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Larvas devoram o rosto e a dignidade de idoso largado no Hospital Geral do Estado de Alagoas
QUATRO DIAS DE DESCASO MÉDICO
por David Soares
A cena é de lamentável desrespeito aos Direitos Humanos. E despertou a inércia deste blog. O paciente José Amaro da Silva, que deu entrada no Hospital Geral do Estado (HGE) no fim da tarde da última quinta-feira (31), desde então, agoniza em uma maca da unidade de saúde administrada pelo governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB).
O paciente tem câncer de boca e uma colônia de larvas de moscas se movimentam no ferimento exposto. Não resisti em publicar as fotos sem desfocar sua castigada face, porque a imagem já desfigurada serve para mostrar a realidade da saúde pública no interior e na capital do Estado de Alagoas e deve ajudar a sensibilizar os gestores da unidade de saúde pública que parecem não enxergar tal descaso.

Larvas devoram a dignidade do paciente em corredor do Hospital Geral do Estado de Alagoas
O paciente é proveniente de Jundiá. E, segundo o denunciante, deveria ter sido atendido por um profissional da odontologia, que chegou a examinar o idoso, mas não fez nenhum procedimento de retirada das larvas ou limpeza do ferimento. Em vez disso, encaminhou o caso para especialistas em cabeça e pescoço, que até as 7h da manhã deste sábado (02) ainda não haviam realizado nenhum procedimento. E apesar de sua situação de risco, sua ficha não foi marcada devidamente, no campo “classificação de risco”.

Ficha médica do paciente, que deu entrada na quinta-feira
As imagens foram feitas por um profissional de saúde indignado, que chegou a apelar para estagiários de odontologia para encaminhar o paciente para o setor cirúrgico e amenizar a dor do senhor José Amaro, que tenta chamar por socorro, mesmo sem conseguir ser entendido. Os estagiários disseram que precisariam de autorização do odontólogo, que teria dito que “já fez o que poderia fazer”, ao encaminhar o problema para quem ainda não resolveu.
A fala do denunciante, em tom de desabafo, reproduzo na íntegra abaixo:
Paciente com câncer de boca infestado por larvas de mosca- miiase..agonizando no Hge, nos corredores..
Visão do inferno aqui na terra
Alagoas, terra de ninguém
Chamem a polícia, a swat, o Bope , alguma milícia pra fazer algo
Sadam russeim, osama bim ladem!
As larvas estão se mexendo, comendo os tecidos vivos e o resto de dignidade q o paciente ainda tem
Ver isso e nao fazer nada é outro absurdo, outra covardia…
Daí lembrei d vc, com suas palavras e seu poder d comunicação na mao.
Veja o q vc pode fazer q Alagoas agradece.
Abraço!
Helio Fernandes: 246 Planos de saúde roubam milhões dos ‘segurados’
Os planos de saúde sempre contam com a proteção da justiça. Um favorecimento que deveria ser investigado pela polícia. Porque é um caso de polícia. Assim, muito além do racismo, a campanha contra o programa Mais Médicos visa privatizar a saúde.
Outras ações dos negócios da Saúde: terceirizar os serviços, sucatear os hospitais, e corromper o SUS – Serviço Único de Saúde para os sem terra, os sem teto (quem paga aluguel) os sem nada da nova classe média: os desempregados do bolsa família e os que recebem os salários mínimo e piso.
No Brasil existem diferenciados planos de saúde privados pagos pelo governo, pelo legislativo e pelo judiciário. É assim que um ministro da Suprema Justiça voa para a Alemanha para buscar tratamento. Outros pegam um jatinho, e viajam para os Estados Unidos.
A medicina do interior do Brasil está privatizada, e as iniciativas governamentais de construir hospitais sofrem boicote. O jornalista Aguirre Talento comprova:
Obra de R$ 227 milhões do governo do Ceará, o hospital regional de Sobral paga táxi aéreo para médicos de Fortaleza atenderem no local.
Faltam médicos em Sobral, e o governo Cid Gomes (PSB) não consegue contratar profissionais que morem na cidade, terceira maior do Ceará.
Levar médicos para regiões fora dos grandes centros é o objetivo do programa Mais Médicos, do governo Dilma. A situação do hospital cearense exemplifica o quão difícil pode ser essa tarefa.
Aviões saem de Fortaleza até quatro dias por semana levando médicos para Sobral, (a 232 km de distância). Os voos são feitos em táxi aéreo.
