A corrupção seja investigada no executivo, no legislativo e no judiciário

Faixa da passeata deste 15 de março
Faixa da passeata deste 15 de março

 

O povo pediu nas ruas o fim da corrupção.

Que ela seja investigada já! no executivo, no judiciário e no legislativo.

Que o “Abre-te, Sésamo” aconteça em todas as cavernas das prefeituras, das câmaras municipais, dos governos estaduais, das assembléias legislativas, dos tribunais, do governo da União, do Congresso Nacional.

Que todas as cavernas sejam aclaradas. Nas reitorias, nos cartórios, nas estatais, nos quartéis, no fisco, nos serviços terceirizados, nos leilões da justiça, nas quermesses do executivo, nas Anas, nos pedágios…

Que sejam analisadas todas as outorgas, notadamente de fontes de água, de entrega de ilhas marítimas e oceânicas; todas as concessões para explorar os minérios do Brasil, a começar pelo ouro, pelo nióbio, pelos diamantes, pelos meios de comunicação de massa; todos os precatórios assinados pelos desembargadores, e pagos por prefeitos e governadores; todas as isenções fiscais que beneficiam as castas, as elites protegidas pelo sigilo (fiscal e bancário); todas as anistias concedidas pela justiça secreta do foro especial.

Que seja fiscalizado todo o dinheiro arrancado do povo, via impostos diretos e indiretos, para autarquias, planos de saúde, serviços de informações estratégicas, pesquisas de opinião pública, fundações, ONGs, hospitais, igrejas, maçonaria, partidos políticos, promotores culturais, proxenetas e pedófilos dos esportes amadores, escolas e hospitais particulares…

Que sejam exterminados o tráfico de dinheiro, de minérios, de órgãos humanos, de prostitutas infantis; o mercado negro de venda de sentenças judiciais, do dólar paralelo; o contrabando de medicamentos, de madeira nobre; as máfias dos fiscais, dos alvarás, das obras e serviços fantasmas e dos agiotas das campanhas eleitorais…

 

Que prometem o judiciário e o legislativo? Apenas o governo da União anuncia o combate do bem contra as almas sebosas

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A presidente Dilma Rousseff esteve reunida com nove ministros e o vice, Michel Temer, no Palácio do Planalto. Após o encontro, os ministros da Justiça, Jose Eduardo Cardozo, e de Minas e Energia, Eduardo Braga, fizeram um pronunciamento a respeito das manifestações do último fim de semana e reafirmaram que o governo está ouvindo as manifestações e aberto ao diálogo. Cardozo reconheceu que o país precisa passar por uma mudança, pois, só assim, conseguirá superar os desafios. Além disso, os ministros disseram que não vão retirar os programas sociais.

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Não vão retirar os programas sociais

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Durante o pronunciamento do ministro da Justiça, Jose Eduardo Cardozo, a palavra “humildade” foi usada para dizer que o governo reconhece que é preciso mudar, e que para chegar a essa mudança é preciso à união de todos os que estão no poder, seja da base aliada ou da oposição.

“Reitero que até o final da semana, a presidente da República, assim como anunciou no seu programa de reeleição, irá lançar um projeto para auxiliar as empresas a implementar um mecanismo que ajude a coibir e investigar a corrupção. É preciso ter humildade para reconhecer que o momento é delicado e que é necessário uma mudança. O governo está aberto ao diálogo com todos, oposicionistas ou não, e estamos abertos a debater com a sociedade brasileira. A presidente Dilma Rousseff governa para 200 milhões e não apenas para os que votaram nela”, comentou Cardozo.

Já o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, reforçou as palavras de Jose Eduardo Cardozo:

“O governo sabe que temos um desafio grande, e que é preciso enfrentá-lo. O governo buscou até o esgotamento da sua capacidade com o Tesouro para combater esse momento, e tentando manter todos os programas sociais. Todos esses ajustes são com o único objetivo de continuar crescendo, e alcançando o nível que queremos chegar. Mas para vencer desafios, é preciso coragem para mudar. Reforço que esses novos ajustes serão necessários para que possamos deixar a nossa economia saudável por emprego e distribuição de renda. Um governo que tem compromisso com a transparência e a eficiência, não pode se esconder neste limite, e é isso que nós estamos fazendo, anunciando que chegamos a esse limite”, anunciou o titular da pasta de Minas e Energia.

