga pesado para derrubar Dilma

Da escola de Chigago, Joaquim Vieira Ferreira Levy trabalhou para a Troika, e foi agente do Banco Central Europeu, e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Não é de admirar que queira para o Brasil a mesma política aplicada contra a Grécia.

Na Universidade de Chicago e nos bancos do imperialismo e do colonialismo fez seu aprendizado, que lhe credenciou a exercer os cargos do governo de Fernando Henrique Cardoso de  secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, em 2000; e economista-chefe do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em 2001.

Em janeiro de 2003, pelos bons serviços prestados, foi designado, por FHC, secretário do Tesouro Nacional, onde ficou até 2006.

Não sei se Levy era um petista infiltrado no ninho tucano, mas executa no governo de Dilma a mesma política econômica dos oito anos do governo corrupto e anti-povo de Fernando Henrique.

Para completar, a biografia suspeita do ministro da Fazenda de Dilma possui dois lances que mereciam ser investigados.

  1. Saiu do governo do PSDB para ser secretário da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, no primeiro mandato de Sérgio Cabral Filho. Isto é, pagava as contas de um governo marcado por escândalos e crimes.
  2. Depois da passagem em dois governos corruptos, virou chefe da divisão de gestão de ativos do Banco Bradesco (Bradesco Asset Management), ocupando o cargo de diretor-superintendente. Não esquecer que o Bradesco, o Itaú, o Santader e o Citbank criaram a Contax, uma empresa de terceirização de serviços, que reintroduziu no Brasil o trabalho escravo.

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Intolerável o domínio das finanças sobre os povos

Francisco denuncia o escândalo da especulação sobre os preços alimentares 

  Spiros Derveniotis
Spiros Derveniotis

Não se pode continuar a tolerar que os mercados financeiros governem o destino dos povos, em vez de os servir. E um dos efeitos mais nefastos é o escândalo da especulação sobre os preços alimentares, que se repercute gravemente no acesso à alimentação por parte dos pobres, denunciou o Papa durante o encontro com os participantes num congresso organizado pelo Pontifício Conselho «Justiça e Paz», recebidos na manhã de 16 de junho na sala Clementina.

«É urgente – frisou o Papa – que os Governos do mundo inteiro se comprometam a desenvolver uma ordem internacional capaz de promover o mercado do investimento a alto impacto social, de modo a impedir a economia da exclusão e do descartável».

Cristian Topan
Cristian Topan

‘Investir para os pobres’

O Papa Francisco recebeu em audiência ao fim da manhã desta segunda-feira os participantes no Congresso “Investing for the Poor” (‘Investir para os pobres’), como contribuição na busca de vias atuais e praticáveis para uma maior equidade social.

Nas palavras que lhes dirigiu, o Papa elogia antes de tudo esta iniciativa de investimento responsável e de solidariedade com os pobres e excluídos, que estuda formas inovadoras de investimento que possam trazer benefícios às comunidades locais e ao meio ambiente, para além de um lucro justo.

De fato, o ‘Impact Investor’ configura-se como um investidor consciente da existência de graves situações de iniquidade, profundas desigualdades sociais e dolorosas condições de desvantagem enfrentadas por inteiras populações. Refere-se sobretudo a institutos financeiros que utilizam os recursos para promover o desenvolvimento económico e social das populações pobres, com fundos de investimento destinados a satisfazer necessidades básicas relacionadas com a agricultura, acesso à água, possibilidade de dispor de alojamentos dignos e a preços acessíveis, bem como serviços básicos de saúde e educação.

Além disso, estes investimentos pretendem produzir um impacto social positivo para as populações locais, tais como a criação de postos de trabalho, o acesso à energia, a educação e o crescimento da produtividade agrícola e os retornos financeiros para os investidores são mais baixos em relação a outras tipologias de investimentos. Observou o Papa:

A lógica que impulsiona estas formas inovadoras de intervenção é aquela que “reconhece a ligação original entre lucro e solidariedade, a existência de uma circularidade fecunda entre ganho e dom … A tarefa dos cristãos é redescobrir, viver e anunciar a todos esta preciosa e originária unidade entre lucro e solidariedade. Quanto o mundo contemporâneo precisa de redescobrir esta bela verdade!”

