Juiz Sergio Moro tem um salário legal de fazer inveja a 99 por cento dos brasileiros

Wadih Damous: Moro descumpre constituição e tem salário de R$ 77 mil

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O deputado Wadih Damous (PT-RJ) criticou nesta quinta-feira (20), na tribuna da Câmara, juízes e integrantes do Ministério Público que estão descumprindo o artigo 37 da Constituição Federal, recebendo vencimentos acima do teto salarial.

“E, para a nossa surpresa, na relação de juízes, desembargadores e membros do Ministério Público que percebem acima do teto, está o nome do insuspeito juiz Sérgio Moro, esse mesmo, que prometeu limpar o Brasil da corrupção, que prometeu passar o Brasil a limpo”, ironizou.

O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, segundo Wadih Damous, tem recebido nos últimos meses acima do teto, que é limitado ao salário do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje em R$ 37,4 mil.

O deputado Wadih Damous destacou que as informações que o mundo jurídico já conhecia, sobre o descumprimento do teto salarial na magistratura, foram publicadas na última semana, no site Consultor Jurídico, especializado em questões ligadas ao Direito, ao Judiciário e ao Ministério Público.

“A matéria mostra que muitos juízes e desembargadores percebem acima do teto. Na verdade, o texto sintetiza de forma clara que o teto virou piso. Isto graças a expedientes de criação de penduricalhos do tipo auxílio-moradia, auxílio- táxi, auxílio-educação, auxílio isso, auxílio aquilo” enfatizou. Veja vídeo

Do Portal Vermelho, com informações da agência PT

Isso que é vida. O resto é salário mínimo

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Os magistrados da Justiça Federal de primeiro e segundo graus podem viajar a trabalho ao exterior de classe executiva. O privilégio vale também para o servidor nos trechos em que o tempo de voo entre o último embarque no território nacional e o destino for superior a oito horas, de acordo com a Resolução 340/2015 do Conselho da Justiça Federal, que regulamenta a concessão de diárias e compra de passagens aéreas no âmbito do CJF. Essa resolução, assinada pelo presidente do órgão e ministro do Superior Tribunal de Justiça, Francisco Falcão, revogou, parcialmente, outra, de 2008, que já previa o benefício naquela época. Conheça a mordomia.

Para o pessoal da justiça sempre sobram benesses…

professor

As mil cabeças da monstruosa hidra previdenciária

Hydra

Fabrícia Peixoto escreve para a BBC: “Um dos países que mais gasta com aposentadorias no mundo, o Brasil vê crescer a proporção de idosos no país sem conseguir avançar em um debate mais profundo sobre o papel da Previdência – e quem deve pagar por ela.

De acordo com estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil gasta o equivalente a 12% do Produto Interno Bruto (PIB) no pagamento de aposentadorias e pensões, incluindo as previdências do setor público e privado.

Essa proporção coloca o Brasil na 14ª posição entre os que mais gastam com previdência, em um universo de 113 países, segundo a pesquisa do Ipea”.

O Ipea exagera. Também publica hoje o jornal Público, de Lisboa: “A Grécia é o país da União Europeia que mais gasta em pensões em percentagem do PIB (17,5% em 2015, contra um pouco menos de 15% em Portugal e pouco mais de 13% na média europeia). Num ranking recentemente elaborado pela Allianz, a Grécia era o oitavo ´país com um sistema de pensões menos sustentável entre 45 países (Portugal era o 17º)”

Culpar a população de velhos, idosos e anciãos que ganha o salário mínimo do mínimo é outra farsa difícil de engolir. O sistema previdenciário brasileiro tem que ser único. E não múltiplo. Cada poder tem seus pensionistas e aposentados secretos. Com diferentes caixas de pagamento. Mas a fonte é uma só: a Viúva. Que termina pagando toda a farra. E a maior fonte de renda da Viúva continua sendo o imposto indireto, pago pelo povo em geral, os pobres, que rico não paga imposto.

A Hidra de Lerna tinha sete cabeças, A Hidra da Previdência tem mil. Filha dos monstros da desigualdade social e da ganância individualista de uma minoria.

barbaridade, crueldade, aposentadoria depois dos 75 anos

O Brasil do rasga da CLT, do retrocesso, da violação dos direitos humanos, dos direitos sociais, do capitalismo selvagem, do retorno da ditadura, pretende estender a aposentadoria dos 70, quando começa a ancianidade, para os 75 anos. Esta a proposta do senador, eleito em 2014, José Serra, do PSDB, um partido elitista e de milionários.

Quem, além dos políticos, dos togados, dos militares, consegue arranjar ou permanecer no emprego depois dos 50/60 anos, neste Brasil privatizado e corrupto, dos salários além do teto para as intocáveis castas do judiciário, do legislativo e do executivo?

Tudo promete piorar para o trabalhador brasileiro, depois da terceirização, que tem como modelo a a senzala da Contax, empresa laranja da agiotagem bancária e da pirataria das multinacionais de telefone, cujos majorados preços de serviços, de tráfico de dinheiro, de subornos e sonegação são controlados pelas Anas, irmãs prostitutas criadas pelo proxenetismo de Fernando Henrique do PSDB.

