Livro relata envolvimento de FHC com a CIA

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Está esgotado nas duas maiores livrarias do Rio o livro da escritora Frances Stonor Saunders Quem pagou a conta? A CIA na Guerra Fria da cultura, no qual o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é acusado, frontalmente, de receber dinheiro da agência norte-americana de espionagem, para ajudar os EUA a “venderem melhor sua cultura aos povos nativos da América do Sul”.

O exemplar, cujo preço varia de R$ 72 a R$ 75,00, leva entre 35 e 60 dias para chegar ao leitor, mesmo assim, de acordo com a disponibilidade no estoque. O interesse sobre a obra da escritora e ex-editora de Artes da revista britânica The New Statesman, no Brasil, pode ser avaliado ao longo dos cinco anos de seu lançamento.

Quem pagou a conta?, segundo os editores, recebeu “uma ampla cobertura pela mídia quando foi lançado no exterior”, em 1999. Na obra, Frances Stonor Saunders narra em detalhes como e por que a CIA, durante a Guerra Fria, financiou artistas, publicações e intelectuais de centro e centro-esquerda, num esforço para mantê-los distantes da ideologia comunista. Cheia de personagens instigantes e memoráveis, entre eles o ex-presidente brasileiro, “esta é uma das maiores histórias de corrupção intelectual e artística pelo poder”.

“Não é segredo para ninguém que, com o término da Segunda Guerra Mundial, a CIA passou a financiar artistas e intelectuais de direita; o que poucos sabem é que ela também cortejou personalidades de centro e de esquerda, num esforço para afastar a intelligentsia do comunismo e aproximá-la do American way of life.

No livro, Saunders detalha como e por que a CIA promoveu congressos culturais, exposições e concertos, bem como as razões que a levaram a publicar e traduzir nos Estados Unidos autores alinhados com o governo norte-americano e a patrocinar a arte abstrata, como tentativa de reduzir o espaço para qualquer arte com conteúdo social.

Além disso, por todo o mundo, subsidiou jornais críticos do marxismo, do comunismo e de políticas revolucionárias. Com esta política, foi capaz de angariar o apoio de alguns dos maiores expoentes do mundo ocidental, a ponto de muitos passarem a fazer parte de sua folha de pagamentos”.

As publicações Partisan Review, Kenyon Review, New Leader e Encounter foram algumas das publicações que receberam apoio direto ou indireto dos cofres da CIA.

Entre os intelectuais patrocinados ou promovidos pela CIA, além de FHC, estavam Irving Kristol, Melvin Lasky, Isaiah Berlin, Stephen Spender, Sidney Hook, Daniel Bell, Dwight MacDonald, Robert Lowell e Mary McCarthy, entre outros.

Na Europa, havia um interesse especial na Esquerda Democrática e em ex-esquerdistas, como Ignacio Silone, Arthur Koestler, Raymond Aron, Michael Josselson e George Orwell.

O jornalista Sebastião Nery, em 1999, quando o diário conservador carioca Tribuna da Imprensa ainda circulava em sua versão impressa, comentou em sua coluna que não seria possível resumir a obra em tão pouco espaço: “São 550 páginas documentadas, minuciosa e magistralmente escritas”, afirmou.

Fonte: Jornal Correio do Brasil

A menina que roubava livros terminou em Gaza

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As comoventes imagens da menina que procura seus livros e cadernos na sua casa, destruída por um foguete em Gaza, lembram cenas do romance e filme de outra menina na Alemanha nazista.

O que era uma ficção se transforma em uma brutal e desumana realidade nas guerras do deserto. Principalmente na guerra das estrelas na Palestina. Precisamente da guerra da Estrela de Davi contra a Lua árabe. É um novo holocausto: agora dos palestinos, os antigos filisteus.

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The Book Thief  – A menina que roubava livros (título no Brasil) ou A rapariga que roubava livros (título em Portugal)) é um drama do escritor australiano Markus Zusak, publicado em 2005 pela editora Picador. No Brasil e em Portugal, foi lançado pela Intrínseca e a Presença, respectivamente.

