Brasil matou onze jornalistas em 2012. Fip esconde

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Pelo noticiário da imprensa, o Brasil matou duas vezes mais do que o Iraque. Chacinou onze jornalistas em 2012. E um este ano, no dia 8 de janeiro último.

Noticia a Fip:

La Federación Internacional de Periodistas (FIP) ha declarado hoy que 2012 ha sido uno de los años más sangrientos para los periodistas y otros trabajadores de los medios. Al menos, 121 de ellos perdieron la vida en asesinatos en los que fueron el objetivo buscado o bien en incidentes de fuego cruzado.

La FIP advierte que esas cifras terribles prueban la incapacidad de los gobiernos y de las Naciones Unidas para cumplir sus obligaciones internacionales de proteger el elemental derecho a la vida de los periodistas.

“La cuota mortal de 2012 se convierte en acta acusatoria contra la falta de convicción de los gobiernos a la hora de ofrecer protección a los periodistas. Evidentemente, no han sabido parar esta matanza”, declaró Jim Boumelha, presidente de la FIP. “No hay duda de que este nivel elevadísimo de periodistas asesinados se ha convertido en un rasgo constante de la última década, durante la cual la reacción habitual de las Naciones Unidas y de los gobiernos apenas ha consistido en unas pocas palabras de condena, una investigación somera y un indiferente desdén”.

Según la FIP, que desde 1990 publica informes anuales de los profesionales de los medios asesinados en incidentes relacionados con su oficio, 121 periodistas y otros trabajadores de los medios perdieron sus vidas en ataques selectivos, atentados con bombas o incidentes de fuego cruzado, por encima de los 107 registrados en 2011. Otros 30 más fallecieron en 2012 por accidente o enfermedad relacionados con el ejercicio del periodismo, ante 20 fallecidos por dichos motivos el año anterior.

Una mayor violencia y ausencia de la ley convirtieron a Somalia en un país mortífero para los medios; mientras sucedía algo similar en México, por obra del crimen organizado, o en Pakistán donde hay que atribuirlo a los grupos insurgentes.

La FIP afirma que, en general, los periodistas fueron diana elegida por ejercer su oficio y con la clara intención de hacerlos callar. Esta constatación, que está en los informes anuales de la FIP, ilustra la necesidad de medidas genuinas para proteger y castigar a los responsables de esa violencia contra los medios.

Durante el último mes, la FIP reclamó con urgencia las responsabilidades pertinentes por dicha violencia selectiva contra los medios en la Conferencia de Agencias de las Naciones Unidas que tuvo lugar en Viena (Austria), donde se lanzó oficialmente el Plan de Acción de la ONU sobre seguridad de los periodistas y contra la impunidad. Allí se dijo que “el nuevo plan de la ONU era antesala de la última oportunidad”.

“Ahora miramos hacia el Plan de la ONU sobre seguridad de los periodistas y contra la impunidad para que se cumpla ese mandato”, añadió Beth Costa, Secretaria General de la FIP: “La situación es tan desesperada que la inacción no es posible”.

Con fecha 31 de diciembre, la FIP registró la información siguiente sobre asesinatos de periodistas y personal de los medios en 2012:

Asesinatos selectivos, ataques con bombas e incidentes con fuego cruzado: 121
Muertes por accidente o enfermedades relacionadas: 30
Total  de muertes: 151

La región más mortífera en 2012 fue Oriente Medio y el Mundo Árabe, donde 47 periodistas y personal de los medios fueron asesinados. Siria tuvo la tasa más elevada de muertes con 36 víctimas mortales.

Siria: 35

Somalia: 18

Pakistán: 10

México: 10

Filipinas: 5

Irak: 5

Veja lista de jornalistas mortos da Fip

Mato Grosso do Sul: Quantos jornalistas foram assassinados em 2012?

Terra sem governo, terra sem justiça, o jornalismo também tem gosto de terra e sangue.

A lei da bala impera na fronteira do Mato Grosso do Sul.

Transcrevo um artigo de Eduardo Carvalho, que pode ser seu próprio epitáfio e nomeação dos seus possíveis assassinos:

Em Mato Grosso do Sul vagabundo morre, vira herói ou ‘empresário’

Um vagabundo dos piores, e foi abatido a tiros por algum desafeto, e em virtude de sua morte vira herói, ou ainda é denominado ‘’empresário de comunicação’’, tão somente por ter adquirido sabe-se Deus como, um Jornal.

Por sinal, veículo de imprensa que era tido, e havido, como arma de ataque a juízes, e outras profissionais da área  de segurança pública na área de fronteira.

