Na His Brasil, o reinado da corrupção
O Brasil tem várias encantadas ilhas, uma delas a das Cabras (aliás existem várias ilhas com este nome para confundir qualquer investigação, ou levantamento do mapa das desconhecidas ilhas oceânicas, marítimas e fluviais do Brasil).
Cada ilha tem um rei, concessão dada pelo governo. Como acontece nas ilhas das Cabras.
Do povo, fato (*), ninguém escuta o balido. Condenado a viver na miséria. Apesar do slogan de Dilma:
Em uma das ilhas das Cabras, ou dos cabras, reina o ex-senador Gilberto Miranda com o poder de indicar diretores de agências reguladoras dos altos preços dos serviços essenciais para o povo, fato, e das concessões das riquezas do Brasil para corsários e piratas.

A revista Época conta uma das histórias de enriquecimento rápido e constante de Gilberto Miranda:
Ex-senador Gilberto Miranda, conhecido como uma das pessoas mais influentes na Zona Franca de Manaus. Miranda fez fortuna intermediando negócios para indústrias que se instalaram na Amazônia, onde contam com abatimentos de impostos. Depois de se envolver em vários lances polêmicos nos anos 90, ele andava sumido. Agora, volta em seu melhor estilo com os celulares da Vivo.
Embora seja chamado de empresário, ninguém sabe dizer exatamente o que Gilberto Miranda faz. Na concorrência dos celulares, é a mesma coisa. Suas pegadas estão por lá, mas, por alguma razão, ninguém explica claramente o motivo.
Gilberto Miranda fez sua fortuna, estimada em centenas de milhões de dólares, como sócio das indústrias que se instalavam em Manaus. Influente, ele ajudava empresas a obter as licenças para abrir suas fábricas e ganhava em troca participação no capital das companhias, algumas de grande porte, como as filiais da IBM e da Xerox. Mais tarde, revendia as ações para as próprias empresas. Isso foi muito comum no auge na Zona Franca, 30 anos atrás. Até hoje o ex-senador é poderoso na Amazônia. “Temos de levar em conta cada centavo de custo na cadeia produtiva, incluindo a viabilidade dos incentivos fiscais na Zona Franca de Manaus”, respondeu Gauch, da Vitelcom, ao ser questionado sobre a razão que levaria Miranda a tornar-se sócio da empresa na fabricação de celulares. O executivo afirma que a fábrica de celulares ainda pode ir para outro Estado. No passado, Miranda teve contrato para fabricar telefones em Manaus para a Vitelcom. “Era outra época”, diz Gauch.
Uma das maiores qualidades de Miranda como empresário é sua capacidade de sedução. Filho de um tintureiro pobre do interior de São Paulo, ele foi professor de natação e estudou Direito, em Brasília. Teve seu primeiro contato com a Zona Franca de Manaus ao defender uma empresa acusada de contrabando de máquinas de calcular. Há 30 anos, possuía um Passat e um patrimônio de US$ 10 mil. Foi quando abriu sua primeira empresa em Manaus. De lá para cá, sua vida mudou muito. Bon vivant, dono da Ilha das Cabras, no litoral de São Paulo, vive cercado de belas mulheres e costuma ser generoso com os amigos. Também ficou conhecido por ajudar os companheiros de política, cedendo jatinhos para as campanhas eleitorais. Transcrevi trechos. Leia mais. Fique conhecendo mais uma história das privatizações do Brasil do estado mínimo da globalização unilateral. Conheça a outra ilha de Gilberto Miranda: a de Bagres

(*) Coletivo de cabra
Concessão de ilha no Brasil é um bilionário presente do Governo, dado de graça. Veja galeria de fotos.
Vários cabra safados e empresas receberam ilhas doadas, inclusive existe uma lista de ilhas para vender na internet. Quem vai investigar essa safadeza?