O EXÉRCITO AMBICIOSO, TORTURADOR, COM DESPREZO POR SI MESMO, MENTIROSO, NEGANDO OS ASSASSINATOS QUE PRATICOU

por Helio Fernandes

Matteo Bertelli
Matteo Bertelli

Todas as ditaduras torturaram, perseguem, assassinam para se manterem no Poder. Não existe ditadura complacente ou compreensível. Nos 15 anos de Vargas, a crueldade foi terrível, embora Vargas negociasse muito com políticos, empresários e proprietários de jornais, não jornalistas.

Nos 20 anos do golpe que tentou se identificar como Revolução, (desculpem pela letra maiúscula, era o que pretendiam), perseguirem mais, torturarem mais, assassinaram mais. Exageraram na crueldade, no desapreço pela vida, no desinteresse pelo nome do Exercito, que desmoralizaram completamente. Um nome que para eles deveria ser sagrado, reverenciado e consagrado. Mas que estavam impedidos de fazer, viviam com suas mãos e as roupas vermelhas de sangue. Não deles e sim o das vitimas.

Os generais mentirosos

Oficialmente a Comissão da Verdade já exigiu dos comandantes do Exercito, Marinha e Aeronáutica que informassem em que quartéis se passavam fatos que citava. E com provas irrefutáveis. Resposta, repetidas: “Nos quartéis só ocorriam ou aconteciam fatos comuns a um quartel”. Mentira de fazer vergonha.

A prisão, tortura e sevicia humilhante de Miriam Leitão

Ela tinha 19 anos, estudante, ainda nem havia decidido o que fazer da vida, como acontece nessa idade.

Grávida, foi presa, humilhada de todas as maneiras, seviciada, mantida presa nove meses. Como uma jovem de 19 anos, podia ameaçar, intimidar ou assustar o Exercito todo poderoso?

Isso ocorreu em 1972, o auge da tortura, comandada pelo presidente “Medice” (o mais torturador dos generais) e o Ministro do Exercito, Orlando Geisel. Este chefiava todo o “sistema Doi-Codi”, que começou em SP, como Operação Bandeirante”, depois se transformou simplesmente em Oban.

  Gianfranco Uber
Gianfranco Uber

 

PS- Miriam Leitão foi mantida meses nesse sistema de escuridão completa. Isso veio da Grã-Bretanha, adotado pelo Brasil, Argentina, Chile. Das torturas mais cruéis, inimagináveis.

PS2- Também invenção britânica, o habito de jogar os torturados no mar, quase mortos, mas ainda vivos. Esta diferença, importante. Se fossem jogados no mar já mortos, reapareceriam 24 horas depois.

PS3- A Argentina usou largamente o método. O Brasil examinou mas não concretizou. O mesmo fez o Chile.

PS4- Vou continuar. Como dois grandes amigos (um deles ex-ministro de Jango) sofreram esse processo bárbaro, vou contar o que sei (Agora foi um britânico que decapitou um jornalista. Parece que não mas tem tudo a ver).

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Premiado, movimento Mães de Maio defende desmilitarização da polícia

Prêmio Direitos Humanos 2013 foi entregue pela presidenta Dilma Rousseff, que reconheceu que “a tortura continua existindo em nosso país”. Foto Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Prêmio Direitos Humanos 2013 foi entregue pela presidenta Dilma Rousseff, que reconheceu que “a tortura continua existindo em nosso país”. Foto Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Por Igor Carvalho/ Revista Fórum

A presidenta Dilma Rousseff entregou o Prêmio de Direitos Humanos 2013 nesta quinta-feira (12), em Brasília, reconhecendo que a “tortura continua existindo em nosso país”. “Eu que experimentei a tortura sei o que ela significa, de desrespeito a mais elementar condição de humanidade de uma pessoa”, disse.

Durante o evento, participantes protestaram contra a violência policial. “Chega de alegria, a polícia mata pobre todo dia”, era uma das palavras de ordem. A pauta subiu para o palco quando a fundadora do grupo Mães de Maio, Débora Maria, recebeu o prêmio na categoria “Enfrentamento à violência”.

“Quando a gente sente na pele o que é perder um filho, a gente se põe no lugar também das vítimas do passado, das vítimas da ditadura. Para a gente poder comemorar o fim da ditadura, temos que desmilitarizar a polícia”, afirmou Débora, que teve seu filho morto em 2006 pela PM paulista.

Dilma respondeu à Débora, durante seu discurso, lembrando que também lutou contra a ditadura militar e afirmou que se empenhará em solucionar o problema da violência policial. “Vamos juntos superar esse cenário de mortalidade da juventude. Porque a história de um grande país não se faz com uma juventude sendo objeto de violência. Se faz com a juventude viva.”

Indígenas também protestaram durante o evento, chamando Dilma de “assassina” e “genocida”. A presidenta não respondeu as acusações e discursou sem tocar no assunto. Em resposta aos protestos, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, pediu apoio aos indígenas para lutar contra a PEC 215, que transfere para o Congresso a prerrogativa de demarcar terras indígenas.