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Una parte muy grande de los jubilados en el mundo no tienen reconocido su derecho a una pensión a partir de los 60 años

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por Quim Boix

Intervención del Secretario General de la Unión Internacional de Sindicatos de Clase de Pensionistas y Jubilados de la Federación Sindical Mundial, durante la 104 Conferencia de la Organización Internacional del Trabajo
Hoy es un día histórico para los Pensionistas y Jubilados de todo el planeta, organizados en sindicatos de clase y coordinados en los 5 continentes, pues estamos por primera vez reclamando ante la OIT nuestros derechos.

Esto es posible dado que la FSM (Federación Sindical Mundial), que dentro de pocos meses cumple 70 años de existencia, decidió crear una Unión Internacional de Sindicatos de Clase que agrupa a los Pensionistas y Jubilados de más de 100 países.

Les hablo como Secretario General de esta única organización sindical clasista mundial de Pensionistas y Jubilados.

Los Pensionistas y Jubilados somos cientos de millones de personas, aproximadamente el 20 % de la población mundial y el 30 % de los ciudadanos con derecho a voto. Una parte demasiado grande de este colectivo no tiene aún reconocida, por los estados capitalistas, su derecho a una pensión a partir de los 60 años.

Esta importante masa de ex asalariados, tiene además de una gran sabiduría colectiva (usada durante siglos por todas las civilizaciones), una larga experiencia de lucha por nuestros derechos. Nuestra generación de sindicalistas ha ganado, desde mediados del siglo pasado, las más importantes mejoras de los derechos laborales de toda la historia de la lucha de clases. Lo hemos conseguido gracias a impresionantes luchas de masas que han dejado asesinatos, torturas, encarcelamientos y despidos, pero también han dejado grandes mejoras que el capitalismo ahora nos quiere arrebatar, en especial en el trato a los Pensionistas con la excusa de su crisis.

Vamos a usar nuestra fuerza numérica, y nuestra experiencia sindical y de lucha, para arrancar nuevos derechos para los Pensionistas y Jubilados, así como para toda la clase obrera. No aceptamos que los asalariados, al finalizar su vida activa, pasen a depender de sus familiares, como proponía en Senegal la dirigente de la CSI (Confederación Sindical Internacional) y representante de la OIT en África.

Vamos a luchar aliados al resto de asalariados, unidos al resto de explotados por el sistema capitalista que nos oprime a todos por igual. El capitalismo es hoy la nueva esclavitud. Pero igual que, con la lucha, nuestros antepasados abolieron la esclavitud, nosotros vamos a conseguir avanzar hacia la abolición del capitalismo.

Vamos a acabar con la explotación del hombre por el hombre, que hace posible que las 80 personas más ricas del planeta concentren igual riqueza que la mitad de la Humanidad, es decir igual que 3.500 millones de personas. Una sola persona rica tiene igual dinero que 45 millones de personas, una enorme injusticia que solo es posible con el capitalismo.

Señores empresarios, señoras gobernantes de los países capitalistas, sepan que el capitalismo tiene los días, o años de existencia, limitados. El propio capitalismo va de crisis estructural a crisis sistémica, hasta su crisis final. Carlos Marx ya lo vaticinó y acertó.

Riqueza hay mucha en el planeta, y vamos a luchar para repartirla de una forma justa. Ello es imposible con el capitalismo, que roba las materias primas con genocidios y guerras imperialistas, al igual que antes las robaba de los países colonizados usando la fuerza militar.

Con esta riqueza distribuida, según las necesidades de cada persona, vamos a hacer posible una vida digna para todos los habitantes del planeta. Es decir el socialismo.

En especial luchamos por una pensión mínima y pública igual al salario mínimo, similar al que tienen en Luxemburgo (que es de aproximadamente 1.800 € al mes). Los ciudadanos de este país deben tener iguales derechos que los de cualquier otro país del planeta.

Tendríamos dinero suficiente para pensiones y salarios dignos si no se gastara en armas asesinas, que solo son útiles para los propietarios de las multinacionales que las producen, y que sirven para llevar la destrucción y la muerte, promovidas por la OTAN, a países donde las multinacionales quieren robar sus materias primas.

Lo vamos a lograr con luchas como las recientes de los Pensionistas y Jubilados en Grecia (a millares colapsando las calles de Atenas para obligar al nuevo gobierno de Syriza a cumplir lo que ya hoy son falsas promesas electorales), en Australia, en África, en Francia, en Paquistán, en Nepal y en la India, en Chipre, así como las históricas luchas en Argentina donde los pensionistas llevan ya 1.210 miércoles seguidos reclamando sus derechos ante el Parlamento.

Reclamamos además, los Pensionistas y Jubilados, atenciones complementarias que aseguren lo que establece la Declaración Universal de Derechos Humanos: agua potable, comida sana y suficiente, sanidad pública y gratuita, enseñanza y ocio garantizados por los gobiernos y sin pago, vivienda digna, etc.