Ao ser questionado sobre como a presidente ficou após ver todas aquelas pessoas nas ruas protestando contra a corrupção e contra seu governo, o ministro Eduardo Cunha lembrou-se do passado político de Dilma Rousseff para mostrar que ela aceita qualquer manifestação, desde que democrática.

“A presidenta Dilma sofreu uma prisão lutando pela democracia, ela perdeu a sua liberdade para que conseguíssemos nossa democracia, portanto, ela encarou as manifestações de ontem com esse sentimento. Sentimento de quem prega a liberdade de reivindicações, desde que democráticas, e as reivindicações que tivemos nos últimos dias foram totalmente democratas”, explicou Cunha.

Para encerrar, o ministro da Justiça, Jose Eduardo Cardozo, comparou as manifestações do último fim de semana com as que aconteceram em 2013, e que ao contrário do que ocorreu há um ano e meio, desta vez existe uma causa direta, a corrupção.

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Desta vez existe uma causa direta, a corrupção

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“As manifestações de ontem, foram totalmente diferente das manifestações de 2013, antes foram reclamados outras coisas difusas, hoje o povo se manifesta pela corrupção. A grande verdade, é que a corrupção é muito antiga no Brasil, mas hoje ela é investigada e punida. Na história brasileira, desde a constituição de 88, passando por todos os governos, o Brasil trabalha para que possamos investigar coisas como essas”, encerrou Cardozo. Fonte Jornal do Brasil 

Brasil das chacinas sem cadáveres, dos assaltos sem dinheiro

Fiestoforo
Fiestoforo

Declaração de bandido, de ladrão, de cabra safado, quem acredita na hora, de mão beijada, é também bandido, ladrão e cabra safado.

Declaração de alma sebosa tem que ser primeiro comprovada.

Vem o indivíduo, sem nenhum caráter, como é costume do machismo, e espalha que viu a nudez da mulher do próximo. E a mulher de César fica sob suspeita.

Para os europeus: brasileira é sinônimo de puta.

Delação premiada sem prova, para atender inconfessáveis interesses, não pode ser acreditada por pessoas do bem, pelos que amam a Verdade, a Virtude.

Essa de ladrão receber prêmios e mais prêmios por sujar o nome do inimigo de um delegado, de um juiz, de um dono de jornal, do adversário de um político, de um concorrente de um empresário, sempre aconteceu na história da humanidade.

O Brasil, hojemente, o sujeito confessa que comeu toco para entregar o dinheiro a fulano e sicrano, e que não ficou com nenhum tostão furado.

Vem um doleiro, estabelecido no mercado negro há mais de vinte anos, e de atuação conhecida de um juiz e de um delegado, e não revela em que ilha fiscal enterrou o tesouro.

É um assassinato sem cadáver. É um assalto aos cofres públicos sem dinheiro.

É isso aí. Tem que revelar o destino do dinheiro. Colchão ou banco, o dinheiro está em algum lugar. Ou virou casa, fazenda, ações das estatais vendidas a preço de banana.

É preciso que o assassino revele onde sepultou o cadáver. O local da cova. Ou que cemitério clandestino.

Se aparecer o dinheiro como prova. Puro acaso. Que seja contado, e entregue ao verdadeiro dono, o povo em geral.

O principal é que as riquezas roubadas do Brasil sejam devolvidas a todos os brasileiros. Porque o ouro, os diamantes, entregues por mãos honestas ou desonestas, sempre ficam com uma minoria. Para o luxo e a luxúria de 1% da população.

Papa Francisco: “O dinheiro destrói! É assim ou não?”

O dinheiro é importante para ajudar o próximo

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“A ganância, pensar só no dinheiro destrói as pessoas, destrói as famílias e as relações com os outros”. Foi o que disse o papa Francisco na missa da manhã desta segunda-feira, 21 de outubro, na capela da Casa Santa Marta. Comentando o Evangelho do dia, em que um homem pede a Jesus que ajude a resolver uma questão de herança com o seu irmão, o papa falou sobre a relação de cada pessoa com o dinheiro.

