Justiça ameaçada

Juízes terão mais proteção contra crime organizado 

 

Em resposta às ameaças que juízes e integrantes do Ministério Público vêm sofrendo, foi publicada no Diário Oficial da União de ontem a Lei 12.694, que trata de medidas protetivas para as categorias. Entre as novidades da legislação está a possibilidade de convocar um colegiado para tomar decisões relativas a organizações criminosas, a permissão para trocar placas de automóveis utilizados e a para segurança própria armada. As regras passam a valer em 90 dias.

No Caso da Operação Judas, em Natal, a presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte teve escolta reforçada, e o desembargador Caio Alencar e o juiz Luiz Alberto Dantas, que investigaram os precatórios assinados pelos desembargadores Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro, solicitaram segurança particular. A desembargadora Judite Nunes afastou do gabinete da presidência a minoria aliada de Godeiro e Cruz, inclusive a funcionária Christine Epaud, amiga dos mafiosos irmãos Metralha.

Para o presidente em exercício da Associação Brasileira dos Magistrados (AMB), Raduan Miguel Filho, a lei atende em parte os anseios dos magistrados, mas ainda é necessário avançar mais. “Todos os magistrados já estavam esperando por medidas que dessem meios para uma efetivação maior da segurança. Agora, dizer que a lei soluciona todo o problema é utopia”, pondera. Segundo ele, mesmo com a mudança, ainda faltam mecanismos que possam garantir a proteção, não só dos magistrados, mas de todos os servidores do Poder Judiciário e familiares.

Uma das inovações é a possibilidade de o juiz solicitar um colegiado de mais dois magistrados na hora de tomar uma decisão que possa arriscar sua vida. A medida foi usada, de forma excepcional, depois da morte da juíza Patrícia Acioli, no Rio de Janeiro, em 2011. A magistrada, conhecida por investigar policiais milicianos, foi assassinada. Apesar de já ser usada pelo Ministério Público, a determinação não havia ainda respaldo legal para ação semelhante no Judiciário. A Lei 12.694 corrige essa ausência.

Outro ponto destacado é a mudança no Estatuto do Desarmamento para permitir que os tribunais e as unidades do Ministério Público tenham servidores com porte de arma, ou seja, segurança própria armada. A lei limita o porte a 50% do pessoal da segurança de cada unidade e condiciona à formação funcional em estabelecimentos de ensino policial e a medidas de controle interno. Ainda assim, a mudança é comemorada pelo conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) Mário Bonsaglia. “É um avanço crucial no campo legislativo. É importante que cada órgão constitua e desenvolva seu próprio corpo de segurança institucional”, pontua. Segundo ele, é necessário, a partir de agora, garantir que existam recursos destinados para isso.

Bonsaglia foi um dos conselheiros destacados para prestar apoio à procuradora Léa Batista, ameaçada pelo ex-cunhado de Carlinhos Cachoeira, Adriano Aprígio. Na opinião dele, a segurança de procuradores e juízes não é um privilégio e, sim, uma garantia de bons serviços prestados à população. “Todo cidadão tem de ter proteção, mas aqueles que estão combatendo frontalmente o crime precisam ter garantias. Caso inexistam essas garantias, a atuação desses órgãos ficará prejudicada, com prejuízo para toda a sociedade”, avalia.

Memória

Morta com 21 tiros

Em 11 de agosto do ano passado, a juíza da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), Patrícia Acioli, sofreu uma emboscada e foi assassinada com 21 tiros na porta de casa. Patrícia sofria ameaças e chegou a usar escolta entre 2002 e 2007, quando o Departamento de Segurança do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro reavaliou o caso e entendeu que não havia mais necessidade de escolta. Segundo o Ministério Público, Patrícia foi assassinada quando investigava policiais militares. Sete acusados foram presos pelo envolvimento na morte da juíza e aguardam julgamento.

Mudanças

A Lei 12.694 visa aumentar a segurança de juízes e integrantes do Ministério Público. Veja as principais mudanças:

Em processos ou procedimentos envolvendo organizações criminosas, o juiz poderá optar pela formação de um colegiado para tomar decisões. Esse grupo será formado pelo juiz do processo e outros dois escolhidos por sorteio eletrônico. A ideia é dificultar retaliações.