Precisamente la Declaración de Derechos Humanos debe ampliarse y concretarse, para que en ella se recojan los derechos antes citados de los Pensionistas y Jubilados. Derechos que jamás aceptaremos que sean, como son hoy, diferentes en base al sexo.

Nosotros, Pensionistas y Jubilados, no tenemos ya ninguna dependencia de los empresarios (salvo en algunos países), solo tenemos que reclamar a los gobernantes, a los que poco a poco podremos cambiar con el voto. Así comprobamos que, mientras los gobiernos de los países socialistas han garantizado durante decenios, a las personas que habían trabajado 25 o más años, una pensión digna (junto al derecho a vivienda, sanidad, y cultura casi gratuitas, más ayudas colectivas para resolver las minusvalías que comporta la edad), los gobiernos de los países capitalistas nos están recortando y negando estos derechos básicos, empezando por los de la rica Unión Europea.

Denunciamos con claridad los fondos privados de pensiones que solo interesan a la gran banca y a los dirigentes de los sindicatos amarillos, los sindicatos colaboradores con la explotación capitalista, los sindicatos coordinados por la CSI, que en esta OIT y como pago de su sumisión al capitalismo, acapara, de forma monopolística, antidemocrática e injusta, todos los lugares que corresponden a los sindicatos.

Como la esperanza de vida de todos los humanos se alarga, nosotros vamos a tener más tiempo, que en etapas anteriores de la lucha de clases, para batallar hasta el día de nuestro fallecimiento, al lado de nuestra clase, la clase obrera, por todo lo que he mencionado en este breve discurso.

Como les decía al inicio, hoy es un día histórico para los Pensionistas y Jubilados, acaban de escuchar, por primera vez en esta sala de la ONU usada por la OIT, la voz de los veteranos sindicalistas clasistas que, como antifascistas, antiimperialistas y anticapitalistas, hemos luchado y seguiremos luchando por cambiar el mundo. El socialismo es el futuro de la Humanidad, y ustedes lo saben, aunque intenten retrasar su llegada, que será nuestro triunfo definitivo.

aposentadoria pensão 2

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Quim Boix. Secretario General de la Unión Internacional de Sindicatos de Clase de Pensionistas y Jubilados de la Federación Sindical Mundial.

Juízes que tiram isso todo mês dos cofres públicos podem julgar trombadinhas ou corruptos?

salário juiz

por Fernando Brito

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Quem olha a ilustração publicada hoje pelo jornal O Dia sobre os vencimentos e “vantagens” pagas aos desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro não pode ter outra reação senão a de nojo.
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Depois de um levantamento das folhas salariais, o jornal constatou que 90% deles recebem acima dos R$ 33.763, teto determinado pela Constituição Federal.
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Há um mar de penduricalhos – que o jornal lista – para chegarem a estas cifras astronômicas expostas pelo jornal e que não são exceções eventuais.
Dos 871 juízes e desembargadores 843 ganharam acima do teto. E 34 deles ganharam mais de R$ 80 mil em um mês.
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Isso antes do projeto de reforma da lei da Magistratura que “eterniza” estes e cria novos privilégios.
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Quantos cordões de ouro um trombadinha tem de roubar para causar o mesmo prejuízo que uma destas suas Excelências causa todo mês, dentro da lei mas fora de qualquer critério moral aceitável?
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Quem tira dos cofres públicos quase R$ 250 mil – repito, legalmente ou pelo menos de forma administrativa aceita – pode julgar um servidor desonesto que arranje um jeito de levar 100, 200 ou até dez mil reais do Erário?
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Não só porque quem drena assim o dinheiro da população não tem a austeridade necessária para quem pretende avaliar o comportamento alheio mas porque quem ganha isto não conhece, minimamente, a realidade dos seres humanos que ficam ali, diante de seu martelo condenatório.
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Aquele ladrãozinho seria ladrãozinho se seu pai ou sua mãe ganhasse 10% do que ganha Sua Excelência?
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Não, embora tivesse, talvez, os seus delfins possam ter outros desvios de condutas destes a que a riqueza excessiva e a falta de limites traz, mas não os que a sociedade, hipócrita, quer que seja castigado com prisão ou até a morte os pivetes.
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Uma sociedade democrática, no Estado de Direito, tem de admirar e acatar seu Judiciário.
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Se não se pode, em nome da decência, admirar quem aceita dar a si mesmo este tratamento de condes e barões, não é consequência que a lei se desmoralize junto com os que devem aplicá-la?
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Os senhores juízes lembrem que são servidores públicos e não o público o seu serviçal.
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Auxílio moradia acima de 4 mil é escárnio no Brasil do bolsa-família e salário mínimo do mínimo

jorge braga pobre pobreza brasil

O Brasil caminha para a terceirização ampla, geral e irrestrita para a grande maioria dos trabalhadores que recebem o salário mínimo do mínimo.

Grande maioria não é pleonasmo, e sim uma cruel realidade criada por legisladores dos partidos elitistas PSDB, PMDB, DEM, inclusive o quinta-coluna Solidariedade, coito da Força Sindical.

