IMPUNIDADE O poder de engavetar inquéritos e processos

Mehdi Amini
Mehdi Amini

 

 

 

A impunidade faz o ladrão. Começa pela certeza de que nenhum inquérito vai ser aberto. E se acaso surgir um, provocado pela indignação do povo nas ruas, o acertamento de que será engavetado, por um desembargador, ou por um ministro da justiça suprema.

(In) certas operações de investigação policial e comissões parlamentares de inquérito são para passar a impressão de combate à corrupção, e lavam mais branco o dinheiro roubado.  Pura farsa. Peças de propaganda da mídia inimiga do Brasil e do povo em geral, para atender interesses coloniais do império e do capitalismo predador e selvagem.

 

 

 

 

 

Denúncia de tortura na Lava Jato

Violência psicológica, por Alex Falco
Violência psicológica, por Alex Falco

 

É uma operação policial com dor. Com tortura. Que assédio moral é tortura psicológica.

Além de stalking.

Escreve Fernando Brito: “O relato repugnante enviado a Paulo Henrique Amorim sobre as condições em que estão sendo mantidos há três meses os detentos – sem condenação ou julgamento – da Operação Lava Jato se configura em um escândalo de proporções internacionais”.

Escreve Janise Carvalho: “Essa denúncia é muito grave precisa ser investigada urgentemente, e caso se comprove a veracidade, esse juiz “murrinha” deve ser não apenas afastado, mas punido. Porque tudo isso é só pra conseguir DELAÇÃO SOB ENCOMENDA, mirando a presidenta Dilma!”

Parece que a dita dura já começou. Em uma democracia verdadeira, os três poderes – o judiciário, o legislativo e o executivo – agiriam.

Trata-se de uma violação dos direitos humanos. Nenhum preso, pobre ou rico, merece um tratamento desumano e cruel.

Uma operação que vem sendo manipulada politicamente. E que virou propaganda da imprensa golpista.  

A Justiça justiça esclareça se a Operação Lavo Jato visa destruir a frágil e noviça Democracia brasileira, e roubar a Liberdade do povo com o retorno da ditadura, conforme os modelos vitoriosos aplicados em Honduras e Paraguai. Um modelo que, em recente entrevista, sem pejo, imoral e traiçoeiramente foi proposto pelo ex-presidente Fernando Henrique.

Acrescente-se que pesa sobre togados e policiais da Lava Jato outra denúncia grave: de que são fanáticos simpatizantes do PSDB, partido de FHC, com participações, na campanha presidencial, favoráveis ao derrotado candidato Aécio Neves.

 

 

A conspiração que visa privatizar a Petrobras e o que resta de estatais e derrubar Dilma

República Federativa do Brasil
República Federativa do Brasil. Não esquecer que a República é simbolizada por uma mulher nua

 

A Operação Lava Jato e a CPI da Petrobras são parte de uma conspiração golpista, pelo retorno da ditadura, orquestrada pela imprensa estrangeira e barões brasileiros da mídia corporativa.

Todo golpe pode ser o começo da uma guerra civil ou de uma guerra interna, conforme definição do general e geopolítico Golbery, criador do  Serviço Nacional de Informações (SNI)
Todo golpe pode ser o começo da uma guerra civil ou de uma guerra interna, conforme definição do general e geopolítico Golbery, criador do Serviço Nacional de Informações (SNI)

Hoje, escandalosamente, a British Broadcasting Corporation (BBC)  denuncia:

Que o novo presidente da Petrobras tem que realizar o impossível: “primorar a governança corporativa” da empresa. Que esconde este título? Eis a  frase que nomeia:

“O escândalo da Lava Jato lançou uma nuvem de incertezas sobre os mecanismos de governança corporativa da Petrobras ao sugerir que seus controles não são suficientes para evitar fraudes e abusos”.

Fica explícita a manobra de que a Petrobras deve ser governada pelos acionistas privados, cujos investidores estrangeiros são majoritários.