Premiados

A entrega do prêmio ocorreu durante a programação do Fórum Mundial de Direitos Humanos (FMDH), no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). Três mil pessoas assistiram ao evento, de acordo com a organização.

O Prêmio de Direitos Humanos é a maior condecoração do governo brasileiro a pessoas físicas e jurídicas que se destacam na área de Direitos Humanos.

No segmento “Defensores de Direitos Humanos Dorothy Stang”, ganhou Laísa Santos Sampaio, irmã de Maria do Espírito Santo e cunhada de José Cláudio Ribeiro da Silva, assassinados por pistoleiros no dia 24 de maio de 2011.

O deputado federal Nilmário Miranda (PT-MG) foi contemplado na categoria “Enfrentamento à Tortura”.

O sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, responsável pelo Mapa da Violência, foi o vencedor na categoria “Segurança Pública e Direitos Humanos”.

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Brilhante Ustra, torturador
Brilhante Ustra, torturador

Confira outros vencedores:

Categoria: Centros de Referência em Direitos Humanos
Vencedor: Casa da Juventude Pe. Burnier – CAJU

Categoria: Garantia dos Direitos da População em Situação de Rua
Vencedores: Movimento da População de Rua da Bahia (MPR-BA) e a Associação Rede Rua.

Categoria: Promoção e Respeito à Diversidade Religiosa
Vencedora: Romi Márcia Bencke (pastora da Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil)

Categoria: Comunicação e Direitos Humanos
Vencedor: André Caramante (Jornalista)

Categoria: Garantia dos Direitos da População LGBT
Vencedora: Keila Simpson (militante LGBT)

Categoria: Erradicação do Trabalho Escravo
Vencedora: Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag)

Categoria: Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente
Vencedor: Programa Viravida, do Serviço Social da Indústria

Categoria: Garantia de Direitos da Pessoa Idosa
Vencedor: Maria da Penha Franco

Categoria: Garantia dos Direitos das Pessoas com Deficiência
Vencedor: Apae Brasil

Categoria: Igualdade Racial
Vencedor: Fórum Nacional da Juventude Negra

Categoria: Igualdade de Gênero
Vencedor: Maria da Penha

Categoria: Garantia dos Direitos dos Povos Indígena
Vencedor: Almir Narayamoga Suruí

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Quem investigará se Ricardo Antunes sofre tortura?

No próximo dia 5 de dezembro,  Ricardo Antunes completará dois meses de prisão secreta em algum presídio do governo de Pernambuco. Correm diferentes boatos de tortura. As provas que a polícia tem apenas confirmam que Ricardo vinha realizando um jornalismo de oposição aos governos de Pernambuco e  prefeitura do Recife, poderes aliados e vitoriosos nas últimas eleições municipais. E como fechar um inquérito que visa trancafiar e amordaçar Ricardo Antunes até as eleições presidenciais de outubro de 2014, devendo o governador – conforme anunciou – renunciar o cargo em março?

Ricardo foi transformado no Assange do governador Eduardo Campos – o Assange  exilado no pequeno e pobre escritório da embaixada do Equador em Londres.

A Reuters (que faz propaganda para o Reino Unido)  chama Assange de “dedo duro”:

O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange [que completa hoje 163 dias de confinamento na embaixada do Equador em Londres] minimizou as preocupações com sua saúde, dizendo que gosta de estar no meio de uma tempestade jurídica e diplomática.

Assange, de 41 anos, cujo site irritou os EUA ao divulgar milhares de documentos diplomáticos secretos, refugiou-se na embaixada para evitar ser extraditado da Grã-Bretanha para a Suécia, onde é suspeito de crimes sexuais [o estupro de duas prostitutas em uma suruba].

O Equador lhe concedeu asilo, mas ele pode ser preso se deixar o local, que tem imunidade perante as autoridades britânicas. Nesta semana, as autoridades equatorianas disseram que o ex-hacker sofre de uma doença pulmonar crônica, em decorrência do prolongado confinamento.

Vestindo terno escuro e uma camisa branca com abotoaduras prateadas no formato das letras W e L, Assange não aparentava ter problemas de saúde. [Não aparentava… coisa de olho clínico].

“O confinamento, as circunstâncias são obviamente difíceis”, foi tudo o que Assange disse ao ser questionado pela Reuters sobre sua saúde.

“Eu prefiro desfrutar do fato de ser tratado por toda essa tempestade. Só se vive uma vez, então é importante que façamos algo significativo com o nosso tempo”, disse ele. Confira aqui  

Considerado parceiro de Assange, Manning vem sofrendo torturas. Não sei se Pernambuco continua matriculando alunos para a Escola das América. 31 brasileiros estudaram nesse centro de formação de ditadores e golpistas no ano passado.

Pelos relatos, Ricardo passa pela mesma via crucis. Mas parece que a justiça decidiu criar coragem. Informa a agência EFE d’Espanha:

La jueza que lleva el caso de Bradley Manning, acusado de filtrar miles de documentos a WikiLeaks, escuchará hoy el testimonio de algunos de los responsables de la prisión de Quantico (Virginia) donde está recluido tras su detención en 2010.

