Nossa elite midiática tem autoridade moral de dirigente da Volks

por Gilmar Crestani

folha-ditadura

Só não sei se as peruas que a Folha emprestava para levar os corpos dilacerados para o Cemitério de Perus também eram da Volks. A prova de que a ditadura fez muito sucesso por aqui se mede pelo empenho da nossa imprensa em revelar porque todo preso da ditadura era estuprado. O estupro está para a ditadura como a fidelidade de Miriam Dutra está para FHC.

Se nossa imprensa participou ativamente para derrubar Jango, da mesma forma que atua agora para derrubar Dilma, também é verdade que atuou para legitimar a ditadura, com a qual se locupletou. As cinco irmãs (Folha, Estadão, Globo, Veja e RBS) se consolidaram com a ditadura. Por que iriam querer revelar os crimes dos seus parceiros? Nem seria justo esperar que o fizessem. Esperava-se, sim, que os que não se beneficiaram com a ditadura não fossem coniventes. Neste quesito o STF pisou no Boimate. Comprou tomate por bife…

Da mesma forma que o STF aceitou a lei com a qual os ditadores se auto anistiaram, também protegeram os crimes praticados posteriormente à referida lei, como o caso da bomba no Riocentro. No popular, não deu em nada. A Folha chegou ao cúmulo da desfaçatez ao dizer que não tivemos uma ditadura, mas uma ditabranda. Tem a mesma lógica do livro do Ali Kamel, “Não somos racistas”… Da mesma forma e pelas mesmas razões com que se livraram os criminosos da ditadura, também se livraram da justiça os criminosos da privataria tucana. Se quisermos entender melhor o que isso significa, basta que olhemos para nosso lado. Carlos Menem e Alberto Fujimori, parceiros de todas as horas do rei da privataria, foram presos, mas por aqui o responsável foi levado por Roberto Marinho e José Sarney para a Academia Brasileira de Letras. Na Argentina, Chile e Peru, os ditadores sofreram as consequências da lei. Muito diferente do que houve por aqui. Não culpo torturadores, porque tinham prazer com os estupros que praticavam, mas qual será o prazer dos assoCIAdos do Instituto Millenium em tergiversar sobre o assunto?!

Le Monde lembra aliança da VW com os militares

E ajuda a desmoralizar a Comissão da 1/2 Verdade

fusca volks VW

por Paulo Henrique Amorim

Essa foi a ilustração que o Monde deu à reportagem sobre a tortura a Bellantani.

O respeitado jornal francês Le Monde publicou reportagem sobre a ligação sinistra da Volkswagen brasileira com o regime militar.

O artigo sai no contexto da crise que envolve a Volkswagen americana, que fraudou os testes de poluição em carros movidos a diesel e vai ter pagar multas bilionárias, depois de envenenar milhares de pessoas, mundo afora!

O Monde lembra aqui a experiência do operário metalúrgico Lucio Antonio Bellantani, que, aos 28 anos, o serviço de segurança da própria Volkswagen entregou à polícia por discutir política e defender a democracia.

Bellantani foi torturado para denunciar outros colegas “agitadores”.

A certa altura das greves do Lula no ABC, diz o Monde, os militares receberam uma lista de 463 grevistas, entre eles, os da Volkswagen.

O depoimento de Bellantani foi recolhido pela Comissão da /1/2 Verdade brasileira.

O que o Monde não diz é que o Brasil se tornou o único pais latino-americano, vítima de um regime militar, que conseguiu desmoralizar uma Comissão de Verdade!

E quando foi se aprofundar nas relações das empresas – e bancos – com o regime militar, adotou a filosofia “sergio morinha”: “não vem ao caso”!
Vive le Brésil!

Ao Monde:

Mardi 22 septembre, divers syndicats ainsi que le Forum des travailleurs pour la vérité, la justice et la réparation ont réclamé l’ouverture d’une procédure d’enquête contre le groupe, accusé d’avoir collaboré aux persécutions et aux tortures lors de la dictature militaire (1964-1985).

Le Forum est une émanation d’un groupe de travail issu de la Commission nationale de la vérité (CNV), chargée depuis 2012 d’enquêter sur les violations des droits de l’homme pendant les années noires du pays.

Selon les documents collectés par le Forum, le groupe allemand, présent au Brésil depuis plus de soixante ans, aurait collaboré avec la police militaire, donnant sans gêne les noms de salariés potentiellement perturbateurs au service d’ordre de l’Etat. Charge ensuite aux policiers de les arrêter et de les torturer.