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A economia da exclusão e do descarte

O Santo Padre considerou “importante que a ética reencontre o seu espaço na finança e que os mercados se coloquem ao serviço dos interesses dos povos e do bem comum da humanidade.

Não podemos tolerar por mais tempo que sejam os mercados financeiros a governar o destino dos povos, em vez de servir as necessidades destes, ou que alguns poucos prosperem recorrendo à especulação financeira, enquanto que muitos sofrem gravemente as consequências.

A inovação tecnológica  aumentou a velocidade das transacções financeiras, mas esse aumento só encontra sentido na medida em que se demonstra capaz de melhorar a capacidade de servir o bem comum.

Em particular a especulação sobre os preços alimentares é um escândalo que tem graves consequências para o acesso dos mais pobres à alimentação. É urgente que os Governos de todo o mundo se empenhem em desenvolver um quadro internacional susceptível de promover o mercado do investimento com elevado impacto social, de modo a contrastar a economia da exclusão e do descarte”.

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EM APENAS UMA ENTREVISTA, MARINA ACERTA AS CONTAS COM AÉCIO, O CAMARADA CAMPOS, DONA DILMA, E COM ELA MESMA. BLOQUEIO DE BENS NÃO PREOCUPA EIKE

por Helio Fernandes

chavismo Marina

Conversando com o jornalista Bernardo Mello Franco (Folha), a ex-senadora e ex-ministra ultrapassada e ignorada, “descobre a pólvora”. Altiva, impávida e altaneira, garante: “O Brasil atravessa momento com baixo crescimento, aumento da inflação e dos juros”. Puxa que poder de análise e de conclusão.

Durante o governo FHC, constatei e divulguei: “Seu governo é um RETROCESSO de 80 anos em 8”. Agora Dona Marina utiliza a identificação para Dona Dilma. E coloca o ex-presidente no auge. Como estava mesmo na contramão e a arma carregada, atirou no amigo quase inimigo, Aécio Neves.

Aécio responde logo às intimidações de Dona Marina

Como a entrevista teve enorme repercussão, (realmente com consequência), se prolongou pelo fim de semana e continuará, continuemos também. O repórter é escravo dos fatos. E como jornalismo é informação, opinião, combate, combateremos, mesmo “que seja à sombra”.

Os objetivos de Dona Marina

 

Nani
Nani

1 – Como Aécio e Campos não podem ficar o tempo todo transitando pela mesma estrada eleitoral, Marina “dinamitou” a ponte antes que o companheiro e camarada Campos o fizesse. Dona Marina ainda não é “vice assumida”, tem esperança no futuro.

2 – Quando falou já sabia do resultado da pesquisa do Datafolha, que coloca Aécio muito na frente de Campos. Com segundo turno entre Dilma e o candidato do PSDB. Aí não disfarçou as intenções, “Aécio tem jeito de morto no segundo turno”. Escolheu a frase para fazer efeito.

O neto de Tancredo

3 – Não esperava que Aécio respondesse tão rápido e mais agressivo do que ela. Levou um susto na hora, mas se acomodou, disse para o próprio Campos: “Ele não passará daí é o estilo dele”.

O neto de Arraes

4 – Só que Campos não aceitou a entrevista nem as explicações de Dona Marina. Não discutiu nem refutou, mas ficou visivelmente contrariado.

5 – E nos bastidores, com amigos, não fugiu do comentário duplo: “Por que a entrevista agora, e sem que eu soubesse coisa alguma?”. Elementar, o que ela queria era aparecer, precisava disso.

E a chapa Campos-Marina

6 – A “intimidade” eleitoral e naturalmente política entre Marina e Campos, como tenho analisado fartamente, vai depender das pesquisas. Não a de agora, muito longe. Mas como faltam quatro meses, outras virão. Dentro de dois meses já serão praticamente definitivas.

Campos impaciente

Precisa ser contido, é a coisa mais natural. Nunca se viu em toda a história do Brasil, um candidato sem votos ser o primeiro na chapa, suplantando o mais bem colocado nas pesquisas. Campos precisa sair do “clima” de 10 por cento. Esse era um dos alvos de Dona Marina.

(Quando digo que o primeiro nunca foi preterido pelo segundo, tenho que explicar: as possibilidades foram raras. Nos 41 anos da “República Velha”, só existia o Partido Republicano, que indicava o vencedor, candidato único).

