O Mineirão, estádio Governador Magalhães Pinto, líder civil do golpe de 64, foi inaugurado em 5 de setembro de 1965. Desde então, transformou-se no mais importante palco esportivo de Minas Gerais.
De 2010 a 2012, o estádio passou por uma obra de modernização para se adequar aos padrões da Fifa.
A reforma, conforme revelação do governo de Minas Gerais, consumiu R$ 665,8 milhões.
Em 2 de fevereiro de 2009, o governador Antônio Anastasia (PSDB), sucessor e eleito por Aécio Neves, apresentou o projeto de modernização do Mineirão. O projeto assegurou a preservação da fachada original (nos mesmo moldes em que foi realizada a reforma do Estádio Olímpico de Berlim).
Entrada do estádio em 2007. Clique na foto para ampliar
A nova capacidade é de 62.160 espectadores, menos da metade do maior público da história do estádio, de 132.834, registrado na vitória do Cruzeiro sobre o Villa Nova, por 1 a 0, na decisão do Campeonato Mineiro de 1997.
O Mineirão ganhou 98 camarotes, áreas Vip e Very Vip, 2.569 vagas de estacionamento (1530 cobertas e 1039 descobertas), uma esplanada externa, área aberta que o conecta com o Ginásio Mineirinho.
Durante os próximos 25 anos, o “Gigante da Pampulha”, como é conhecido, será administrado pela concessionária Minas Arena.
Tudo que o jornalista Marco Aurélio Carone denunciou faz parte de um inquérito judicial que levou Azeredo a renunciar o mandato de deputado, para não perder a legibilidade.
Que arbitrariedade leva a polícia do governador Antônio Anastacia impedir a visita de deputados a Carone, que dizem está sofrendo tortura moral, e ameaçado de morte?
Se a vida de Carone corre perigo, nada mais justo e humano que a Assembléia Legislativa investigue.
Denúncia do VioMundo: A Comissão de Direitos Humanos da ALMG esteve dia 12 úlimo, no presídio Nelson Hungria, em Contagem, para realizar uma visita oficial ao jornalista Marco Aurélio Carone, com o objetivo de verificar seu estado de saúde e colher depoimento sobre sua prisão.
Contudo, os deputados da comissão foram impedidos de colher qualquer depoimento de Carone ou de realizar qualquer registro do encontro.
A notícia chegou para o deputado Durval Ângelo (PT), presidente da comissão, através da Secretaria de Defesa Social do Estado, que disse estar cumprindo “ordens superiores” e que o assunto se tratava de “segurança do Estado”.
Com esta absurda restrição, os deputados cancelaram a atividade e irão cobrar do Governador esclarecimentos sobre este cerceamento de poderes da Assembleia Legislativa.
A visita havia sido acordada com deputados da base aliada do Governo, que concordaram com a ida ao presídio após o deputado Rogério Correia (PT) abrir mão de um requerimento de audiência pública na ALMG com a presença de Carone.
Agora que o acordo foi descumprido, o requerimento deve ser feito novamente, de forma a garantir o depoimento do jornalista para a Comissão de Direitos Humanos.
Na opinião do deputado Durval Ângelo, corroborada pelos colegas Rogério Correia e Adelmo Leão, este episódio trata-se de um caso explícito de censura e mostra o caráter de preso político dado ao jornalista Carone, que, através do Novo Jornal, denunciou o mensalão tucano e a Lista de Furnas.
Ambos os casos de corrupção tiveram suas provas principais periciadas e comprovadas autênticas por laudo da Polícia Federal.
Estiveram no presídio Nelson Hungria hoje, representando a Comissão de Direitos Humanos, os deputados Durval Ângelo (PT – presidente da comissão), Adelmo Leão (PT – Vice-presidente da comissão), Rogério Correia (PT), Duarte Bechir (PSD), Célio Moreira (PSDB) e Sebastião Costa (PPS),além da advogada de Marco Aurélio Carone, Dra. Sandra Moraes.