“Isso é um problema de todos os dias. Quantas famílias vemos destruídas pelo problema do dinheiro: irmão contra irmão; pai contra filho… E esta é a primeira consequência desse atitude de desejar dinheiro: destrói! Quando uma pessoa pensa no dinheiro, destrói a si mesma, destrói a família! O dinheiro destrói! É assim ou não? O dinheiro é necessário para levar avante coisas boas, projetos para desenvolver a humanidade, mas quando o coração só pensa nisso, destrói a pessoa”.

Ao recordar a parábola do homem rico, Francisco explicou a advertência de Jesus de que devemos nos manter afastados da ambição. “É isso que faz mal: a ambição na minha relação com o dinheiro. Ter mais, mais e mais… Isso leva à idolatria, destrói a relação com os outros! Não o dinheiro, mas a atitude que se chama ganância. Esta ganância também provoca doença… E no final – isso é o mais importante – a ambição é um instrumento da idolatria, porque vai na direção contrária àquela que Deus traçou para nós. São Paulo nos diz que Jesus Cristo, que era rico, se fez pobre para nos enriquecer. Este é o caminho de Deus: a humildade, o abaixar-se para servir. Ao contrário, a ambição nos leva para a estrada contrária: leva um pobre homem a fazer-se Deus pela vaidade. É a idolatria!”, disse o papa.

Paraísos Fiscales. Multimillonarios de Brasil enviaron 520.000 millones de dólares

Por  Mario Rapoport *

 

“Cuatro países latinoamericanos se encuentran en la lista de las veinte naciones que más dinero poseen en paraísos fiscales”, explica Mario Rapoport.
“Cuatro países latinoamericanos se encuentran en la lista de las veinte naciones que más dinero poseen en paraísos fiscales”, explica Mario Rapoport.

Dios debe estar preocupado, o al menos su delegado en la tierra, el criollo papa Francisco. Desde hace tiempo alguien se está robando los paraísos. Claro, no se trata de los bíblicos, pero puede prestarse a confusión. Hablamos de otro tipo de paraísos, los fiscales. Por supuesto sólo roban parte del nombre, que no es lo más importante, el robo principal se hace a los gobiernos de sus respectivos países a través de la evasión fiscal o de manera más criminal por el lavado de dinero que también allí se efectúa.

En verdad, todas las palabras que se usan son casi simbólicas, extraídas tanto de la Divina Comedia como de Robert Louis Stevenson. Se habla de fuga de capitales que se refugian en Islas del Tesoro. John Silver, el temible marinero de la pata de palo, debe estar sorprendido: los piratas se reunían en hediondas cavernas y ahora se utilizan esterilizadas bóvedas, de esas que son expertos en descubrir George Clooney, en sus films, y algún periodista argentino, que las debe conocer muy bien de tanto entrar y salir de ellas. Y no se emplea la pala para ocultar o desenterrar un tesoro. Ahora hay que aprenderse esotéricas claves (números, palabras, un dedo de la mano, un dedo del pie). Y los hacen señores bien trajeados y con lujosos portafolios que no llevan más oro o diamantes, sólo billetes de color verde y quizá, de lástima, algunos fajos de desgastados euros.

Pero de qué estamos hablando: ¿de islotes perdidos cerca de la Antártida? Nada de eso. Por ejemplo, empezando por barrios protegidos del centro de Londres, el Reino Unido va a la cabeza de esos paraísos (en este caso protestantes) en islitas como las Bermudas, las Vírgenes, Caimán, Guernesey, Isla de Man, Jersey, Gibraltar. Países enteros como Suiza, Irlanda, Luxemburgo son también paraísos fiscales, y Estados Unidos tiene un estado, Delaware, que cumple las mismas funciones. En esos lugares se apretujan bancos, hedge funds, financieras de todo tipo, sanctas y non sanctas. Por otra parte, muchas de esas mismas instituciones que evaden su obligaciones en su país de origen reciben y guardan el dinero evadido o lavado de cientos de miles de personas.

¡Voilà! los paraísos fiscales, aunque en algunos casos los zapatos se arruinen tropezando con alguna roca como en Gibraltar, cumplen su cometido (estafar, ocultar, disimular), son lugares sin identidad, sin espejos. Claro que con los medios modernos de la informática y las comunicaciones no es necesario para todos estar presentes allí físicamente, basta dejar algún empleado con una computadora Mac para resolver las transferencias de dinero o cualquier problema. No estamos hablando de un ambicioso inepto como el que hundió en Hong Kong a la Baring Brothers, nos referimos a algún hombre o mujer responsable que se conforme con las comisiones. El hecho es que desde la primera reunión del G-20 esta nueva y poderosa institución prometió suprimir los paraísos pero ha hecho poco y nada. Ya le han dado una nueva denominación más actual que la de Islas del Tesoro; ahora los llaman agujeros negros, como en una película de ciencia ficción. No lo son tanto. Si en Davos se reúne la elite de los empresarios, uno puede encontrar las mismas caras, o quizá son clones, en los paraísos fiscales.