Os tribunais poderão tomar medidas para reforçar a segurança dos prédios. Esse reforço pode passar por procedimentos de controle de entrada e saída, por exemplo,
a instalação de detectores de metais.

Será permitida a troca de placa dos veículos utilizados por membros do Ministério Público e do Poder Judiciário, em casos excepcionais, para que os carros não sejam identificados.

 

Fonte: Correio Braziliense

Operação Paraíso. Os defensores dos irmãos Metralha (com vídeo)

Faisal Rasool
Faisal Rasool

Quando acontecia a Operação Paraíso, Christine Epaud, na Noruega, concedeu entrevista para defender os irmãos Metralha (testemunho de uma convivência de dois a três anos):

– “Rapazes agradáveis e simpáticos”.

Shahid Rasool
Shahid Rasool

Para a polícia, os quatro irmãos paquistaneses são os assassinos de um vietnamita. E envolvidos em brigas de gangues em Oslo, com tiroteio e mortes. Inclusive um brutal sequestro, com tortura. Clique aqui.

Yasir Rasool
Yasir Rasool
Qaiser Rasool
Qaiser Rasool

Para quem não sabe: A população da Noruega duplicou com os emigrantes. Assim fica explicada a vinda dos irmãos Metralha para o Brasil com outros noruegueses. Todos com passagem pela polícia.

Nesta mesma reportagem sobre a máfia do frio, os jornalistas DAVID STENERUD e HANS KRISTIAN THORBJØRNSEN citam Christine Epaud como  svigermoren  de Thomas  Kristiansen.

Bjorn Løvstad, denunciado pela Operação Paraíso, também dá seu testemunhal sobre os irmãos Metralha. O interessante é que esta reportagem tem o seguinte título: “Envolvidos no negócio imobiliário, em Natal, não diriam uma palavra ruim sobre os temidos irmãos Metralha”.

Nesta reportagem de DAVID STENERUD, “Minha sogra contra-ataque”, Kristiasen defende Bjorn Løvstad.

Christine acusada de espalhar boatos, pede ao repórter para ser chamada simplesmente de “sogra”.

Para Løvstad, o interesse de Christine, proprietária da Sol Brasils,  de denegrir os “concorrentes visa encobrir o seu próprio contato com os Irmãos Metralha”.

O contra-ataque de Christine :

– “Sol Brasils foi fechada. Já faz mais de um ano. Agora eu sou apenas uma agente imobiliária freelance. Thomas não funciona em todos (negócios)”.

Christine mentiu. A Sol Brasils continua tão ativa quanto ela, apesar de aposentada por invalidez permanente. E super ativa como empresária e funcionária pública de gabinetes de presidentes do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.

Acrescento que uma aposentadoria mais do que justificada: fez um transplante de rim, em Paris, cidade onde tem residência fixa.

Por que Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro queriam uma inválida no gabinete da presidência do Tribunal, sogra de um ex-presidiário e com relações perigosas?

Acredito por ser uma mulher que vive no tráfico. Que não para. Vive no tráfico aéreo. A reportagem de DAVID STENERUD tem o seguinte parágrafo final:

“A sogra de Thomas Kristiansen está atualmente em uma visita à Noruega, mas disse que  viaja, domingo, para os EUA”.

Com a posse da desembargadora Judite Nunes, Christine terminou um longo reinado no judiciário. Na vassourada, teve que retornar para seu antigo turismo na Secretária de Administração do Governo do Estado. Por morar no mesmo prédio, pediu à governadora Rosalba Ciarlini para ser lotada na Casa Civil. Sempre foi um emprego chinfrim, Christine, proprietária de uma dezena de empresas, não precisa ser funcionária pública potiguar.

Não há nenhum interesse salarial. O salário de barnabé não paga a vida luxuosa em Paris e Natal, e as costumeiras viagens internacionais.

