Os partidos que pedem a cassação de Bolsonaro devem acompanhar o caso da adolescente de 17 anos, que denunciou à polícia ter sido estuprada por três homens após se envolver em uma discussão sobre política na Rua São Clemente, em Botafogo, Zona Sul do Rio, na madrugada de sábado (25).
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Numa página pessoal no Facebook que seria da vítima, são contados detalhes do abuso e afirmou ter conhecido duas mulheres que teriam sido agredidas pelos mesmos homens duas horas antes, também na Zona Sul da cidade.

Extra – X., de 17 anos, caminhava na Rua São Clemente, quando uma cena lhe chamou atenção: uma mulher discutia com três homens por causa das eleições.
Eles eram a favor de Aécio e a mulher de Dilma.
Para defendê-la dos insultos, X. se aproximou. Sem sucesso em apaziguar os ânimos, ela seguiu em direção a um ponto de ônibus. Minutos depois, foi abordada pelos mesmos homens, que a agrediram e violentaram sexualmente no local.
O relato foi compartilhado pela jovem no Facebook. No desabafo, ela conta ter decidido falar para que o caso se torne uma “causa coletiva”.
“Não ia me pronunciar por aqui, pois achava que era muita exposição, e de fato é. Mas o caso se agravou, e deixou de ser “meramente pessoal” para ser uma causa coletiva, no qual envolve uma luta contra o machismo, racismo e xenofobia. Além de envolver divergências políticas.
O ocorrido foi a pouco tempo, pouquíssimo mesmo. Estava na Bambina, quando me deparei com uma mulher discutindo as eleições com três caras pró Aécio. Esses caras, alias escrúpulos, vomitaram um discurso machista em cima da mesma, no qual eu tentei intervir.
Por acaso, outras pessoas tentaram intervir também, e uma delas era um homem com barba, no qual foi chamado de merda por “ser” Fidel Castro, me irritei mais e sim, fui agressiva. Mandei os três opressores tomarem no cu, em alto e bom som.
Já saturada de discutir e decidi ir embora do local. Estava indo pra casa do meu companheiro, mas fui abordada por um desses três caras perto de um dos pontos de ônibus da São Clemente, e fui agredida verbalmente com um imenso discurso asno de patriarcado.
Quando tentei me livrar de todo aquele vômito verbal e continuar seguindo minha rota, o mesmo não deixou eu prosseguir, me segurando a força. Os outros dois caras chegaram e se juntaram, para me violentar.
Fui arrastada prum beco, no qual me empurraram contra a parede e dissertaram frases sem sentido como “voces mulheres são geneticamente incapazes de entender politica e por isso o Brasil está uma merda. Porque a presidente é mulher”.
Apesar das agressões físicas, continuei rebatendo e me impondo, até que pegaram minha bolsa e pegaram todo o meu dinheiro que era pouco, picotaram e tentaram enfiar a guela a baixo, dissertando “ué voce nao é anarquista ?”.
Após isso me violentaram de vez, se é que me entendem, chegaram a picotar minha blusa. E disseram duas coisas que eu nunca esquecerei, a primeira foi: “nós eleitores do Aécico, só votamos nele pelos nossos interesses, sim é egoísmo”, e a segunda foi: “estamos fazendo isso com você, pois é nosso discurso, alias politica se ganha na força e não com intelecto, e mulher só serve pra ficar na cama “
Ou seja, foda-se a população e voltemos aos tempos arcaicos do machismo MOR hahahahha, sim pra mim chega a ser comico, lembrar dessas frases, mas apesar de cômico, é recordado com MUITA dor !
Por sorte, quando estava no IML (Instituto Médico Legal), meu companheiro enquanto eu estava fazendo os exames, abordou duas mulheres que estavam na DEAM (Delegacia da Mulher) no mesmo tempo que nós, e percebeu que a descrição dos caras era a mesma.
Uma dessas mulheres Andréa Fidele, teve seu colo e uma parte de sua coxa chutada, por um dos caras, só por estar com um adesivo da Dilma, por ser negra e nordestina. Isso por volta de umas 1 a.m em Santa Teresa, no qual ele foi expulso do local. Por volta das 3:30 a.m fui violentada e estuprada por esses mesmo caras em Botafogo.
PS: O NOME DE UM DELES É ERIQUE

G1 – De acordo com a delegada Teresa Maria Pezza, da Delegacia Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam), a adolescente contou que foi seguida, agredida, torturada e violentada por eles em um beco.
Ela disse que interveio na discussão, mas ao perceber que ficou “saturada” e decidiu seguir seu rumo. Porém, pouco depois foi abordada por um dos três homens que, além de insultá-la, a impediu de seguir sozinha.
“Os outros dois caras chegaram e se juntaram, para me violentar. Fui arrastada prum beco, no qual me empurraram contra a parede e dissertaram frases sem sentido como ‘vocês mulheres são geneticamente incapazes de entender politica e por isso o Brasil está uma merda. Porque a presidente é mulher'”, contou a jovem no Facebook, acrescentando que “após isso me violentaram de vez, se é que me entendem, chegaram a picotar minha blusa”. Além da agressão, em seu depoimento, a jovem conta que teria sido torturada, sendo obrigada a engolir dinheiro.
A vítima destacou ainda em seu relato na internet que o discurso dos agressores não lhe saíam da memória. “E disseram duas coisas que eu nunca esquecerei, a primeira foi: ‘nós eleitores do Aécio, só votamos nele pelos nossos interesses, sim é egoísmo’, e a segunda foi: “estamos fazendo isso com você, pois é nosso discurso, alias politica se ganha na força e não com intelecto, e mulher só serve pra ficar na cama'”, destacou.
Novo depoimento segunda-feira
À polícia, a vítima disse que dois dos agressores tinham entre 25 e 30 anos e um tinha entre 45 e 50 anos. A delegada informou que a menor prestou depoimento e passou por exames. Foram exibidas a ela fotos de suspeitos que já cometeram crimes sexuais, mas ela não reconheceu nenhum.
Também eu seu relato no Facebook, a adolescente contou que no Instituto Médico Legal conheceu duas mulheres que relataram ter sido agredidas por três homens com as mesmas características de seus algozes. “Uma dessas mulheres teve seu colo e uma parte de sua coxa chutada, por um dos caras, só por estar com um adesivo da Dilma, por ser negra e nordestina”, contou.