O livro é sobre uma garota que encontra a Morte três vezes durante 1939–43 na Alemanha nazista.

The Book Thief tem como narradora a Morte, cuja função é recolher a alma de todos aqueles que morrem sem intervalos. Durante a sua passagem pela Alemanha, na Segunda Guerra Mundial, ela encontra a protagonista, Liesel Meminger, numa estação de comboio enquanto o seu irmão mais novo é enterrado próximo ao local.

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A menina, ao perceber que o coveiro presente deixou um livro, O manual do coveiro, cair na neve, rouba-o e é levada, então, até a cidade fictícia Molching, onde a sua mãe pretende entregá-la a uma família para que a adotem.

Na Rua Himmel, reside o casal de classe trabalhista formado por Hans e Rosa Hubermann. Lá, ela convive com os novos responsáveis e vai à escola.

Como ajudante de sua mãe, começa uma amizade com a mulher do prefeito Ilsa Hermann, embora ela só perceba o tamanho dessa amizade no fim da história.

Ao longo dos quatro anos que viveu com os Hubermann, roubou diversos livros e aprendeu lições com eles.

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No filme, a jovem Liesel Meminger (Sophie Nélisse) sobrevive fora de Munique através dos livros que ela rouba.

Ajudada por seu pai adotivo (Geoffrey Rush), ela aprende a ler e partilhar livros com seus amigos, incluindo um homem judeu (Ben Schnetzer) que vive na clandestinidade em sua casa.

Enquanto não está lendo ou estudando, ela realiza algumas tarefas para a mãe (Emily Watson) e brinca com a amigo Rudy (Nico Liersch).

A história revela quando terrível um regime que impõe o pensamento único, destrói a cultura de um povo, queima livros, cria uma lista de autores proibidos, estabelece o controle judicial-policial, e prende e arrebenta.

A história é uma mensagem de esperança. A fraternidade, a amizade, o amor ao próximo vence a Morte e a xenofobia, e todo tipo de preconceito, notadamente o racial.

Você entenderá porque os judeus são chamados de o Povo do Livro.

Nas ditaduras a polícia invade casas para roubar. Acontece o mesmo em Minas. Os tiras afanaram livros inéditos do jornalista Geraldo Elísio

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Queima de livros promovida pelo nazismo
Queima de livros promovida pelo nazismo

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa, em 1888, e morreu em 1935. Em 1934, lançou Mensagem, um pequeno livro em páginas. Praticamente sua obra poética foi publicada postumamente. Já pensou se a polícia de Salazar tivesse invadido sua casa?

Já pensou se a polícia de Franco tivesse invadido a casa de García Lorca?

A Gestapo de Hitler promoveu uma noite de queima de livros e manuscritos judeus. A fogueira alumiou por uma noite a Alemanha. E depois veio a escuridão, que hoje se espalha por Minas Gerais. Que os inimigos da claridade têm medo da Liberdade mesmo que tarde. Da Liberdade e da Verdade. Esse temor fez Azeredo senador apresentar para o Brasil uma lei de censura.

Minas Gerais hoje não possui liberdade de expressão. O jornalista que ousa investigar os rastros de sangue e pó, e os desvios de dinheiro público, que começam com os prefeitos ladrões, vai preso ou morre. Ou tem a casa invadida como aconteceu com Geraldo Elísio, Marco Aurélio Carone e outros.

No governo de Aécio Neves, um major, em uma solenidade oficial, fez uma estagiária de jornalismo ajoelhar, com o cano de um quarentão engatilhado e encostado no ouvido. Este major covarde desconfiou da garota, por ser uma novata. Acontece que a foquinha trabalhava na equipe de Andréa Neves, que governou Minas no lugar do irmão sempre “viajando”. O majorzinho terminou promovido a tenente-coronel e coronel. Era ajudante de (des)ordens de Aécio, e das ordens de silêncio pelos corredores de azulejos brancos. Onde levitava ou deslizava o governador, parecendo uma Estátua de Talco.