Lucio Antonio Bellantani, 71 ans, fut l’une des victimes de ce « nettoyage ». Son témoignage, rapporté par le site du magazine CartaCapital, est sans équivoque. En 1972, alors âgé de 28 ans, il fut livré aux policiers militaires par le propre service de sécurité de « Volks ».

Son crime? « Discuter politique avec d’autres collègues afin de les syndiquer et de lutter avec eux contre la dictature et pour la démocratie », raconte-t-il.

Cette audace lui a valu plus d’un mois de détention ponctué de séances de torture, l’obligeant à donner les noms de personnes liées au Parti communiste. Aujourd’hui, Lucio Antonio se bat pour que le pays accomplisse son devoir de mémoire, que l’on enseigne aux enfants cette période sombre du Brésil, afin que « jamais plus » l’histoire ne se répète, dit-il. Et de rêver à la construction d’un « mémorial », par le groupe.

Véritable institution au Brésil, Volkswagen, fabricant de la voiture populaire Fusca, nom local de la Coccinelle, est la première entreprise mise en cause. Elle ne sera sans doute pas la seule. « Nous avons collecté beaucoup d’éléments sur cette société, mais nous avons aussi des documents à même de prouver l’implication d’autres entreprises », indique Carolina Freitas, membre du Forum.

En 1980, lors de la grande grève de quarante et un jours – orchestrée par celui qui n’était encore qu’un syndicaliste chahuteur, Luiz Inacio Lula da Silva (président brésilien de 2003 à 2010) –, la police militaire aurait reçu les noms de 436 grévistes, de Volkswagen, mais aussi d’autres entreprises alentour paralysées par l’arrêt de travail. Contacté, le groupe allemand n’a pas donné suite à nos sollicitations.

Fernando Henrique sempre foi golpista

FHC

 

No momento que a Grécia respira liberdade, depois de uma eleição democrática domingo passado, e da Espanha ter realizado ontem, em Madri, uma marcha para mudar o governo nas urnas, Fernando Henrique prega o golpe à Honduras, pelo retorno de um regime militar. Ou de um civil títere dos militares da direita fascista.

elmundo. podemos

Muitos dizem que FHC está gagá. Acredito que não. Ele sempre foi golpista.

Informa 247: “Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso retoma, de forma sutil, sua pregação anti-Dilma; segundo ele, o sistema político brasileiro apodreceu e a punição relativa ao escândalo da Petrobras deve chegar aos ‘mais altos hierarcas’ da república; ‘No passado, seriam golpes militares. Não é o caso, não é desejável nem se veem sinais’, diz ele; ‘Resta, portanto, a Justiça [de Gilmar Mendes?]. Que ela leve adiante a purga; que não se ponham obstáculos insuperáveis ao juiz, aos procuradores, delegados ou à mídia. Que tenham a ousadia de chegar até aos mais altos hierarcas’ [Daniel Dantas que promoveu os leilões da telefonia?]; depois de José Serra afirmar que Dilma não completará seu mandato e Aécio Neves dizer que a Petrobras foi ‘destruída’, tucanos retomam a ofensiva [golpista]”

fhc_herois2

O sistema brasileiro apodreceu quando Fernando Henrique comprou o Congresso para duplicar seu governo de quatro para oito anos.

FHC realizou o governo mais corrupto da História do Brasil. Nomeou o genro para destruir a Petrobras, que foi fatiada, e fez cinco leilões fajutos dos nosso campos de gás e petróleo.

Comenta Maria Luiza Quaresma Tonelli: “Se Lula não tivesse vencido a primeira eleição e se estivéssemos sendo governados pelos tucanos o Brasil hoje seria uma Grécia. Falido. Agora vem esse lacaio dos EUA pregar, de forma subliminar, um golpe judicial.

Que Zeus nos proteja e não permita que Eduardo Cunha seja eleito presidente da Câmara dos Deputados”.

FHC sempre foi golpista. Desde abril de 1964. Está na lista dos que receberam dinheiro da CIA. É o Carlos Saúl Menem do Brasil. Safado todo. Acontece que Nenem está preso.

FHC permanece solto, porque no último mês do oitavo ano terminal do seu governo, sancionou uma lei de anistia para os seus crimes, o foro especial, a justiça secreta.