Escreve Helio Fernandes:
A EXTORSÃO DOS PLANOS DE SAÚDE
O governo suspendeu 246 “planos” de saúde, por excesso de irregularidades (centenas de milhares de possuidores desses planos, passando da casa dos milhões, pagam e não têm direito a coisa alguma. Levam semana e até meses para conseguirem atendimento, e muitas vezes são mandados para o SUS, que é estatal).
É um sistema criminoso, altamente rentável. E se os clientes não pagam no dia do vencimento, imediatamente são “desatendidos”, uma redundância, pois sempre foram desprezados. Esses “planos” custam caríssimo, os mais baratos (?) ficam entre 360 e 400 reais mensais, quase um salário mínimo.
O QUE FARÁ O GOVERNO?
“Proibiu” de contratarem novos clientes, POR 3 MESES. Explicam: “Os clientes atuais continuarão sendo atendidos”. Ninguém pode viver sem um plano de saúde, já que o SUS (uma boa ideia) não cumpre suas funções.
Esses planos (246 foram suspensos, mas 142 acabam de ganhar o direito de voltar a fazer vendas, através de liminar aceita pela Justiça) voltam mais ricos do que nunca. E muitos são multinacionais, vieram para o Brasil, sabem que somos a oitava maravilha do mundo em matéria de corrupção e subserviência.
APENAS DOIS EXEMPLOS
1 – Um riquíssimo e poderoso plano de saúde dos EUA mandou representantes para cá, compraram uma empresa, que na ordem de importância nem existia. Logo começou a comprar tudo, ficou importante. O Hospital Samaritano, o Pró-Cardíaco e outros passaram à sua propriedade.
Criminosa, irresponsável e impunemente, fizeram remanejamento entre os clientes. Quem havia comprado plano com 3 ou 4 hospitais, ficou com 1, e outro que ninguém sabe onde será.
2 – A cumplicidade é total entre médicos, hospitais e os que se dizem empresários. O grande cineasta americano Michael Moore (que havia feito “Tiros em Columbine” e faria o terrível libelo sobre as criminosas “SUB-PRIMES”, que deram início à crise atual, que começou no governo de George W. Bush) revelou que milhões perderam suas casas enriquecendo mais de 5 mil donos de bancos (Isso mesmo, MAIS DE 5 MIL).
O CRIME DOS PLANOS DE SAÚDE
“Sicko – SOS Saúde” é um filme que todas as autoridades do setor deveriam ver pelo menos uma vez por semana, até saber tudo de cor. O que Moore conta é vergonhoso. E não é só nos EUA, aqui também.
Só para que ninguém se engane: A Amil, que não existia no Brasil, depois de comprar tudo o que queria, foi “vendida” para os EUA por 2 BILHÕES.
Mas continua aqui, explorando milhões de brasileiros, que não têm quem os defenda. Os planos NÃO SERÃO PUNIDOS, o governo dirá: “Não houve IRREGULARIDADE, apenas IMPOSSIBILIDADE de atendimento”.
E continuarão roubando, é de ROUBO que se trata, os incautos e indefesos trabalhadores, M-I-L-H-Õ-E-S.
PS – Afirmação provada e comprovada por Moore: “Os EUA têm 300 milhões de habitantes, 150 milhões não têm plano algum. E os outros 150 milhões têm planos, mas não conhecem seus direitos. São frustrados pelos donos dos planos, com a COLABORAÇÃO dos médicos”.
Não foi refutado, desmentido ou processado.
Uma medicina de muitos planos…
Programa Mais Médicos fortalece a saúde pública contra a privatização da medicina
Publica o R7 Notícias:
Contrário à Medida Provisória que institui o programa Mais Médicos, o CFM (Conselho Federal de Medicina) vai iniciar um empreitada contra a medida, apelando para a população, tentando convencê-la de que a ação é negativa.
— Vamos lutar, inclusive esclarecendo a população que se trata de uma farsa, que ela é apenas um engodo porque não faltam médicos no Brasil”, afirmou o presidente do conselho, Roberto D’Ávila.
Segundo D’Ávila, a conscientização dos médicos se dará por meio de panfletos que serão entregues a pacientes e também de orientação boca a boca nos consultórios e hospitais. Para o presidente do CFM, a MP é “improvisada, eleitoreira, imediatista e populista” e atende a “interesses que serão consolidados em 2014”.