Assessoria de Imprensa – Raul Gondim
PS do Viomundo: Conversei com o deputado Rogério Correia logo após receber o e-mail acima da sua assessoria. “Nunca a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas foi impedida de fazer uma visita oficial a um preso no Estado. Foi a primeira vez que isso aconteceu. Até o Fernandinho Beira Mar nós fomos ouvir”, diz, ainda abismado. “A Secretaria de Segurança alegar ‘ordens superiores’ porque se trata de caso de ‘segurança do Estado’ só prova o que denunciamos desde o início: a prisão de Carone é armação política e ele, um preso político.” Conceição Lemes
VAI SER UMA INVESTIGAÇÃO PARECIDA COM A DA CHACINA DA FAMÍLIA PESSEGHINI
Os governadores que construíram os estádios (as arenas, os gigantescos Coliseus) fogem da Copa do Mundo como o diabo foge da cruz. Idem os prefeitos que também se envolveram na construção de obras de infra-estutura, que enriqueceram muitos e motivaram mais de 250 mil despejos.
O presidenciável Aécio Neves não fala mais da Copa que defendia. Eduardo Campos não fala mais do estádio que mandou construir na Mata de São Lourenço. Dilma, que se encontra em viagem ao exterior, convocou uma reunião de emergência para quando retornar ao Brasil. A decisão foi tomada depois que um manifestante foi baleado pela polícia do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), neste sábado, durante um protesto contra os gastos da Copa.
A intenção de Dilma é traçar uma estratégia de emergência para evitar que os protestos cresçam e atinjam o ápice durante o Mundial.
Isso será impossível. Este 2014 um ano de eleições. Os partidos políticos vão usar a Copa como bandeira. Pretendem levar a campanha eleitoral para o campo… emocional.
Foram convocados para a reunião de Dilma os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Celso Amorim (Defesa) e Aldo Rebelo (Esportes). De acordo com auxiliares da presidente, Dilma foi informada de que os protestos contra a Copa feitos no sábado foram violentos, com pessoas feridas, depredações e ondas de vandalismo realizadas por infiltrados, inclusive uma polícia que espanca, prende e mata.
A presidente, então, convocou a reunião para a volta ao Brasil, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.
O ministro da Justiça está em férias. De acordo com sua assessoria, deve retornar ao trabalho nesta terça-feira. E já encontrará uma série de demandas envolvendo a segurança da Copa, maneiras de evitar que os tumultos se espalhem pelo País e formas de conter a ação violenta contra as manifestações por parte dos soldados estaduais. A fonte deste notícia é a revista Veja que, em conúbio com os jornalões, pretende transformar Dilma no único alvo dos protestos. Será que os marqueteiros burros da presidente não percebem?
Uma mão lava a outra, juntas limpam os cofres públicos! Anastasia entrega a Gurgel a medalha que Aecio conferiu. Viva o Brasil !
O Conversa Afiada reproduz e-mail e links enviados por Stanley Burburinho:
No dia 12 de julho de 2013, Gurgel foi até Belo Horizonte para receber a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek, entregue pelo governador de MG, Anastasia (PSDB), mas que foi concedida a Gurgel em 2009, ainda durante a gestão de Aécio na administração estadual. E no mesmo dia, Gurgel disse que “nos próximos dias” emitirá parecer sobre a representação feita contra Aécio e a irmã dele Andrea Neves.
No dia 23 de julho, sete dias úteis depois de receber a medalha concedida por Aécio, Gurgel, que deixou ontem o cargo, decidiu arquivar o pedido de investigação contra Aécio.
Capaz de também decretar o fim das passeatas de protesto contra a corrupção. Várias manifestações estão marcadas para o dia Sete de Setembro. Goiás é um Estado cheio de presepadas nos três poderes.
Onda de greve nunca mais
Escreve Rodolfo Cardoso
Foi assinado pelo governador Marconi Perillo (PSDB) o decreto de nº (7.964) que estabelece medidas administrativas contra paralisações e greves de servidores públicos.
O texto prevê corte de pontos, instauração de processo administrativo disciplinar para efetivos e exoneração de imediato àqueles que ocupam cargos ou funções comissionadas. Ele também, determina a convocação expressa dos funcionários por meio do Diário Oficial a reassumirem suas funções.