Esta proposta vai além. Significa a tomada do comando do que resta de estatais brasileiras. Conclui a inglesa BBC:

“O pior é que essas suspeitas sobre a governança corporativa da Petrobras prejudicam também outras empresas brasileiras listadas em bolsa”, diz Michael Viriato, professor do Insper.
“Se nem os controles da estatal funcionaram, por que os investidores vão acreditar que os de outras empresas brasileiras funcionam?”

gasolina

FHC o corrupto privatista e nepotista virou golpista

Leio hoje o seguinte título de apologia da ditadura:

FHC FLERTA COM GOLPE E FALA EM ‘QUASE ILEGITIMIDADE’

 

 Sherif Arafa
Sherif Arafa

247 – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a flertar com o golpismo ao falar em “sentimento de quase ilegitimidade”, que, segundo ele, ronda a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

“Vê-se neste momento a dificuldade que tem a presidente da República, recém eleita, quando devia ter toda força possível, mas tenho a impressão de que há um sentimento de ilegitimidade. Ganhou, é legal. Mas sem uma parte mais dinâmica do país e por outro lado com um sistema de apoios que não se expressa realmente no Congresso atual nem no futuro porque a forma de eleição não foi baseada propriamente num fator político ideológico”, afirmou FHC, durante uma palestra na Academia Brasileira de Letras.

[A parte mais dinâmica o povo em geral, representado pela classe trabalhadora. O sistema de apoio que FHC pretende que se expresse no Congresso seria uma maioria vendida que o próprio Fernando Henrique comprou várias vezes, inclusive para aprovar sua reeleição e para a permissividade de nomear seu genro, um estrangeiro, para quebrar o monopólio do petróleo e a Petrobras. Quanto ao fator político ideológico, FHC fica no muro. Não diz qual. Com certeza não é o bolivariano, nem o socialismo, nem o comunismo. Nem a democracia, que não consiste na harmonia entre os três poderes. A democracia, a vontade soberana do povo se expressa nas urnas: eleições diretas de governantes e parlamentares e juízes, plebiscitos e referendos]

Ele também apontou problemas de governabilidade e criticou o espírito da coalizão em torno de Dilma. “Neste momento o executivo não encontra o apoio necessário do Congresso porque as alianças foram feitas a partir de outros objetivos, outros critérios, então fica difícil avançar”, afirmou.

Em outra sinalização perigosa, FHC afirmou que o sistema político pode vir a ser afetado por decisões judiciais. “Estamos assistindo neste momento processos complicados de corrupção, a justiça atuando, e isso afeta os partidos e os governos. Não é de estranhar-se que no Brasil a solução para esse imbróglio político não venha a partir do sistema político mas sim de decisões judiciais. Dada a situação política e o constrangimento que há para mudar essa situação, de repente pode ser que haja uma judicialização de decisões que venha afetar o próprio sistema político”, afirmou.

[FHC pretende uma ditadura do judiciário como aconteceu no golpe de Honduras, confiante no ministro que ele nomeou Gilmar Dantas. A atual Constituição constitui um ventre complacente. Foi implantada antes de um plebiscito que indagava se o regime brasileiro deveria ser monarquista, presidencialista ou parlamentarista, e com vários artigos da anterior Constituição da Ditadura Militar.

Nenhum governo foi mais corrupto que o de FHC, marcado pelo nepotismo, visando beneficiar filhos, filhas, genros, nora e netos e netas, entreguismo, leilões quermesses e elitismo. Para escapar da cadeia, no último mês terminal do seu oitavo ano de governo, fez o Congresso votar, e sancionou uma lei de anistia para os crimes de colarinho branco e privataria tucana, o atual foro especial ou justiça secreta.

A única judiacialização de decisões necessária: que se comece a prender os ladrões do Brasil, os que entregaram as nossas riquezas, o nióbio, o petróleo, a água, as estatais. Os que criaram o estado mínimo e transformaram o país em um imenso latifúndio para os piratas de todas as bandeiras. Uma judicialização que purifique a Justiça. Na prisão de quem assina precatórios com super correções monetárias, despejos de milhares de sem teto para beneficiar um especulador imobiliário, habeas corpus para capos e doleiros, e quem vende sentenças]

 

 

Venezuela capital Kiev. Os padres ortodoxos voltaram aos seus cânticos. Manifestantes continuam a marchar armados. E a usar bandeiras com suásticas

Ucrânia
Ucrânia

A onda de manifestações libertárias, em vários países, pode ter um final infeliz: a queda de um presidente eleito substituído por um governo de transição, um presidente títere do capitalismo estrangeiro, ou por um ditador militar.