Lotada no gabinete do presidente do TJ-RN, entrou com um  pedido de reenquadramento no Tribunal de Contas. Isso pode render um imoral precatório. Neste processo contra o TC, Christine apelou para a Justiça Gratuita, o que vale como um atestado de pobreza tão cobiçado pelos pobres que “têm sede de justiça”.

O bom, bem bão, diria o poeta Mário de Andrade, é que Christine, por ser aposentada por invalidez, não paga imposto. Nem impede pedir ao Detran a renovação da carteira de motorista.

Em testemunho na Justiça do RN, processo n. 001.04.015369-0: “esclarecendo a depoente que por ser aposentada por invalidez é isenta de pagamento do imposto de renda, que não se dispõe a quebrar seu sigilo bancário…”  Não fica claro se uma aposentadoria francesa e/ou brasileira.

No Brasil, a máfia dos irmãos Metralha  aparece no

Processo nº 0007185-89.2007.4.05.8400 – acusados GHULAM ABBAS ou ABBAS GHULAM, FAISAL RASOOL, ZAHID RASOOL, QAISER RASOOL, YASIR RASOOL, BJORN THOMAS LOVSTAD e TERJE FALKENHALL. Em tramitação na Justica Federal no Rio Grande do Norte – JFRN.

Os irmãos Metralha. Os irmãos RASOOL:  Ghulam Abbas (na época com 31 anos), Shahid Rasool (26), Zahid Rasool (29), Yasir Rasool (23), mann (21) og mann (28)
Os irmãos Metralha ou irmãos RASOOL: Ghulam Abbas (na época com 31 anos), Shahid Rasool (26), Zahid Rasool (29), Yasir Rasool (23), mann (21) og mann (28)
Vídeo da Dagbladet TV, Oslo, 2008
Vídeo da Dagbladet TV, Oslo, 2008

Assista aqui vídeo.

Os irmãos Metralha também estão sendo processados na Noruega por mais de 130 ações criminosas. E acusados de lavar 13,5 milhões. O tribunal de Oslo considerou que o dinheiro foi contrabandeado para o Paquistão e Brasil. Existe uma lista não divulgada de pessoas investigadas. Este documento secreto envolve 12 dos 16 acusados como membros da quadrilha. Use o tradutor Google e leia

Christine Epaud usou e abusou da condição de funcionária do gabinete da presidência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte

Quando Christine Epaud publicou anúncio internacional, em inglês, para vender a empresa Solbrasils Com. Ltda, fez constatar com destaque que era funcionária do Tribunal de Justiça.

E era. Empresária e lotada no gabinete da presidência.

Oferecia os seguintes serviços:

  • oportunidades de carreira
  • ofertas de consultoria
  • novos empreendimentos
  • consultas de empregos
  • solicitações de conhecimento
  • acordos de negócios
  • solicitações de referência
  • retomar um contato
Fica a dúvida: vendia a empresa ou a condição de funcionária lotada no gabinete da presidência?
Isso tem nome. Confira
Tem mais: correu e corre vários processos contra Christine Epaud no judiciário potiguar, e ela sempre escondeu (nos processos) esta condição privilegiada. Coincidência ou não: ganhava todas.
O barco dela, no gabinete da presidência, afundou com a Operação Judas.
Ainda existe muita trapaça encoberta: Por que Rafael Godeiro queria uma funcionária com residências em Natal e Paris?

Christine Epaud funcionária do Tribunal de Justiça de Natal e proprietária de várias empresas

Retrato natalense de Christine Epaud
Retrato natalense de Christine Epaud

Funcionária pública (com certeza) do Tribunal de Justiça (diz ela) do Estado do Rio Grande do Norte, com residência fixa na França, e várias empresas no Brasil, praticamente todas em um mesmo endereço, Christine Epaud leva uma vida bastante movimentada para quem (falta confirmar) recebe pensão por invalidez permanente dos governos brasileiro (INPS) e francês (CRAMIF). No INPS, com o nome de Christine Jeytoo ou Christine José da Silva. Também usa codinomes. Na internet, o sugestivo Prety.