(Depois, duas ditaduras, 15 anos a primeira, 21 a segunda. E nos intervalos, golpes silenciosos e sem tortura, com o vice assumindo no lugar do presidente. Somadas as transições, um impeachment, e a indireta, sobrou quase nada. E para o povo, NADA VEZES NADA).

Dona Dilma, a afilhada que pode ser rejeitada

Essa pesquisa que deixou Dona Dilma “pendurada mas não insatisfeita”, misturada com a entrevista, “primária mas protelatória”, dominou o fim de semana.

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Bens pessoais de Eike

Juiz do Rio “determinou” o bloqueio de 122 milhões dos bens pessoais, do ex-empresário e ex-bilionário. Agora é apenas um personagem fora do palco, ficou como coadjuvante.

Acontece que ele passou para os dois filhos todas as propriedades imobiliárias. Mas ainda tem BILHÕES, portanto 122 milhões, para ele ainda é uma brincadeira.

Não é para as milhares de pessoas que compararam suas ações. Está sendo investigado e acusado, precisamente pela CVM, que trata do assunto e de “informações privilegiadas”.

Bloqueio só interno

O importante é que Eike tenha conta em 14 bancos, 7 só no Brasil, devem ser mais. Fora os bancos no exterior, o bloqueio só atinge bancos brasileiros.

E as centenas de milhares que perderam fortunas, serão ressarcidas, que palavra, com o bloqueio? Nem pensar.

Por que 14 bancos?

No Brasil existem 4 ou 5 bancos, digamos do primeiro time. São os que ganham fortunas explorando o cidadão, cobrando taxas “escondidas” de todas as maneiras. E os outros 9 ou 10, por que os “depósitos” do ex-bilionário? Deviam investigar. Estranhíssimo. Transcrevi trechos

 

 

O jeitinho novo de fazer política: Marina, Eduardo Campos e a ditadura dos banqueiros

banco rico pobre

 

A ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ambos do PSB, atuam em frentes paralelas para angariar o apoio de empresários e banqueiros à aliança que constituíram para disputar a eleições presidenciais do próximo ano.

Na terça-feira, enquanto Marina tomava café da manhã no Itaú BBA, em São Paulo, Campos conversava a pouco mais de 5 km dali com cerca de 15 banqueiros na sede da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), que reúne instituições de médio porte.

Na reunião de cerca de duas horas, Campos se apresentou aos presidentes de bancos médios ao lado do ex-deputado federal Maurício Rands e do deputado federal Márcio França, ambos do PSB.

Após a apresentação, os banqueiros fizeram perguntas sobre temas como autonomia do Banco Central e Reforma tributária.

Quem estava na plateia relata que Campos não se apresentou como candidato, apesar de adotar uma postura que foi interpretada como tal pelos presentes.

Essa foi a primeira vez que a ABBC conseguiu que um candidato à Presidência aceitasse um convite para um bate-papo.

No Itaú BBA, Marina falou a cerca de 130 executivos. Os anfitriões foram o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal e o presidente do Itaú BBA, Candido Bracher. Na plateia, havia empresários como Daniel Feffer (Suzano) e Rubens Ometto (Cosan).

Segundo relatos de participantes, a ex-senadora disse que, sem poder registrar a Rede, entrou no PSB por afinidade com o programa da legenda.

No mês passado, Marina fez palestra no Credit Suisse. Na ocasião, criticou a política econômica atual e defendeu o tripé  do tucano  Fernando Henrique Cardoso formado por metas de  política fiscal austera.

A “REPÚBLICA DOS BANQUEIROS” COMEMORA PUBLICAMENTE OS 50 ANOS DO GOLPE 1 DE ABRIL DE 64

por DANIEL MAZOLA 
banco poupança

 As instituições financeiras foram as que mais colaboraram com a ditadura e se beneficiaram do golpe. Lucraram mais que tudo e todos! Não foi apenas um golpe militar, e sim um golpe militar-empresarial-civil apoiado pelos EUA, tendo a CIA como colaboradora.

O banco Itaú comemorou publicamente o aniversário do golpe, e vem sendo muito criticado nas redes sociais, por uma agenda da instituição distribuída aos seus correntistas. O referido material de divulgação traz no dia 31 de março, o dia oficial do golpe militar brasileiro, a data comemorativa “aniversário da revolução de 1964”. O fato causou indignação em vítimas da ditadura, correntistas e não correntistas, e internautas que repercutiram o fato.