Denuncia Geraldo Elísio, Prêmio Esso Regional de Jornalismo e que trabalhou nos principais jornais do Brasil e no Novo Jornal de Minas Gerais, hoje censurado, e preso seu proprietário, o jornalista Marco Aurélio Carone:

– Uma equipe composta por um delegado e três outros investigadores do Depatri visitou-me com ordem de busca e apreensão de meu netbook, minhas cadernetas de telefone, CD’s e anotações, principalmente em um livro no qual escrevo poesias

– Esses atos são obra de Andréa [Neves] e seu irmão [senador Aécio Neves, PSDB-MG], para tentar desqualificar a Lista de Furnas e o mensalão tucano, para que não entrem em julgamento no STF. Para isso não estão titubeando em lançar mão de tentativas loucas e desmesuradas.

Quanto custam os originais de um livro? Só a posteridade pode avaliar. Quando os originais são destruídos considero um crime inominável. Um livro não valorizado hoje, pode se tornar um patrimônio da humanidade. Da mais famosa poetisa do mundo, Safo, não se conhece nenhum poema. Apenas versos esparsos citados por filósofos e poetas. Também foi destruída, pelos cristãos, a obra da mais célebre mulher filósofa da Antiguidade, Hipátia, que os católicos transformaram, na contrapropaganda, em Santa Catarina. Também a perseguição política e religiosa destruiu os manuscritos do Velho e Novo Testamentos.

Neste mundo capitalista do deus dinheiro temos alguns preços de leilões de livros e manuscritos:

  • ‘Codex Leicester’: Livro de anotações de Leonardo da Vinci escrito à mão. Datado do século 16, foi vendido por US$ 30,8 milhões (R$ 70 milhões) em 1994.
  • ‘Rothschild Book of Hours’: Livro ilustrado de orações escrito à mão. Datado do início do século 16, foi vendido por US$ 14,3 milhões (R$ 32 milhões) em 1999.
  • ‘Magna Carta’: Amplamente distribuído, porém escrito à mão e não encadernado. Uma cópia do século 13 foi vendida por US$ 21,3 milhões (R$ 48 milhões) em 2007.
  • ‘Birds of America’: Livro de desenhos coloridos feitos à mão pelo naturalista e pintor John James Audubon. Datado do início do século 19, foi vendido por US $ 11,5 milhões (R$ 26 milhões) em 2010.
  • Bay Psalm Book: (“O Livro de Salmos da Baía”, em tradução livre), de 1640, primeiro livro que se tem notícia que foi impresso nos Estados Unidos, US$ 30 milhões (cerca de R$ 60 milhões) em 2011.

Quando era foca, no final da década de 50, poucos jornalistas possuíam máquina de escrever. Quem tem computador comprou a prestações. Que a maioria dos jornalistas ganha o salário da fome e do medo. Roubar um computador é calar, amordaçar, mutilar as mãos de um jornalista. A Santa Inquisição cortou um mão de Cervantes. Os militares de Pinochet amputaram as mãos de √ictor Lara.

A polícia arbitrária e a justiça absolutista estupram a Constituição, que determina que bens relacionados com a profissão de um trabalhador, de um profissional liberal, inclusive para o funcionamento de uma empresa, são absolutamente impenhoráveis.

A invasão da casa de Geraldo Elísio foi um ato torpe, arbitrário, insano, ditatorial, kafkiano, imoral, principalmente depois que o procurador geral da República,o mineirto Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), as alegações finais do processo do valerioduto tucano, também conhecido como mensalão mineiro. No documento, Janot sugere a condenação do deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) a 22 anos de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. O documento tem 84 páginas e aponta “subversão” do sistema político-eleitoral.

O procurador recomendou como punição ao parlamentar multa de 623 dias-multa de cinco salários mínimos cada – o valor é calculado com base no salário da época em que o crime foi cometido. Em R$ 1998, era de R$ 130. A quantia estimada é de R$ 404.950, que serão corrigidos pela inflação caso o STF atenda o pedido da Procuradoria.

