A campanha da candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), convocou governadores e senadores eleitos pelo PT e outras siglas aliadas para uma reunião hoje, em Brasília. Candidatos que foram ao segundo turno e senadores bem-votados também foram escalados pela cúpula petista. O objetivo é traçar as estratégias para o segundo turno.
Comandados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estará na reunião, participarão os governadores do PT eleitos em primeiro turno: Fernando Pimentel (Minas Gerais), Rui Costa (Bahia) e Wellington Dias (Piauí), bem como o aliado do PCdoB Flávio Dino (Maranhão). Entre os que estão no segundo turno, os aliados petistas Tarso Genro (Rio Grande do Sul), Delcídio do Amaral (Mato Grosso do Sul) e Tião Viana (Acre), e fluminenses Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB). Somados, os nove nomes incluídos na lista de Dilma obtiveram 19,6 milhões de votos no último domingo.
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A principal estrela da companhia é o futuro governador de Minas, Fernando Pimentel, eleito pelos votos de 52,98% dos mineiros e que bateu, no primeiro turno, Pimenta da Veiga (PSDB), candidato de Aécio Neves.
Aécio foi deputado, governador duas govarnador e, hoje, é senador de Minas Gerais. Perdeu feio em casa.
Dilma também já conta com o apoio de outros quatro eleitos: os peemedebistas Jackson Barreto (Sergipe), Marcelo Miranda (Tocantins) e Renan Filho (Alagoas), e o pessebista Raimundo Colombo (Santa Catarina).
Os 5,3 milhões de votos obtidos neste domingo por Fernando Pimentel, cacifaram o ex-ministro do Desenvolvimento de Dilma a ser o responsável pela coordenação política da campanha presidencial do PT em Minas Gerais. Para isso, a primeira decisão é deixar em segundo plano a transição para o governo, que começa em 1º de janeiro do ano que vem. De acordo com o coordenador da campanha de Pimentel, Helvécio Magalhães, “a prioridade agora é o segundo turno” presidencial.
No front. Pimental aponta para a direção de algumas das estratégias que devem ser adotadas para a disputa. Uma delas passa por manter e ampliar a vantagem em Minas, onde Dilma abriu uma frente de 400 mil votos para Aécio na terra onde ele governou por oito anos e elegeu seu sucessor.
O Nordeste, região onde Dilma venceu em todos os Estados – exceto Pernambuco, comandado pelo PSB de Marina Silva –, é outra frente importante. O cálculo da campanha é que a petista pode ampliar a votação e, para isso, contará com os três aliados eleitos.
A região Sul é outra que deve ser destacada. Dilma, que perdeu no Paraná e em Santa Catarina, viu sua vantagem para Aécio cair drasticamente no Rio Grande do Sul.
OS SOROS NÃO GANHAM ELEIÇÃO
Após o Ibovespa disparar e a cotação do dólar norte-americano cair com o resultado do primeiro turno das eleições, a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, disse ontem que “o investidor pode fazer tudo, mas não ganha a eleição”. “Quem ganha e vota no Brasil chama-se povo brasileiro”, disse, respondendo a uma repórter sobre a torcida de investidores por uma vitória do candidato do PSDB, Aécio Neves.
Em coletiva de imprensa concedida em São Paulo, maior colégio eleitoral do país e onde obteve a maior votação neste primeiro turno, Aécio disse que os “brasileiros estão muito preocupados com os monstros do presente: inflação alta, recessão, corrupção”. Questionada sobre as declarações do rival, Dilma respondeu: “Comparem a minha recessão com a dele e comparem os monstros do passado com o que está acontecendo no meu governo. Ele pode usar a retórica, mas a realidade se imporá”, disse.
Pesquisas. Dilma negou que tenha ficado frustrada com o resultado do primeiro turno – pesquisa de boca de urna apontava vantagem maior da petista. “Eu não (fiquei frustrada), eu esperava direitinho, sabe por quê? Nós não achamos e não acreditamos nessa infalibilidade das pesquisas, né?”, destacou.
“Vocês me desculpem, mas eu acho que pesquisa é uma referência, eu sempre digo que não comento (pesquisa), acho que ela é para analista. Nós usamos várias outras informações além das pesquisas”, encerrou.
(Fonte: Jornal O Tempo de Minas Gerais e agências)