1 abril
Em 1965, o Itaú ocupava a 150ª posição no ranking dos bancos brasileiros, quando estes ainda eram em menor número. Dez anos depois do golpe, já era o 2° colocado. Tornando-se o maior banco privado do país. Em 2013, o Itaú contabilizou um lucro líquido de R$ 15,7 bilhões. O maior da história dos bancos brasileiros.

Após muitas críticas e reclamações o Itaú Unibanco se defendeu, em nota, alegando ser “apartidário”: “O Itaú Unibanco informa que a agenda distribuída aos clientes conta com informações sobre datas relevantes ao longo do ano. O banco é apartidário e, em hipótese alguma, pretende defender uma posição política no conteúdo entregue aos correntistas”.

No Twitter, críticas, piadas e gozações: “Se o Itaú acha que houve revolução em 64, ele pode estar enganado sobre muitas outras coisas, como meu saldo, por exemplo”, escreveu um correntista. Mestre Helio Fernandes, você está coberto de razão: “NEM Deus muda a República dos banqueiros”. Só o povo!

Bancos lucram 59 bilhões e pagam salários de fome

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Afirma Juvândia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, “a proposta de conceder só a reposição da inflação é indecente. A greve continuará até que haja proposta melhor. Um setor que lucrou R$ 59 bilhões não pode dar aumento real? Mesmo que o lucro não tivesse crescido, ainda seria altíssimo. Não tem cabimento”. Os bancários em greve reivindicam reajuste de 11,93%, sendo 5% de aumento real, além da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no valor de três salários mais R$ 5.553,15 fixos, entre outros itens.

“No ano passado, foram nove dias de paralisação, que resultaram em reajuste de 7,5%, sendo 2% de aumento real. Em 2011, os bancários cruzaram os braços por 21 dias e voltaram ao trabalho com reajuste de 9% (1,5% acima da inflação). Foi a maior paralisação desde 2004.

“Vamos dizer não a esta proposta insuficiente e intensificar a mobilização, para conquistarmos um reajuste que seja minimamente proporcional ao lucro que os bancos obtém”, afirmou Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região.

A proposta da Fenaban é de 7,1% de reajuste nos salários (aumento real de 0,97%) e demais verbas, como vales alimentação, refeição e auxílio cheche/babá; 7,5% de reajuste para o piso (1,34% de aumento real); e 10% o reajuste na parte fixa da Regra Básica e no teto da parcela adicional da PLR (sem alteração no percentual do lucro líquido). Na nova proposta, o modelo atual da PLR (90% do salário-base mais R$ 1.540,00 limitado a R$ 8.414,34) fica mantido.

Em relação às demais cláusulas, permanece o que foi proposto no dia 05 de setembro, quando os bancos aceitaram reduzir o prazo de apuração do instrumento de combate ao assédio moral de até 60 para até 45 dias, além de criar um Grupo de Trabalho para análise das causas dos afastamentos por doença ocupacional no setor e realizar um seminário para discutir as mudanças tecnológicas nos bancos. Também fica mantida a proposta de não devolução do adiantamento emergencial de salário dos afastados por doença ocupacional que o INSS considera apto e o banco inapto ao trabalho.

A avaliação do Comando Nacional dos Bancários, é de que a proposta não significa 1% de ganho real sobre a massa salarial e é insuficiente. “Além de contemplar um ganho real muito pequeno, a proposta não traz mudanças na regra da PLR, apenas reajuste dos valores fixos. E pior: não temos sequer uma melhoria em emprego, saúde, condições de trabalho ou segurança bancária”, destaca Dias.

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Escreve Antônio Augusto de Queiroz:

Conjuntura de desafios para o movimento sindical

 

O movimento sindical, após as manifestações de junho e julho de 2013, retomou o ânimo e a capacidade de luta, a julgar pelo empenho contra o projeto de terceirização. Precisa intensificar as mobilizações e fortalecer a unidade de ação, especialmente entre as centrais sindicais, cujo papel na liderança e conscientização da classe trabalhadora é fundamental.