A resolução tem como parágrafo único o seguinte termo: “Somente em caso de acordo celebrado pela categoria profissional com o Poder Público, a fim de que haja a reposição dos dias não trabalhado, é que será autorizado o pagamento dos valores relativos aos descontos na folha”.
O decreto também autoriza o Governo a promover o compartilhamento da execução de atividades com outros entes, a remanejar servidores, mesmo com mudança de domicílio, para substituições e a celebrar contratos temporários em caráter emergencial – “com a finalidade de conter ou mitigar os efeitos provocados por greves, paralisações ou retardamento administrativo”.
A nota técnica, assinada pelo procurador Rafael Arruda Oliveira, diz que a União também editou um decreto no mesmo sentido e nega “pretensão de se disciplinar o exercício do direito de greve constitucionalmente garantido”.
[Lá em MInas Gerais o governador tucano Antonio Anastasia quis acabar com as passeatas. Botou a polícia dele nas ruas. Tem até um viaduto da morte. Mas o povo unido nunca é vencido. T.A.]
A corrupção rola e deita no País da Geral. Tem assassinatos. Corrupção mil. Foi em Belo Horizonte que o marqueteiro Marcos Valério ganhou duas agências de publicidade de presente: uma dada pelo sobrinho de um vice-presidente da República, outra por um vice-governador de Minas Gerais.
Em Minas começou, não podia ser em outro lugar, o mensalão, com a lista de Furnas, a morte da modelo Cristiana Ferreira.
Em Minas, onde reina a Lei Mânica, o Tribunal de Justiça é tardo e… falha.
Crimes e mais crimes engavetados. O povo precisa ir para as ruas pedir justiça.
De uma reportagem do Novo Jornal: “Função de repórter não é ser advogado de defesa ou assistente de acusação, menos ainda promotor ou juiz. Mas narrar os fatos ocorridos e em sendo necessário compará-los.
O goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, já está encarcerando a alguns anos acusado de ser o mandante da morte da modelo Elisa Samúdio, num rumoroso caso onde não foi encontrado o cadáver e que, teoricamente, do ponto de vista técnico jurídico, não permitiria a detenção do goleiro flamenguista.
Para complicar a situação, policiais e membros do Judiciário foram envolvidos em denúncias de extorsão e um dos indigitados matadores da modelo, o ex-policial Bola, foi expulso dos quadros da polícia de São Paulo, admitido na Polícia Civil de Minas Gerais, de onde acabou expulso também, mas mesmo assim no sítio dele era onde um grupo tático de policiais participava de treinamentos sem nenhuma explicação do governo de Minas ou da cúpula da Polícia Civil do Estado.
Condenação
Por outro lado, há quase três anos o teólogo e detetive particular Reynaldo Pacífico, acusado de matar a modelo Cristiane Aparecida Ferreira, nas dependências do San Francisco Flat, no centro de Belo Horizonte, foi condenado a 14 anos de reclusão em regime fechado e jamais foi detido.
Na época, o crime ganhou repercussão nacional por envolver o nome de vários políticos de projeção, entre eles o ex-governador Itamar Franco, o ex-secretário da Casa Civil, Henrique Hargreves, o ex-governador Newton Cardoso, o ex-ministro do Turismo do primeiro governo do presidente Lula, Walfrido dos Mares Guia e o presidente da Companhia Energética de Minas Gerais, Djalma Moraes.
Durante o júri popular foram citados para comparecer e depor o ex-governador Newton Cardoso e o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia. Newton Cardoso compareceu e depôs, dizendo-se isento de qualquer responsabilidade com o crime, tese que foi aceita. O ex-ministro Walfrido dos Mares Guia não compareceu perante o juiz singular, e em sua defesa alegou uma viagem inadiável a Miami”.
Clique nos links.
Que acontecerá em Belo Horizonte se os jovens seguirem o conselho do Papa?
Vai muita gente cair do Viaduto da Morte.
Escreve R7 Notícias: “Em meio às manifestações contra a Copa das Confederações e outras reivindicações que são realizadas em Belo Horizonte, um viaduto localizado na avenida Antônio Carlos, na Pampulha, ganhou papel de risco. A estrutura que liga a avenida Antônio Abrahão Caram — principal via de acesso ao estádio Mineirão — à avenida Antônio Carlos, deixou cinco feridos e um morto. Todas essas pessoas caíram do viaduto durante confrontos entre manifestantes e policiais militares nas sequências dos protestos”.