Aliás, o Solidariedade e a Força Sindical são cousas de um dono só: do pelego e corrupto Paulinho da Força. Este apelido óbvio elege Paulo Pereira da Silva.

O trabalhador brasileiro tem vida de escravo. Trabalha mais de 12 horas por dia, para receber miseráveis e desonrosos 778 reais.

Resultado: Rio de Janeiro tem mais de mil favelas, e São Paulo mais de duas mil. Milhões de brasileiros residem em mocambos, sem água, sem luz, sem saneamento, sem nada. É um país desigual.

É o país dos bacharéis em ciências jurídicas, principescas personagens desde o Brasil Colônia de Portugal. Que sempre levam vantagem em tudo.

Quanto é um auxílio moradia de um deputado federal, de um senador, de um ministro da justiça, de um desembargador.

Um auxílio moradia de um marajá, de uma Maria Candelária soma quantos salário mínimo ou salários base de um professor, de um jornalista, de um médico?

Quem deveria denunciar tal escândalo? Um promotor?

Escreve Márcio Souza Guimarães: “A atuação do Ministério Público tem sido das mais aguerridas e mais comentadas em todo o país. A sociedade o enxerga como seu guardião; muitas vezes como a última esperança em ver a solução para o seu problema – seja a poluição sonora provocada por determinada casa de espetáculos ou o desvio de recursos do erário, principal chaga social que inviabiliza qualquer projeto de educação, saúde, saneamento ou segurança. A corrupção em níveis alarmantes induz a violência, pois o desrespeito pelo direito alheio acabou, infelizmente, no cotidiano, por se configurar a regra.

Com quadro social tão alarmante, a Constituição da República de 1988, insere o Ministério Público no cenário jurídico-social como ombudsman social“.

No Brasil tem branco que embolsa auxílio moradia, auxílio educação, auxílio saúde etc. Tudo gente fina dos altos salários, inclusive milhares de funcionários que recebem além do teto constitucional.

Que o pobre povo pobre reclame ao bispo de alguma Igreja Católica, que tem promotor recebendo a regalia de 4 mil e 300 reais de auxílio moradia. É um abuso, um escárnio no Brasil dos bolsa-família.

BRA_AGAZ promotor auxílio moradia

O discriminativo fator previdenciário e o repouso do velho guerreiro

cérebro país rico povo pobre

A Câmara dos Deputados concluiu nesta quinta-feira (14) a votação da medida provisória 664, que restringe o acesso à pensão por morte. O texto segue agora para análise pelo Senado.

Pela MP, os cônjuges só poderão requerer pensão por morte do companheiro se o tempo de união estável ou casamento for de mais de dois anos e o segurado tiver contribuído para o INSS por, no mínimo, um ano e meio. Antes, não era exigido tempo mínimo de contribuição para que os dependentes tivessem direito ao benefício, mas era necessário que, na data da morte, o segurado estivesse contribuindo para a Previdência Social.

 Joen Yunus
Joen Yunus

O que vale para o trabalhador que recebe o salário mínimo ou salário piso, não vale para quem recebe o salário nas alturas nas cortes dos três poderes da nossa desigual república.

É um Brasil injusto, dividido em castas. Duvido o fator previdenciário, a chamada fórmula 85/95 seja válida para um senador, um deputado, um militar, um togado. São aposentados com proventos integrais e mais penduricalhos.

A previdência devia ser única. Para não prevalecer para a maioria dos trabalhadores um teto de merda, que atualmente é R$ 4.663,75  se a soma da idade e do tempo de contribuição resultar 85 (mulheres) ou 95 (homens). Esse teto não é sequer o salário para iniciantes em vários funções no executivo, no legislativo, no judiciário.

O fator previdenciário discrimina, diferencia, segrega, marginaliza, classifica, separa os aposentados e pensionistas em diferentes castas e classes sociais.

Para professoras, de acordo com a emenda, a soma deve ser 80 e para professores, 90. Se o trabalhador decidir se aposentar antes, a emenda estabelece que a aposentadoria continua sendo reduzida por meio do fator previdenciário.

É isso aí quero ver essa cambada reduzir a aposentadoria de um general, de um almirante, de um brigadeiro, de um senador, de um deputado federal, de um desembargador, de um fiscal de finas rendas, de um procura dor e nunca acha, de um coronel da polícia militar, de um ministro da suprema justiça, ou a pensão de um dependente dessas divinas e diferentes e excelentes criaturas, profundamente dessemelhantes dos mortais comuns que trabalham para ter um pesaroso e humilhante final de vida, e que só conseguem descanso quando estão com o pé na cova. Um descanso esfomeado e doentio e só lembrado quando a Caixa Econômica solicita, do aposentado ou pensionista, uma prova de que, apesar de tudo, do maldito tempo e de uma soma de malefícios, continua vivo, driblando a fome e a morte.

indignados pobreza itália 500 euros

Cunha promove direita volver amanhã

Partidos da direita e da extrema-direita, através de acólitos & capatazes, estão convocando o povo para uma ordem unida neste domingo contra Dilma, para desestabilizar o governo e aprovar a lei da terceirização.