Em verdade  sofreu um transplante de rim em Paris, com o plano de saúde do marido. Isto é, tudo custeado pelo governo francês. Apesar de ter comovido Natal com uma  campanha para arrecadar dinheiro. Fez, inclusive, um dramático apelo pela televisão. A Cabugi. Trabalhava lá, segurando o pau. Naqueles tempos, nas filmagens, acompanhava o cinegrafista um iluminador. E Christine fazia sucesso, porque era um trabalho braçal. Coisa de homem segurar um pau de luz. O pedido de Christine era mais do que justo. Era muito pobre. Não tinha dinheiro para bancar uma cirurgia.

Até o governo de Cortez Pereira, Natal não possuía televisão. Foi quando secretário das Comunicações fiz chegar o sinal da TV Canal 6 do Recife, via torres de transmissão. A TV Tupi pegou fogo no Recife. E apareceu a Globo. Participando das entrevistas como iluminadora, Christine fez amizades, facilitando que, sem concurso, fosse contratada pelo Tribunal de Contas.

Bonita. Tanto que conseguiu o terceiro casamento com Gilles Epaud, um francês, e assim foi morar em Paris, urdindo (outra magia) uma licença da Secretaria de Administração do Governo do Estado, paga para estudar francês.

Onze anos depois pede o reenquadramento no quadro de funcionários do Tribunal de Contas. Misterioso o salto do Tribunal para a Secretaria de Administração do Governo do Estado. Mas fantástico ela anunciar, pela internet, que trabalha no Tribunal de Justiça, lotada nas presidências dos desembargadores Oswaldo Cruz e Rafael Godeiro. E foi assim, quando rolavam os precatórios, que conseguiu, num processo corporativo que envergonha o judiciário, ganhar, sem resgatar de todo, o hotel que botou o nome de Chalezinho Francês, para homenagear o marido Gilles.

Mas nem o casamento, nem o emprego público, nada justifica o enriquecimento rápido de Christine, ou muito menos explica ela possuir uma suruba de negócios com nomes empresariais diferentes, e para realizar as mesmas empreitadas.

É proprietária das seguintes empresas (falei doutras num artigo intitulado suingue, porque as empresas têm um mesmo endereço: o quartinho de um hotel zero estrela, e denunciadora e escandalosa sociedade com ex-presidiários, inclusive o genro):

1. Atlantica Estate Investimentos Imobiliários Ltda
2. Nova Dimas Construção 2005 Ltda
3. Sol Brasils Com. & Construção Ltda
4. E Faros Processamento de Computação Ltda
5. C. Epaud
6. Loan Investimentos Imobiliários Ltda
7. Restaurante Marbella Ltda
8. Brazil Real Estate e Construção Ltda
9. RGN Brasil Incorporações Imobiliárias Ltda

Existem mais, listei apenas as que tenho o número do CNPJ.

Na C Epaud não aparece o costumeiro Ltda. Nem o S.A. Simples e estranhamente C Epaud. Com o CNPJ n.11.216.778/0001-89. Não é nome fantasia. Todos os nomes citados são empresariais.

Impiedosa e vingativa, Christine, dona de uma empresa de processamento de computação, não vai encontrar nenhum documento para varredura no meu computador. Seria besteira minha…

Natal precisa limpar a mancha do nome Capital do Crime Internacional.

Falo do caso Christine Epaud porque sei do que é capaz, e conheço pessoas que ela enganou. Chantageou. Coagiu. Basta exemplificar com os processos que correm na justiça. Não perde uma.

Gilles tem recusados todos os documentos que apresenta. E contra Gilles, Christine armou uma ordem de prisão internacional. O Gilles não pode entrar na casa dele em Paris. E foi o plano de saúde de Gilles que salvou Christine de uma morte certa. E com o nome de Gilles, Christine cria mais uma empresa: C Epaud. Não sei se uma sociedade anônima ou limitada. Nem que diabo ela faz com essa empresa. Boa coisa não é.

Justiça à brasileira: a prova do olho no olho

A lei de talião, do latim lex talionis (lex: lei e talio, de talis: tal, idêntico), também dita pena de talião, consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação. Esta lei é frequentemente expressa pela máxima olho por olho, dente por dente. É uma das mais antigas leis existentes. E que vigora no Brasil das chacinas, da economia subterrânea, das milícias, dos pistoleiros de aluguel, das mortes encomendadas.