Os sonhos da Praça da Libertação no Egito estão hoje controlados pelos punhos de um general. O mesmo destino previsto para a Ucrânia.

Na América do Sul tudo começou com um golpe do judiciário em Honduras. No Paraguai, com um golpe parlamentar. O que a direita apronta para a Venezuela?

Ucrânia entre o luto, a reconstrução e a sombra da violência

por Paulo Moura/ Público, Portugal

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Maidan, 10 da manhã de segunda-feira. Um casal jovem de surdos-mudos conversa por gestos com cravos vermelhos nas mãos. O que estão a dizer relaciona-se com o pequeno monumento no chão, lembrando que ali caiu um dos mártires. Depositam as flores entre milhares de outras. Cada um dos mais de 80 manifestantes assassinados pela polícia tem o seu memorial no chão, que começou por ser uma fotografia, duas velas e por vezes um pouco de sangue, mas não pára de alastrar em flores.

Palco da Maidan, 10h30 da manhã. O líder do Sector Direito, o mais proeminente grupo de extrema-direita do país, consegue uns minutos de tempo de antena para exortar a assistência a ir manifestar-se em frente ao Parlamento. “Temos de obrigar os deputados a aprovarem uma lei libertando todos os presos políticos”, disse Igor Krivoruska, um homem baixo, de fato de treino preto. Na véspera, o seu grupo tinha tentado atacar a prisão de Lukianska, para libertar os presos, mas optaram por vir ao palco tentar mobilizar mais gente. A seguir ao curto discurso de Igor, os padres ortodoxos voltaram aos seus cânticos.

Edifício da Câmara Municipal de Kiev, 11 da manhã. Três rapazes envergando pesadas armaduras feitas com protectores de canelas, braços e peito (emprestadas do hóquei, râguebi e esgrima) aproximam-se de um balcão: “Queremos ir embora”. A voluntária começa a preencher um papel. Os rapazes têm o ar extenuado de quem viveu uma guerra. “Lviv”, respondem à funcionária. A revolução está feita, querem regressar à sua terra. Ela continua a preencher o papel.

O enorme e monumental edifício da Câmara, na Avenida Kreschatik, está ocupado pelos serviços de apoio dos manifestantes de Maidan. Corredores e salões inteiros albergam manifestantes que vieram de outras regiões, e que vivem aqui, em pequenos alvéolos de mantas e caixotes. A organização foi lesta a providenciar autocarros para os trazer a Kiev, deu-lhes guarida e alimentação, treino militar e armas rudimentares. Agora tem de lhes organizar o regresso. A funcionária entrega aos rapazes da grande cidade do Oeste dois folhetos com números e manda-os para uma sala de espera.

Noutras divisões funciona um hospital, noutras uma cantina, os serviços burocráticos, etc. Galia Radziervska, 34 anos, está a receber pessoas atrás de um computador. “Damos informações sobre os que morreram, ou os que foram feridos”, diz ela, em português. “Temos médicos, medicamentos, roupas. Há autocarros para levar as pessoas para as suas terras”.

Galia trabalhou dois anos em Portugal. Voltou porque o marido não conseguiu emprego nem papéis de residência. É esteticista de profissão, mas não tem emprego na Ucrânia. Trabalha aqui como voluntária. “Recebemos muito dinheiro, de donativos, mas é todo para financiar os protestos”.

Meio-dia. Perto da câmara um jovem alto, louro e muito magro encosta-se a uma parede para não cair, exangue. Tem o rosto pisado e um olho ensanguentado, um braço inchado e negro. Pensou que os ferimentos iam sarar, depois de ter sido, há dias, espancado pela Berkut, a polícia especial do regime. Afinal agravaram-se. Veio até aqui para procurar ajuda médica, mas agora não quer entrar. “Tenho medo que me entreguem à Berkut”, diz ele. Não acredita que a revolução tenha triunfado.