Manifestantes foram ouvidos na tarde desta terça-feira (25) em uma reunião extraordinária na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Segundo o deputado Durval Ângelo, os militantes denunciaram abusos policiais praticados durante o protesto do último sábado (22) em Belo Horizonte.
Ainda segundo o parlamentar, denúncias muito sérias foram apresentadas na reunião. Uma delas foi um depoimento do médico Giovano Iannotti que afirmou ter tido uma arma apontada para si quando atendia o primeiro manifestante a cair do viaduto José Alencar e que a polícia negou socorro à vítima. “Além disso, ele denunciou que havia um policial mascarado que inclusive deu garantia para que ele atendesse ao ferido”, afirmou o deputado.
Durval Ângelo disse também que um cadeirante denunciou ter sido alvo de várias balas de borracha da Polícia Militar (PM) durante os protestos e foi atingido na barriga quando algumas pessoas tentavam ajudá-lo a sair do local. Outra denúncia foi de uma manifestante que afirma ter sido atendida com grosseria por um médico do Instituto Médico-Legal (IML). “Estamos tentando agora identificar esse médico”, garantiu. (R7)
Investigação
Membros da Comissão também demonstraram preocupação com o fato de que profissionais como advogados, médicos e jornalistas possam ter sua atividade cerceada durante os atos. Para viabilizar o trabalho dos advogados e a assessoria jurídica aos participantes, foi levantada a possibilidade de que seja indicado um local único para onde seriam levados os detidos durante as manifestações.
Paralelo ao trabalho da comissão, a Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu processo investigatório sobre as denúncias de abuso. Estão sendo analisados mais de 1.500 vídeos e diversos depoimentos de manifestantes e policiais para que as responsabilidades sejam verificadas. Uma das medidas foi solicitar à Prefeitura que disponibilize as imagens gravadas pelo sistema “Olho Vivo” ao longo dos trajetos das passeatas de sábado. (Jornal O Tempo)
Policiais são baderneiros?
Policiais queimam o caixão do governador de Minas Gerais
Cerca de 250 policiais civis fecharam a Praça Sete, no Centro de BH, em manifestação na tarde desta terça-feira. De acordo com a BHTrans, a passeata saiu da Praça da Assembleia Legislativa, na Avenida Álvares Cabral, e seguiu pelas avenidas Professor Antônio Aleixo, Bias Fortes e São Paulo até a Avenida Afonso Pena, onde os dois sentidos ficaram interditados. Os protestantes penduraram faixas em torno do Pirulito e queimaram caixões no meio da via.
A categoria, que anunciou greve em 10 de junho, realizou assembleia geral no pátio da Assembleia Legislativa às 14h30 e, em seguida, decidiu seguir em passeata pela capital. Eles reivindicam a revisão da Lei Orgânica da Polícia Civil, que define o plano de carreira da corporação, que já foi entregue à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para avaliação dos deputados estaduais.
Adilson Bispo, diretor de mobilização do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol/MG), afirma: “Decidimos que, enquanto a lei não for sancionada, não voltaremos ao trabalho normal. A greve está na mão do governo”. De acordo com o diretor, a greve está respeitando a legislação, que determina a escala mínima de 30%.
A manifestação durou pouco mais de uma hora e complicou o trânsito no Centro da capital. Militares do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) , agentes da BHTrans e da Guarda Municipal foram até o local acompanhar o protesto e alertar motoristas sobre a interdição da via. (Jornal O Estado de Minas)
Nota do redator do blogue: A polícia militar foi para a manifestação sem cavalo, sem cachorro, sem metralhadora, sem cacete. Deu uma de guarda de trânsito. Foi uma manifestação pacífica.
Enquanto o governador Antônio Anastasia queimava simbolicamente na fogueira de seu própria polícia uma manifestante contra a corrupção lutava pela vida
A guerreira Júlia Paulinelli
Para quem conhece ou não a grande guerreira Julia Paulinelli . Ela foi atingida na cabeça por uma bomba em Belo Horizonte, em um confronto com a Policia Militar. Teve tímpanos estourados e traumatismo craniano ( com um pequeno coágulo ). Felizmente não será preciso cirurgia .