Esta marcha no Rio de Janeiro tem a aprovação dos seguintes deputados:

deputados rio

Bolsonaro, o deputado federal, que elegeu um filho deputado estadual, e outro vereador do Rio, faz a apologia da ditadura. Além de golpista, é machista e homofóbico.

O outro líder do movimento todo poder ao PMDB, partido da direita, que preside o Senado Federal, com o senador Renan Calheiros, é Eduardo Cunha, também do PMDB, e que preside a Câmara dos Deputados.

Cunha é desconhecido do povo. Que se faça sua devida apresentação

 

O “achacador geral” da República e
a regulamentação da terceirização

O Brasil tem um achacador geral da República. Há pouco tempo ninguém ouvia falar nele. Há pouco tempo era um tesoureiro sistemático de campanhas, um radialista conservador, um defensor das pautas da moral cristã. Tudo mudou e ele chegou ao centro do poder, deixando refém a República e as políticas públicas que há mais de uma década vêm mudando esse país.

boneco cunha

Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde no Estado do Ceará promove a queima do boneco de Eduardo Cunha
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde no Estado do Ceará promove a queima do boneco de Eduardo Cunha

por Gabriel Nascimento*

Achacar é um termo que vem do hebraico e quer dizer explorar, extorquir, espoliar, tornar refém. É exatamente isso que faz Eduardo Cunha hoje enquanto presidente da Câmara dos Deputados. Pautas historicamente enterradas por seu teor conservador estão voltando com força. A redução da maioridade penal, medida inconstitucional, quem diria, passou na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Ontem os trabalhadores assistiram a Lei Áurea sendo revogada pelo achaque. Primeiro FHC desmontou o Estado, abandonando um modelo varguista de obrigação de intervenção para uma tentativa de garantia de bem-estar social. Com o desmonte do Estado, a Lei de Responsabilidade Fiscal impôs limites à contratação, fazendo com que a terceirização fosse uma opção de contratação. Agora Eduardo Cunha desmonta os direitos trabalhistas, aprofundando as reformas neoliberais e rejeitando um modelo varguista de garantia de diretos à classe trabalhadora através da Consolidação das Leis do Trabalho.

No final do século 20 sociólogos questionavam Marx, atualizando o marxismo, sobre a análise do mesmo de que, com a evolução histórica do capitalismo, o proletariado ia se tornar uma classe universal e o capitalismo ia perder força no globo. Atualizando o marxismo, com a última fase do capitalismo, é o contrário que vem ocorrendo. O proletariado é cada vez mais fragmentado e o capitalismo cada vez mais universal.

A terceirização é o último dos estágios de fragmentação da classe trabalhadora. Com a regulamentação e possibilidade de terceirizar qualquer tipo de serviço, o trabalhador perde a identidade coletiva. Fragmentado o trabalhador, é mais fácil ter domínio sobre o seu trabalho através das condições de produção. Perdendo a identidade coletiva, advoga-se uma individualidade que demarca a competição ao invés da solidariedade e cooperação. Sem identidade coletiva, o trabalhador não consegue se organizar em entidades classistas e a tão demarcada autorrepresentação não passa de uma utopia pós-moderna.

A regulamentação da terceirização é o enterro sistemático da CLT e de seus mais de 60 anos. O Brasil levou séculos para expandir a classe trabalhadora, como foi nos últimos dez anos, para as forças motoras do capital desregulamentarem as condições de trabalho durante uma noite difícil em nossa história. É isso que representa a regulamentação da terceirização: o arcabouço que leva à desregulamentação das condições de trabalho. Terceirizado o trabalhador, suas condições são precárias, seus salários são menores, a eles são garantidos menos direitos, com mais possibilidades de alienação de sua força de trabalho, sem relação direta entre empregador e trabalhador, representando mais lucro para o empregador. Por outro lado, o Estado, já desmontado, sofre consequências: há dificuldade de intervenção para garantia de direitos do trabalhador, já fragmentado, dificultando a política de garantia do salário social indireto.

Por último, a regulamentação da terceirização representa o aguçamento dos pilares de uma sociedade autoritária. Fragmentada a classe trabalhadora, localizada em lugares comuns da produção, sem direitos e à deriva, sem representação e direito a ser representada, as ações práticas são mediadas por situações autoritárias da relação patrão X empregado, sem mediação estatal ou da sociedade civil. Ou seja, o princípio de mercado se desenvolve em detrimento do Estado e da comunidade. Na esfera privada espera-se autoritarismo, política do favor e toda ordem que faz o poder ser vertical, masculino, branco, heterossexual e burguês.

O Brasil tem hoje um achacador geral da república e cerca de 300 a 400 achacadores lhe acompanhando. Ontem os achacados foram os trabalhadores brasileiros que, sempre vigilantes, continuarão resistindo à alienação da força de trabalho.

* Mestrando em Linguística Aplicada pela UnB

 

 

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Menina de 12 anos, que vivia nas ruas, pergunta ao Papa: – “Por que é que Deus permite estas coisas?”