O movimento sindical brasileiro, que sobreviveu à ofensiva neoliberal das duas últimas décadas do século passado, precisa se preparar para enfrentar um cenário de grandes dificuldades que se avizinha.

Os desafios consistem, de um lado, em reunir forças para encarar a investida da mídia e dos patrões sobre os direitos dos trabalhadores, e, de outro, em apostar numa agenda positiva e na formação de quadros para garantir novos direitos e melhorar a correlação de forças nos embates no governo e no Congresso.

A primeira investida patronal sobre os direitos trabalhistas foi a proposta da Confederação Nacional da Indústria (CNI) de eliminar, reduzir ou flexibilizar 101 direitos e garantias trabalhistas e sindicais previstos na Constituição, em leis, em convenções da OIT, em decretos, em súmulas de tribunais, entre outros.

A segunda consiste na pressão para a aprovação do projeto de terceirização, cujo conteúdo nefasto é denunciado até por ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que não costumam dar opinião sobre matéria em apreciação no Congresso. Com exceção do setor empresarial, o PL 4.330 é contestado por todas as instituições vinculadas ao mundo jurídico, como a OAB, os estudiosos e juristas independentes, além da unanimidade do movimento sindical.

O governo da presidente Dilma não pode se omitir nesse debate nem permitir que setores do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que desejam a regulamentação da terceirização no serviço público, influenciem a decisão em favor do empresariado. É sempre bom lembrar que o ex-presidente Lula pediu a retirada no Congresso de projeto com conteúdo semelhante, enviado na gestão de FHC.

A terceira ofensiva patronal, sob o pretexto de combate à inflação, teve apoio dos jornais em uma série de editoriais, matérias e colunas de articulistas que atribuem a ameaça de retorno da inflação à indexação do salário mínimo, e não apenas ao aumento real que tem por finalidade recuperar o poder de compra do piso nacional, mas à própria correção anual com base na inflação passada.

Coincidentemente, esse movimento teve início assim que ficou claro que as renúncias e desonerações feitas pelo governo ao setor empresarial estavam com os dias contados. Como a escassez orçamentária impedirá a continuidade da política de incentivos fiscais e monetários, vão intensificar a campanha contra os direitos trabalhistas e previdenciários, pelo fim do aumento real do salário mínimo e dos reajustes dos benefícios previdenciários, entre outros.

Registre-se que a política de recuperação do salário mínimo, instituída pela Lei 12.382 de 2011, só tem validade até 2015. Para que vá além disso, o governo deve enviar novo projeto de lei até 31 de dezembro de 2015, dispondo sobre a valorização do mínimo para o período 2016 a 2019, conforme determina o artigo 4º da lei.

Sobre a agenda positiva, o primeiro passo seria cobrar da presidenta Dilma uma solução para o fator previdenciário, que ela prometeu apresentar em sessenta dias, considerando que esse prazo expira neste mês de outubro. Paralelamente a isso, exigir do Congresso a conclusão da votação da PEC de combate ao trabalho escravo e do projeto que destina 10% do PIB para a educação, além de pressionar pela inclusão em pauta da PEC que reduz a jornada semanal para quarenta horas.

Para melhorar a correlação de forças, duas medidas são fundamentais: investir na formação de novos quadros para as direções sindicais, cujo déficit é evidente nos movimentos sociais e estudantis de modo geral; e contribuir para a eleição de uma grande bancada sindical para a próxima legislatura no Congresso, sob pena de não termos como enfrentar a bancada empresarial, que vem crescendo eleição após eleição. Enquanto a atual bancada sindical se compõe de 91 parlamentares – oito senadores e 83 deputados –, a empresarial se aproxima de 250 congressistas.

O movimento sindical, após as manifestações de junho e julho de 2013, retomou o ânimo e a capacidade de luta, a julgar pelo empenho contra o projeto de terceirização. Precisa intensificar as mobilizações e fortalecer a unidade de ação, especialmente entre as centrais sindicais, cujo papel na liderança e conscientização da classe trabalhadora é fundamental.