Foi esse justo, amável, e trabalhador  ‘’empresário’’, que era acusado de ter financiado a morte de um jornalista de verdade, e que foi brutalmente, e covardemente assassinado por gente que não aceita o processo democrático reinante no país, apesar desse sério profissional ser um paraguaio de origem, mas que incomodava com seu trabalho na área de comunicação realizado do lado de lá de Ponta Porã. Tulú foi acusado pela prática de mando do assassinato.

Tulú como gostava de ser chamado o ‘’quase capo’’ fronteiriço, não era flor que se se cheira, assim como seu irmão, um outro covarde metido a bandido, de vulgo ‘’tatá’’ e que age pelas costas de suas vítimas, ou ainda as cagueta, assim como fez ano passado, quando aqui na capital esteve, e para entregar a uma autoridade, todo esquema de contrabando de cigarros, e outros coisas que ele mesmo disse ser “anormais’’, e que ocorrem na área de fronteira.

O cagueta safardana,  com fama e jeito  de  ‘’sanguinário perigoso’’, e que por sinal está pedido pela INTERPOL, mandava recados de morte para jornalistas, e desafetos, e há quem diga que a morte de Paulo Rocaro pode ter seu ‘’dedinho’’ para incriminar inocentes.

Foi no casino, ou melhor, no ‘’Bingo Guarani’’ de propriedade do contraventor, misto de empresário TULÚ que encomendaram quem pudesse  dar conta de minha vida, o convescote criminoso, e sob os olhos complacentes do tal  TULÚ, é que vagabundos iguais a si, tramaram minha morte, e que segundo quem me repassou as valiosas informações, essa deveria ser feita com requintes de crueldade.

Deus amante, e justo pela vida, e sapiente da justiça, não deixou que comigo nada acontecesse, o mesmo não ocorrendo com o marginal apelidado de TULÚ, esse que agora acompanha o satanás nas fornalhas do mais profundo inferno, restou seu fiel puxa saco, outro bandido igual a si, o tal ‘’Ananias’’ um paraguaio safardana,  seria o ‘’contratante’’ dos pistoleiros, e segundo informes,  os trazer ia a Campo Grande, a fim de fazer o serviço de morte.

Deus me protegeu! Agora tenho recebido e-mails, tais quais os aqui apresento em público para que as pessoas saibam que bandido defende bandido igual a si, e pelo que vejo tenho que me proteger tendo em vista que iguais protegem iguais e bandidos familiares tais quais ao vagabundo que morreu, por pura paixão, ou ainda  pela moleza do dinheiro fácil que acabou, devem estar tramando minha morte, ao qual deixo o aviso: “Pode vir que encontra resistência, não morrerei que nem a porco escanteado, em reais chances de defesa, todo aquele que vir, pode também levar. Dado o recado! Leia o e-mail e saibam que lado a verdade prevalece.

[Eduardo escreveu este texto em 8 de outubro. No dia 21 de novembro foi assassinado. Por que usou apelidos? Que tipo de polícia insinua defender? Que justiça? Polícia e justiça atacadas por um jornal concorrente, cujo proprietário também foi morto. Temos, no texto, quatro mortes anunciadas: 1. um dono de jornal, 2. um “jornalista verdadeiro”, 3. Paulo Rocaro, 4. Eduardo Carvalho]
Em 11 de novembro, Israel Espíndola escreveu no UH News:
Jornalista entrega vídeo e farta documentação à PF para ser enviada ao CNJ
O jornalista Eduardo Carvalho entregou, na Sede da Polícia Federal, farta documentação impressa e em video dando conta das falcatruas perpetradas pelo ”doutor” Joseph Sleiman, vulgo ”zuzão” e sua quadrilha. Segundo a denuncia, ”zuzão” alega ser vedendor de sentenças, essas proferidas por desembargadores e juízes do TJ MS.Num dos trechos da gravação, ”Zuzão” diz saber quem matou o ex-policial civil Serjão, e aponta como mandante o pecuarista Antonio Dameto; noutro trecho diz que o também advogado Paulo Macetti é um estelionatário, e que seu traballho consciste em jogar dois dos lados da clientela que atende; fala sobre decisões judiciais e, tempos atrás, Zuzão estaria arquitentando a morte desse jornalista, na cidade de Ponta Porã, com seu cumpadre de alcunha Tulú e outros de seu bando. É aguardar e conferir!