Perante uma plateia de 30 mil jovens numa universidade de Manila, antes da missa no parque Rizal, Francisco pediu-lhes compaixão pelo sofrimento das crianças da rua, vítimas da prostituição e da droga.

Glyzelle Aries Palomar, 12 anos, que foi salva das ruas por uma associação humanitária desfez-se em lágrimas quando falou com o Papa e lhe perguntou “por que é que Deus permite estas coisas? E por que é que há tão poucas pessoas a ajudar”. A resposta foi dada em forma de um abraço sentido que marcou um dos pontos mais emocionantes da viagem de Francisco. O apelo veio a seguir: “O mundo tem que chorar pelas crianças que se drogam e que que se prostituem. Se nós não aprendermos a chorar, nunca poderemos ser bons cristãos”. Não basta, disse Francisco, a existência de uma “compaixão mundana” que faz com que “muitos se limitem a levar a mão ao bolso para dar uma moedinha”.

O abraço de Francisco à jovem Glyzelle GIUSEPPE CACACE:AFP
O abraço de Francisco à jovem Glyzelle GIUSEPPE CACACE/ AFP
Papa com os jovens em Manila - REUTERS
Papa com os jovens em Manila – REUTERS

Muito animado o encontro com os milhares de jovens, em que o Papa Francisco pôs de lado o discurso que tinha preparado em inglês e improvisou em espanhol, respondendo às perguntas que três deles lhe dirigiram. Antes de mais a jovenzinha Shon que, chorando quis saber “porque é que as crianças sofrem”.

Antes de responder a esta pergunta, o Papa aproveitou para realçar essa pequena representação das mulheres, poucas – disse – chamando a atenção para o machismo que muitas vezes não deixa lugar às mulheres que, no entanto, têm um olhar diferente dos homens sobre a realidade.

“Assim, quando vier o próximo Papa que haja mais mulheres” – disse, suscitando aplausos dos presentes.

O Papa colheu o fato de Shon ter feito essa pergunta chorando para dizer que ao mundo de hoje falta a capacidade de chorar, falta sobretudo aos que levam uma vida folgada. Mas certas realidades da vida só podem ser vistas como olhos lavados pelas lágrimas – disse.

A pergunta de Shon quase que não tem resposta, mas lança um desafio – frisou o Papa – lançando, por sua vez, uma pergunta aos jovens: “Eu aprendi a chorar?” perante os sofrimentos do mundo (fome, droga, crianças abandonadas, abusos, escravatura) “ou o meu pranto é um pranto caprichoso só para ter algo mais?”.

“Aprendamos a chorar” – exortou o Papa aos jovens, recordando que também Jesus chorou em diversas ocasiões. “Se não aprendeis a chorar não sois bons cristãos”.

E à pergunta “porque as crianças sofrem” o Papa convidou a responder com o silêncio.

“Que a nossa resposta seja o silêncio ou a palavra que nasce das lágrimas. Sêde valentes, não tenhais medo de chorar” .

Por sua vez, o jovem Leandro Santos, fazendo notar que vivemos num mundo, onde abunda a informação, perguntou se isto é um mal. “Não” – respondeu o Santo Padre, sublinhando que o importante é saber o que fazer dessa informação e não correr o risco de ser “jovens museus” que só acumulam informação, mas não saber o que fazer dela. É preciso ser, pelo contrário, “jovens sábios” . E como ser sábios? – perguntou o Papa, respondendo que este é outro desafio, o desafio do amor. “Aprender a amar” e “através do amor fazer com que a informação seja fecunda”.

Para isso o Evangelho nos propõe um caminho tranquilo baseado em três elementos, harmoniosamente articulados: a linguagem da mente, do coração e das mãos, ou seja, pensar, sentir, realizar – frisou o Papa convidando os jovens a repetir em voz alta as três linguagens … E depois disse:

“O verdadeiro amor é amar e deixar-se amar. É mais difícil deixar-se amar do que amar.

Podemos amar a Deus, mas o mais importante é deixar-se amar por Ele: “O verdadeiro amor é abrir-se a esse amor primordial e que nos provoca surpresa.”

Se estivermos sempre concentrados no computador que parece ter respostas para tudo, não nos abrimos a essa surpresa, porque isso supõe um diálogo a dois: entre quem ama e quem é amado – afirmou o Papa, exortando:

“Deixemo-nos surpreender por Deus. E não tenhamos a psicologia do computador de querer saber tudo”.

E dando o exemplo de São Mateus que se deixou surpreender e convencer pelo amor de Jesus, acabando por segui-Lo, o Papa exclamou: “Deixa-te surpreender por Deus. Não tenhas medo das surpresas que movem o chão debaixo dos teus pés, que te fazem sentir inseguro, mas que nos põem a caminho. O verdadeiro amor leva a queimar a vida, embora com o risco de ficar com as mãos vazias” – disse mencionando São Francisco de Assis que deixou tudo e morreu de mãos vazias, mas de coração cheio.

“De acordo? Não jovens de museu, mas jovens sábios. Para ser sábios usar as três linguagens: pensar bem, sentir bem e fazer bem, e deixar-se surpreender pelo amor de Deus e andar e queimar a vida”.

