Calma, Kamel, não é a P-36

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Acidente não foi em navio da Petrobras

 

Kamel

Kamel é capataz dos irmãos Marinho. Tem como mania processar jornalistas. E divulgar notícias ruins, nas 1. 001 empresas do monopólio da Globo, desde que defende um Brasil privatizado e as concessões dos patrões.

P – 36, afundamento da Petrobras 

A P-36 foi a maior plataforma de produção de petróleo no mundo, antes de seu afundamento em março de 2001. A plataforma era da estatal brasileira Petrobras, e custou 350 milhões de dólares.

Sua construção teve início na Itália em 1995, com um casco semi-submerso (com colunas estabilizadoras), e terminou no Canadá em 2000.

A P-36 era operada pela Petrobras no campo de Roncador, Bacia de Campos, distante 130 km da costa do estado do Rio de Janeiro, produzindo 84.000 barris de petróleo por dia.

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Naufrágio. Na madrugada do dia 15 de março de 2001 ocorreram duas explosões em uma das colunas da plataforma, a primeira às 0h22m e a segunda às 0h39m.

Era presidente da Petrobras o francês Henri Philippe Reichstul, nomeado por Fernando Henrique que, para beneficiar um estrangeiro, teve que mudar a Constituição, que proibia tal estranheza.

Reichstul é considerado um dos mais corruptos presidentes da Petrobras. Disputa o título com Shigeaki Ueki, que presidiu a Petrobras na ditadura de João Figueiredo.

Segundo a Petrobras, 175 pessoas estavam no local no momento do acidente, das quais 11 morreram, todas integrantes da equipe de emergência da plataforma.

Depois das explosões, a plataforma tombou em 16 graus, devido ao bombeio de água do mar para o seu interior, o suficiente para permitir alagamento que levou ao seu afundamento.

Times de resgate tentaram salvar a plataforma durante o fim de semana seguinte, injetando nitrogênio e ar comprimido nos tanques para tentar remover a água acumulada, mas abandonaram as tentativas.

Causas do acidente. A plataforma afundou no dia 20 de março, em uma profundidade de 1200 metros e com estimadas 1500 toneladas de óleo ainda a bordo. Segundo a agência nacional de petróleo (ANP) do Brasil, o acidente foi causado por “não-conformidades quanto a procedimentos operacionais, de manutenção e de projeto”. Traduzindo o linguajar tecnocrata: Explosão na P-36 foi causada por erros de manutenção e projeto. Fonte Wikipédia 

Em 2007 a P-36 foi substituída pela plataforma P-52, construída em Cingapura e no Brasil.

Operação Lava Jato

Segundo o Estadão, “o ex-gerente Executivo de Engenharia da Petrobrás, Pedro Barusco, afirmou em sua delação premiada que o esquema de propinas da estatal começou com o primeiro contrato de navio-plataforma com a holandesa SBM Offshore, em 1997, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

O delator admitiu que, naquela época, recebeu propinas mensalmente em valores que variavam entre US$ 25 e US$ 50 mil, e que teria recebido um total de US$ 22 milhões em propinas da empresa holandesa até 2010.

Entre 1995 e 2003, Barusco, que era funcionário de carreira da estatal, ocupou o cargo de gerente de Tecnologia de Instalações, no âmbito da diretoria de Exploração e Produção. Ele admitiu que começou a receber propina em ‘1997 ou 1998’, ‘por conta de dois contratos de FPSO (navios-plataforma) firmados mediante sua (de Barusco) participação técnica e ‘fundamental’, uma vez que era o coordenador da área técnica’, diz a delação”. Trechos de artigo de Altamiro Borges.

Denúncias e confissões que determinam que a CPI da Petrobras, se for para valer, e isenta de qualquer cambalacho, tramóia partidária, ou conspiração política, deve começar, preferencialmente, com as presidências corruptas de Shigeaki Ueki e Henri Philippe Reichstul (Vídeo aqui)

Petrobras, uma história de tragédias

Vila Socó

Aconteceu na presidência de Shigeaki Ueki, governo João Figueredo. Transcrevo da Wikipédia: Em 1982, foi nomeado o advogado José Osvaldo Passarelli interventor de Cubatão. Nesta fase, a industrialização começa a cobrar seu alto preço ambiental:

Cubatão tem uma degeneração violenta e começa o mito do “Vale da Morte”; com o incêndio da Vila Socó, em fevereiro de 1984, a tragédia ganha contornos nacionais e mundiais, pois a explosão dos dutos da Petrobrás, sobre os quais se erguia uma favela que foi pulverizada, pôs a nu os problemas advindos de políticas energéticas não planejadas e de erros.

Uma tragédia incontável, pois nem a Prefeitura, nem o Governo Estadual nem a Petrobrás conseguiram precisar o número de mortos; num dado momento, ocorrem situações anacrônicas: a Escola João Ramalho é usada como necrotério; o estado doa trezentos caixões; a Prefeitura usa as listas de alunos da Escola de Educação Infantil para verificar quem volta às aulas.

Em 1982, foi nomeado o advogado José Osvaldo Passarelli como Interventor. Nesta fase, a industrialização começa a cobrar seu alto preço ambiental: Cubatão tem uma degeneração violenta e começa o mito do “Vale da Morte”; com o incêndio da Vila Socó, em fevereiro de 1984, a tragédia ganha contornos nacionais e mundiais, pois a explosão dos dutos da Petrobrás, sobre os quais se erguia uma favela que foi pulverizada, pôs a nu os problemas advindos de políticas energéticas não planejadas e de erros.