Se temos a lei olho por olho, um desembargador do Rio Grande do Norte propõe a lei olho no olho. Não é piada. É o Brasil real dos bandidos togados.

Publica hoje o Novo Jornal, do Rio Grande do Norte:

“O desembargador Rafael  Godeiro desafiou a ex-chefe da divisão de precatórios do TJRN, Carla Ubarana, a provar, cara a cara, quem está falando a verdade sobre o desvio milionário do Tribunal de Justiça. Ele está certo de que a acareação com Carla vai trazer à tona a verdade sobre a inocência dele no escândalo dos precatórios. A pedido do magistrado, o encontro com Ubarana foi confirmado para a próxima quarta-feira, 13 de junho, às 10h, em Brasília, pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça, César Asfor Rocha”.

No judiciário do Rio Grande do Norte apareceram os precatórios secretos, os precatórios cronados, quando o Brasil todo conhece os precatórios superfaturados, cujo pagamento depende da assinatura do desembargador presidente de um tribunal. Godeiro foi acusado por uma funcionária subalterna de receber gordas propinas.

“Agora, segundo Godeiro, a ex-chefe da divisão de precatórios terá que detalhar os pagamentos que supostamente fez a ele. ‘Eu requeri essa acareação através do meu advogado porque se ela disse que me entregou dinheiro tem que olhar olho no olho agora, tête-a-tête e dizer aonde entregou, se foi no corredor, na garagem, se botei o dinheiro numa pasta, se botei num paletó, vai ter que dizer tudo isso’, afirmou o magistrado que está afastado de suas funções desde 17 de abril passado pelo STJ”. Leia mais. Veja quanto moderna, e sem ser coercitiva, é a justiça à brasileira. 

TJ-RN. Dinheiro pronto para ser desviado. Treze milhões

O judiciário do Rio Grande do Norte retrata a justiça do Brasil. Até no STF aparece ministro para informar que foi peitado. Uma pessoa honesta jamais recebe propostas indecentes. Principalmente uma alta autoridade. No exercício do cargo ou fora dele. Vale para um ex-presidente da República. Um ex-presidente da Câmara dos Deputados. Um ex-presidente do Senado Federal. Um ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça. Para um exemplo comum, na vida das pessoas normais: quem ousa cantar uma mulher honesta?

Qualquer indecente sabia procurar seus parceiros no TJ-RN. Assim se explica uma estrangeira como Christine Epaud jamais perder uma causa. E, praticamente, toda máfia de Natal “Paraíso do Crime”, pega pela Polícia Federal, terminou recebendo atestado de honestidade.

A máfia dos precatórios constitui apenas parte de uma banda podre. Uma minoria que a justiça do bem já começou a derrotar. Conta hoje a jornalista Fernanda Zauli:

Dinheiro pronto para ser desviado

Comissão de investigação do TJ detectou que verbas de R$ 17 milhões já estavam em contas fictícias 

  Uma fonte do Diário de Natal confirmou que cerca de R$ 17 milhões já haviam sido transferidos da conta principal do TJRN para as contas fictícias abertas por Carla Ubarana.

Relatório 

Com 24 volumes, o último relatório da comissão de sindicância interna do TJRN traz novos documentos assinados pelos desembargadores Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro, e pela ex-secretária geral do TJRN, Wilza Dantas Targino, autorizando o pagamento de precatórios em nome de laranjas. Apesar de não emitir juízo de valor, o relatório da comissão responsabiliza os desembargadores, a ex-secretária geral do TJRN, e a ex-chefe do setor de precatórios, Carla Ubarana, pelos pagamentos indevidos. Leia mais

Rota internacional

Minha experiência de jornalista veterano, pelas centenas de casos que escrevi, e li, sabe que dinheiro grosso nunca fica aqui na terrinha. É traficado. Para os paraísos fiscais. Por que em Natal vai ser diferente, hoje conhecida como “Paraíso do Crime” internacional, conforme denominação da imprensa norueguesa?