Izânio
Izânio

Brasil desembolsa com juros quase o que gasta com Educação e Saúde

 

por Pedro do Coutto
No balanço publicado no Diário Oficial, edição de 30 de agosto, sobre a execução orçamentária nos primeiros oito meses do ano e previsão feita para todo exercício de 2013, a Secretaria do Tesouro Nacional revela que as despesas com o pagamento de juros pela rolagem da dívida interna vão atingir, em dezembro, o total de 187 bilhões de reais. Paralelamente, os gastos com Educação e Saúde vão alcançar o montante de 195,3    bilhões: 98,7 bilhões para a saúde, 96,6 para a Educação. O balanço está assinado pelo subsecretário do Tesouro, Gilvan da Silva Dantas.
As despesas com o pagamento de juros (atualmente na escala de 9% a/a) revelam que a dívida interna, portanto, está ultrapassando a casa dos 2 trilhões de reais. É só fazer as contas. O endividamento, que não inclui os compromissos externos, está crescendo acentuadamente. Há cerca de dois anos atingia 1 trilhão e 500 bilhões. O crescimento da dívida está avançando mais do que as despesas com Saúde e Educação, setores essenciais à existência humana e ao desempenho social do próprio país. Isso de um lado. De outro, mostra que o montante da dívida está se aproximando do total do orçamento federal, fixado em 2,2 trilhões de reais para este ano. Não confundir com o Produto Interno Bruto, projetado, como O Globo revelou na edição de 22 de setembro, reportagem de Luciana Carneiro, em 2,2 trilhões de dólares, portanto algo em torno de 4,6 trilhões de reais.
O desembolso com o pagamento dos juros (em nível superior ao da inflação apurada pelo IBGE) aproxima-se também dos gastos com o funcionalismo civil e militar da União, orçados em 206 bilhões, incluindo aposentados, reformados e pensionistas. Os encargos com o pagamento de juros destinam-se aos Bancos, especialmente Itaú, Bradesco e Banco do Brasil, contribuindo assim para uma maior concentração de renda no país, uma vez que, na realidade, os Bancos não são devedores da taxa Selic de 9%, são credores. Ilusão pensar o contrário. Utilizando inclusive, por fontes de divulgação do governo. Uma contradição.
É por essas e outras, como demonstrou Luciana Carneiro naquela edição de O Globo, que se consolida o processo de concentração de renda em nosso país. Basta considerar, como foi publicado que, apesar de ser a sétima economia do mundo em matéria de PIB, ocupamos o 51º lugar no que se refere à renda per capita; PIB dividido pelo número de habitantes. A renda per capita brasileira, por ano, é de 11,3 mil dólares. Abaixo da per capita da Argentina que é de 11,5 mil dólares.
ATRASO SOCIAL
E nosso atraso social, decorrente da concentração de renda, está fortemente refletido na colocação em matéria de qualidade de vida: estamos no 85º lugar. Nosso Índice de Desenvolvimento Humano é muito abaixo, nos encontramos bem aquém da média mundial. Em compensação, para pior, somos o 11º país em matéria de pagamento de impostos. Nossa carga tributária alcança 36% dos rendimentos do trabalho humano.
O fato é que, mantida a atual política de juros, não só a taxa Selic, mas as taxas cobradas pelos Bancos e Cartões de Crédito, a renda vai se concentrar cada vez mais. Basta lembrar que, nos créditos pessoais a rede bancária cobra 2,5% ao mês para uma inflação anual de 6%. E que os cartões de crédito, no refinanciamento de débitos, cobram de 7 a 8%, ao mês. A população vai se endividando cada vez mais e, cada vez menos, pode sair do sistema que, aparentemente, lhe oferece  vantagens. Mas, na verdade, a aprisiona. A propaganda é sempre sedutora. Na hora de pagar é que são elas, como se diz por aí.
 (Transcrito da Tribuna da Imprensa)
banqueiro suicídio crise banco

O ovo da serpente no Brasil tinha nome: PROER

por Gilmar Crestani

Ou, em outras palavras. Tudo pode quebrar, menos o bancos. Não é por acaso a parceria ideológica da Rede Globo com Itaú/Unibanco e a luta constante contra os governos de esquerda. A Finlândia provou que pode ser diferente. Afinal, os bancos são como as redes de esgoto, pelo qual desce as necessidades humanas, misturada com aquela dos desumanos. O sigilo bancário é um esgoto a céu aberto, protege o corruptor, o corrupto e o narcotraficante. O troço tá lá, boiando, mas fazemos de conta que não vemos…