Una primera clase de clientes son los mismos bancos o las financieras, incluso aquellas salvadas por los Estados de posibles quiebras. El ranking de los mayores veinte bancos radicados en esos paraísos en 2010 lo encabeza el UBS de Suiza con 732 mil millones de dólares, seguido por el Crédit Suisse con 720 mil millones, el HSBC del Reino Unido con 508 mil millones, Morgan Chase de Estados Unidos, el celebérrimo Goldman Sachs, que desde la crisis de los años ’30 viene haciendo de las suyas incluida su actuación en Grecia, que desató allí la crisis con sus maniobras y, entre otros, nuestro conocido Banco Santander. En el período que va de agosto de 2008 y agosto de 2009, para salvarse de la crisis estos mismos bancos, que suman 20, tuvieron 1,47 billón de euros en ayudas públicas, 300 mil euros en créditos blandos y 1,2 billón en garantías para activos tóxicos e inyecciones de capital.

En un informe revelado por la Red de Justicia Fiscal, que ha logrado revolucionar la metodología en la detección de este tipo de flujos de capitales al relacionar estadísticas del Banco Mundial, el FMI, el Banco Internacional de Pagos, analizada por expertos con información propia extraída de la banca privada y a cargo de ex dos asesores de esos lugares, las revelaciones aturden los oídos. El estudio muestra que los principales clientes de los paraísos no son los dictadorzuelos, traficantes de droga o algún pirata que todavía navega los mares (aunque también los hay), sino los ricos del mundo.

El hecho es que el TJN averigua todo y hoy sabemos que cuatro países latinoamericanos se encuentran en la lista de las 20 naciones que más dinero poseen en paraísos fiscales, reflejando una segunda clase de clientes: los individuos ricos. Así se ha podido detectar que los multimillonarios de Brasil enviaron a estos paraísos 520.000 millones de dólares, los de México, 417.000 millones, los de Venezuela, 406.000 millones, y los más pobres argentinos sólo 399.000 millones. Si devuelven al fisco lo que no le pagaron, digamos, por ejemplo, en un modesto 10 por ciento, se duplicarían las reservas argentinas y estos señores no dejarían de ser menos ricos. Fijémonos que el monto depositado allí por los argentinos representa casi el de nuestro PIB.

El cálculo del total de lo invertido en los paraísos fiscales en 2010 era cerca de 21 billones (un millón de millones) de dólares, una cifra que equivale al PIB de Estados Unidos y Japón juntos, y encabezan el ranking China, Rusia y Corea del Sur.

Incluso países europeos inmersos en una profunda crisis no se quedan atrás. Los españoles, por ejemplo, disponen de 550 mil millones de euros en esos paraísos, mientras que Rajoy quiere economizar con sus políticas de ajuste 85 mil millones a costa de aquellos que no conocen paraísos tan cercanos como Andorra. O sea los trabajadores asalariados, los jubilados, la multitud de pobres e indignados que se va gestando en los lares del Quijote sufrirá las medidas de austeridad, mientras los miles de millones de los ciudadanos ricos descansan en la seguridad de aquellos paraísos.

En Francia, François Hollande, cuyo jefe del presupuesto, Jérôme Cahusac, tenía una cuenta en Suiza y el tesorero de su campaña otra en las Islas Caimán, ha comenzado una campaña contra los paraísos fiscales. Quiere que el sector financiero y las multinacionales presenten sus cuentas de beneficios y dividendos país por país. Algunos otros miembros del G-20 (hablo que los que pertenecen al mundo hasta ahora llamado desarrollado, porque los emergentes, al menos Argentina y Brasil, ya se pronunciaron hace rato) empiezan también a reaccionar. No sea que estos informes les impidan ganar elecciones futuras.