Uma tragédia incontável, pois nem a Prefeitura, nem o Governo Estadual nem a Petrobrás conseguiram precisar o número de mortos; num dado momento, ocorrem situações anacrônicas: a Escola João Ramalho é usada como necrotério; o estado doa trezentos caixões; a Prefeitura usa as listas de alunos da Escola de Educação Infantil para verificar quem volta às aulas.

O navio FPSO. Cidade de São Mateus
O navio FPSO. Cidade de São Mateus

Paulo Henrique Amorim: O Conversa Afiada reproduz comunicado à imprensa da Petrobras:
A Petrobras lamenta informar a ocorrência nesta quarta-feira, dia 11/2, por volta de 12h50, de uma explosão a bordo do navio-plataforma Cidade de São Mateus operado pela empresa BW Offshore e afretado pela Petrobras. A unidade opera, desde junho de 2009, no pós-sal dos campos de Camarupim e Camarupim Norte, no litoral do Espírito Santo, a cerca de 120 km da costa. Do total de 74 trabalhadores embarcados, três não resistiram aos ferimentos e faleceram no local; dez sofreram ferimentos e já foram transferidos por helicóptero para atendimento médico em Vitória e outros seis estão desaparecidos.

A BW está prestando toda a assistência aos seus funcionários e familiares, com apoio da Petrobras. O acidente foi controlado a partir do imediato acionamento do Plano de Emergência com a mobilização de todos os recursos necessários. As operações da plataforma foram interrompidas. A produção da unidade era de cerca de 2,2 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural.

A Petrobras notificou oficialmente a Marinha e a Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustiveis (ANP). A concessão de Camarupim é operada pela Petrobras (100%) e a de Camarupim Norte é uma parceria entre a Petrobras (65%) e a empresa Ouro Preto Energia (35%).

 

 

Camila Valadão e a campanha dos pingos

Camila Valadão diz não ter medo de governar o Espírito Santo. Foto: Andressa Mian
Camila Valadão diz não ter medo de governar o Espírito Santo. Foto: Andressa Mian

por Flávio Borgneth

Camila Valadão é a candidata do PSOL ao governo do Estado do Espírito Santo e a única mulher a disputar esse cargo. Está em terceiro lugar nas pesquisas e jura estar no pleito por razões além de ganhar ou perder. É o nome das minorias, ou pelo menos pretende ser. Vai fazer sua campanha sem ajuda de empresários. Propõe doações individuais de apenas R$ 50,00. Garante que não vai dar apoio a ninguém no segundo turno por não concordar com nenhum dos lados. E ponto.

A candidata é defensora de temas polêmicos. A favor do aborto, da legalização da maconha e defensora da igualdade de sexos e renda. Seu pai a pegava no colo e dizia que ela seria presidente. Ela mesma não imaginava no réveillon deste ano que seria candidata ao governo do Espírito Santo.

É uma campanha dos pingos. Uma pessoa de cada vez. Pequenas doações e um monte de internet. É com a rede que a candidata tem se defendido dos recursos rasos. Ela segue pra cima e pra baixo no seu Uno básico, único bem declarado na inscrição do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES). Anda sem colmeias de assessores a sua volta. Tem tempo de conversar com cada eleitor e nem se importa de participar de eventos em que não seja destaque. Naquela quinta-feira chuvosa foi assim.

Era um debate que reunia membros de coletivos que defendem a literatura de rua (marginal), com catedráticos da academia. Camila estava presente, mesmo não sendo uma das convidadas da mesa. Foi para ouvir, tomar um café e dialogar com quem viesse dialogar com ela. Na sequência participou de um lançamento de livro e pediu autógrafo da autora. Não se incomoda com seu anonimato, faz dele charme de candidato.

Perfil

Camila teve uma trajetória que se assemelha a do PSOL. Ela era militante do PT. Deixou o partido para ingressar na sigla criada para abrigar dissidentes petistas puxados pela expulsão de Heloísa Helena. Também atuou no movimento estudantil, o que lhe confere sinergia natural com as passeatas. Teve uma infância marcada pela política. Seus pais são fundadores do PT na Serra. Com apenas seis anos ela não gostava de entrar nas casas das amigas que não fossem vermelho e branco. Na sua meninice, montou uma sala de aula improvisada no terraço de casa e ensinava os amigos a ler e escrever. Hoje em dia é Assistente Social e Mestre em Política Social pela Universidade Federal do Espírito Santo.

A aposta do PSOL foi por uma candidata com a energia dos jovens e o sonho todo que isso representa. O ideário de igualdade. Os livros vermelhos e identidade com as minorias. Os movimentos feministas que defendem o aborto como um direito da mulher. Cidadãos desejosos de novas leis para viver diferente e fumar um baseado em paz. Homossexuais, pessoas que acreditam na bicicleta. Professores, mulheres, todas as mulheres. Os negros que amam ser negros. Os negros que sofrem por ser negros. Não se trata de bandeira por menores impostos. O compromisso reza o ideário de que tudo deve ser o máximo de todos possíveis. Camila pede o voto de protesto e os votos das pessoas que andam pensando em nem votar, ou votar em branco.