Informa ainda a jornalista Raquel Gondin (O Tempo):Na ação, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB) é acusado de peculato e lavagem de dinheiro por supostamente se associar ao grupo do empresário Marcos Valério para o desvio de verbas e arrecadação ilegal de recursos para a campanha eleitoral do PSDB para o governo de Minas em 1998.

Segundo a Procuradoria, os desvios teriam alcançado R$ 3,5 milhões que, em valores atualizados, passam para R$ 9,3 milhões.

“Ao desviar recursos públicos, Eduardo Azeredo pretendeu, ao fim e ao cabo, praticar mais um episódio de subversão do sistema político-eleitoral, ferindo gravemente a paridade de armas no financiamento das despesas entre os candidatos, usando a máquina administrativa em seu favor de forma criminosa e causando um desequilíbrio econômico-financeiro entre os demais concorrentes ao cargo”, diz Janot no documento.

Para Janot, há provas para a condenação de Azeredo. Ele rebateu argumentos apresentados pela defesa no processo de que Azeredo estaria isento das ações financeiras de sua campanha. Segundo o relatório, “há nos autos conjunto probatório robusto que confirma a tese acusatória e afasta por completo a tese defensiva”.

No documento, Janot reforça a denúncia assinada em 2007 pelo então procurador Antonio Fernando, que o mensalão mineiro foi “a origem e o laboratório” do PT. “A prática dos crimes descritos na denúncia só foi possível com a utilização do esquema criminoso montado por Marcos Valério Fernandes de Souza, mais tarde reproduzido, com algumas diferenças, no caso conhecido como mensalão”, afirmou o procurador Rodrigo Janot.

A denúncia do mensalão mineiro envolvia 15 pessoas, mas somente as acusações contra Azeredo e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG) serão julgadas pelo STF. Andrade é alvo de uma ação separada. Os dois parlamentares têm direito a serem julgados diretamente pela Suprema Corte devido ao foro privilegiado.

A CRIMINALIZAÇÃO DO JORNALISMO DE OPOSIÇÃO EM MINAS GERAIS

por Miguel do Rosário

Geraldo Elísio
Geraldo Elísio

Reproduzo a entrevista abaixo e quero deixar registrado a minha preocupação de que as liberdades no Brasil estejam se tornando um privilégio dos poderosos. De um lado, uma âncora de tv aberta pode elogiar o justiçamento bandido feito por jovens fascistas. De outro, um jornalista com 54 anos de carreira é perseguido pela polícia mineira por fazer seu trabalho com independência e coragem.

Há uma inversão de valores que sinalizam uma tendência repressora, e só para um lado. Jornalistas pró-tucanos recebem prêmios sem fim, aqui no Brasil e nos EUA. Jornalistas críticos ao PSDB são presos, processados, perseguidos, seus computadores, pendrives e documentos pessoais são apreendidos.

Onde isso vai parar?

“Acuso frontalmente o senador Aécio Neves e sua irmã…”

O Bloco Minas Sem Censura entrevistou Geraldo Elísio Machado Lopes, que tem 54 anos de jornalismo, e foi vítima de ação de busca e apreensão em sua residência, na sexta-feira, 31 de janeiro. Ex-colaborador do Novo Jornal, do qual já se afastara há sete meses para cuidar da publicação de livros de sua autoria, Elísio foi novamente convocado para o front das lutas pela liberdade. E acusa abertamente Aécio e Andréa Neves de estarem por trás dos atos de perseguição ao Novo Jornal. Língua afiada, Geraldo Elísio faz, ao final de sua entrevista um desafio aos Neves. Leiam.

MSC – Quem é você profissionalmente?

Geraldo Elísio – Um jornalista com 54 anos de atuação em todas as áreas das diversas mídias existentes, com orgulho de nunca ter sido desmentido e uma carga de luta a favor da redemocratização do Brasil pós o golpe civil militar de 64. E um Prêmio Esso Regional de Jornalismo, em 1977, do qual me orgulho mais ainda, não por vaidade, mas pelo sentido da causa: a luta a favor dos direitos humanos denunciando as torturas praticadas contra o operário Jorge Defensor Vieira, quando ainda existia o famigerado AI-5. Inúmeras coberturas políticas e algumas internacionais. Também artista multimidia.