FHC, tendo José Serra como ministro do Planejamento, arquitetou e entregou as riquezas do Brasil, a água, o nióbio, o ouro, o petróleo, e 76 por cento das estatais, incluindo portos, aeroportos, ferrovias, telefonia, energia, centros espaciais, rodovias para pedágio, transformou o Brasil em uma Grécia, em uma Espanha, em um Portugal, e sonha que o Brasil vire uma republiqueta de banana como é a golpeada Honduras, o golpeado Paraguai.

Serra foi entreguista e corrupto como ministro do Planejamento e da Saúde, e como governador de São Paulo das propinas do metrô & outras & outras. Sua história de exilado é muito parecida com a de Fernando Henrique. Tanto que saiu do Chile para a Itália, sua outra pátria, no governo de Pinochet. E da Itália para os Estados Unidos onde gozou um privilegiado “exílio”.

Que se pode dizer de Aécio, que foi funcionário da ditadura, e transformou todo um Estado em um feudo familiar, que tomou posse das riquezas  das Minas Gerais?

A resposta veio dos mineiros que elegeram um petista governador.

 

nani2 FHC jaz

O escritor e poeta Fernando Monteiro define bem FHC: “Um super-safado macunaíma (sem graça) travestido de ‘scholar’ de boca mole

 

 

FUJIMORI. Mais oito anos de prisão por desviar verbas

O Peru não é o Brasil. Nem é a Argentina. Os dois países hermanos prenderam, julgaram e condenaram os ex-presidentes Carlos Menem e Alberto Fujimori.  Eles formavam, com Fernando Henrique, o trio da globalização na América do Sul.

Fernando Henrique conseguiu uma anistia para ele, aprovando, no último mês do oitavo ano terminal do seu governo, o foro especial, a justiça secreta de um Brasil com demasiadas leis de proteção à corrupção.

Alberto Fujimori, ao chegar ao tribunal. / ERNESTO BENAVIDES (AFP)
Alberto Fujimori, ao chegar ao tribunal. / ERNESTO BENAVIDES (AFP)

 

El País – Alberto Fujimori, presidente do Peru entre 1990 e 2000, ouviu na noite de quinta-feira a sexta sentença contra ele, enquanto cumpre já uma pena de 25 anos de prisão (por crimes de lesa humanidade e corrupção). A pena contra o político deve terminar em 2032, quando poderia deixar a casa com jardim, enfermaria e ateliê de pintura que ocupa cerca de 750 metros quadrados em uma base da Polícia Nacional na região leste de Lima.

No julgamento pelo caso da imprensa chicha, que começou em outubro de 2013, a Quarta Sala Penal Liquidadora considerou Fujimori culpado de ter desviado, entre 1998 e 2000, 43 milhões de dólares das Forças Armadas para a compra da linha editorial de tabloides, alguns deles criados como parte da campanha eleitoral presidencial de 2000. Esses jornais desprestigiavam os opositores de Fujimori com acusações de comunismo, homossexualidade e espionagem; o uso de cores fortes e de uma arte chamativa explica o adjetivochicha, um gênero musical surgido nos anos 1980.

Jornais foram pagos desprestigiavam os opositores de Fujimori com acusações falsas

O tribunal impôs uma pena de oito anos de prisão, três anos de desqualificação e o pagamento de uma reparação civil ao Estado por um milhão de dólares, porque encontrou provas de que Fujimori conhecia o desvio dos fundos das forças armadas “para fins alheios à defesa nacional e em proveito próprio”.

“O acusado agiu em sua condição de presidente, tinha a administração da fazenda pública e, ao dispor de fundos para um objetivo particular, a acusação contra ele é maior. Apropriou-se de fundos públicos para garantir sua continuidade no poder”, indica a sentença.

O ex-governante, de 76 anos, passou oito anos preso —depois de ser extraditado do Chile em 2007, onde ficou alguns meses detido— e deve permanecer mais 17 em reclusão.

Os filhos de Alberto Fujimori solicitaram em 2013 o indulto humanitário para sei pai, mas o presidente do Peru, Ollanta Humala, negou-se a conceder a petição, argumentando que Fujimori não tem “nenhuma doença terminal, nem grave, nem degenerativa” que justificasse o indulto.

 

peru

 

E quanto pesa a justiça brasileira?

desvio

Por que Marina é contra o PT?