De 50 em 50

Claro que uma eleição de um nome que não tem representação Legislativa poderia ser um nó danado. O sonho da candidatura é quase tão bonito quanto a vitória. Mas, não se trata bem de ganhar ou perder. A participação é encarada como um livro valoroso pela candidata e o resto deixa vir. É como se a maneira de participar do pleito já justificasse o ingresso. Os meios justificando os meios. Em uma eleição com dois medalhões da política capixaba (Paulo Hartung e Renato Casagrande), o caminho proposto é caminhar em centavos. Não fazer nada com dinheiro de nenhum empresário. Por isso a candidata acaba de lançar uma campanha intitulada “de 50 em 50”. A ação consiste em receber doações de pessoas física no valor que dá titulo a proposta. Com tais prerrogativas os recursos são poucos. A campanha será simples e vai usar e abusar da internet, o meio mais barato de comunicação e que, por sorte, tem assiduidade do público jovem.

Camila sabe que é pouco conhecida, por isso aguarda o material de campanha para ingressar em agenda de massa. Ainda se detém em ambientes familiares. Coisas próximas a sua rotina acadêmica e de ativista política. De maneira discreta ela se apresenta para seus próprios pares. Gente que geralmente acaba conseguindo voto de gente. O plano de aumentar as fronteiras existe, mas é a segunda parte da estratégia. Camila percorre até o final deste mês polos políticos e realiza reuniões de apresentação com a militância. São esses colaboradores que irão catalisar a campanha por todo o Estado.

A campanha já começou

Ela pretende e precisa ir para porta de escola, feira-livre. O início do programa eleitoral na TV vai ajudar nessa tarefa do primeiro contato com os eleitores. Essa preocupação de apresentar um rosto novo também tange o material de campanha. Ela explica que seu material vai explicar quem ela é, bem como a proposta que tem para montar seu governo. As secretarias serão assumidas pelos movimentos que as representam. Se uma categoria representa uma área do Governo, ela vai participar da indicação para esta pasta. É justamente com esse argumento da cooperação e do “eu não vou governar sozinha” que a candidata se defende de sua juventude. Ela tem 29 anos e fala sem medo disso.

Dia a dia

Imagine um dia acordar com 29 anos e ser governador(a) do Espírito Santo. Ficaria complicado tomar uma cerveja na Rua da Lama ou dormir até mais tarde. Governar um Estado não é bem uma função usual a rotina dos balzaquianos. Por outro lado, o ineditismo da iniciativa pode ser justamente o que a torna interessante. Camila Valadão fala de sua candidatura com ares de aventureira que acabou gostando do vento. Está em terceiro lugar nas pesquisas. Na frente do PT, e quer mais. Admite que ganhar até dá um pouco de medo. Não medo do cargo, ou da sua idade. Apenas consciência do que significa acordar com 29 anos e ser governador (a) do Espírito Santo.

Camila acorda às 5h20 para cumprir os ritos da manhã. Escuta música no chuveiro e gosta de manter o direito de beber um café sem pressa. É uma grande organizadora de tempo. Já na segunda-feira tem todos os outros dias previamente definidos e as aulas da semana em pastas com etiquetas. Adianta os planos de aula e chega cedo na Universidade Federal do Espírito Santo para lecionar.

Geralmente dá aulas de manhã na Ufes e de noite em uma instituição particular. De tarde prepara as aulas. Chega em casa por volta das 23 horas e tem tido alguma dificuldade para dormir. É uma pessoa capaz de rir de sua personalidade e isso não deixa de ser uma espécie de sabedoria. Camila faz piada com sua organização ou com a mania de limpar a casa sempre nos mínimos detalhes. Acha graça quando alguém a reconhece na rua como candidata. Nem os vizinhos sabem. Usa caneta de ponta, não risca livros com caneta, nunca quebrou o braço, não sabe assobiar e sua campanha não vai ter jingle. (Transcrevi trechos)

No Espírito Santo, jornalista não morre. Desaparece. Os jornais esqueceram de informar o assassinato de Ede Wilson

Edy Wilson
Ede Wilson
“Um crime ocorrido na noite desta terça-feira (11) chocou o município de Pinheiros, no Norte do Estado. O radialista Ede Wilson da Silva Dias, 34 anos, foi morto a tiros no centro da cidade, por volta das 20 horas, durante o apagão que atingiu o Estado”, informou a Gazeta Online Norte.
Segundo a Polícia Militar, o radialista estava em frente ao mercado municipal quando dois homens chegaram de moto e efetuaram quatro disparos contra ele. A vítima foi baleada e morreu no local. Um colega de Ede Wilson foi atingido pelos estilhaços, mas passa bem. Após o crime, os bandidos fugiram.
Ede Wilson trabalhava como locutor na Rádio Explosão Jovem FM em Pinheiros. De acordo com um funcionário da empresa, o radialista apresentava um programa aos domingos, no horário de 9h ao meio-dia, com notícias da cidade, e trabalhava em um bar durante a semana. Em 2008, foi candidato a vereador pelo PDT. Ele deixa filhos.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão do Estado do Espírito Santo deu a seguinte nota, que transcrevo na íntegra:
“Lamentamos profundamente a morte precoce do nosso companheiro Ede Wilson da Silva Dias, Que trabalhava na radio Explosão Jovem de Pinheiros.
Infelizmente, não sabemos nem o que dizer perante tanta falta de humanidade”.
É. Não sabe mesmo. Não sabe nada. E nem quer saber.
O medo impera em Pinheiros.  O município é considerado o mais violento do Espírito Santo. No primeiro semestre de 2011,  registrou 122 homicídios. A “onda vermelha” de assassinatos “tem assustado” os moradores da cidade de 23 mil habitantes.