Quantos serão necessários ficar assim? Por uma luta tão óbvia?!
Peço que compartilhem, pois sei que ela se torna um símbolo contra essa tirania perversa que vários dos nossos estão enfrentando, principalmente nas grandes capitais.
A coragem é Contagiosa (Túlio Torri)
Decorrente de mais de 20 anos de assassinatos, afrontas à lei, desafios à Justiça e impunidade, o medo que ronda a imprensa do Vale do Aço faz mais vítimas, além do repórter Rodrigo Neto, de 38 anos, executado em 8 de março, e de seu colega de trabalho, o fotógrafo Walgney Assis Carvalho, de 43, morto no domingo, 37 dias depois. Acredita-se que os casos estejam ligados e as suspeitas recaem sobre um esquadrão de extermínio formado por policiais militares e civis. Rodrigo vinha denunciando que pelo menos 20 integrantes das forças de segurança acusados de execuções continuavam impunes. Antes dos dois últimos assassinatos, havia cinco profissionais de jornais e rádios sediados em Ipatinga especializados na cobertura policial. Dos três sobreviventes, dois estão sob ameaça, enquanto o outro pediu demissão e fugiu da cidade sem deixar rastro. As informações são da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e do comitê de profissionais de imprensa que acompanha as investigações. Com os dois homicídios, o Brasil passou a ocupar o terceiro lugar em mortes de jornalistas, segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras, com quatro óbitos neste ano – metade em Ipatinga. Fica atrás apenas do Paquistão e da Síria, países em conflito armado que registraram cinco mortes.
O Estado de Minas conseguiu contato com o repórter que abandonou a cidade. Ele relata o pânico que ronda os profissionais e os impede de confiar nas forças de segurança pública, e até mesmo em programas de proteção do Estado. “É impossível exercer a profissão com o mínimo de segurança, hoje, no Vale do Aço”, desabafou o repórter, que falou ao EM de uma cidade distante de Ipatinga. “Depois que mataram o Rodrigo e o Walgney, sobramos apenas três na linha de frente da reportagem policial. Dois vinham recebendo ameaças, sendo que um deles até andou com escolta armada. Não quis esperar minha vez chegar”, disse.
De acordo com o jornalista, o grupo de extermínio que age nas principais cidades do Vale do Aço não aparenta ser um grupo de pistolagem que receba dinheiro de empresários, políticos ou do crime organizado, mas sim uma frente de policiais que se impõe pela violência e pelo medo, eliminando desafetos ou acusados de crimes contra integrantes das forças de segurança. Para isso, investem até mesmo contra famílias e amigos de quem consideram seus inimigos. “Tenho medo pela minha segurança, mas também pela dos meus pais e amigos. Essas pessoas tentam atingir seus alvos por meio dos familiares e conhecidos. Matam e até envenenam para atrair quem está escondido”, disse.
Perguntado se pensa em procurar a polícia ou o Ministério Público para pedir proteção, o jornalista de Ipatinga descarta essa possibilidade, por temer por sua segurança e não confiar na estrutura do poder público. “Meus amigos (Rodrigo e Walgney) denunciaram e não adiantou. Terminaram mortos. Não confio em mais ninguém”, afirma. Antes de o fotógrafo ter sido morto, no último domingo, o repórter conta que a mãe já pedia ao colega que abandonasse a profissão, e a cidade também, com medo de que algo pudesse acontecer.
Exilado
O jornalista nutre poucas esperanças de retornar à cidade do Vale do Aço. “Lá não vou ter tranquilidade. Estou com o coração partido, porque amo minha profissão, meus pais e todos os que deixei, mas não tenho condições de voltar”, lamenta. “Eu já estava ficando com paranoia. Não tinha mais vida social. Tudo o que acontecia achava que era alguém me perseguindo”, relata. “Se saía com amigos, nunca me sentava de costas para a rua e não deixava ninguém fazê-lo, com medo de alguém em uma moto passar atirando. Quando chegava em casa, dava duas voltas no quarteirão para ver se havia alguém me seguindo.”