MSC – O que aconteceu em sua residência na última sexta-feira 31 de janeiro de 2014?

Geraldo Elísio – Por volta das 15 horas o interfone do apartamento tocou, uma voz masculina perguntou por mim, me identifiquei e fui solicitado a comparecer ao portão. Assim o fiz e atendi a um delegado do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) e mais três policiais que o acompanhavam com uma autorização judicial de busca e apreensão, com a qual levaram meu netbook, pendrive, cds e cadernetas de telefone. Não cito os nomes porque não deixaram sequer o número do documento portado por eles e nem uma cópia do que foi arrestado, inclusive isto me soa estranho, pois no site do Tribunal de Justiça nada consta. Sei que existe o nome de alguém do Ministério Público e de algum juiz, mas como nada deixaram não posso dizer nomes. Na ditadura civil militar vi residências violadas na marra, mas com ordem judicial (será mesmo?) creio ser pioneiro.

MSC – A quem você atribui tudo isto?

Geraldo Elísio – Acuso frontalmente o senador Aécio Neves e sua irmã Andréa Neves, no ímpeto de destruir as provas de denúncias formuladas pelo site Novojornal. Principalmente as que se referem a denúncias de desvio de dinheiro público e a acusação de que Aécio é dito usuário incurável de cocaína. Porque saber que eu trabalhei no jornal virtual é público e notório. Foram quase seis anos com editoriais assinados, em todos oferecendo espontaneamente o direito de resposta a todas as pessoas físicas e jurídicas citadas em meus textos. E tenho convicção de estarem querendo desqualificar os documentos que comprovam o Mensalão Tucano Mineiro e a Lista de Furnas. Quanto à Lista de Furnas por que o senhor Dimas Fabiano Toledo a registrou em cartório? A Lista de Furnas teve uma cópia xerox que foi periciada nos Estados Unidos e o perito que a declarou falsa já tinha sido preso por perjúrio. Além do mais a Polícia Federal já atestou que ela é verdadeira. Porém, Andréa Neves se julga um gênio da comunicação e como não é, troca os pés pelas mãos. Tenho igualmente certeza de que a dupla formada pelos netos do doutor Tancredo Neves, autor da frase “O primeiro compromisso de Minas é com a liberdade” quer incriminar os deputados Rogério Correia e Sávio de Souza Cruz. Estão desesperamente tentando encontrar ou até forjar provas mediante intimidação. Nasci no Grande Sertão Veredas e sei que “viver é muito perigoso.” Não temo, não me intimido e se algo me acontecer nem é preciso dizer de quem é a culpa, obviamente ressalvadas as causas naturais. Se morrer, baixo o meu espírito em médiuns especializados em psicografia e continuarei a denunciar as tramoias dos Neves ou quaisquer outras.

MSC – E o que você pretende agora?

Geraldo Elísio – Eu já tinha decidido me afastar de enfrentamentos políticos, mas recebi um convite para uma briga boa. Estou no ringue. Claro, tenho os meus defeitos mas não preciso me envergonhar deles. Se ser pobre não é motivo de orgulho também não o é para vergonha. Vou oferecer a quebra de todos os meus sigilos, fiscal, bancário e telefônico às autoridades competentes e espero que Aécio e Andréa Neves façam o mesmo, pois ao contrário deles respeito o princípio jurídico de que até prova em contrário todos são inocentes e creio terem eles condições de tomarem a mesma atitude que eu. Irei ou enviarei correspondência a todos os órgãos ligados aos Direitos Humanos, inclusive à ONU denunciando o Estado de Exceção em Minas Gerais. E como no meu netbook existem os textos de três livros inéditos denuncio a minha condição de perseguido político sujeito à censura prévia de minhas obras. E a luta segue em frente.