Espírito Santo: Uma polícia nada transparente

 

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Foi lá que pegaram, por acaso, o helicóptero da família Perrella com meia tonelada de cocaína. Coisa que a imprensa nem se lembra mais. E o inquérito bem engavetado,  sob segredo – bote segredo nisso – de justiça, não anda nem voa.

O negócio tá tão escuro, que os jornalistas soltaram a seguinte nota:

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Espírito Santo e a Federação Nacional dos Jornalistas vêm a público repudiar a decisão do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), de proibir o acesso da categoria dos jornalistas aos Boletins de Ocorrências registrados na Delegacia de Furto e Roubo de Veículos e no Plantão Especializado da Mulher.

O Boletim Unificado é um documento público que deve estar disponível a todo o cidadão brasileiro conforme estabelecem os artigos 5º e 37º da Constituição Federal. Para os jornalistas, representados pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Espírito Santo e pela Federação Nacional dos Jornalistas, esta decisão é cerceamento e censura à Liberdade de Expressão e de Imprensa ferindo preceitos constitucionais, a Lei de Acesso à Informação, bem como o Código de Ética dos Jornalistas que tem como base primordial o direito fundamental do cidadão à informação pública.

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Destacamos, por exemplo, ser extremamente preocupante o impedimento aos dados referentes à violência contra a mulher quando o Espírito Santo ocupa, há 10 anos consecutivos, o triste primeiro lugar do país em violência de gênero. Com a publicização dos dados pela Imprensa a população pode dimensionar a gravidade dos fatos e cobrar políticas públicas para combater esta prática nefasta no Estado.

Vimos a público, portanto, contestar este ato arbitrário e ressaltar que o Governo do Estado do Espírito Santo deve respeitar o exercício do Jornalismo e cumprir os preceitos constitucionais que garantem a democracia e a transparência no serviço público.

 

PF faz nova operação contra tráfico de drogas. O helicóptero do pó continua sendo a maior apreensão

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Duke

A operação da Polícia Federal tem o nome de “piloto”, mas não é o comandante do helicóptero do deputado Gustavo Perrella do Solidariedade, e eleito pelo PSDB de Minas Gerais.

Parece mais uma operação abafa, que não passou pelos lugares em que o helicóptero recebeu e descarregou uma carga de meia tonelada de cocaína em pasta, com destino pra lá de desconhecido. Dizem que a droga veio da Bolívia, isso sem saber que meio de transporte foi utilizado, e quais os narcotraficantes envolvidos, principalmente quem vendeu e comprou.

Publica a Globo, porta-voz da PF: A Polícia Federal (PF) realiza uma operação para combater o tráfico internacional de drogas no Paraná e em outros cinco estado brasileiros desde a madrugada desta segunda-feira (2). A ação foi batizada de “Operação Piloto” e serão cumpridos 46 mandados de prisão e 53 de busca e apreensão. No Paraná, os mandados serão cumpridos em Umuarama, Foz do Iguaçu, Londrina, Cascavel, Cambé, Ibiporã e Xambrê. Os outros estados envolvidos na operação são SP, SC, MS, ES e SE. Até as 12h30, 33 mandados de prisão tinham sido cumpridos, além de um caseiro preso em  flagrante por porte ilegal de armas.

De acordo com a PF, as investigações começaram há sete meses em Londrina, quando um empresário do ramo de transportes de Umuarama, no noroeste paranaense, estava usando sua frota para transportar drogas vindas do Paraguai. “A partir desses dados, descobrimos que eram várias quadrilhas atuando da mesma forma naquela região, tanto para o tráfico de drogas quanto para o tráfico de armas”, disse o delegado-chefe da PF em Londrina, Nilson Antunes da Silva.

Segundo o delegado, são 16 quadrilhas que atuavam na região. Elas compravam maconha, crack, armas de fogo e munição no Paraguai e transportava para o Brasil. “As quadrilhas agiam de forma muito parecida. As drogas e as armas vinham do Paraguai, entrava no país por Foz do Iguaçu ou pelo Mato Grosso do Sul, e chegava em Umuarama, onde era feita toda uma logística de transporte e distribuição, principalmente par ao estado de São Paulo, além dos outros estados onde estão sendo cumpridos os mandados de busca e de prisão”, explicou.

O delegado informou que uma das quadrilhas chegou a abrir uma empresa formalmente para a fabricação de carrocerias-furgões, que eram fornecidas para outras quadrilhas. “Mais da metade dos grupos investigados utilizavam esse tipo de veículo para o transporte das drogas e armas”, contou.

Desde o início das investigações, 67 pessoas foram presas e mais de 50 veículos, apreendidos. Os policiais também apreenderam 49 toneladas de maconha, 383 quilos de cocaína, 125 quilos de crack, 8.052 comprimidos de ecstasy, 15 armas e munição.

Pelo noticiário da Globo, pode-se perceber a presença de empresários. Não é todo mundo que pode possuir uma frota de caminhões de carga pesada, e fabricar carrocerias-furgões. Parece que se acabou, finalmente, o tempo de fazer o maior alarde com a prisão de traficantes pés-raspados bodegueiros, donos de miseráveis pontos de revenda nas favelas, esquecendo os poderosos e ricos narcotraficantes com seus múltiplos e sofisticados e milionários negócios.