Museu Histórico de Kiev, duas da tarde. Num cubículo do segundo andar do edifício agora ocupado pelos serviços da autodefesa de Maidan, decorre uma reunião de mulheres. “É preciso limpar e arrumar a Praça. Temos de distribuir tarefas”, diz Anna Kavalienko, 22 anos, a chefe desta unidade de autodefesa, o Sotnia número 39. Os sotnia são os grupos de base, militarizados, que executaram a revolução. Este é o primeiro constituído por mulheres.

“Como podemos preparar-nos para acções violentas, como atacar o Parlamento?”, pergunta uma jovem morena de olhos claros.

“Nesta fase já não vamos atacar coisa nenhuma. A revolução está feita. Agora, temos de mudar para o modo pacífico. Já não estamos em modo de guerra, lamento. Não vamos para o Parlamento, porque acabou, já é nosso. O que há agora a fazer é reconstruir. Cada uma tem de escolher uma tarefa”, responde Anna à rapariga visivelmente decepcionada. Só deixaram entrar as mulheres quando a revolução tinha terminado.

Das 14 presentes, dez têm menos de 30 anos. Mas é Vira Schved, 49 anos, a primeira a oferecer-se para uma tarefa. É pedreira free-lance, de profissão, portanto oferece-se para reparar o edifício onde agora todas elas trabalham e vivem, que foi incendiado e não tem água nem electricidade.

“Vamos trazer os nossos homens para casa”, lê-se à porta da sala do Sotnia 39. A seguir à reunião, o grupo de mulheres entra num autocarro para uma visita à mansão de Ianukovich. “É preciso fazer um vídeo do local para mandar para as regiões do Leste, antes das eleições”, dissera Anna.

Parlamento, cinco da tarde. O grupo de combatentes do Sector Direito, depois de horas a gritar e a bater ritmadamente com os bastões nos escudos, conseguem entrar à força no Parlamento. Um deputado vem falar com eles, para evitar mais arruaças. Volta para o hemiciclo e uma hora depois é anunciado no ecrã de Maidan que o Parlamento aprovou a libertação dos presos políticos.

Avenida Michail Krutchev, 8 da noite. O grupo de Igor marcha em direcção a Maiden entoando um velho hino nacionalista. “Veja isto! É o nosso troféu!”, grita um dos combatentes da brigada Sector Direito exibindo uma estrela de cristal roubada a um lustre do Parlamento. “Não nos queriam ouvir, mas acabámos por conseguir. A lei está aprovada”.

O grupo marcha arrastando as botas, os escudos, as armaduras. Igor vai à frente a dar ordens. Manda-os parar, ajoelhar como templários medievais e dizer uma oração cheia de referências a antepassados que colaboraram com os nazis. Voltam a marchar, param, para Igor atender o telemóvel. Marcham de novo, instalam-se na primeira fila da assistência do palco de Maidan. Precisam de esperar quase uma hora que os padres acabem os seus cânticos e discursos, que por acaso eram sobre a necessidade da paz. Depois lá entra Igor, anunciando o seu feito. “Finalmente, hoje muitos pais vão poder abraçar os seus filhos. A família é o que há de mais importante na Ucrânia”, disse ele, antes de colocar como cenário do palco a sua bandeira com uma suástica.

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Batalha de Kiev. Clique nas fotos para ampliar

“El laboratorio de todo esto fue Honduras hace tres años, y aquí en Paraguay fue perfeccionado”

Entrevista con el Presidente Fernando Lugo a diez días del golpe

Foto: Mónica Omayra
Foto: Mónica Omayra

por Gerardo Iglesias

El pasado viernes (29/6) entrevistamos al Presidente Lugo, depuesto en su cargo a través de un sutil mecanismo constitucional y un grosero proceso que se asemeja a lo ocurrido en Honduras en junio de 2009, lo que pone en estado de alerta a toda la región.  

