Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual

por Fernando Falconí Calles

 

O povo bobo da Globo
O povo bobo da Globo

Esta ley ha causado gran preocupación en los oligopolios mediáticos argentinos. Por esta razón, están utilizando toda clase de artificios jurídicos para dilatar su plena ejecución. El artículo 45 regula la cantidad de licencias. La puesta en vigencia de este artículo, por ejemplo, reduciría de 237 a 24 las licencias a nivel nacional que serían concedidas a Clarín. El artículo 161 dio un año de plazo a los licenciatarios para cumplir con la desinversión, a partir de que se establecieran los mecanismos de transición.

Sin embargo, las “acrobacias jurídicas” continuaron y el día 6 de diciembre de 2012, ¡qué casualidad!, dos jueces de la Cámara Civil y Comercial Federal amplían nuevamente el plazo para la plena aplicación de la ley 26.522, “hasta que haya sentencia de primera instancia”. Esta resolución la firman María Najurieta y Francisco de las Carreras. El otro miembro del Tribunal se encontraba de vacaciones.

El asunto de fondo es que el círculo del poder fáctico continúa funcionando en Argentina: las élites agroexportadoras, el sector financiero, los medios de comunicación privados. Esta trilogía se resiste a perder el control mediático. Es conocido que varios medios privados argentinos mercantilizan la palabra para defender los intereses de unos pocos. Se presentan –eso sí– como “prensa libre”.

En un acto que contó con la presencia de miles de argentinos/as que colmaron la Plaza de Mayo el domingo 9 de diciembre de 2012, la presidenta Cristina habló claro: “Quiero una democracia plena y profunda, sin privilegios de sectores minoritarios, ese poder económico concentrado que en una etapa se sirvió de los militares, porque eran golpes cívico-militares, hay que decirlo de una vez por todas”.

La presidenta también advirtió que a esos sectores, “cuando les fallan los fierros mediáticos, intentan construir fierros judiciales para tumbar a un gobierno”.

El pueblo argentino va a lograr –más temprano que tarde– deshacerse también del cuadro de la dictadura mediática privada.

Faz sucesso na internet a entrevista-bomba de Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça.

O sempre atento comentarista Manoel Vidal, ex-Chefe de Polícia do Rio de Janeiro, envia ao Blog uma entrevista que faz sucesso na internet, com a corregedora do Conselho Nacional de Justiça dizendo que é comum a troca de favores entre magistrados e políticos.

Na entrevista à revista Veja, em setembro do ano passado, a ministra Eliana Calmon mostra o porquê de sua fama. Ela diz que o Judiciário está contaminado pela politicagem miúda, o que faz com que juízes produzam decisões sob medida para atender aos interesses dos políticos, que, por sua vez, são os patrocinadores das indicações dos ministros.

Por que nos últimos anos pipocaram tantas denúncias de corrupção no Judiciário?

Durante anos, ninguém tomou conta dos juízes, pouco se fiscalizou. A corrupção começa embaixo. Não é incomum um desembargador corrupto usar o juiz de primeira instância como escudo para suas ações. Ele telefona para o juiz e lhe pede uma liminar, um habeas corpus ou uma sentença. Os juízes que se sujeitam a isso são candidatos naturais a futuras promoções. Os que se negam a fazer esse tipo de coisa, os corretos, ficam onde estão.

A senhora quer dizer que a ascensão funcional na magistratura depende dessa troca de favores?

O ideal seria que as promoções acontecessem por mérito. Hoje é a política que define o preenchimento de vagas nos tribunais superiores, por exemplo. Os piores magistrados terminam sendo os mais louvados. O ignorante, o despreparado, não cria problema com ninguém porque sabe que num embate ele levará a pior. Esse chegará ao topo do Judiciário.

Esse problema atinge também os tribunais superiores, onde as nomeações são feitas pelo presidente da República?

Estamos falando de outra questão muito séria. É como o braço político se infiltra no Poder Judiciário. Recentemente, para atender a um pedido político, o STJ chegou à conclusão de que denúncia anônima não pode ser considerada pelo tribunal.

A tese que a senhora critica foi usada pelo ministro Cesar Asfor Rocha para trancar a Operação Castelo de Areia, que investigou pagamentos da empreiteira Camargo Corrêa a vários políticos.

É uma tese equivocada, que serve muito bem a interesses políticos. O STJ chegou à conclusão de que denúncia anônima não pode ser considerada pelo tribunal. De fato, uma simples carta apócrifa não deve ser considerada. Mas, se a Polícia Federal recebe a denúncia, investiga e vê que é verdadeira, e a investigação chega ao tribunal com todas as provas, você vai desconsiderar? Tem cabimento isso? Não tem. A denúncia anônima só vale quando o denunciado é um traficante? Há uma mistura e uma intimidade indecente com o poder.

Existe essa relação de subserviência da Justiça ao mundo da política?

Para ascender na carreira, o juiz precisa dos políticos. Nos tribunais superiores, o critério é única e exclusivamente político.

Mas a senhora, como todos os demais ministros, chegou ao STJ por meio desse mecanismo.

Certa vez me perguntaram se eu tinha padrinhos políticos. Eu disse: “Claro, se não tivesse, não estaria aqui”. Eu sou fruto de um sistema. Para entrar num tribunal como o STJ, seu nome tem de primeiro passar pelo crivo dos ministros, depois do presidente da República e ainda do Senado. O ministro escolhido sai devendo a todo mundo.

No caso da senhora, alguém já tentou cobrar a fatura depois?

Nunca. Eles têm medo desse meu jeito. Eu não sou a única rebelde nesse sistema, mas sou uma rebelde que fala. Há colegas que, quando chegam para montar o gabinete, não têm o direito de escolher um assessor sequer, porque já está tudo preenchido por indicação política.

Há um assunto tabu na Justiça que é a atuação de advogados que também são filhos ou parentes de ministros. Como a senhora observa essa prática?

Infelizmente, é uma realidade, que inclusive já denunciei no STJ. Mas a gente sabe que continua e não tem regra para coibir. É um problema muito sério. Eles vendem a imagem dos ministros. Dizem que têm trânsito na corte e exibem isso a seus clientes.E como resolver esse problema? Não há lei que resolva isso. É falta de caráter. Esses filhos de ministros tinham de ter estofo moral para saber disso. Normalmente, eles nem sequer fazem uma sustentação oral no tribunal. De modo geral, eles não botam procuração nos autos, não escrevem. Na hora do julgamento, aparecem para entregar memoriais que eles nem sequer escreveram. Quase sempre é só lobby.

Como corregedora, o que a senhora pretende fazer?

Nós, magistrados, temos tendência a ficar prepotentes e vaidosos. Isso faz com que o juiz se ache um super-homem decidindo a vida alheia. Nossa roupa tem renda, botão, cinturão, fivela, uma mangona, uma camisa por dentro com gola de ponta virada. Não pode. Essas togas, essas vestes talares, essa prática de entrar em fila indiana, tudo isso faz com que a gente fique cada vez mais inflado. Precisamos ter cuidado para ter práticas de humildade dentro do Judiciário. É preciso acabar com essa doença que é a “juizite”. (Tribuna da Imprensa)