 

AUTO_vasqs marina

Os Estados Unidos desistiram de investir em políticos desgastados como Serra, Alckmin, Fernando Henrique e Aécio. Preferem a evangélica Marina Silva, que pousa de  Madre Tereza de Calcutá.

Aliada de Eduardo Campos, Marina embarca no socialismo made in François Hollande, presidente da França, que foi candidato no lugar de  Dominique Strauss-Khan, diretor do FMI, que acusado de estuprar uma camareira nos Estados Unidos, e uma jornalista na França, teve que desistir da política.

Pratica Hollande um socialismo sem povo, do estado mínimo, do fim dos direitos conquistados dos trabalhadores. Um socialismo à Fernando Henrique, o nosso Carlos  Menem.

Este socialismo aprovado pelos Estados Unidos, obviamente, não é o socialismo bolivariano de Hugo Cháves.

O PT passou a ser um partido suspeito, não por adotar o chavismo, mas por Hugo Chaves incluir no seu ideário partidário os programas sociais do presidente Lula da Silva.

Foi Chávez que colocou o PT no eixo do mal, o PT que preferiu investir na candidatura de Dilma Rousseff, e renegar Heloísa Helena e Marina Silva, por motivos ainda não bem explicados.

charge-dilma

 

¿BRASIL EN EJE DEL MAL? 

 

por Raúl ZibechiLa Jornada

 

Las grandes crisis, como las marejadas, sacan a la superficie lo que permanecía oculto en los periodos de calma. Ante nuestros ojos está sucediendo algo similar en relación con la política exterior de Estados Unidos con la región sudamericana. Volver sobre el caso de espionaje sufrido por Brasil a manos de la NSA, develado por Edward Snowden, las causas y las reacciones que está provocando en el gobierno de Dilma Rousseff, puede contribuir a aclarar la coyuntura regional que atravesamos.La columna del contrarrevolucionario cubano Carlos Alberto Montaner en el Miami Herald del pasado 25 de septiembre está dedicada a las opiniones de un supuesto ex embajador de Estados Unidos. Más allá de que las citas sean reales o inventadas (siempre es necesario desconfiar de un agente de la CIA acusado de actos de terrorismo contra Cuba), parecen reflejar lo que piensa por lo menos una parte del establishment estadunidense y explica algunas razones por las cuales Brasil fue espiado.

Para Washington, dice Montaner, el gobierno brasileño no es exactamente amable, ya que los amigos de Luiz Inacio Lula da Silva, de Dilma Rousseff y el Partido de los Trabajadores son enemigos de Estados Unidos. Y a continuación cita el apoyo de Brasil a los gobiernos de Venezuela, Bolivia, Cuba, Irán y la Libia de Muammar Kadafi. Dos hechos considera el supuesto diplomático como graves: el alineamiento de Brasil en casi todos los conflictos con China y Rusia, y la inversión de mil millones de dólares en el desarrollo del superpuerto de Mariel.

El puerto de aguas profundas de Mariel, donde pueden operar los grandes barcos que atraviesan el Canal de Panamá, construido por Odebrecht con financiación del BNDES, se convertirá en uno de los principales centros comerciales para Centroamérica y el Caribe, en puerta de entrada de productos brasileños a Estados Unidos y bisagra comercial con Asia. La zona especial de desarrollo Mariel puede volverse un potente polo industrial capaz de atraer empresas brasileñas y ahora también multinacionales chinas automotrices, farmacéuticas, de equipos de climatización y de biotecnología ( Granma, 25 de septiembre de 2013).

La zona especial puede ser la locomotora económica de Cuba y contribuir a desbaratar el embargo contra la isla. Parece evidente que es una jugada estratégica compartida por Cuba, China y Brasil, que molesta profundamente al imperio.

Pero las consecuencias de las revelaciones de Snowden se hacen sentir en por lo menos dos aspectos. El 86 por ciento de los contenidos de Internet que circulan en la región sudamericana están alojados fuera, en particular en Estados Unidos. Cualquier usuario de Gmail, Hotmail y Yahoo, por ejemplo, aunque el emisor y el destinatario vivan en Sudamérica, sus datos pasan antes por los nodos estadunidenses, sobre todo por los instalados en Miami.