O Comitê Rodrigo Neto, que acompanha as apurações dos crimes contra a imprensa local, divulgou nota manifestando “indignação com as declarações do subsecretário de Defesa Social, Daniel de Oliveira Malard”, que disse em Ipatinga que jornalistas deveriam ser cuidadosos como medida para sua segurança, “tal como o fazem juízes e policiais”. De acordo com o comitê, “ao transferir a responsabilidade da segurança aos próprios jornalistas, o Estado mais uma vez dá mostra da fragilidade do sistema e descontrole sobre as forças de segurança do Vale do Aço”. O grupo lembra ainda que promotores, juízes e policiais “têm porte de arma, treinamento e escolta policial, se solicitada”. A Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgou ontem nota referente ao assassinato do fotógrafo Walgney, manifestando repúdio ao que classificou como mais um atentado à liberdade de expressão e, diante das evidências de ligação do crime com a morte do repórter Rodrigo Neto, cobrou elucidação dos casos e punição dos culpados.
Denunciados impunes
As denúncias que Rodrigo Neto divulgou no Jornal Vale do Aço vêm sendo feitas na região há anos e fazem referência a 10 casos, com pelo menos 20 mortos desde 1992. São citados 21 policiais envolvidos. Nenhum foi condenado até hoje, ainda que oito procedimentos tenham sido abertos. Três foram concluídos sem qualquer punição. Quatro estão em tramitação. Sobre o último não há informações.
Rodrigo morreu na madrugada de 8 de março, quando saía de um bar no Bairro Canaã, em Ipatinga, e entrava em seu carro. Dois criminosos passaram em uma moto e atiraram no repórter, que chegou a ser socorrido no hospital municipal. Vítima da mesma forma de execução que vinha denunciando em vários episódios, Rodrigo estava escrevendo um livro intitulado Crimes perfeitos, que denunciaria execuções sumárias, envenenamentos e desaparecimentos de pessoas que envolveriam a ação de policiais militares e civis no Vale do Aço. Ele foi assassinado depois que passou a publicar no Jornal Vale do Aço reportagens sobre 10 desses crimes.
Para a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia e também para jornalistas locais, Walgney Carvalho foi executado no último domingo, em Coronel Fabriciano, na mesma região, porque teria informações sobre o assassinato do colega de trabalho. A forma como morreu, alvejado três vezes por um garupa de uma motocicleta, reforça a tese, bem como a munição usada, que era de calibre 38, a mesmo usada contra Rodrigo Neto. Os projéteis não eram comuns, mas caraterísticos de assassinos experientes, pois se fragmentam quando entram no corpo e potencializam os estragos.
A Polícia Civil informou, por meio de nota, que uma equipe especializada na apuração de homicídios e as corregedorias da corporação e da PM investigam o caso. E reiterou que as circunstâncias em que os crimes ocorreram serão esclarecidas, “apontando os culpados, sejam eles quais forem”.
O secretário de estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, afirmou ontem que há firme determinação de investigar os casos e solucionar a onda de crimes no Vale do Aço. Segundo o Ministério Público, há possibilidade de relação entre pelo menos 10 homicídios na região, incluindo os dois últimos, de repórter e fotógrafo. “Enfrentamos um histórico de violência na região, com intimidação e até eliminação de testemunhas, mas tudo isso está sendo combatido pela secretaria. Temos uma renovação de delegados e afastamentos na região de Ipatinga e Coronel Fabriciano. Não vamos tolerar essa situação e o trabalho será contundente”, afirma o secretário. (Com Júnia Oliveira e Guilherme Paranaiba)
Crimes investigados ou denunciados pelo jornalista Rodrigo Neto veja lista aqui
O governo e a justiça de Minas Gerais pretendem eleger Aécio Neves presidente. Quando o maior trunfo eleitoral de Aécio continua sendo o avô Tancredo Neves. Acontece que existe contra a justiça e o governo de Minas Gerais uma procissão de almas.