Assim sendo, o dono da carga transportada pelo helicóptero do pó é uma persona de muitas posses e milagrosos poderes. Tão poderoso que diferentes justiças não desejam em suas mãos essa batata quente.

Publica Novo Jornal:

Enquanto a sociedade aguarda uma resposta das autoridades, apresentando os verdadeiros responsáveis pelo tráfico de 450 quilos de cocaína utilizando o helicóptero da família Perrella, as autoridades do Poder Judiciário estadual e federal do Espírito Santo recusam-se a assumir suas funções, utilizando justificativas que não convencem.

Exemplo? Segundo fontes do TRF, o juiz federal do Espírito Santo ao receber o processo transferido pelo juiz estadual solicitou parecer do Ministério Público, indagando se o caso não seria da “Justiça Militar” sob a alegação de que o crime “ocorreu dentro de uma aeronave”.

Evidente que o crime não ocorreu dentro da aeronave, mas sim se utilizando de uma aeronave. Juristas que acompanham o caso afirmam que esta apreensão não é um fato novo, pois nos últimos anos a maioria do tráfico de drogas tem utilizado aeronaves.
Embora guardada a sete chaves, Novojornal teve acesso agora à tarde a movimentação do processo0010730-56.2013.4.02.5001, que passou a tramitar a partir desta sexta-feira (29) na Justiça Federal capixaba, demonstrando ser verdadeira a informação de nossas fontes sobre o despacho do Juiz Federal. A versão corrente é que nenhum magistrado quer assumir o feito devido aos envolvidos.

coca cocaína tráfico

Operação realizada pelas polícias Federal e Militar capixaba apreende 400 kg de cocaína no helicóptero do deputado estadual Gustavo Perrella de MG

Os 443 kg de cocaína pura apreendidos nesse domingo (24) pelas polícias Militar e Federal, em Afonso Cláudio, seriam enviadas para a Europa. Segundo o major Flávio Pereira Santiago, comandante da 2ª Companhia Independente da Polícia Militar, em entrevista à Rádio CBN Vitória, na manhã desta segunda-feira (25), a informação teria partido de um dos detidos na operação.

Segundo informação da TV Gazeta, o helicóptero é da empresa Limeira Agropecuária, que pertence ao deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG), que já foi presidente do time de futebol Cruzeiro, de Minas Gerais. O advogado da empresa disse que o piloto usou a aeronave sem autorização.

Gustavo Perrella
Gustavo Perrella

Ao todo, quatro pessoas foram presas e levadas para a Superintendência da Polícia Federal, em Vila Velha. Uma aeronave também foi apreendida. As investigações prosseguem agora com a Polícia Federal.

Em Afonso Cláudio, a Polícia Militar ainda faz buscas na região na tentativa de localizar outras pessoas envolvidas no caso.
O esquema foi desbaratado às 17 horas desse domingo (24). Um carro já aguardava a mercadoria no local para fazer o transporte.
carro droga
De acordo com o major Flávio Pereira Santiago, comandante da 2ª Companhia Independente de Afonso Cláudio, o local onde o helicóptero foi apreendido já vinha sendo investigado há pelo menos 15 dias. O sítio teria sido comprado por um preço muito acima do valor real, o que gerou desconfiança dos moradores da região.
Durante as investigações realizadas pelo serviço reservado da Polícia Militar, era possível perceber um grande movimento de veículos no sítio.
“A comunidade é simples, de agricultores e gente humilde, quando compraram esse sítio, a própria população começou a desconfiar. Resolvemos investigar e, ao perceber a grande movimentação de veículos, fizemos um cerco maior. Quando o helicóptero se aproximou da propriedade, já tínhamos os policiais posicionados estrategicamente para fazer a abordagem”, explicou o major.
Foram presos no local o piloto, o copiloto e duas pessoas que estavam encarregadas do transporte da droga. Segundo o major, a droga foi trazida da fronteira para São Paulo, e da capital paulista para o Espírito Santo.
Modelo
A aeronave apreendida – Robson 66 – permanece na localidade onde foi apreendida, Ibicaba, de onde será retirada por policiais federais nesta segunda-feira (25).
helicoptero
Há pelo menos dez dias a PM realizava uma operação na região, após receber a informação de moradores de que um grupo havia comprado uma fazenda na localidade, por um preço cinco vezes maior do que o de mercado. A desconfiança é de que o local estava sendo utilizado para tráfico internacional de drogas.
“A partir daí começamos a fiscalizar a região. Contamos com a ajuda do 14º Batalhão de Ibatiba. A vigilância foi intensificada nos últimos três dias”, explicou o major. Quando perceberam o envolvimento de um helicóptero, a PM pediu apoio do Núcleo de Apoio e Transporte Aéreo da PM (Notaer), que utilizou o seu helicóptero, o Hárpia. “Também solicitamos o apoio da Polícia Federal”, explicou o major.
A droga que estava sendo transportada no helicóptero estava embalada em tabletes, em diferentes cores, segundo o major. Logo após serem detidos, os presos foram encaminhados para a sede da Polícia Federal, em Vila Velha. As informações são da Gazeta.
droga
A reportagem do Novojornal teve acesso a informações de que a propriedade onde o helicóptero pousou para descarregar a droga foi adquirida
recentemente pelo deputado Gustavo Perrella (SDD-MG). Fato confirmado
por sua assessoria de imprensa. Leia comentários.