Operação Judas. Os premiados precatorianos com uma aposentadoria rica e precoce

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu pela instauração do processo administrativo disciplinar contra os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) Rafael Godeiro e Osvaldo Cruz durante a 147ª sessão ordinária realizada na tarde de ontem. A ministra corregedora do CNJ, Eliana Calmon, foi a relatora do processo e defendeu tanto a abertura do processo disciplinar quanto o afastamento dos desembargadores. “Houve, pelo menos, uma absoluta falta de controle, do organização, nas gestões dos dois presidentes. Pelo menos desvio na disciplina, na condução da direção do tribunal. Por fim, afirmo que as provas testemunhais e documentais encaminhadas pelo Tribunal de Justiça e Ministério Público pode-se concluir indicativo de diversas infrações funcionais cometidas pelos desembargadores Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro” “, disse a ministra.

O conselheiro Silvio Rocha não acompanhou o voto da relatora e votou pela abertura apenas de um processo de sindicância interna, sem necessidade de afastamento dos desembargadores, afirmando que existia a possibilidade de Rafael Godeiro e Osvaldo Cruz não terem conhecimento sobre as fraudes e que elas poderiam ser cometidas somente por Carla Ubarana.

A ministra Eliana Calmon rebateu a afirmação dizendo que “se foi assim, eles assinaram cheques sem ler, muitos cheques sem estarem devidamente informados. Enfim, eram verdadeiros assinadores de papel durante anos, deixando tudo nas mãos de uma servidora”. Os outros conselheiros e o presidente do CNJ, ministro Ayres Britto foram favoráveis à abertura do processo. O processo administrativo instaurado ontem poderá implicar na aposentadoria compulsória dos desembargadores Rafael Godeiro e Osvaldo Cruz. No entanto, caso venham a ser condenados no Superior Tribunal de Justiça (STJ) os desembargadores perdem o cargo e consequentemente o direito a aposentadoria.

“Foram retirados quase R$ 20 milhões. Não chega a R$ 20 milhões”, conta Carla Ubarana Leal, funcionária do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.

Isso na conta dela. Deve ter sido muito mais. Dinheiro que ela dividia com os desembargadores. Dinheiro que, para ser sacado, precisa da assinatura do presidente do tribunal.

Defender que são centenas de assinaturas falsas é culpabilizar todos os funcionários do Banco do Brasil. Chamar todos os caixas de ladrões. Certo que foi um roubo. E todo dinheiro roubado termina em algum paraíso…

Para a polícia não existe o “quase”. Nem para a justiça. É preciso saber quanto foi roubado. Nenhum tostão a menos, nenhum tostão a mais.

Caso Christine Epaud. Que fazia uma falsária no gabinete dos desembargadores Osvaldo e Godeiro, quando presidentes do TJRN?

Morando em Paris, desde quando se tornou amante do francês Gilles Epaud, Christine Epaud (explicarei como esta relação se tornou um casamento nulo) continuou recebendo o ordenado de funcionária pública do Estado do Rio Grande do Norte.

Quando presidentes do Tribunal de Justiça, para que serviços de Christine precisavam os desembargadores Godeiro e Osvaldo?

Carla Ubarana confessa que todo dinheiro dos precatórios era dividido em três partes. E que ela ficava com a parte menor. Certamente que sim. Todo precatório tem que ser assinado por um desembargador. O desembargador presidente do tribunal.  “Justo” que Oswaldo e Godeiro levassem vantagem em tudo.

No reino animal, a leoa entrega a caça ao leão. E todo tribunal no Brasil é mais hierarquizado que um quartel.

Carla era apenas uma funcionária subalterna. Recebia ordens. Caso não obedecesse seria demitida do cargo de chefia.

Foi o que aconteceu na atual presidência.

Além do mais, Carla tinha, e tem, medo de Godeiro. Insinuou que ele já mandou matar gente de cara e dente.

De Godeiro o temor de todos do TJRN. Tanto que os altos escalões do tribunal estão sob proteção da polícia.

O Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte que fez um levantamento do dinheiro desviado, um levantamento por baixo, deu para Christine Epaud uma botija, e na mesa da governadora do Rio Grande do Norte encontra-se, para ser assinada, um rica aposentadoria.