Juan Hervas
Juan Hervas

Las conclusiones del TJN son concluyentes: “Muchos de los países considerados deudores son en realidad países ricos, pero el problema es que esa riqueza está offshore, en manos de su elites y sus banqueros privados. Además estiman que si esa cifra de 21 billones de dólares, con una modesta tasa de interés del 3 por ciento pagara un impuesto de sólo el 30 por ciento, generaría casi el doble de lo que invierten los países de la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económico (OCDE) en la asistencia para el desarrollo.

Otra ONG (Global Financial Integrity) estimó el flujo ilegal anual de capitales en América latina entre 2000 y 2009 en unos 105.000.000.000 dólares, de los cuales a la Argentina le corresponde la bonita suma de 10 mil millones.

Para finalizar, un caso concreto, el de Apple, cuyo último balance dio ganancias por 600 mil millones de dólares. Apple es una empresa que fue acusada ahora por senadores de Estados Unidos por evasión fiscal, y que creó entidades offshore que aportan parte de sus utilidades, mientras afirman no ser residentes en aquel país a los efectos fiscales. Así evitó el pagó de 9 mil millones de dólares en 2012. Recordemos que sólo el 10 por ciento del valor agregado de Apple proviene de su propio país y que la mayor parte de sus productos se fabrican o ensamblan en Singapur, China y otras regiones de Asia, lo que representa incrementar el déficit comercial estadounidense, porque esos bienes deben importarse.

En el caso de su evasión fiscal fue organizada minuciosamente. Apple creó dos filiales en Irlanda como “empresas fantasma”, donde los impuestos fiscales son menores. Y dado que en Estados Unidos el pago de impuestos se rige por la residencia de la persona jurídica, debería pagar impuestos en Irlanda. Sin embargo, para Irlanda, el lugar de pago de los impuestos es donde se encuentra el control y la dirección de la empresa, en los Estados Unidos.

Volviendo a los paraísos fiscales. En su conjunto, a principios del nuevo siglo disponían de cerca de la mitad del stock mundial de dinero y del 20 por ciento de los fondos externos de los bancos, mientras que un tercio de la riqueza de los individuos más pudientes del mundo se movía en cuentas offshore. La razón del éxito de estos “paraísos” es la existencia de una armadura legal que asegura el anonimato de las firmas o de los individuos, poniéndolos a cubierto de sus propias legislaciones nacionales y facilitando así la evasión fiscal y el blanqueo de dinero. El principal activo de esos lugares, dice irónicamente The Economist, es el derecho de dictar la ley. Y no nos olvidemos de que esa ley permitió a los nazis durante la guerra proteger sus fondos en Suiza

* Economista a historiador, director del Instituto de Estudios Históricos, Económicos, Sociales e Internacionales del Conicet-UBA. Transcrito do Página 12, Argentina.

 

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Dinheiro sujo e ameaças de morte no Vaticano

Benedicto XVI fala com Gotti Tedeschi no Vaticano em 2010
Benedicto XVI fala com Gotti Tedeschi no Vaticano em 2010

O economista Ettore Tedeschi temia que alguém com poder no Vaticano mandasse matá-lo, avança o jornal “El País”, e por isso preparou um enorme dossiê com provas sobre o branqueamento de capitais no banco daquele Estado religioso. Caso apareça morto, todo esse trabalho será entregue a um conjunto-chave de pessoas.

O diário espanhol nomeia a lista de pessoas que deverão receber o meticuloso conjunto das alegadas provas dos crimes do Vaticano: a dois amigos pessoais, um advogado, um jornalista e, por fim, ao Papa.

São e-mails, fotocópias de agendas, anotações que, segundo Ettore Tedeschi, servirão para provar por que motivo falhou a sua missão no Instituo de Obras Religiosas. Na sua investigação, descobriu a circulação de dinheiro sujo de empresários, políticos e chefes da Máfia.

O Vaticano teme agora que o relatório de Ettore Tedeschi venha a público e já ameaçou as autoridades italianas de que, caso tais documentos não sejam retirados da posse do economista, que todos terão que responder perante os seus tribunais.

Além dos casos de fraude, lavagem de dinheiro e corrupção, do atual escândalo que envolve o Vaticano também fazia parte um suposto plano para eliminar Bento XVI.

Recorde-se que, no passado dia 25 de maio, o mordomo do Papa, Paolo Gabriele, foi detido sob suspeita de roubo de documentos e correspondência papal.

