A “Operação Banqueiro” e como se uniram as duas maiores fábricas de dossiês da República

Por Luís Nassif

 

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O livro “Operação Banqueiro”, do jornalista Rubens Valente, caminha para se tornar um clássico na devassa das relações Estado-lobbies privados, especialmente o capítulo “As ameaças do grande credor”, que descreve a correspondência do super-lobista Roberto Amaral com Daniel Dantas, o banqueiro do Opportunity, reportando e-mails e conversas que manteve em 2002 com o então presidente Fernando Henrique Cardoso e o candidato José Serra.

As mensagens constam de dez CDs remetidos à Procuradoria Geral da República em Brasília – e que permaneceram na gaveta do PGR Roberto Gurgel, que não tomou providência em relação ao seu conteúdo.

Nas mensagens a FHC e Serra, Amaral insiste para que se impeça a justiça de Cayman de entregar a relação de contas de brasileiros nos fundos do Opportunity. Amaral acenava com os riscos de se abrir os precedentes e, depois, o Ministério Público Federal investir sobre as contas do Banco Matrix – de propriedade de André Lara Rezende e Luiz Carlos Mendonça de Barros, figuras ativas no processo de privatização. E, principalmente, sobre as contas de Ricardo Sérgio, colocado por Serra na vice-presidência internacional do Banco do Brasil.

Parte das mensagens havia sido divulgada em 2011 pela revista Época.

São relevantes para demonstrar que o Opportunity tornou-se uma questão de Estado, com envolvimento direto de FHC (tratado como “pessoa” nos emails entre Amaral e Dantas), José Serra (alcunhado de “Niger”) e Andréa Matarazzo (tratado como “Conde”). Dantas era alcunhado de “grande credor”.

Mostra também como Gilmar Mendes, então na AGU (Advocacia Geral da União), foi acionado em questões que interessavam ao Opportunity junto à ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações).

Não apenas por isso, mas pelo levantamento minucioso de decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), das pressões sobre procuradores e policiais, da atividade pró-Dantas de advogados ligados ao PT, trata-se de obra definitiva para se entender os meandros da estratégia que resultou na anulação da Operação Satiagraha.

Em entrevista a Sérgio Lyrio, da Carta Capital, Valente afirma que “sem Mendes na presidência do Supremo, nem todo o prestígio de Dantas teria sido capaz de reverter o jogo de forma tão espetacular”.

É mais do que isso. Nem Mendes nem Dantas individualmente teriam o poder de influenciar os quatro grandes grupos de mídia. O único personagem com capacidade de unir todas as pontas em torno de uma bandeira maior – a conquista da presidência da República – era José Serra. É a partir dele que deve ser puxado o fio da meada.

Satiagraha foi a Primeira Guerra Mundial da mídia, um ensaio para as guerras seguintes, nas eleições de 2010 em diante.

As fábricas de dossiês

Valente não aborda o papel da mídia e a maneira como eram construídos os dossiês. Os dados abaixo são de levantamentos antigos do Blog, aos quais se somam algumas revelações adicionais do livro.

Na série “O caso de Veja” havia mostrado a maneira como Dantas e a Veja se valiam de dossiês para fuzilar não apenas adversários políticos, mas magistrados e jornalistas que ousassem investir contra os interesses do banqueiro. É a mesma tecnologia – de dossiês e assassinatos de reputação, com ampla repercussão midiática – reproduzida no modo Cachoeira-Veja de atuar e, antes, no modo Serra exemplificado no caso Lunus.

Dois capítulos da série merecem atenção especial:

O caso Edson Vidigal – (): Desembargador do STJ, Vidigal confirmou uma sentença contra Dantas. Veja fuzilou-o em uma matéria com acusações dúbias.

O caso Márcia Cunha – uma juíza séria, do Rio, foi fuzilada pela Folha por contrariar interesses de Dantas e ter recusado proposta de suborno. Tempos depois, constatou-se sua inocência e comprovou-se a tentativa de suborno.

A montagem da central de dossiês

É na operação Lunus que estão as pistas para se chegar ao início do nosso modelo. Ele nasce com a nomeação de José Serra para Ministro da Saúde. Através da CEME (Central de Medicamentos), Serra monta o embrião da sua indústria de dossiês, contratando três especialistas em trabalhos de inteligência: o subprocurador da República José Roberto Santoro, o policial federal Marcelo Itagiba e o ex-militar Enio Fonteles, dono da Fence Consultoria Empresarial, especializada em arapongagem.

A primeira grande ação do grupo foi a Operação Lunus. Usou-se o poder de Estado para tal.

A aproximação com Cachoeira

O esquema Serra gerou dossiês contra competidores internos no PSDB – Paulo Renato de Souza, Tasso Jereissatti e Aécio Neves.