 

Estudante brasileiro um dos piores em ranking leitura

opinião, imprensa, livro

 

Livro no Brasil, uma mercadoria de luxo vendida em papelarias com nome de livrarias, e supermercados. O preço continua absurdo, e apenas oferecem best sellers estrangeiros, que foram temas de filmes.

Os governos estaduais e municipais não investem em bibliotecas públicas, apesar da existência das secretarias de cultura apenas no nome, cujas verbas são desviadas para o pagamento de shows comícios e outros e-ventos políticos.

Nas escolas, os professores  desatualizados empurram os clássicos: Machado de Assis, romancista, e algum poeta parnasiano, também de leitura entediante para quem tem quinze anos. Ou algum livro paradidático, cujo autor escreveu nas coxas, acreditando que o jovem brasileiro, por natureza, não passa de um burro.

Os didáticos são também mal escritos, e não possuem a beleza de um livro, lembram cadernos xerocados, e selecionados via lóbi das editoras que faturam adoidado, repassando parte do lucro como jabá para secretarias de educação, diretores de colégios e alguns professores.

‘Leitores’ analfabetos

Quantas vezes, na Universidade, ouvi de estudantes de comunicação a triste revelação: “li, mas não entendi”? Leia mais 

Eu gosto desta idéia

livro 2

por Giovanna Souza

Olá, pessoal, olhem quem apareceu: EU! Estou sem internet, aí fica difícil de postar pelo celular… Mas hoje eu consegui, e estou aqui com uma proposta bem legal. Um dia desses a Renata postou uma campanha super legal no blog dela… É um abaixo assinado para reduzir os impostos sobre o preço dos livros. Gente, todo mundo sabe que os livros são bem carinhos… Seria ótimo que o preço deles abaixasse um pouco, só pra variar. Para assinar só é preciso o nome e o email. Eu já assinei, agora é a vez de vocês. Precisa de pelo menos 20.000 assinaturas… Vamos lá, isso não dura nem 3 minutos. Estou contando com vocês! Para assinar é só clicar aqui.

banco biblioteca livro

Bicheiro Cachoeira solto. Jornalista Ricardo Antunes preso

14-N jornalismo

Depois de amanhã completam dois meses de Ricardo Antunes preso, incomunicável, num calabouço secreto, de segurança máxima, do governador Eduardo Campos.

A Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou, hoje, a liberdade do bicheiro Cachoeira. A defesa de Cachoeira alegou que houve excesso de prazo para a conclusão da investigação, e o argumento havia sido aceito pelo relator, desembargador Tourinho Neto.

No mérito, Tourinho Neto manteve o voto pela liberdade e foi acompanhado pelo desembargador Cândido Ribeiro. A desembargadora Mônica Sifuentes foi contra a concessão do habeas corpus.

Há cerca de 10 dias, Cachoeira foi solto.

Cachoeira anda colecionando habeas corpus.

cachoeira detido

 

Ricardo Antunes foi trancafiado no dia 5 de outubro último, antevéspera das eleições.

Até hoje se desconhece o nome do advogado de Ricardo Antunes. Contra Ricardo a estapafúrdia publicação, ad infinitum, de um press release suspeito e contraditório  da polícia, informando da extorsão ou chantagem ou negociação de uma notícia de um milhão de dólares.

Ensina Angelina Nunes: Jornalismo investigativo é todo trabalho de jornalista que não se limita ao release, ao declaratório. O que o repórter deve fazer é cruzar dados, fuçar orçamento, ler editais, destrinchar leis, ouvir mais personagens, buscar as informações escondidas nas estatísticas. Uma boa matéria dá trabalho, requer tempo, algum dinheiro e capacitação.

José Roberto de Toledo: É mais fácil definir jornalismo investigativo pelo que ele não é: não é entrevista quebra-queixo, resumo de release, declaração de autoridade, curadoria de noticiário alheio. Investigar é procurar informações inéditas e socialmente relevantes, contextualizá-las no tempo e no conjunto de outras informações e contar uma boa história. Não precisa ser apenas sobre corrupção, não precisa mandar ninguém para a cadeia nem derrubar ministro. 

