Acidente não foi em navio da Petrobras
Kamel
Kamel é capataz dos irmãos Marinho. Tem como mania processar jornalistas. E divulgar notícias ruins, nas 1. 001 empresas do monopólio da Globo, desde que defende um Brasil privatizado e as concessões dos patrões.
P – 36, afundamento da Petrobras
A P-36 foi a maior plataforma de produção de petróleo no mundo, antes de seu afundamento em março de 2001. A plataforma era da estatal brasileira Petrobras, e custou 350 milhões de dólares.
Sua construção teve início na Itália em 1995, com um casco semi-submerso (com colunas estabilizadoras), e terminou no Canadá em 2000.
A P-36 era operada pela Petrobras no campo de Roncador, Bacia de Campos, distante 130 km da costa do estado do Rio de Janeiro, produzindo 84.000 barris de petróleo por dia.
Naufrágio. Na madrugada do dia 15 de março de 2001 ocorreram duas explosões em uma das colunas da plataforma, a primeira às 0h22m e a segunda às 0h39m.
Era presidente da Petrobras o francês Henri Philippe Reichstul, nomeado por Fernando Henrique que, para beneficiar um estrangeiro, teve que mudar a Constituição, que proibia tal estranheza.
Reichstul é considerado um dos mais corruptos presidentes da Petrobras. Disputa o título com Shigeaki Ueki, que presidiu a Petrobras na ditadura de João Figueiredo.
Segundo a Petrobras, 175 pessoas estavam no local no momento do acidente, das quais 11 morreram, todas integrantes da equipe de emergência da plataforma.
Depois das explosões, a plataforma tombou em 16 graus, devido ao bombeio de água do mar para o seu interior, o suficiente para permitir alagamento que levou ao seu afundamento.
Times de resgate tentaram salvar a plataforma durante o fim de semana seguinte, injetando nitrogênio e ar comprimido nos tanques para tentar remover a água acumulada, mas abandonaram as tentativas.
Causas do acidente. A plataforma afundou no dia 20 de março, em uma profundidade de 1200 metros e com estimadas 1500 toneladas de óleo ainda a bordo. Segundo a agência nacional de petróleo (ANP) do Brasil, o acidente foi causado por “não-conformidades quanto a procedimentos operacionais, de manutenção e de projeto”. Traduzindo o linguajar tecnocrata: Explosão na P-36 foi causada por erros de manutenção e projeto. Fonte Wikipédia
Em 2007 a P-36 foi substituída pela plataforma P-52, construída em Cingapura e no Brasil.
Operação Lava Jato
Segundo o Estadão, “o ex-gerente Executivo de Engenharia da Petrobrás, Pedro Barusco, afirmou em sua delação premiada que o esquema de propinas da estatal começou com o primeiro contrato de navio-plataforma com a holandesa SBM Offshore, em 1997, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
O delator admitiu que, naquela época, recebeu propinas mensalmente em valores que variavam entre US$ 25 e US$ 50 mil, e que teria recebido um total de US$ 22 milhões em propinas da empresa holandesa até 2010.
Entre 1995 e 2003, Barusco, que era funcionário de carreira da estatal, ocupou o cargo de gerente de Tecnologia de Instalações, no âmbito da diretoria de Exploração e Produção. Ele admitiu que começou a receber propina em ‘1997 ou 1998’, ‘por conta de dois contratos de FPSO (navios-plataforma) firmados mediante sua (de Barusco) participação técnica e ‘fundamental’, uma vez que era o coordenador da área técnica’, diz a delação”. Trechos de artigo de Altamiro Borges.
Denúncias e confissões que determinam que a CPI da Petrobras, se for para valer, e isenta de qualquer cambalacho, tramóia partidária, ou conspiração política, deve começar, preferencialmente, com as presidências corruptas de Shigeaki Ueki e Henri Philippe Reichstul (Vídeo aqui)
Petrobras, uma história de tragédias
Aconteceu na presidência de Shigeaki Ueki, governo João Figueredo. Transcrevo da Wikipédia: Em 1982, foi nomeado o advogado José Osvaldo Passarelli interventor de Cubatão. Nesta fase, a industrialização começa a cobrar seu alto preço ambiental:
Cubatão tem uma degeneração violenta e começa o mito do “Vale da Morte”; com o incêndio da Vila Socó, em fevereiro de 1984, a tragédia ganha contornos nacionais e mundiais, pois a explosão dos dutos da Petrobrás, sobre os quais se erguia uma favela que foi pulverizada, pôs a nu os problemas advindos de políticas energéticas não planejadas e de erros.
Uma tragédia incontável, pois nem a Prefeitura, nem o Governo Estadual nem a Petrobrás conseguiram precisar o número de mortos; num dado momento, ocorrem situações anacrônicas: a Escola João Ramalho é usada como necrotério; o estado doa trezentos caixões; a Prefeitura usa as listas de alunos da Escola de Educação Infantil para verificar quem volta às aulas.
Em 1982, foi nomeado o advogado José Osvaldo Passarelli como Interventor. Nesta fase, a industrialização começa a cobrar seu alto preço ambiental: Cubatão tem uma degeneração violenta e começa o mito do “Vale da Morte”; com o incêndio da Vila Socó, em fevereiro de 1984, a tragédia ganha contornos nacionais e mundiais, pois a explosão dos dutos da Petrobrás, sobre os quais se erguia uma favela que foi pulverizada, pôs a nu os problemas advindos de políticas energéticas não planejadas e de erros.
Uma tragédia incontável, pois nem a Prefeitura, nem o Governo Estadual nem a Petrobrás conseguiram precisar o número de mortos; num dado momento, ocorrem situações anacrônicas: a Escola João Ramalho é usada como necrotério; o estado doa trezentos caixões; a Prefeitura usa as listas de alunos da Escola de Educação Infantil para verificar quem volta às aulas.

Paulo Henrique Amorim: O Conversa Afiada reproduz comunicado à imprensa da Petrobras:
A Petrobras lamenta informar a ocorrência nesta quarta-feira, dia 11/2, por volta de 12h50, de uma explosão a bordo do navio-plataforma Cidade de São Mateus operado pela empresa BW Offshore e afretado pela Petrobras. A unidade opera, desde junho de 2009, no pós-sal dos campos de Camarupim e Camarupim Norte, no litoral do Espírito Santo, a cerca de 120 km da costa. Do total de 74 trabalhadores embarcados, três não resistiram aos ferimentos e faleceram no local; dez sofreram ferimentos e já foram transferidos por helicóptero para atendimento médico em Vitória e outros seis estão desaparecidos.
A BW está prestando toda a assistência aos seus funcionários e familiares, com apoio da Petrobras. O acidente foi controlado a partir do imediato acionamento do Plano de Emergência com a mobilização de todos os recursos necessários. As operações da plataforma foram interrompidas. A produção da unidade era de cerca de 2,2 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural.
A Petrobras notificou oficialmente a Marinha e a Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustiveis (ANP). A concessão de Camarupim é operada pela Petrobras (100%) e a de Camarupim Norte é uma parceria entre a Petrobras (65%) e a empresa Ouro Preto Energia (35%).