Lívia Francez escreve no SéculoDiario do Espírito Santo: Segundo o superintendente da Polícia Federal no Estado, delegado Erivelton Leão de Oliveira (foto), na ocasião da aquisição da propriedade houve um churrasco e os participantes comentaram que voltariam no fim do mês. Depois disso o monitoramento começou a ser feito.

delegado

No dia da chegada da droga, os policiais federais fizeram o monitoramento na região em que os suspeitos circulavam em terra. Eles ficaram de campana na mata aguardando a chegada do carregamento. Os suspeitos foram presos no momento em que descarregavam a droga e se preparavam para abastecer a aeronave.
De acordo com o delegado, o piloto alegou ter recebido R$ 60 mil para fazer o transporte da carga de São Paulo para o Estado. O superintendente acrescentou que as investigações vão prosseguir para apurar se as drogas seguiriam do Espírito Santo para outros estados. Além disso, o proprietário da terra adquirida também vai ser investigado. Ele não foi um detido na operação.

Em entrevista ao jornal O Estado de Minas, o advogado de Gustavo Perrella, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, o piloto utilizou indevidamente a aeronave. E disse que a aeronave foi “furtada” da família pelo piloto.
A PF não divulgou o nome dos suspeitos, mas o Estado de Minas reporta que foram presos o piloto Rogério Almeida Antunes, de 36 anos, que é natural de Campinas, São Paulo, o copiloto Alexandre José de Oliveira Júnior, de 26 anos, o comerciante Róbson Ferreira Dias, de 56, e Everaldo Lopes de Souza, de 37.
Já o deputado Gustavo Perrela, em entrevista coletiva na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), disse que ficou sabendo da apreensão pela imprensa e que um boletim de ocorrência foi feito pela família atestando o furto do helicóptero.

Compra de fazenda com ágio de 400% e a constante presença do helicóptero

 por Eduardo Santos
 

Os quatro traficantes presos na localidade de Ibicaba, no município de Afonso Cláudio, na Região Serrana do Estado, com 400 quilos de cocaína com alto teor de pureza, escolheram o local como ponte para o transporte de drogas para Minas Gerais e a Europa. É o que afirmou o major Flávio Pereira Santiago, comandante da 2ª Cia Independente da Polícia Militar. Segundo ele, a compra de uma fazenda avaliada em 100 mil e vendida com ágio de cerca 400%, a movimentação de veículos e pessoas estranhas e a constante presença de um helicóptero na região levantaram suspeita de algo errado estava acontecendo.

Foi então que o serviço de inteligência detectou que pessoas suspeitas estavam fazendo de Ibicaba, rota do tráfico de drogas. “Quando nos deparamos com a situação, nós vimos que não era um simples delito. Era coisa pesada, coisa grande. Decidimos, então, pedir ajuda à Polícia Federal. Montamos uma operação e conseguimos prender os suspeitos”, afirmou o major.

Segundo Flávio Santiago, nenhum dos detidos é do Espírito Santo. O piloto da aeronave contou que trabalha em uma empresa que faz frete aéreo. “Mas nas horas vagas, ele e co-piloto usam a aeronave para trabalhos particulares. Ele contou ainda que foi o amigo que o convidou para fazer essa viagem. Não é comum, essas aeronaves ficarem fazendo voos constantes nessa região. Isso chamou bastante a atenção. Os quatro suspeitos presos foram levados à sede da 2ª Cia e depois transferidos para a sede da Superintendência da Polícia Federal, em Vila Velha. (Folha Vitória)

FlagranteO superintendente da Polícia Federal no Estado, Erivelton Leão de Oliveira, apresentou ontem, em entrevista coletiva, um vídeo que mostra o flagrante da apreensão. Nas imagens, homens desembarcam da aeronave. Um veículo Volkswagen Polo branco e um homem aproximam-se do helicóptero.

Os suspeitos começam a retirar do carro galões de combustível que seriam usados para abastecer a aeronave. Depois, retiram a droga do helicóptero e colocam-na no veículo. E os policiais, de longe, esperam a aeronave ser desligada para se aproximar. Veja vídeo

avião 1

avião 2

Ninguém vai preso no vandalismo de teatro

 

BRA_NOTA vandalosTodos são atléticos infiltrados da polícia ou de algum serviço secreto nacional ou estrangeiro

PELOS CORPOS ATLÉTICOS, SÃO LEGIONÁRIOS QUE TIVERAM TREINAMENTO FÍSICO MILITAR (TFM)

O TFM é caracterizado por atividades desportivas comuns como corridas, natação e esportes coletivos, e por atividades físicas específicas como pista de treinamento de circuito, ginástica com toros e provas do pentatlo militar. Um dos objetivos do TFM, além do aprimoramento físico corporal, é desenvolver atributos de ações coletivas e individuais como espírito de corpo, persistência e tenacidade. É um treinamento caro. Milhões de dólares são investidos neste treinamento.

NÃO SÃO ESTUDANTES. SÃO HALTEROFILISTAS

Treinados no arranco, no arremesso, no desenvolvimento ou prensa militar, são praticantes de atividades que envolvem o uso de halteres, como o fisiculturismo e a musculação. Compare as estampas desses gorilas, desses gladiadores, com os corpos dos estudantes carregadores de livros. Ser magra faz parte do padrão moderno de beleza feminina.