Outra magia. Christine sempre foi aposentada, considerada inválida por duas previdências: a do Brasil e da França, e recebe… Que ela roube o governo da França tudo bem.

Como funcionária da ativa do RN, morando em Paris, continuará com seu turismo, agora legalizado como aposentada.

O povo do Rio Grande do Norte paga todas as farras. Pagou o turismo de Christine. E vai continuar pagando, para todo sempre…

Eu pergunto ao presidente do Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte e para a governadora do Rio Grande do Norte, por qual burra do Estado se aposenta Christine?

Entrou com nome falso no Tribunal de Contas, sem saber escrever português, sem nenhum curso universitário, sem prestar concurso público, e morando na França, recebia todo mês seu salário.

Recebia como funcionária da Secretaria de Administração. Era dinheiro pouco. Tanto que vivia em Paris como manteúda de Gilles Epaud.

Viveu sempre em Paris. Mais de onze anos. E voltou ao Brasil para criar uma suruba de empresas, todas em um só endereço: um quarto de hotel de uma estrela, precisamente no Chalezinho Francês, na Praia do Meio, em Natal (o francês para homenagear Gilles), que comprou sem pagar, um negócio escandaloso que comprova quanto corrupta é a justiça. Uma negociata demoníaca, santificada com despachos de pai de santo. Já contei essa transa. Vou relembrar com mais detalhes de  filme pornô. Que explicam a influência de Christine no TJRN, onde leva todas.

Quais serviços de Christine precisavam Godeiro e Osvaldo? De Christine de vários passaportes, e nacionalidades, sempre viajando, sempre viajando, e viajando pelos paraísos…

Quantos erros, além dos gramaticais,  nesta procuração que datilografaram para Christine assinar. Jamais estudou na Sorbonne qualquer curso que justificasse sua luxuosa vida em Paris.

Christine não escreve em língua nenhuma. Talvez em suaíli. Talvez.

“Universidade de La Sorbonne”?  Se queria impressionar os tolos potiguares, tascasse o francês: Université Sorbonne.

Sem o termo português universidade, poderia ter escrito La Sorbonne.

La Sorbonne generaliza um estabelecimento de ensino superior dividido em quatro universidades (Université de Paris I – Panthéon-Sorbonne; Paris III – Nouvelle-Sorbonne; Paris IV – Paris-Sorbonne; e Paris V – René Descartes).

Fica para a governadora do Rio Grande do Norte descobrir qual universidade e que curso. Vai ser difícil achar. Danação da amiga Christine: Rosalba Ciarlini perdida em La Sorbonne…

(Continua)

Prefeitura de Natal e o mega precatório do obscuro Farouk Hussein

O pleno do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte decide hoje se acata a medida cautelar em relação ao mega e superfaturado precatório pago pela prefeitura de Natal à Henasa Empreendimentos Turísticos Ltda. A medida foi sugerida pela inspeção técnica na divisão de precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.

Talvez o Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte revele quem é o misterioso dono da Henasa, um espertalhão de nome Farouk Hussein.

Toda safadeza foi revelada por Carla Ubarana:

A prefeita Micarla de Sousa, de Natal, reuniu-se com o então presidente do TJ-RN, desembargador Rafael Godeiro, para negociar o acordo a respeito do débito com a Henasa Empreendimentos, que alcançava mais de R$ 191 milhões na época.

O ineditismo da reunião entre o desembargador e a prefeita surpreendeu a ex-chefe da Divisão de Precatórios. “Este foi o único processo assinado na mesa da presidência, após conversa entre ele [Rafael Godeiro] e Micarla. Em mais de 300 audiências com o município, nunca nenhum presidente e nem a prefeita assinaram acordos. Outros desembargadores estiveram na reunião para fazer o acordo do repasse. Não sei o que foi acertado, não participei. Só sei que todo dia 10 o dinheiro caía na conta e eu fazia a divisão, para a autora da ação [Henasa, isto é, Farouk Hussein] e para o advogado”, explicou Carla Ubarana.