Finalmente a terceira pergunta colocada pelo jovem Riqui que ilustrou ao Papa as actividades que ele e o seu grupo levam avante.

O Papa apreciou esse serviço aos outros mas desafiou-os imediatamente a pensarem se se deixam que os pobres lhes dêem a riqueza que eles também têm, se se deixam evangelizar pelos pobres

A este respeito evocou a leitura do Evangelho que tinham feito pouco antes e que mostra que o que nos falta muitas vezes é “aprender a mendigar daqueles a quem damos”, “aprender a receber da humildade daqueles a quem ajudamos. As pessoas a quem ajudamos, pobres enfermos, órfãos têm muito para nos dar. Mas me faço mendigo e peço também isto, ou sou suficiente e vou só dar” .

“Vos que viveis dando sempre e pensais que não tendes necessidade de nada, sabeis que sois um pobre tipo, sabeis que tendes muita pobreza e precisais que te (vos) dêem?

E perguntando mais uma vez aos jovens se se deixam amar por aqueles a quem ajudam, o Papa rematou:

“É isto que ajuda a amadurecer jovens comprometidos como Riqui no trabalho de dar, aprender a estender a mão a partir da própria miséria”.

Aprender a amar e a deixar-se amar. E o Papa concluiu referindo, em inglês, a um aspecto que tinha previsto no seu texto escrito: o desafio da integridade. Recordando que os bispos das Filipinas declararam 2015 “Ano do Pobre” convidou ao amor aos pobres, sempre interrogando os jovens se pensam nos pobres, se lhes pedem que lhes transmitam a sua sabedoria, se se deixam evangelizar pelos pobres…e por fim pediu desculpas por não ter lido o discurso que tinha preparado, mas disse sentir-se consolado pelo facto que “a realidade é superior à ideia” e a realidade que vocês apresentaram e a vossas realidade é superior a todas as respostas que eu tinha preparado. Obrigado!”

Novo Estatuto da Magistratura diviniza o juiz e faz do contribuinte um pagador de promessas, auxílios e ajudas

 

Pode se tornar uma profissão de pedintes de luxo. Que receberá ajudas inimagináveis para os pobres mortais. E auxílios mil.

Não sei qual a diferença entre auxílio e ajuda, palavras sinônimas, que significam achega, adjutório, adminículo, amparo, assistência, cooperação, fautoria, recurso, reforço e socorro.

Que Nossa Senhora Auxiliadora proteja o Brasil.

 

juizdeuz

 

Juízes efetivamente como Deuses em uma realidade próxima

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por Leonardo Sarmento 


A crença na existência de Deus é sempre mais forte em países onde a fé religiosa costuma transcender as forças mais racionais, sejam Estados laicos ou confessionais. O Brasil, constitucionalmente laico, embora de fato ainda se encontre em um processo de laicização, nos termos do espírito que a Constituição, pode vir a estabelecer, em caráter de definitividade que teremos novos Deuses para dirigirmos nossa fé. A minuta do novo Estatuto da Magistratura, que substituirá a Lei Orgânica da Magistratura (Loman), de 1979, promete surgir garantindo mais do que prerrogativas aos juízes, com efetividade parecem conceder-lhes a divindade. O STF se pronunciará antes de seu envio para o Congresso Nacional.

Em alguns momentos as “prerrogativas” mais parecerão ao leitor, de fato, superpoderes, em outros parece que se quer oferecer dignidade, como um programa governamental concessivo de benefícios a uma categoria excluída, uma espécie de “Bolsa-Magistratura”. Veremos que é sociologicamente curioso, interessante, a proposta do novo Estatuto da Magistratura.

Verbas que são contestadas no Supremo e que repousam à espera de uma resposta. Auxílio-transporte para o magistrado que não tiver carro oficial, prêmio por produtividade, indenização de transporte de bagagem e mobiliário, auxílio-moradia, auxílio-creche, auxílio-educação para quem tiver filho em escola privada, auxílio-funeral, extensível aos aposentados, auxílio plano de saúde, ajuda de custo para capacitação, ajuda de custo por hora-aula por participação em bancas de concurso público, reembolso por despesas médicas e odontológicas não cobertas pelo plano de saúde, ajuda de custo para cursos, como especialização, retribuição por acúmulo de funções.

Os benefícios farão aumentar a remuneração de suas divindades, os Senhores magistrados e, pagamentos que afrontam o regime de subsídio previsto na Carta de 1988. Na última sessão administrativa, vale dizer, os ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Luís Roberto Barroso fizeram críticas ao pagamento de adicionais, especialmente verbas deferidas judicialmente, inclusive pelo STF.

Os benefícios se somam a outros que encontram previsão na lei desde 1979, como diárias, ajuda de custo para mudança, férias de 60 dias, salário-família, verba de representação, gratificação por exercício de atividade em comarca de difícil acesso. E se juntam a outro rol de benefícios criados, mas sem previsão de pagamentos. Como licença paternidade de 8 dias, licença-prêmio, afastamento para tratar de assuntos particulares.