FINALIDADE DO ATAQUE: PROMOVER O VANDALISMO DE TEATRO

O importante da missão é ser fotografado e filmado. Para as capas dos jornais conservadores. Para os jornais televisivos repetirem as cenas exaustivamente.

Toda essa propaganda visa amedrontar o povo. Para que não participe de protestos sociais, reivindicando o fim da servidão e da colonização.

RECRUTAMENTO DOS INFILTRADOS E FINANCIADORES

Os infiltrados podem ser policiais disfarçados em civis, para justificar o terrorismo estatal: O prende e arrebenta da polícia. Como desculpa para as cacetadas nos frágeis estudantes (garotos e garotas), e para os tiros de balas de borracha, de balas de festim. E o uso de bombas de gás lacrimogêneo e de canhões sônicos e outras armas letais.

Os infiltrados podem ser parte das milícias, das forças paramilitares, dos serviços secretos de “inteligência”, ou de informações estratégicas. Das legiões estrangeiras. Todos traidores da pátria e/ou espiões de diferentes bandeiras.

É tudo gente paga. Bem paga. A polícia não prende os vândalos profissionais nem os financiadores, os que bancam o jogo de quebrar a porta do Itamarati, a porta da Prefeitura de São Paulo, a porta do Palácio do governador do Espírito Santo. É tudo combinado. Faz parte de um jogo. Um jogo de cartas marcadas. Um jogo ainda bem misterioso. Um jogo bem planejado, que essa gente lá de cima não faz nada de graça.

 

infiltrado polícia

 

 

 

Juiz acusado de mandar matar colega é condenado por corrupção

por Vilmara Fernandes

BRA_AGAZ juiz bandido

O juiz aposentado Antônio Leopoldo Teixeira foi condenado nesta quarta-feira a cinco anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, por corrupção passiva. O magistrado é acusado de receber vantagens num esquema de venda de sentenças e benefícios para presos enquanto atuava como titular da Vara de Execuções Penais, a mesma em que trabalhou o juiz Alexandre Martins de Castro Filho, assassinado em 2003. Este, inclusive, fez um relatório, denunciando irregularidades que teriam sido cometidas por Leopoldo.

Foi esse documento – produzido em 2001 e assinado também pelos juízes Carlos Eduardo Lemos e Rubens da Cruz – que resultou ontem na condenação de Leopoldo. Este, por sua vez, também é acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Alexandre.

Liberdade

Mesmo com a condenação desta quarta, o juiz aposentado responderá ao processo em liberdade, como prevê a lei. Ele terá que pagar uma multa de dois salários mínimos. Em setembro de 2011, o juiz Alexandre Farina Lopes, da 9ª Vara Criminal de Vitória, o havia inocentado das acusações.

Essa decisão foi reformada, por unanimidade, pelos desembargadores Adalto Dias Tristão, Manoel Alves Rabello e Willian Silva, que atuam 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado. Na mesma ocasião foi condenado, com pena e multa semelhantes, Valderis Martins, apontado como primo de Leopoldo.

Segundo o Ministério Público Estadual (MPES), existiria um “esquema ilícito” na 5ª Vara Criminal de Vitória. Lá Valderis atuaria como intermediário nas negociações para que presos fossem beneficiados, irregularmente, junto à Vara de Execuções Penais. Tudo isso ocorreria “mediante pagamento de vantagem indevida”, diz o relatório dos desembargadores.

Homicídio

Esta foi a primeira condenação de Leopoldo na área criminal. E pode ter repercussões, segundo Lemos, no processo sobre o mando da morte do juiz Alexandre. “Foi essa denúncia, hoje condenação, que resultou no homicídio”, assinala.

O procurador do MPES, Sócrates de Souza, vai além: diz que a condenação vai repercutir na decisão que aposentou o juiz Leopoldo. “Assim que ela for publicada, pediremos a cassação da aposentadoria.” Hoje, o juiz recebe R$ 27 mil por mês.

Outro lado

O advogado Fabrício de Oliveira Campos adiantou que vai recorrer da condenação de seu cliente, o juiz Antônio Leopoldo Teixeira. Ele ainda vai decidir, assim que a decisão for publicada, se fará recursos ao próprio Tribunal de Justiça do Estado ou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.

Campos adiantou que o magistrado foi condenado por fatos que não estavam presentes na denúncia feita pelo Ministério Público Estadual. “A denúncia diz que ele teria recebido vantagens indevidas em duas oportunidades. Não há provas do recebimento dessas vantagens, e o TJ entendeu que não precisava dessas provas”, pontuou o advogado.

Campos avalia que a condenação de Antônio Leopoldo põe em risco a atuação de vários agentes públicos. “Comentários, sem provas, podem levar a acusações e condenações”, destaca. O advogado também recorrerá ao STJ contra uma outra decisão do TJ, que manteve a determinação de que o julgamento de Leopoldo, na acusação de homicídio contra o colega Alexandre, será por júri popular.