La cadena de responsabilidades que comparten bancos y especuladores externos, junto a exponentes locales del establishmen

“Uno advierte realmente que se está ante una verdadera campaña anti Argentina, producto del éxito que tuvo nuestro patrón de acumulación”, aseguró ayer la presidenta Cristina Fernández de Kirchner durante un acto en Casa de Gobierno. La mandataria se refirió así a las críticas de fondos buitre y calificadoras de riesgo, con anuencia de actores locales. Aseguró que lo que se busca es que no se cumpla con los compromisos de deuda, con el objetivo de debilitar al país, en castigo por cambiar la lógica de acumulación económica. “El patrón de los noventa era hacer prevalecer lo financiero. Lo sustituimos por mercado interno, desarrollo industrial, valor agregado, administración del tipo de cambio y del comercio. Todo lo que nos han criticado puntualmente desde 2003”, afirmó. La Presidenta se refirió también a una de las herencias de esa década, los Tratados Bilaterales de Inversión (TBI): “Son prácticamente expoliatorios, antiargentinos (…) y además si uno los denuncia tienen como 15 o 20 años más de ultraactividad”.

Las presiones que recibió el país de varios exponentes del establishment financiero en las últimas semanas tuvieron como objetivo sumar incertidumbre, permitiéndoles sacar ventaja del desconcierto provocado. Las constantes presentaciones judiciales de los fondos buitre, las malas notas de las calificadoras de riesgo –las mismas que obviaron la crisis financiera internacional– y las críticas de algunos analistas y medios de comunicación locales dejan al descubierto el descontento de un sector ante el rechazo del Gobierno a seguir las clásicas recetas de ajuste. “Somos un mal ejemplo”, resumió la Presidenta desde el Salón de las Mujeres Argentinas del Bicentenario en la Casa de Gobierno, en que se entregó el DNI número veinte millones. En su discurso buscó dejar al descubierto ese tipo de intereses.

“¿Vieron que dicen que estamos aislados?”, preguntó con tono irónico la Presidenta sobre el inicio de su argumentación económica. Se refirió a las supuestas señales que el establishment pide para que el país se vuelva “atractivo”. “La remisión de utilidades es una muestra importante de las señales al mercado que hay que dar para que vengan a invertir. No estoy hablando de rentabilidad de compañías nacionales, estoy hablando de remisión de utilidades (de empresas extranjeras)”, puntualizó. Sobre la base de datos del Banco Central, informó que en los últimos nueve años giraron al exterior 41.093 millones de utilidades, lo que significa un promedio anual de 4566 millones. “Esto es 1,7 punto del PIB. Para que tengan una idea: el Plan de Asignación Universal por Hijo es 1,2 punto del PBI”, comparó.

“Son prácticamente expoliatorios, antiargentinos”, afirmó la Presidenta respecto de los Tratados Bilaterales de Inversión.
“Son prácticamente expoliatorios, antiargentinos”, afirmó la Presidenta respecto de los Tratados Bilaterales de Inversión.

Por último se refirió a las responsabilidades compartidas por los bancos extranjeros y empresarios que apostaron a que el país no iba a pagar. “¿Cuál es el negocio de los bancos? Es que no pagues, para que tengas que hacer revolving y entonces hacés la bicicleta financiera a la que estuvo sometida la Argentina desde 1976 hasta que vino (el ex presidente) Néstor Kirchner”, aseguró. Sumó en la crítica a empresarios que especulaban con que “se acabara la plata o con que no pudiera ser reelecta Presidenta de los argentinos”. “Porque saben que de esa manera se derrumban muchas cosas y ellos, unos muy poquitos, se llenan de oro y de plata a costa de la miseria de los argentinos. Por eso quieren quebrar”, argumentó.

En la explicación de la cadena de responsabilidades que comparten bancos y especuladores externos, junto a exponentes locales del establishment, hizo referencia a una nota publicada por este diario: “Son la quinta columna, como decían ayer en Página/12, alguien que desde adentro se juega para traicionar al país”, referenció la Presidenta. Leer más

De la globalización a los nacionalismos

El movimiento antiglobalización o altermundista, allá por la década de 1990, nos mostró la perversión de los objetivos de las multinacionales, la agresividad de sus movimientos de comercio a lo largo y ancho del mundo explotando trabajadores, contaminando mares, ríos y océanos o bombardeando el aíre con químicos perjudiciales no ya solo para la raza humana, si no para el resto de la biodiversidad del planeta.

