Luciana Genro: “Só os pobres pagam impostos. Os ricaços e os milionários dão o seu jeitinho”

aeroporto luciana

Luciana Genro, que foi candidata à presidência da República pelo Psol em 2014, bateu duro na RBS, afiliada da Rede Globo, por seu envolvimento na Operação Zelotes, da Polícia Federal.

“No caso da RBS, por exemplo, a investigação calcula que o grupo teria pago R$ 15 milhões em propina para ser absolvido de uma dívida fiscal de R$ 150 milhões! É um deboche com o povo que trabalha e paga seus impostos em dia”, disse ela.

“As autoridades calculam que a fraude sugou pelo menos R$ 5,7 bilhões dos cofres públicos. É um escândalo! Isso mostra que só os pobres e a classe média pagam impostos neste país. Os ricaços e os milionários dão o seu jeitinho: subornam funcionários públicos corruptos.”

Zelotes sonegação HSBC

A direita não se endireita. Só pensa em roubar o dinheiro dos serviços essenciais para os pobres e classe média baixa

por Roque Sponholz receita zelotes fiscal

A direita corrompe fiscais do Leão, que adora lamber dinheiro. Os zelotes corruptores passivos e ativos não serão presos jamais. Quando o prejuízo ao Fisco brasileiro com a sonegação de impostos é de R$ 19 bilhões, muito maior do que o descoberto na operação Lava Jato

A direita manda 20 bilhões de dólares para os paraísos fiscais via HSBC. Nenhum traficante de dinheiro será preso.

Somando apenas esses dois casos, o pobre povo pobre do Brasil perdeu quantos bilhões?

Taí o novo ministro da Fazendo prometendo uma política de cortes. Política boa de austeridade seria pegar essa dinheirama de volta.

 

A DIREITA ADORA OS SIGILOS FISCAL E BANCÁRIO. POBRE TEM TUDO QUEBRADO PELA POLÍCIA E PELOS SPCs E SERASAS

 

Anger
Anger

 

247 – Dois escândalos recentes, batizados como Swissleaks e Zelotes, evidenciam uma realidade brasileira: ricos não gostam de pagar impostos, nem de declarar todo seu patrimônio.

O caso Swissleaks, alvo de uma CPI no Senado, envolve 8.667 brasileiros que mantêm ou mantiveram contas secretas na Suíça, no HSBC de Genebra.

A Operação Zelotes fisgou uma quadrilha especializada em vender facilidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, causando um prejuízo estimado em R$ 19 bilhões.

Os dois casos tratam de um mesmo fenômeno: sonegação fiscal. O que une as duas pontas é a presença de nomes ilustres da direita brasileira, que tentam impor uma agenda conservadora à toda sociedade.

Nesta sexta-feira, uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo revelou que o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, é suspeito de pagar a maior propina da Operação Zelotes: R$ 50 milhões para cancelar uma dívida tributária de R$ 4 bilhões. Um “bom negócio”, com o pagamento de um real para cada 80 devidos (saiba mais aqui).

Jorge Gerdau Johannpeter
Jorge Gerdau Johannpeter

Gerdau é o principal mantenedor do Instituto Millenium, um instituto criado por empresários brasileiros para consolidar um pensamento único no País, alinhado à direita e ao neoconservadorismo.

Na página do Millenium, aparece como “grupo líder” (confira aqui), ao lado da Editora Abril, que publica Veja e cujo conselheiro editorial José Roberto Guzzo, um de seus principais articulistas, publicou artigo sobre como é insuportável viver no Brasil de hoje (leia aqui) – Guzzo, para quem não se lembra, foi um dos jornalistas citados no Swissleaks.

Voltando ao Millenium, abaixo do “grupo líder” aparece o “grupo apoio”, onde desponta a RBS, afiliada da Globo na Região Sul, comandada por Eduardo Sirotsky. O envolmento da RBS, assim como o de Gerdau, é com a Operação Zelotes, onde a empresa teria pago uma propina de R$ 15 milhões para abater uma dívida de R$ 150 milhões. Um negócio bom para quem gosta de levar vantagem, mas não tão bom quanto o de Gerdau. No caso da RBS, a relação seria de um real pago para cada dez devidos.

 

ARMÍNIO FRAGA, RICO DEPOIS DE PRESIDIR O BANCO CENTRAL, APARECE NAS DUAS MILIONÁRIAS MARACUTAIAS

 

Aroeira
Aroeira

Nesta sexta-feira, como lembrou Fernando Brito, editor do Tijolaço, a RBS é sócia de ninguém menos que o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso e ex-futuro ministro da Fazenda de Aécio Neves.

Em sua página, o Instituto Millenium informa trabalhar pela promoção da democracia, da liberdade, do Estado de Direito e da economia de mercado. Mas, e os impostos?

 

 

 

Afiadas presas e garras

Precisamos nos revoltar contra as cobranças exageradas, gananciosas, descabidas, à beira da ilegalidade.

Os movimentos libertários por um Brasil independente foram motivados contra os coletores de impostos de Portugal. A Inconfidência Mineira é um exemplo. Aconteceu o mesmo nos Estados Unidos. Contra os ingleses.

O Brasil aumenta os impostos para fazer caixa. O chamado déficit primário. Dinheiro reservado para pagar a dívida. Dívida jamais auditada. Para pagar obras superfaturadas do Ministério de Transportes. Serviços fantasmas na Educação. Voos de vampiros na Saúde.

Pro povo sobram patadas.