-La intención es confundir a la opinión pública nacional e internacional, pero lo que sucedió aquí fue un golpe de Estado…

-¡Sin lugar a dudas! Los medios de comunicación privados que responden a ciertos intereses, quieren dar la impresión de que aquí no ha pasado nada, que hubo una sucesión natural de cambio de Presidente de la República. Al mismo tiempo no dan a conocer los más de 40 espacios y lugares de resistencia activos, y la solidaridad internacional que sí confirman que aquí ha pasado algo.

Aquí hubo una ruptura del orden democrático, aquí hubo un juicio político sin razón de ser, se efectuó un golpe parlamentario. Hay varios nombres: golpe express; Cristina Kirchner mencionó que se trata de un golpe suave. El laboratorio de todo esto fue Honduras hace tres años, y aquí en Paraguay fue perfeccionado.

Foto: Mónica Omayra
Foto: Mónica Omayra

-Llegué anoche, y me llamó la atención la ausencia de la resistencia al golpe. ¿Esa situación tiene que ver con su pronunciamiento de efectuar una resistencia en paz?

-Sí, una resistencia pacífica. En los 40 piquetes que se han realizado no ha habido violencia. Hoy, el puente que nos une con Brasil fue cerrado por dos horas, con gente de Paraguay y brasilera. El puente que nos une con Argentina, en Encarnación, también fue cerrado. La gente está expresando su descontento, su indignación. Hay una sana y pacífica indignación ciudadana. Pero estas manifestaciones no aparecen en la prensa.

Nosotros hacemos hincapié en convocar a manifestaciones pacíficas, uso de la fuerza sí, pero sin violencia y, al mismo tiempo, no salirse del orden jurídico nacional. Las manifestaciones son permitidas y creo que la ciudadanía está despertando a una gran conciencia cívica en todo el país. En siete departamentos se han producido fuertes expresiones de rechazo al golpe, y esto continuará, porque creemos que la voluntad popular expresada el 20 de abril de 2008 fue quebrantada con este juicio político o golpe parlamentario.

Foto: Magali Casartelli
Foto: Magali Casartelli

-Usted dice no salirse del orden jurídico nacional, los golpistas afirman también que no violentaron ese orden…

-Se respetó, se le dio un viso legal, pero como dijo el presidente Juan Manuel Santos (Colombia), ese viso legal fue violentado, fue forzado. Aquí no se respetó el debido proceso y tampoco el derecho a la defensa. Cualquier muchacho que tenga un accidente con una moto tiene derecho a dos, tres, cuatro, hasta 18 días para preparar su defensa, yo tuve sólo 17 horas y dos horas para exponerla. En el juicio al presidente José P. Guggiari (1928-1932), él tuvo tres meses para preparar su defensa y otros tuvieron semanas, a mí me dieron 17 horas.

En menos de 24 horas no se puede deponer a un Presidente electo por las mayorías populares. Por eso nosotros estamos recurriendo a la Corte Suprema de Justicia y a las instancias internacionales competentes, como a la Corte Interamericana de Derechos Humanos, porque creemos que esto fue injusto y se violentó la voluntad popular y las garantías del justo proceso.

Foto: Mónica Omayra
Foto: Mónica Omayra

-¿Quién está detrás del golpe?

-Grupos que nunca muestran los rostros. Grupos económicos, también la clase política tradicional, que no acepta que en este país pueda haber prácticas políticas diferentes, prácticas políticas que no se basan en el clientelismo ni el prebendarismo, que son comunes de los partidos tradicionales que ahora se unieron en el golpe por primera vez en la historia.

Foto: Magali Casartelli
Foto: Magali Casartelli

Nota do editor do blogue: Transcrevi trechos. Foi um golpe à Honduras, programado pelo império dos Estados Unidos. Um golpe que teve o apoio de corporações internacionais como a Monsanto, que representa os interesses latifundiários e a lavoura de exportação, legalizado por um judiciário corrupto, absolutista, branco, racista e conservador. Um golpe abençoado pelo Vaticano, com a participação direta de bispos e cardeais, príncipes de uma igreja medieval, afastada do povo e de Jesus.