El error también es nuestro. Tampoco hemos sido capaces de darnos cuenta de que luchamos contra el mismo enemigo: la ignorancia; y que sus cabecillas son los mismos para todos. Es normal que hoy catalanes, vascos, canarios o andaluces quieran pelear por su cuenta apelando a culturas ancestrales y excluyentes que no hacen más que negar parte de su ser y su cultura —lo quieran o no—.

La globalización procuró unir el mundo con estrechos lazos que borrasen las distancias y las diferencias. Crear un mundo homogéneo. Hoy, una vez que la globalización pierde fuerza, que los ataques contra las democracias se hacen evidentes y desvergonzados, nosotros, los pueblos, nos volvemos a equivocar y escondemos la cabeza debajo del ala más cercana, buscando la salida más fácil y reducimos nuestras fuerzas a la mínima expresión. Los nacionalismos surgen con fuerza pensando que lo único importante es que yo —mi nación— me salve. Pero eso ya no vale. No podemos engañarnos. Los problemas de uno, hoy, son los problemas de todos. El mundo, para salvarse, necesita de unión y mestizaje, de cooperación y solidaridad entre los pueblos.

En los últimos meses, en España, se ha producido una criminalización del funcionariado, sin precedentes, acrecentando su fama de vagos e incompetentes para que los ataques contra su calidad laboral sean vistos sin recelo por parte de los trabajadores asalariados, autónomos o parados. Estos últimos tampoco han salido mejor parados con argumentos parecidos sobre la ayuda de los 400€ que reciben. También hemos visto cómo la policía se ha sobrepasado en la contención de las protestas de forma descaradamente brutal, enfrentando a los ciudadanos que creen que los agentes son salvaguardas del estado y a los que los ven como una figura represiva. Después, ha surgido el empuje oportunista y demagógico del nacionalista Artur Mas en Cataluña. ¿Cómo es posible que miles de personas sigan a una persona por las calles de Barcelona coreando eslóganes a favor del independentismo y contra las políticas de Rajoy, cuando fue él, Mas, quién las implantó allí primero?

La única respuesta es que el capitalismo, nuestros dirigentes —siempre los mismos erigidos en un clan—, y las empresas y bancos cada vez más ricos, quieren dividir las fuerzas de su oponente para hacerle olvidar cuál es el camino que debería seguir para luchar por un mundo más justo, libre y honesto.

Divide et vince —Divide y vencerás—, es la máxima que parecen seguir en España y en el resto del mundo los malos de esta película que nunca parece tener final.

La globalización, la crisis económica, el ataque a las democracias exigen una acción global no excluyente, regida por el sentido común. Lo primero es no fragmentarnos, no dejar que nos dividan. Reunir fuerzas y empezar a pensar más con nuestra propia cabeza, con nuestros medios, en lugar de hacerlo a través de los sistemas de comunicación de masas y adoctrinamiento. Es normal que todos quieran abandonar un barco que se hunde; tonto el último. Pero, ¿porqué no nos amotinamos todos juntos contra el patrón inepto que lo gobierna? Leer más

Robar

por Manuel Martínez Llaneza
El DRAE define ‘robar’ en sus dos primeras acepciones como “Quitar o tomar para sí con violencia o con fuerza lo ajeno” y “Tomar para sí lo ajeno, o hurtar de cualquier modo que sea”. Para entender lo que significa el ‘para sí’, concepto esencial común a ambas, pondremos algunos ejemplos:

  • ROBAR es, por parte de un capitalista, apropiarse del producto del trabajo ajeno pagándolo miserablemente.
  • ROBAR es, por parte de un concejal de Urbanismo, recalificar terrenos o autorizar su uso en beneficio suyo y de su banda.
  • ROBAR es, por parte de una consejera de Educación, dejar en la calle a cientos de profesores para subsidiar a los colegios de su secta.
  • ROBAR es, por parte del gobierno, privar del mínimo sustento a los ciudadanos para dárselo a los bancos
  • ROBAR es, para un banquero, colocar preferentes a personas que le pedían abrir un depósito.
     (Transcrevi de Rebelión)