A prisão de um jornalista deve ser investigada. Pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), da qual Ricardo Antunes é sócio.

O caso Ricardo precisa ser analisado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope).

Que os órgãos de classe tranquilizem a profissão. Notifiquem que Pernambuco não está em temporada de caça.

Ricardo Antunes era o único jornalista que escrevia notícias do desagrado do governador Eduardo Campos.

O blogue de Ricardo, Leitura Crítica, foi fechado pela polícia. Veja a lista de dez bons livros escritos no cárcere. Clique aqui.

Existe ou não existe liberdade de expressão no Brasil?

Que crime praticou Ricardo para ser preso?

Nenhum jornalista, em Pernambuco, possui a fortuna de uma notícia de um milhão de dólares.

ditadura pesquisa indignados

PRIMAVERA VALENCIANA. Estudantes contra o terrorismo estatal

A repressão da Polícia espanhola contra a manifestação de estudantes em protesto pelos cortes na Educação, anunciados pelo Governo de Mariano Rajoy, está a surtir um eco de indignação.

Ontem à noite, no quarto dia de protestos, os confrontos em Valência resultaram em pelo menos 16 feridos, entre os quais 11 polícias, e 22 detidos, incluindo cinco menores de idade.

A carga policial atingiu não só manifestantes, mas jornalistas e transeuntes idosos.

As armas dos estudantes...

As armas dos estudantes…
... contra a brutalidades policial
... contra a brutalidade policial

Mensagens proliferam na Internet

Os confrontos — que incluíram várias cargas policiais — ocorreram na praça do Ayuntamiento onde os estudantes se concentraram desde cerca das 15:00 protestando em defesa da educação pública.

Além de protestar contra os cortes no setor os estudantes, convocadas pelas redes sociais, queriam igualmente manifestar o seu descontentamento pela ação policial em manifestações idênticas na semana passada.

Muitos dos estudantes estavam apoiados no local por pais e professores e até por alguns líderes políticos.

As autoridades advertem ainda sobre o papel das redes sociais na Internet para a proliferação de este tipo de situações. Aliás, para esta tarde foram convocadas concentrações de apoio a Valência nas principais cidades de Espanha e no twitter multiplicam-se as mensagens em prol da “Primavera Estudantil”.

Miles de jovenes – más de 20.000 – se han echado esta tarde a las calles de Valencia para seguir luchando contra los recortes en Educación y para protestar contra la brutalidad policial de los últimos días en la capital del Turia. A mediodía había dos convocatorias, una frente al Instituto Lluis Vives, en el centro de Valencia, y otra en Facultats, de donde partiría una marcha con destino al centro. Cerca de las cuatro de la tarde ambas convocatorias se fundieron cuando la segunda alcanzó la Estación del Norte, a apenas unos metros del Lluis Vives.

A partir de ahí, la marcha fue haciéndose cada vez más multitudinaria y se dirigió a la Plaza del Ayuntamiento, donde durante más de media hora los jóvenes (y también bastantes mayores) profirieron proclamas contra la Delegada del Gobierno, contra Canal 9, contra el PP o contra Rita Barberá, y a favor de la educación.

La policía hoy no ha hecho apenas acto de presencia en los aledaños de la marcha, que se movía libremente por el centro de la ciudad. Un helicóptero de la Policía vigilaba desde el aire los movimientos de los manifestantes, mientras que los furgones policiales (las llamadas “lecheras”) aguardaban en las cercanías del centro.

Mientras los manfiestantes valencianos suman ya más de 20.000 en las distintas ciudades de España empiezan a concentrarse en apoyo a la llamada “Primavera Valenciana” o “Primavera Estudiantil”, que de momento agitando los libros ha hecho recular a las porras (La República)

Brutalidade policial (vídeo) 

Agresión policial en Instituto Luis Vives (vídeo)

Policía agrede a estudiantes

Primavera valenciana