Escreve Geraldo Elísio: “A região do Vale do Aço está se transformando em cenário ideal para filmes de bang bang e inexplicavelmente nada acontece. Setores ligados aos Direitos Humanos afirmam que um novo crime que resultou na morte do fotógrafo Walgney Assis Carvalho, assassinado no último domingo tem ligações com a execução do jornalista Rodrigo Neto, de 38 anos, no último mês de maio.
A ‘Gang dos Castro’ está envolvida na questão, bem como o ex-delegado de polícia Alexandre Silveira, atual secretário de Gestão Metropolitana a quem se atribui estar sobre o comando do secretário de Estado do governador Antonio Anastasia, Danilo de Castro.
A Polícia Federal chegou a entrar no caso, mas saiu. Por quê? As devidas explicações ainda não foram dadas. Para piorar a situação de sequências de mortes envolvendo autoridades – remember a modelo Cristiana Aparecida Ferreira e o ex-ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, o ex-governador Newton Cardoso e o atual presidente da Cemig, Djalma Moraes – o delegado da Polícia Civil, Geraldo Amaral de Toledo, conhecido como Geraldo Toledo está sendo acusado de ter baleado na cabeça a menor A.J.S. (…)
As autoridades do setor de Segurança nada manifestam, inclusive sobre a condenação de médicos ligados à Máfia do Tráfico de Órgãos em Poços de Caldas, no sul de Minas (…)”
Escreve Mateus Parreiras: “Decorrente de mais de 20 anos de assassinatos, afrontas à lei, desafios à Justiça e impunidade, o medo que ronda a imprensa do Vale do Aço faz mais vítimas, além do repórter Rodrigo Neto, de 38 anos, executado em 8 de março, e de seu colega de trabalho, o fotógrafo Walgney Assis Carvalho, de 43, morto no domingo, 37 dias depois. Acredita-se que os casos estejam ligados e as suspeitas recaem sobre um esquadrão de extermínio formado por policiais militares e civis. Rodrigo vinha denunciando que pelo menos 20 integrantes das forças de segurança acusados de execuções continuavam impunes. Antes dos dois últimos assassinatos, havia cinco profissionais de jornais e rádios sediados em Ipatinga especializados na cobertura policial. Dos três sobreviventes, dois estão sob ameaça, enquanto o outro pediu demissão e fugiu da cidade sem deixar rastro. As informações são da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e do comitê de profissionais de imprensa que acompanha as investigações. Com os dois homicídios, o Brasil passou a ocupar o terceiro lugar em mortes de jornalistas, segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras, com quatro óbitos neste ano – metade em Ipatinga. Fica atrás apenas do Paquistão e da Síria, países em conflito armado que registraram cinco mortes”.
Minas Gerais é terra sem lei.
Escreve Paula Sarapu: “Indiciado pela agressão à adolescente A.L.S., de 17 anos, o delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto desrespeitou uma medida protetiva prevista na Lei Maria da Penha, decretada pelo Tribunal de Justiça em 3 de abril, ao se encontrar com ela em Conselheiro Lafaiete, no último fim de semana. A medida, que proíbe o contato dele com a jovem, foi proposta pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente em 19 de março, quando ela fez um registro de ocorrência, acusando o policial de tê-la agredido com chutes e socos.
Afastamento por segurança
As determinações da medida protetiva e o inquérito em que Toledo foi indiciado por agressão correm em segredo de Justiça. Segundo o criminalista e professor de direito processual da Faculdade Dom Hélder Câmara André Myssior, o delegado não poderia ter se encontrado com a menor, mesmo se ela o tivesse convidado ou tenha aceitado entrar no carro dele por vontade própria. Segundo o especialista, quando o agressor viola qualquer medida protetiva, o juiz decreta sua prisão preventiva. Como o delegado já está preso, ele pode responder pelo crime de desobediência.