Já no governo Lula, o passo seguinte do grupo foi na operação Valdomiro Diniz, primeiro petardo contra o então Ministro-Chefe da Casa Civil José Dirceu.

Foi divulgado vídeo de 2002, no qual Valdomiro, servindo no governo Benedita da Silva, pedia propina a Carlinhos Cachoeira. Quando o vídeo vazou, Valdomiro trabalhava como assessor da Casa Civil. A bomba acabou explodindo no colo de Dirceu, que pagou o preço de não ter ouvido assessores sobre o passado de Valdomiro.

Carlinhos Cachoeira e Jairo

A partir dessa primeira abordagem de Santoro sobre Cachoeira, muda o comportamento da mídia. De bicheiro suspeito, passa não apenas a ser blindado como torna-se íntimo colaborador da revista Veja em uma infinidade de escândalos com objetivos políticos. É como se a operação Lunus estivesse sendo reproduzida em uma linha de montagem.

A de maior impacto foi o do grampo no funcionário dos Correios Maurício Marinho, que resultou por linhas tortas no escândalo do “mensalão”.

Os factoides contra a Satiagraha

Quando surgiram os primeiros boatos sobre o cerco a Dantas, a primeira investida foi uma capa de Veja, “Medo no Supremo”, de 22 de agosto de 2007, em que cozinhava um conjunto de informações velhas, para dar a impressão de que o STF estava ameaçado pelo grampo. Mereceu um dos capítulos da minha série “O caso de Veja”

1. Os dois habeas corpus em favor de Daniel Dantas.

Gilmar tratou o caso como se o estado de direito estivesse ameaçado. Sucessivas invasões de escritórios de advocacia pela Polícia Federal forneceram-lhe o álibi necessário. Mas avançou muito além do habeas corpus, com discursos bombásticos que, repercutidos pela mídia, criaram o clima de resistência à Satiagraha. No livro, Valente esmiuça todas as decisões controvertidas de Gilmar para anular a operação.

2. O grampo sem áudio.

O tal grampo de conversa entre Gilmar Mendes e Demóstenes Torres – principal parceiro de Veja na conexão Carlinhos Cachoeira.

Jamais apareceu o áudio. Investigações divulgadas na época mostravam ser impossível grampear telefones do Senado. Sequer se conferiu se, na tal hora do suposto grampo, houve de fato ligações telefônicas entre Gilmar e Demóstenes, ou ao Senado.

Era um grampo consagrador para Demóstenes, onde os dois colegas lembravam as grandes ações cívicas do senador.

3. O grampo no Supremo Tribunal Federal.

Um assessor de segurança do STF passou para a revista Veja a informação de que havia detectado grampo em uma das salas do Supremo. Mereceu capa e, com base no alarido, foi criada a CPI do Grampo

Quando o relatório da segurança do STF foi entregue à CPI, constatou-se que haviam sido captado sinais de fora para dentro do órgão. Logo, jamais poderia ser interpretado como grampo. Coube a leitores do Blog derrubar essa armação.

Na CPI ficou-se sabendo que o relatório com as conclusões falsas saíram do próprio gabinete da presidência do STF.

Foi tão grande a falta de reação dos demais ministros, ante a manipulação do suposto grampo, que chegou-se a aventar a fantasia de que Gilmar teria mandado grampeá-los para mantê-los sob controle.

Nesse período, Jairo Martins, o araponga que armou o grampo dos Correios, assessorava Gilmar.

4. A reunião com Nelson Jobim e Lula.

Mesmo depois da Satiagraha, manteve-se o mesmo modo de operação no julgamento da AP 470. Há um encontro entre Gilmar e Lula no escritório de Nelson Jobim. Passa um mês, sem que nada ocorra. De repente, alguém se dá conta do potencial de escândalo que poderia ser criado. Gilmar concede então uma entrevista bombástica, indignada, dizendo ter sido pressionado por Lula.

Dos três presentes ao encontro, dois – Jobim e Lula – negam peremptoriamente qualquer conversa mais aprofundada sobre o mensalão.

Foi em vão. A versão de Gilmar é veiculada de forma escandalosa pela revista Veja, criando o clima propício ao julgamento “fora da curva” da AP 470. O mesmo Gilmar do grampo sem áudio e da falsa comunicação de grampo no STF.