Entenda o caso

Outubro de 2001

Os juízes Carlos Eduardo Lemos, Alexandre Martins de Castro Filho e Rubens da Cruz denunciam ao Tribunal de Justiça o colega Antônio Leopoldo Teixeira por corrupção na Vara de Execuções Penais. Ele, supostamente, concederia benefícios
a presos para irem para
o regime semiaberto

Março de 2003

O juiz Antonio Leopoldo é acusado de ser um dos mandantes do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho. Um dos motivos do crime seriam as denúncias de corrupção

Março de 2005

O Tribunal de Justiça afasta o juiz Leopoldo das suas atividades

Setembro de 2005

Leopoldo é punido com a aposentadoria compulsória pelo Tribunal de Justiça, no processo administrativo aberto contra ele por irregularidades praticadas no período em que era titular da Vara de Execuções Penais. Hoje ele recebe R$ 27,3 mil

Abril de 2013

O magistrado é condenado a cinco anos e seis meses, em regime semiaberto, por corrupção. Foi sua primeira condenação na área criminal. Ele vai responder ao processo em liberdade

justiça sangue

 

 [Fico imaginando quantos jornalistas este bandido togado censurou?]

Gratz: O juiz não sabe ler ou é um brincalhão

José Carlos Gratz

O ex-presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, José Carlos Gratz, sempre fez gaiatice com os processos e decisões da justiça. Veja um exemplo. Escreve Nerter Samora:

O juiz da 3ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Estadual, Ademar João Bermond, condenou o ex-parlamentar e mais dez pessoas à suspensão dos direitos políticos por oito anos e o ressarcimento ao erário pelo desvio de R$ 68,5 mil em cheques para associações que foram depositados nas contas de postos de gasolina.

(…) O ex-presidente da Assembleia, o ex-diretor-geral André Nogueira e mais dois ex-deputados (Juca Alves e Nasser Youssef) são acusados de participação no esquema que desviava verbas destinadas para entidades por meio de subvenções sociais.

De acordo com a denúncia, as investigações da Receita Federal apontaram que os cheques eram emitidos no nome das associações, mas acabavam sendo repassados para a conta de postos de gasolina. Foram identificados seis postos de gasolina, que também foram condenados juntamente com os sete sócios registrados das empresas: Posto Iate Ltda (os sócios são: Leonardo e Anderson Bazílio De Souza), Markbel – Revendedora de Petróleo Ltda (Marieta Belúcio Backer), Posto Jerusalém (Vanderlei Vieira), Posto Morgado Ltda (Josmar Carvalho Machado), Auto Posto Líder Ltda (Hermes Marques de Oliveira) e Posto Jardimérica do Gás Ltda (Marcos Antônio Oliveira). Todos os condenados deverão pagar uma multa de R$ 500 mil por danos morais coletivos.

As fraudes teriam se materializado de duas formas. Na primeira, os cheques eram nominados aos hipotéticos beneficiários, mas sacados na boca do caixa ou depositados na conta de terceiros – neste caso, os cheques seriam endossados por Gratz ou André Moreira. Na segunda forma, os cheques eram nominados diretamente aos verdadeiros beneficiários, totalmente estranhos ao processo administrativo de pagamento protocolado na Assembleia.

“A única verdade é que receberam em suas contas depósitos de cheques oriundos da Assembleia Legislativa, emitidos em nome das mais diversas associações. Não negam esta imputação. Apresentam versões como fato impeditivo, ou às vezes, modificativo da pretensão punitiva do Ministério Público, mas não provam absolutamente nada, sem falar que as versões, mesmo que provadas, não exonerariam os requeridos de responsabilidade”, narra um dos trechos da decisão.

Prescrição em debate  

Durante a instrução do processo, o ex-presidente da Assembleia pediu o arquivamento de ofício do processo pelo fato da ação ter prescrito. A defesa de Gratz alega que a denúncia foi ajuizada no dia 30 de janeiro de 2008, quando o Ministério Público não poderia mais denunciá-lo por supostos desvios na chamada Era Gratz. De acordo com o artigo 23 da Lei 8.429/1992, o prazo de prescrição da ação é de cinco anos após o final do exercício – o ex-deputado renunciou ao cargo no dia 29 de janeiro de 2003, dias antes do fim do mandato.

O representante do Ministério Público chegou a negar que Gratz teria renunciado, insistindo no prazo de 31 de janeiro de 2003 como o início do prazo para contagem da prescrição. No entanto, o juiz Ademar Bermond confirmou a veracidade das informações prestadas pelo ex-deputado, mas inovou ao estabelecer como prazo de prescrição a data do conhecimento dos fatos pelas autoridades, no caso, o magistrado levou em consideração a data da remessa do relatório da Receita ao MPES, em novembro de 2004.

“Tenho que este é o marco inicial do prazo prescricional. O contrário é chancelar a impunidade, porquanto não há possibilidade de se exercer ação se não tem conhecimento dos fatos. Lembro-me da assertiva da ministra Rosa Weber [durante o julgamento do mensalão]: “quanto maior o poder ostentado, maior a facilidade de esconder o ilícito”. No caso vertente, é imputado ato de improbidade ao ex-dirigente máximo da Assembleia com a cumplicidade e execução de ato da mesma natureza pelos demais litisconsortes. Agora, se tal ocorreu ou não, a questão é de mérito”, citou o juiz.

Procurado pela reportagem, o ex-deputado José Carlos Gratz criticou a decisão do magistrado, que atua no núcleo de juízes lotados na vara especifica para julgar casos de improbidade: “O artigo 23 tem, no máximo, duas linhas. O juiz ou não sabe ler ou é um brincalhão. Enquanto o presidente do Tribunal quer resolver o problema da lentidão dos processos, esses juízes o estão atrapalhando”.