— A cada paciente que atendermos, vamos entregar um folheto, vamos orientar, dizer que não é assim que se faz saúde, que isso é fruto apenas de uma maquiagem, ilusionismo para atender interesses que serão consolidados – não espero que aconteça isso – mas serão consolidados em 2014.
Greve dos médicos contra a saúde privatizada
Slogan para vender planos de saúde
COMPLÔ PARA PRIVATIZAR A SAÚDE
Privatizaram a saúde e o Brasil nem percebeu

Por Paulo Kliass
No início do ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acabou por decidir pela interdição de 225 planos de saúde operados por 28 empresas atuantes no setor. Esse tipo de medida não é uma grande novidade. Antes disso, em outubro passado, esse órgão regulador do sistema havia proibido 301 planos de venderem seus produtos. E ainda em julho de 2012, a lista de proibição contemplava 268 planos. Ainda que tais fatos possam passar a idéia de que o Estado está agindo e fiscalizando, a pergunta que deve ser feita vai em sentido oposto. Como é possível que uma área tão sensível, como a saúde, chegue a tal extremo de descontrole e regulamentação?
Outra decisão que causou grande impacto foi a operação de venda da empresa líder de saúde privada, a Amil. Em novembro de 2011, o Estado brasileiro autorizou que ela fosse comprada por uma das maiores operadoras globais, a norte-americana United Health, pelo valor de R$ 10 bilhões. Além das dificuldades envolvendo a internacionalização do setor, a decisão gerou muita polêmica por afrontar o impedimento legal de que hospitais (também incluídos no pacote) sejam propriedade de grupos estrangeiros.
Serviço público: interesse social ou lógica privada?
A contabilidade fria do modelo capitalista busca a realização do lucro por meio da dinâmica de elevação de receitas e redução das despesas. Essa abordagem favorece o atendimento dos interesses dos proprietários e acionistas da empresa, mas quase nunca satisfaz as necessidades de áreas socialmente sensíveis. Essa é a principal razão, inclusive, que levou boa parte dos países do mundo capitalista à opção por delegar ao Estado a prestação de tais serviços. Ou então, pela constituição de modelos que contam com subsídios públicos destinados a instituições privadas, mas que demonstram efetiva competência e qualidade naquilo que oferecem à sociedade.
No nosso caso, o risco do processo que atravessamos é o de ficarmos com o pior dos mundos. As áreas de excelência do setor público estão, aos poucos, sendo sucateadas e perdendo competência e qualidade. As áreas de expansão do setor privado encontram um potencial de crescimento com baixa capacidade de regulação e fiscalização do Estado. A mercantilização tende a provocar uma segmentação baseada no nível de rendimento dos usuários dos sistemas, com a complementação de recursos públicos sem a correspondente qualidade na prestação dos serviços “públicos” oferecidos. A relação mercantil pressupõe um contrato. E o contrato estabelece a restrição do uso ao pagamento prévio.
Os recursos orçamentários deixam de ser utilizados para reforçar e reconstruir um sistema público à altura das necessidades de nossa população. Na verdade, são drenados para apropriação privada em um sistema onde a lógica predominante é a da remuneração do capital.
Prender os ladrões e não desativar um hospital de câncer que atende pacientes pobres em Mogi das Cruzes nos cemitérios
O Ministério da Saúde desabilitou o Hospital do Câncer Doutor Flávio Isaías Rodrigues, em Mogi das Cruzes, na região Metropolitana de São Paulo. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União no dia 30 de novembro. Com a decisão, a unidade ficou impedida de atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O estabelecimento funcionava como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), com serviço de radioterapia.
O pedido para desabilitação foi feito pela Secretaria Estadual da Saúde, que comunicou à União a possível existência de fraudes nos processos que podem chegar a R$ 20 milhões. O processo começou em 2011, quando uma auditoria da secretaria apontou várias irregularidades, entre elas o desvio de verba do SUS. De acordo com o governo do Estado, o hospital estaria realizando cobranças duplas (do governo do Estado e dos planos de saúde privados dos pacientes), além de cobranças por procedimentos não realizados.
Cobranças duplas – um roubo constatado.
O Estado de São Paulo, com a cumplicidade da União, parece defender os planos de saúde privados. E a privatização da Saúde.
A Polícia Federal precisa fazer já uma Operação Bata Branca.