São quatro episódios escândalos inéditos na história do Supremo, todos os quatro tendo como origem Gilmar Mendes.(Transcrevi trechos. Leia mais)

 

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Suiça enviou oito ofícios para investigar as propinas da Alstom para os governos Aécio, Serra e Alckmin que livro de Tuma Filho visa abafar

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Após três anos do “arquivamento em pasta errada”, pelo procurador De Grandis, requisições da promotoria da Suíça voltam a tramitar no Brasil

Informa Novo Jornal: Reportagem publicada pela revista “IstoÉ” mostra que o procurador do Ministério Público Federal (MPF), Rodrigo De Grandis, deixou de responder oito ofícios do MP suíço, e não somente um, como vem sendo divulgado. Os pedidos de cooperação sobre o caso do propinoduto tucano estão sendo solicitados desde 2010.

A respeito da falta de cooperação do MPF brasileiro, De Grandis, que era o responsável pelas investigações sobre os negócios da Alstom no Brasil, justificou que teria deixado de responder somente a um pedido, feito em 2011, pois estava arquivado em uma “pasta errada”.

Os casos Alstom e Simens são investigados também na França e nos Estados Unidos, além da Suiça, e envolve propinas para os governos tucanos, via empresas de energia e metrô de São Paulo.

E aparece Tuma Filho, com um livro, para garantir que tudo não passa de um dossiê elaborado pelo PT. Veja o abafa:

Transcrito da revista Veja
Transcrito da revista Veja

Ainda o Novo Jornal de Minas Gerais: De acordo com a mesma reportagem, Rodrigo De Grandis recebeu o primeiro documento relativo à investigação suíça em abril de 2010, o ofício 3365, encaminhado pelo Ministério da Justiça. De lá para cá, houve outros sete ofícios, todos não respondidos pelo procurador, que teria sido contatado também por e-mail, além de conversas telefônicas sobre o caso com autoridades em Brasília.

Em função da falta de cooperação do MPF, chegou a ser anunciado que os promotores suíços haviam decidido arquivar a investigação contra acusados de participarem do esquema de distribuição de propinas a políticos e funcionários públicos.

O ofício mencionado pelo procurador pedia, entre outras diligências, que interrogassem quatro suspeitos do caso, analisassem sua movimentação financeira no País e fizessem buscas na casa de João Roberto Zaniboni, diretor da estatal CPTM entre 1999 e 2003. Nos governos dos tucanos Mário Covas e Geraldo Alckmin, Zaniboni é acusado de ter recebido US$ 836 mil em função desse esquema.

A procuradoria suíça também solicitou que fossem interrogados os consultores Arthur Teixeira, Sérgio Teixeira e José Amaro Pinto Ramos, suspeitos de atuarem como intermediários do pagamento de propina pela Alstom. Os procuradores da Suíça apontam que Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira foram os responsáveis pelos repasses.

A respeito da falta de cooperação do MPF brasileiro, De Grandis, que era o responsável pelas investigações sobre os negócios da Alstom no Brasil, justificou que teria deixado de responder somente a um pedido, feito em 2011, pois estava arquivado em uma “pasta errada”.

Contudo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que o acordo de cooperação com o MP suíço para investigar o caso, foi renovado e que os pedidos de investigação feitos pelo órgão já estão sendo atendidos.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) deu início a um procedimento preliminar, visando investigar a conduta de Rodrigo de Grandis. O caso não será conduzido pelo procurador, que ficará licenciado do cargo de novembro até dezembro para concluir seu mestrado.

Após perceber a falha administrativa, a Procuradoria no Brasil disse que já avisou o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) sobre o problema, e que as autoridades suíças serão indagadas se ainda querem adotar medidas quanto aos suspeitos.

Deve chegar ao Brasil, ainda esta semana, uma cópia do processo da Cegelec – empresa comprada pela Alstom – onde consta um comunicado datado de outubro de 1997, relatando que “Neves”, recebera 8,5% da propina distribuída.

Alstom propina tucano

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Uma CPI que a Assembléia Legislativa de São Paulo engavetou. Que a maioria dos deputados forma uma bancada de apoio a Alckmin

A Alstom e a Siemens formaram um cartel de propinas. Clique nos links para saber mais.

Chantagem ou extorsão? Ricardo Antunes tem um segredo que vale um milhão de dólares

Vários países democráticos proíbem os assessores de imprensa, os relações públicas, os marqueteiros, os publicitários, os propagandistas de exercerem a profissão de jornalista. Inclusive os que possuem diploma de bacharel em Jornalismo.

São Paulo (16 de octubre de 2012) – La Sociedad Interamericana de Prensa (SIP) finalizó hoy su 68ª Asamblea General con las conclusiones que resumen los riesgos y las principales dificultades que enfrenta la prensa en las Américas. Más de 500 delegados se reunieron durante cuatro días en esta ciudad para evaluar el estado de la libertad de prensa en el hemisferio occidental.

O que pretende a SIP? Um comércio de notícias sem interferências da justiça e do governo. Confira  .