“A polícia de Mato Grosso do Sul não precisa recorrer a nenhum Sherlock Holmes para desvendar o assassinato de Eduardo Carvalho”

por Valfrido Silva

dedo duro

Não é porque morreu, assassinado (…) na porta de sua residência, na frente da família, em Campo Grande, que o jornalista Eduardo Carvalho (na foto, com o dedo-duro da Uragano, Eleandro Passaia) entra para o rol dos santos. Tinha lá seus pecados. E muitos, sobretudo no campo da ética profissional. Destemido, até pela formação como policial militar, talvez por isso mesmo abusando da audácia sempre que à mesa de negociações para a fechamento de contratos em seu site UHNews. Sua empresa, de comunicação impressa, virtual e até televisiva, era daquelas cujo crescimento se dava mais pelos seus controvertidos critérios de autocensura do que, efetivamente, pela receita publicitária. Mas, daí a ser rifado, pura e simplesmente, pela bandidagem do colarinho branco, são outros quinhentos. Até porque, espera-se, que esse negócio de esquadrão da morte, pelo que se vê, seja apenas do lado de lá da barranca do Rio Paraná.

A polícia de Mato Grosso do Sul não precisa recorrer a nenhum Sherlock Holmes para desvendar o assassinato de Eduardo Carvalho. Só não vê quem não quer os possíveis responsáveis pela pistolagem. As pistas abundam a partir de uma simples olhadela na listagem de matérias do UHNews. E nem precisa uma busca mais avançada. Mas alguém duvida que este seja apenas mais um crime desse tipo a cair no esquecimento? Assim como o de Paulo Rocaro. Pior, o do colega ponta-poranense, caindo num providencial esquecimento depois de o Secretário de Segurança Pública, Wantuir Jaccini, ter afirmado com todas as letras que já tinha todos os elementos para chegar aos autores, acrescentando, inclusive, que haveria “surpresas”, quando até as crianças dos grupos escolares dos dois lados da fronteira desconfiam quem são os pistoleiros e seus respectivos mandantes.

Coincidência ou não [uma semana antes], Eduardo Carvalho me ligou. Queria vir a Dourados conversar sobre algumas denúncias que andei fazendo aqui no blog. Disse que havia apurado mais detalhes sobre um desses rumorosos casos de crime de colarinho branco, envolvendo regime especial e uns bacanas que, não faz muito tempo, até já andaram fazendo curso de canarinho, mas que, impunes, continuariam agindo no Estado por meio de poderosos laranjas. “Sartei de banda”, como diz o Russo, prometendo visitá-lo numa dessas minhas cada vez mais raras idas a Campo Grande. Quer pista melhor que esta?

Outra coisa: atentem aos detalhes da foto que ilustra este texto e reflitam sobre um dos mais conhecidos ditos da humanidade: diga-me com quem andas e dir-te-ei quem és.

[Sempre tem polícia na morte de jornalistas]

Enquanto delegado de polícia acobertado pelo Judiciário continuar se achando no direito de bater à porta de jornalista de arma em punho com a desculpa de lavar a honra da família e ninguém tomar providências, outros profissionais de imprensa podem ter o mesmo destino.

Pelo sim, pelo não, está dado o recado. Nós, jornalistas, de verdade, agradecemos a turma do colarinho branco, por tanta cortesia e amabilidade.

Encontraram os assassinos do jornalista Eduardo Carvalho?

Brasil assassinou, na contagem de várias ONGs, onze jornalistas em 2012. E mais dois exilados, um preso, e vários ameaçados de morte, e outros mais censurados, baleados e espancados. Jornalismo no Brasil é profissão de risco. E fica o alerta para quem faz censura judicial: os que assediam jornalistas são os mesmos corruptos que matam juízes.

Escreve Sylma Líma: O jornalista, policial aposentado e proprietário do site UH NEWS, Eduardo Carvalho foi executado na noite de 21 de novembro último em frente a sua residência, no Bairro Giocondo Orsi, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Carvalho chegou em casa por volta das 22:40h acompanhado da esposa no veículo da família, um Ford Fusion; enquanto a esposa estacionava o carro, ele foi recolher para garagem a sua motocicleta Kasinski que era seu meio de transporte preferido por não gostar de dirigir. Neste momento Eduardo foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta, que o atingiram com três tiros: um acima do umbigo, um no quadril direito e outro abaixo da axila direita.

 

Foto: UHNews.Foto: UHNews.

 

Infelizmente Eduardo não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo de uma equipe de socorro chegar ao local. A esposa de Carvalhinho tentou reagir utilizando a arma do marido, mas ao tentar atirar verificou que a pistola calibre 380 estava sem munição. O diretor do UH NEWS tinha licença para andar armado por temer por sua vida, devido a uma tentativa de assassinato sofrida por ele.

Os bandidos deixaram cair no local o carregador com sete munições de calibre 45 usado no assassinato. O carregador foi encontrado na rua, próximo ao local do crime pela polícia.

Eduardo Carvalho tinha 51 anos e deixou a mulher e três filhas. Autor de matérias da coluna Caso de Polícia no site UH NEWS, costumava levantar temas polêmicos e por vezes criando desafetos escrevendo sobre bastidores da política e reportagens investigativas.