“Desembargador Rafael Godeiro já mandou dar baixa em uns”

Dar baixa é finalizar algo. Leia a frase de Carla Ubarana que confessa o medo de ser assassinada.

Apesar da morte anunciada, e com proteção policial de uma guarda de elite, Carla Ubarana vem denunciando a quadrilha dos precatórios no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.

Publica o Diário de Natal:

“A ex-chefe do setor de precatórios reafirma que foi ameaçada na prisão por agentes penitenciários e policiais militares que faziam a sua guarda. “Vez ou outra eles vinham na minha porta e diziam: Ubarana presta atenção que você pode dormir e não acordar mais. Não foi uma, nem duas vezes, foram várias”, disse. Ela afirma também que tem medo, “principalmente”, do desembargador Rafael Godeiro. “Eu temo porque que ele já mandou dar baixa em uns, eu sei do que ele é capaz, e ele nunca, jamais, imaginaria que eu iria abrir a boca. Se ele soubesse, ele teria me procurado”.

Carla insinua que Judite Nunes praticou atos de improbidade
Nas gravações do depoimento Carla Ubarana também chega sugerir atos de improbidade administrativa por parte da atual presidente do TJRN, Judite Nunes. Ela afirma que por decisão da desembargadora, todo o dinheiro que chegava do Estado para pagamento de precatórios junto ao TJRN, Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e Tribunal Regional Federal (TRF) eram depositados em uma conta única. A ordem de pagamentos passou então a obedecer uma lista única para os três tribunais. O problema, segundo Ubarana, era que o TRT, por exemplo, já estava pagando precatórios de 2009, enquanto que o TJRN ainda estava pagando os de 1999.
EstopimO estopim da crise entre Carla Ubarana e a atual presidente do TJRN teria sido uma intervenção realizada pelos juizes Guilherme Pinto e Luis Alberto Dantas ao trabalho da ex-chefe do setor de precatórios. Em depoimento aos promotores do Patrimônio Público Carla Ubarana afirmou que foi essa intervenção que gerou a inspeção no setor. “Foram duas intervenções feitas pelos dois [Luiz Alberto e Guilherme Pinto] esculhambando comigo. Primeiro ele me dava uma aula sobre o que era intervenção, processo administrativo e precatório. Depois disse que eu me colocasse no meu lugar, que eu não significava nada e que tudo o que eu tivesse que dizer que eu produzisse provas porque as minhas palavras não significavam nada. Isso tudo em letras garrafais”, disse. Segundo ela, depois dessa intervenção ela procurou a desembargadora Judite Nunes e disse “Se a senhora não está satisfeita com o meu trabalho me tire do cargo”.Ela também reafirma oque disse em depoimento ao juiz da 7ª Vara Criminal, José Armando Pontes, de que o esquema continuou na gestão da desembargadora Judite, mas sem o conhecimento dela. “Continuamos com a desembargadora Judite da mesma forma porque eu tinha um bolo de guias assinadas em branco por Wilza [ex-secretária geral do TJRN], porque a desembargadora nunca estava disponível quando a gente tinha que pagar um autor. Muitas vezes a gente precisava de uma guia para pagar um autor de outra cidade e por isso a gente ficava com guias em branco, mas a Wilza não sabia de nada. Inclusive minha irmã trabalhou comigo e nunca soube de nada”.

Em outro trecho, Carla Ubarana diz que o TJRN solicitava ao estado R$ 38 milhões, por exemplo, para pagamento de precatórios. O estado, segundo ela, colocava o valor no orçamento e repassava esse valor ao TJRN, mas o dinheiro não chegava ao setor de precatórios. “O estado repassava R$ 38 milhões requeridos para os precatórios, mas

o dinheiro nunca chegou aos precatórios.
E foi quando me disseram que o Tribunal estava usando esse dinheiro para pagamento de folha de pessoal. O controle interno veio me perguntar uma vez o que a gente fez com esse dinheiro (R$ 38 milhões) e eu disse que não tinha recebido nada, mas ela disse que eu ia ter que provar porque o estado provou que pagou. (…) Se isso era legal eu não sei“.