O Partido Socialista acusou hoje o ministro Pedro Mota Soares de ser “o mais antissocial da história” no final do debate na Assembleia da República.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, surgem como marionetas da chanceler alemã, Angela Merkel, num mural pintado perto das Amoreiras, em Lisboa.

“Quanto mais tempo querem ficar a assistir a este show. A ‘nossa’ dívida continua a aumentar!” é a mensagem que acompanha o mural pintado por Nomen, Slap e Kurtz, nos dias 20 e 21 de outubro.
“Este mural foi realizado sem ajuda externa”, escreveram ainda os três artistas, que pintaram, num local considerado legal para o efeito, a chanceler Angela Merkel a segurar os fios das marionetas de Pedro Passos Coelho e de Paulo Portas, em cima de um palco.
A chanceler alemã visita Lisboa no dia 12 de novembro.
O povo está nas ruas contra os cortes no Orçamento, o desemprego, a “patifaria social”.


Escreve Ricardo Rego: Insultos, ameaças e agressão física. Deputados já sentem na pele o aumento da tensão social. Fora e dentro do Parlamento.
O protesto de um grupo de empresários do sector da restauração nas galerias da Assembleia da República, na quarta-feira – enquanto se discutiam propostas da esquerda para que o imposto sobre o IVA seja reposto nos 13% – é o episódio mais recente da contestação que tem afectado os deputados nas últimas semanas. Mas o confronto já passou a barreira dos insultos e os limites do Parlamento.
Um dos casos mais graves aconteceu com Duarte Pacheco, do PSD, à saída da Assembleia da República (AR), no dia em que Vitor Gaspar ali entregava o Orçamento do Estado, sabe o SOL. Com centenas de manifestantes a cercar o Parlamento, o deputado social-democrata viu o seu carro oficial ser atacado a murros e pontapés quanto tentava sair da garagem da AR. «Ficou um bocado amachucado», diz o secretário da mesa da AR.
Atrás, o carro oficial de Teresa Morais, secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares, tentava também sair da garagem, mas acabou por fazer marcha-atrás. Seguia-se José Luís Ferreira, deputado de Os Verdes, que foi avisado pela segurança do Parlamento de que o melhor era não sair. O deputado foi jantar e quando voltou às 23h, a situação ainda não era segura. Foi para casa «de transportes públicos» e deixou o carro na garagem da AR.
Estes incidentes ocorreram num ambiente de crispação colectiva, com a manifestação junto ao Parlamento. Porém, também o dia-a-dia de alguns deputados já começa a ser ameaçado por protestos e gritos de ordem contra a classe política.
A indignação saiu à rua. Veja fotogaleria