La coronel Denise Lind llamará a testificar a dos de los responsables de la prisión y a miembros del equipo médico que supervisó el estado de salud de Manning, adelantaron fuentes jurídicas militares.

La nueva serie de audiencias que comienzan hoy en la base militar de Fort Meade (Maryland) y que se extenderán hasta el domingo, ha generado gran expectación ya que está previsto que por primera vez testifique el soldado, aunque no en esta primera sesión.

Manning fue detenido en mayo de 2010 en Irak, donde trabajaba como analista de inteligencia, y fue trasladado a la prisión de Quantico (Virginia), donde estuvo sometido a un régimen de vigilancia especial, que su abogado civil David Coombs ha calificado como “punitivo”.

Coombs denuncia que su cliente fue ubicado en una celda de un metro por dos metros, vigilado constantemente por un guardia, y que se le obligaba a levantarse a las cinco de la mañana y a permanecer despierto hasta las diez de la noche.

Según el abogado, no se le permitía tumbarse, ni apoyarse contra la pared y tenía que permanecer erguido en todo momento. Cuando salía de la celda era esposado de pies y manos y acompañado por dos guardas.

Además, del 29 de julio de 2010 al 10 de diciembre de ese mismo año sólo se le permitió salir al aire libre 20 minutos al día y tenía entre 3 y 5 minutos para tomar una ducha, que eran los dos únicos momentos del día en los que salía de la celda.

El abogado denuncia además que los guardas tenían que verificar constantemente que Manning se encontraba bien y si por la noche se cubría y no podían verle le despertaban, además, no se apagaban todas las luces.

Para que no se autolesionara sólo se le permitía comer con una cuchara y se le servían todas las comidas solo en su celda para evitar el contacto con otros reclusos, con los que además se le prohibió hablar.

Manning, de 24 años, está acusado de transferir miles de documentos clasificados a la red WikiLeaks

Escolas de tortura. O terrorismo estatal

O sanguinário ditador Pinochet mandou seus oficiais para treinar na Savak, a polícia secreta de Reza Pahlevi, em Teerã.

Com 65 mil policiais, a Savak era especialista em tortura e repressão. Mas não há ditadura que vença o povo. O xá do Irão caiu em setembro de 1978.

A CIA criou a Operação Condor que formou os porões das ditaduras do Cone Sul.

Agora está sendo revelada uma nova escola, que assegura a existência de uma colônia na América do Sul:

Escuadrones de la muerte. La escuela francesa
Técnicas de tortura, desapariciones, contra-insurgencia, colaboración entre agencias de inteligencia… [Documental 60:15 min.]
Pruebas, diálogos insólitos con los genocidas latinoamericanos y “asesores” del resto del mundo que, creyendo ingenuamente hablar con una historiadora de derecha, se descargan y exponen en toda su magnitud, van diseñando un mapa del horror y la hipocresía, dejando también en claro que en lo que se refiere a los años de plomo todavía queda mucha tela por cortar.
“Escuadrones de la muerte: la escuela francesa” se titula la espectacular película de la realizadora Marie-Monique Robin acerca de las formas galas de tortura que será estrenada en Buenos Aires.
El filme de Marie-Monique Robin tiene como antecedente el excelente fresco la batalla de Argel, de Gillo Pontecorvo en el que se mostró por primera vez en la historia que la civilizada Francia no respetaba los derechos humanos y torturó y martirizó a los patriotas argelinos que luchaban por su independencia.Escuadrones de la muerte: la escuela francesa que ya fue presentado en septiembre de 2003 por la cadena de televisión francesa Canal Plus, sostiene mediante entrevistas, imágenes de archivo y documentos, que los franceses formaron a militares de América Latina y Estados Unidos en métodos utilizados Argelia e Indochina.’Los militares franceses descubrieron que había que sacar información de la población. Esto demandaba la tortura. Luego, a los torturados los hacían desaparecer’, dijo Robin.Según la cineasta estos métodos a los cuales se les bautizó como ‘doctrina francesa’, fueron exportados después y en Argentina hubo una misión permanente de militares franceses entre 1957 y 1981.

Un dato desconocido y que revela el consenso y la cooperación de las más grandes potencias del mundo entre si, es el que asegura que expertos franceses enseñaron también las técnicas de la guerra contrarrevolucionaria a una generación de militares latinoamericanos en la Escuela de las Américas, en Panamá.

Esta inefable institución conocida como ‘la escuela de los dictadores’, le sirvió de ‘universidad’ a los aspirantes a torturadores estadounidenses que luego la aplicaron en Vietnam, Bolivia, Guatemala, Perú, Chile, Venezuela, Salvador, Nicaragua y Uruguay entre otros países.

La periodista francesa entrevistó a los generales retirados argentinos Ramón Díaz Bessone -con cámara oculta-, Reynaldo Bignone y Albano Harguindeguy. Vejaa vídeo