O texto estabelece as regras para o pagamento de todos esses benefícios:

– O prêmio por produtividade será pago ao magistrado uma única vez por semestre, em janeiro e em agosto de cada ano. Para isso, basta ao juiz, nos seis meses anteriores, proferir mais sentenças do que o número de processos recebidos mensalmente. Cumprida a meta, o juiz recebe um salário a mais por semestre.

– O auxílio-transporte para o juiz que não dispuser de carro do tribunal será equivalente a 5% do valor do subsídio mensal do magistrado, e será pago para os deslocamentos entre o trabalho e a casa do juiz.

– O auxílio-educação, também equivalente a 5%, será devido ao magistrado que tiver filho com idade entre 6 e 24 anos e que esteja cursando o ensino fundamental, médio ou superior, em instituição privada.

– O auxílio-alimentação será pago mensalmente ao magistrado, inclusive no período de férias, no montante correspondente a 5% do subsídio.

– O auxílio-creche será devido mensalmente ao magistrado, no valor de 5% do subsídio por filho, desde o nascimento até os seis anos de idade.

– O auxílio-plano de saúde será pago mensalmente ao juiz no valor de 10% do subsídio para o magistrado e para sua mulher, e a 5% do subsídio para cada um dos seus dependentes.

– Além disso, cada tribunal deve proporcionar serviços de assistência médico-hospitalar aos juízes, incluindo serviços profissionais médicos, paramédicos, farmacêuticos, fisioterapêuticos, psicológicos e odontológicos.

– A ajuda de custo para capacitação será paga ao magistrado, mensalmente, para o pagamento de cursos de aperfeiçoamento, especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado, correspondendo a 10% nos casos de instituições situadas no Brasil, e a 20% quando se tratar de instituição situada no exterior.

– Será paga indenização de permanência ao juiz que tiver completado tempo de serviço para aposentadoria, mas que permanecer trabalhando. O benefício corresponderá a 5% do total da remuneração, por ano de serviço excedente, até o limite de 25%.

– O juiz receberá o adicional por prestação de serviços de natureza especial se participar de mutirões de conciliação, treinamentos, projetos sociais, fiscalização de concursos públicos.

O texto prevê ainda que todo magistrado que fizer uma viagem a trabalho ao exterior terá direito a portar passaporte diplomático, livrando-os de passar pela alfândega e tirando-os das filas da imigração.

Ainda, caso aprovado o texto da divindade, terão os juízes prioridade “em qualquer serviço de transporte ou meio de comunicação” quando em serviço de caráter urgente. O estatuto ainda garante aos magistrados “livre trânsito em portos, aeroportos e rodoviárias, quando em serviço”.

Outra prerrogativa divina do novo texto garante ao juiz “dispor de vigilância especial, a ser prestada pelos órgãos de segurança pública federal e estadual, para a preservação de sua integridade física, de sua família e de seus bens”. Para isso, deverá requisitar justificadamente a segurança especial.

Mas se o juiz considerar que a situação revela-se emergencial, requisitará diretamente a proteção especial à polícia. E se o órgão de segurança se recusar, “incorrerá em infração disciplinar grave, ato de improbidade administrativa ou ilícito penal no caso de recusa, negligência ou sonegação dos meios necessários à efetivação das medidas requisitadas”.

Os Senhores juízes também poderão usar carteira funcional expedida pelo tribunal a que estiverem vinculados. A “carteira de juiz” terá força de documento legal e servirá como porte de arma de defesa pessoal e aquisição de munições, “independentemente de providências administrativas”. Mais do que nunca, apta para a famosa “carteirada”, ato que Deuses, e mesmo Semi-Deuses, aqui no Brasil, já costumam praticar com certa constância, e que se aprovado o texto praticarão, mais do que nunca com razão, sob o fundamento da expressão “em nome da fé”.

Os juízes inativos (aposentados) contarão com as mesmas prerrogativas dos ativos. O texto não esclarece se todas as prerrogativas do cargo são mantidas para os aposentados. Informa apenas que serão mantidas as que couberem.

Segue as prerrogativas da Loman e em sequencia, a lista de prerrogativas do novo estatuto. Aqui

 

Antes mesmo da aprovação do Novo Estatuto da Magistratura, a farra já começou em vários Estados

deus-juiz

por Ineida Maria De Almeida Godinho

“Aqui em Goiás, o auxílio-moradia de R$ 4.377,00, será dado a todos os juízes e desembargadores, inclusive aposentados, retroativos a cinco anos. Não se esqueçam de que eles já têm auxílio-livro de R$ 2.600,00. Ah, a propóstito, o Ministério Público vai receber também.

Para não cometer injustiças UM juiz de Goiás, Alan Sebastião de Sena Conceição, se recusou a receber esse auxílio-vergonha!”

Concordo com Ineida Godinho é um gaudério com o dinheiro do povo. É um madraço e sangria dos cofres públicos de cada Estado. Porque os auxílios e ajudas se tornaram uma mania dos pedintes de luxo.

A justa do Brasil é uma vergonha internacional. Perde para a de Honduras.

 

goiás