(Transcrito do Jornal de Notícias)

Máfia do frio de Natal, “paraíso do crime internacional”, faz ameaças de morte

O dinheiro da Noruega no Brasil tem favorecido a corrupção nos dois países. Veja que hoje, praticamente todos os criminosos, presos pela Polícia Federal, vem sendo abolvidos pela justiça PPV do Rio Grande do Norte.

No passado, voava em Natal, dinheiro via Iraque, Paquistão (dos emigrantes na Noruega) e Tanzânia. Restou Tanzânia, que tem bilionário programa de ajuda do governo da Noruega.

Brian Cooksey, sociólogo e chefe da área de meio ambiente TADREG (ajuda) na Tanzânia, foi quem primeiro descobriu a Máfia – enganado em um relatório a partir de 2006.

– A assistência pode realmente ser destrutiva, mesmo que as intenções sejam as melhores. Porque você não tem controle, disse Cooksey.

– A dura realidade, na Tanzânia, é que tudo está minado pela corrupção, ineficiência e dissipação, acrescentou.

Em 2007 começaram as investigações.

Christine Epaud parece que foi beneficiada pela delação premiada, sendo  a intermediária para a abertura de empresas – são mais de vinte, com sócios ex-presidiários.

Para facilitar, doações internacionais, criou uma suposta igreja na Tânzania, cujo portal saiu do ar. A conta bancária dela o desembargador Aderson Silvino, misteriosamente, desistiu de conhecer, apesar do despacho que assinou para que  provasse a origem do dinheiro que diz ter pago na escandalosa compra do Chalezinho Francês, na Praia do Meio, em Natal, sede de quatro empresas em quartinhos de um hotel peba, zero estrela. É muita bandalheira apadrinhada pelas competentes autoridades federais, estaduais e municipais. Da quadrilha de Epaud, que o desembargador disse incapaz de uma coação, vem partindo ameaças de morte.

Fica o aviso de mortes anunciadas.

Melhor um vereador nu que vestido com dinheiro na cueca

O vereador João Alves tirou a camisa no plenário da câmara de vereadores. Isso é besteira. Pior é o deputado de paletó e gravata e dinheiro na meia. Como aconteceu em Brasília. Vergonhoso é o secretário de um deputado cearense ser pego com dinheiro na cueca. E dinheiro melado. Dinheiro da propina do Linhão. O sujeito teve que lavar as cédulas de dólar e real. Na hora que foi preso, borrou-se todo. Eta dinheiro sujo! Catingoso. E lavado. O deputado era estadual na época. Terminou promovido a federal. Ninguém será punido por esta invenção do PT do Ceará.

Existem vários casos de vereador que fez sexo na câmara. E sexo sempre se fez na câmara. Não há lugar melhor. Lá na Bélgica uma presidenta da câmara deu em público. Chamam o caso “Towegate”, por ter sido numa torre de um castelo que Ilse Uyttersprot foi filmada a ter relações sexuais. Mas os vereadores da câmara de Aalst anunciaram que mantêm a confiança na colega. Veja o vídeo

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É ético receber dinheiro do crime?

Do médico o dever de curar um criminoso. De salvar da morte. Mas não pode receber dinheiro manchado de sangue. Nem dinheiro, inclui a grana lavada, do tráfico. Para isso existem os hospitais públicos.

Acontece o mesmo com o advogado. Nenhum criminoso pode ficar sem defesa. Para isso existe a Justiça Gratuita, mantida com altos investimentos do poder executivo. Advogados pagos pelo povo.

Povo que, na maioria das vezes, fica sem assistência médica, jurídica, educacional. Povo que não tem sequer alimento, moradia.

Não é encargo do crime enriquecer nenhum advogado. Oportunidade para um faturamento extra. Que a Justiça indique, para os criminosos de colarinho (de) branco, um defensor público.

Um jornalista não pode esconder nenhuma versão de um acontecimento. Não importa o caso. Apresentar apenas uma fonte, seja um policial, um promotor, um advogado, um criminoso, seja quem for, constitui cumplicidade. Jornalismo não se faz com meia-verdade, com engavetamento de notícia, com balão-de-ensaio, nem release. Um jornalista jamais pode receber jabaculê.

Vale para outras profissões. Dinheiro sujo é dinheiro sujo. Ninguém de mãos limpas consegue tocar sem sujar a alma.