A polícia de Pernambuco prendeu o jornalista Ricardo Antunes por negociar notícias com Antônio Lavareda.

Primeiro noticiou que houve uma espalhafatosa negociação para Ricardo Antunes tirar notícias do blogue Leitura Crítica. Isso não é crime. E o exorbitante preço de um milhão de dólares desacredita a armação.

Segunda versão: um milhão de dólares para  deixar de produzir matérias. O preço continua  desmedido,  demasiado, elevado, exagerado, excessivo, imódico.

Terceira versão: “publicava matérias que denegriam a imagem” de Antônio Lavareda. Acusa o delegado Darlson Macedo: “Ele (Ricardo Antunes) jogava informações falsas na ‘grande rede’ no intuito de sujar o nome do empresário (Antônio Lavareda). Desta forma, qualquer pesquisa feita com o nome do cientista político estaria ligada a algo negativo”.

“Grande rede”, em informática:

O termo genérico “rede” define um conjunto de entidades (objectos, pessoas, etc.) interligados uns aos outros. Uma rede permite assim circular elementos materiais ou imateriais entre cada uma destas entidades, de acordo com regras bem definidas.

Pode-se referir a palavra rede a vários assuntos, entre os quais: rede social. Relação entre os seres humanos. Ficou sugerido um bando de jornalistas criminosos. Uma quadrilha. Por que apenas Ricardo Antunes encontra-se preso incomunicável e proibido de escrever? Tem que prender toda rede, e já!

“Informações falsas” caracterizam crimes de injúria e/ou calúnia. Por que Lavareda não apresentou uma queixa-crime na justiça? Ficou esperando dias, meses, anos pela “extorsão”, enquanto seu nome estava sendo enlameado?  “Uma grande rede no intuito de sujar”.

No “intuito”.

Aquilo que se tem em vista:

1. alvodesejo, desígnio, escopofimfinalidade, fito, ideiaintenção, intento,metaobjetivoplanoprogramaprojetopropósito, tenção, vontade.

Intenção:

2. plano.

Quer dizer que não sujou. Ficou no “intuito”.

O “intuito” era melar as pesquisas de Lavareda. Ora, ora, praticamente todos os colunistas, comentaristas e editorialistas políticos criticam as pesquisas eleitorais. Inclusive cientistas políticos. Por que  Ricardo Antunes não pode fazer o mesmo? A maioria das pesquisas são fajutas. E  compradas, pagas por empresários, partidos políticos e candidatos.  Vide links.

Publica a Folha de Pernambuco: “Acusado de extorsão, o jornalista, blogueiro e colunista Ricardo Antunes foi preso  pela Polícia Civil (PC). Durante coletiva à Imprensa realizada na sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), a polícia revelou que o profissional chantageava o cientista político e empresário Antônio Lavareda, publicando matérias que denegriam sua imagem”.

“Teoricamente, chantagem não deve ser confundida com extorsão, processo ao qual recebe-se dinheiro ou outro bem material por sob coerção física, psicológica ou até mesmo sequestro ou outro meio não menos criminoso, no entanto a diferenciação pétrea que separa esses dois crimes estão cada vez mais aproximados. A extorsão precisa de uma complementação por trás (como sequestro, tortura ou qualquer outra forma de coação) enquanto a chantagem dispensa completamente qualquer imposição.

Na maioria das vezes, chantagem é o processo em que uma pessoa (chantagista) faz com que outra (chantageado) faça algo para ela por meio do medo, geralmente para não revelar um segredo ou algum outro dado que possa ser comprometedor.

O termo chantagem vem do francês – chanter, isto é, cantar. Da gíria de malandros passou para a linguagem jurídica. Na realidade quem canta é a vítima sob ameaça”

Qual era o medo do banqueiro, empresário, cientista política, bacharel em política, sociólogo, pesquisador Antônio Lavareda?

Por que Lavareda, conselheiro de presidentes da República e ministros e secretários de Estado, governadores e prefeitos, em vez de procurar o conselho de um advogado, foi pedir o conselho da polícia do governador Eduardo Campos, com quem jantou na semana da prisão de Ricardo, dia 5 último, logo na antevéspera das eleições municipais?

“O delegado Darlson revelou como se deu a operação que prendeu o blogueiro. ‘O empresário nos procurou informando que estava sendo extorquido. Nós o orientamos sobre a postura a ser tomada diante a situação. Começamos a monitorar a negociação e levantamos vários materiais probatórios incontestáveis. Chegou a alegar que Lavareda devia dinheiro a ele, mas não há qualquer documento que comprove a afirmativa”.

É isso aí: falta comprovar que notícia, segredo ou dossiê vale um milhão de dólares.