‘As medidas protetivas pretendem impedir o agressor de se aproximar ou entrar em contato com a vítima. Há uma série de medidas, mas a que mais protege é o afastamento. O juiz pode ter proibido também qualquer contato por telefone ou meios eletrônicos’, explica o advogado, lembrando que a Lei Maria da Penha impede que a vítima retire a queixa. ‘Se a jovem estivesse atrás dele, ele deveria ter recorrido à Justiça pedindo a revogação da medida, mas não poderia encontrá-la de jeito nenhum: nem se ela convidasse, nem se ela aceitasse.’ Delegado responde por vários crimes
O delegado Geraldo Toledo responde a processos em BH e no interior. Em 2007, foi denunciado na 5ª Vara Criminal por receptação, formação de quadrilha e adulteração ou remarcação de chassis, quando chefiava a delegacia de trânsito de Betim. O Ministério Público entrou com ação civil pública contra ele na 2ª Vara de Fazenda Pública Estadual por improbidade administrativa. Há também um processo de 2011 na comarca de Abre Campo, em que Toledo foi denunciado por estelionato. O MP o acusa de inserir declarações falsas nos documentos de registro de veículos em Mateus Leme, na Grande BH, assinando procedimentos de vistoria de caminhões inexistentes. O delegado teria ocultado ainda documentos de processos administrativos referentes ao emplacamento dos veículos. À época, ele estava na delegacia de São Joaquim de Bicas, na Grande BH. Em 2004, ele foi denunciado com a ex-mulher, a promotora Mônica Regina Rolla. À época, ele era delegado em Alfenas e foi acusado de invadir um estabelecimento sem ordem judicial e fazer uma prisão em flagrante por porte de uma arma, que teria sido plantada. O preso teria tido uma desavença com o delegado. A denúncia foi da Procuradoria Geral de Justiça, mas o crime prescreveu.”
Morte misteriosa da modelo
Para que seja instalada a república dos zumbis, a justiça do País da Geral engavetou os julgamentos da chacina de Unaí, financiada pelo líder tucano Antério Mântega, e do Mensalão mineiro, que assassinou a modelo Cristiana Ferreira.
Essa fantasmagórica república teria Margaret Thatcher como modelo econômico, e no mais tudo conforme uma ficção fantasmagórica que pode terminar em realidade.
Uma blogueira de 13 anos, Giovanna Souza, escreve: “Tem alguém aí que ainda não conhece a serie The Walking Dead? Se tiver, esse post é especialmente para vocês. The Walking Dead é uma série norte americana produzida pela AMC, baseada nos quadrinhos criados por Robert Kirkman que já está na terceira temporada.
(…) The Walking Dead acompanha um grupo de pessoas que lutam para sobreviver a um apocalipse zumbi, no meio de um Estados Unidos destruído. Rick Grimes, que era xerife de uma cidadezinha no estado da Georgia, lidera o grupo na busca por um novo lar longe da ameaça dos mortos-vivos. Ao longo da história, quando a luta pela sobrevivência começa fica mais perigosa, o comportamento dos personagens acaba mudando, levando-os a beira da insanidade.”
No Brasil, há uma inversão. Os zumbis são os vivos da politicalha, e os mortos clamam por justiça.
Outra resenha de Giovanna Souza: “No universo de The Walking Dead não existe vilão maior do que o Governador, o déspota que comanda a cidade de Woodbury. Eleito pela revista americana Wizard como ‘Vilão do ano’, ele é o personagem mais controvertido em um mundo dominado por mortos-vivos. Neste romance os fãs irão descobrir como ele se tornou esse homem e qual a origem de suas atitudes extremas. Para isso, é preciso conhecer a história de Phillip Blake, sua filha Penny e seu irmão Brian que, com outros dois amigos, irão cruzar cidades desoladas pelo apocalipse zumbi em busca da salvação.
Cara, esse livro é muito bom. Tipo muito bom mesmo! Eu não botava muita fé nele, porque meu irmão tinha lido uma parte e dito que era um lixo. Mas é sério, o livro é surpreendente. É uma mistura de suspense com romance e drama. Sem contar com a parcela de matar zumbis, que todo fã de The Walking Dead curte. Em relação à linguagem, é meio difícil e tal, mas depois de uns 3 capítulos a gente se acostuma. O mais legal é que o livro descreve bem as emoções dos personagens, e os laços (secretos) que eles vão criando uns com os outros… o que uma situação de luta pela sobrevivência num mundo devastado pode causar na mente das pessoas. É muito bom, e nos faz pensar o que aconteceria se houvesse um apocalipse zumbi.”