Esa realidad va a empezar a cambiar pronto. La iniciativa esta vez partió del Mercosur. El 17 de septiembre se realizó en Caracas la primera reunión de autoridades y expertos en seguridad informática y de las telecomunicaciones del Mercosur, a la que asistieron delegados de Argentina, Bolivia, Brasil, Uruguay y Venezuela. Entre las principales resoluciones aprobadas figura el establecimiento e interconexión, en el corto plazo, de centros de datos para el almacenamiento y la distribución de contenidos entre los países miembros, incluyendo el desarrollo y alojamiento de servicios propios.

El objetivo es hacer más seguras las comunicaciones y reducir la dependencia de la tecnología extranjera, garantizando la soberanía de los pueblos del Mercosur, considerando que actualmente el intercambio del tráfico de Internet entre los países de la región hace tránsito mayoritariamente por Estados Unidos.

Se están articulando varias iniciativas: la interconexión de una infraestructura de red de fibra óptica regional con las nacionales, proceso en marcha desde tiempo atrás (La Jornada, 2 de diciembre de 2011); la creación de nodos regionales y quizá nacionales, centros de datos en cada país, y una legislación que proteja la información. Uno de los cambios más notables será la creación de servicios de videoconferencias, chat ycomputación en la nube, entre otros, de carácter regional, en el que las diversas instituciones nacionales deberán colaborar.

Salvo en Uruguay, no existe en la región ningún sistema de e-mail público y gratuito, aunque Adinet (de la telefónica estatal Antel) no puede competir con las multinacionales ya que no ofrece los servicios más atractivos. El Servicio Federal de Procesamiento de Datos (Serpro) de Brasil desarrolló un correo electrónico para uso del Estado (expressomail) que cuenta con 700 mil usuarios. Ahora las diversas empresas nacionales podrán colaborar en el diseño de un sistema de correos por Internet que no pase por Miami ni por ningún nodo extrarregional para las comunicaciones en la región.

Si la estatal brasileña Correos desarrolla antes de fin de año un e-mail nacional seguro con todas las prestaciones que tienen Gmail y las otras, como decidió el gobierno, podrá compartirlo con los demás países del Mercosur y de la Unasur. En ese sentido, la reunión de Caracas debe considerarse como un punto de inflexión.

La segunda cuestión se relaciona con la compra de 36 cazas de quinta generación por parte del gobierno de Brasil, decisión aplazada desde hace 13 años cuando gobernaba Fernando Henrique Cardoso. En 2009, Lula anunció que se comprarían los Rafale de la francesa Dassault desechando los F-18 de Boeing. Meses atrás era casi segura la decisión de Dilma a favor de Boeing, pero ahora la compra se aplazó hasta 2015, después de las elecciones presidenciales ( Valor, 26 de septiembre de 2013). En dos años la opción puede ser bien distinta.

Las decisiones estratégicas que pueden modificar el tablero geopolítico se suceden con ritmo vertiginoso en la región. Nunca antes el rey estuvo tan desnudo como ahora. Nunca antes fue tan claro que no hay caminos intermedios, como los que pretendió transitar el gobierno brasileño.

 Chávez

Discursos que anticipan el estallido. Comunicación política en contextos neoliberales

por Rodrigo F. Miranda

 

La aplicación de las políticas neoliberales en distintas partes del mundo desde la década de los 70 hasta la actualidad en el Sur de Europa, han ido acompañadas de una fuerte estrategia comunicativa que manifiesta grandes similitudes.

 

indignados receita neoliberal

“La ideología neoliberal colma de tranquilidad a los más pudientes”

(Jean Ziegler)

Más allá de sus implicaciones sociales, políticas y económicas, la implementación del neoliberalismo tiene también connotaciones en el ámbito de la comunicación. Analizando algunas experiencias históricas del modelo, ¿cómo se configuran los discursos de los representantes públicos antes, durante y después de la puesta en marcha de estas políticas?

Desde finales de los años 70 distintos Gobiernos de democracias occidentales iniciaron la aventura neoliberal, tanto en países centrales como periféricos. La puesta en marcha del recetario (un paquete simple y homogéneo de medidas que no necesita adaptarse a los diferentes contextos a los que se aplicaba) supuso en todos los casos importantes esfuerzos de comunicación.

Un análisis de la comunicación política en contextos de neoliberalismo podría comenzarse unos años antes, en las dictaduras de Augusto Pinochet en Chile (1973) o la Junta Militar en Argentina (1976). No obstante, a estos gobiernos cívico-militares no les fue necesario utilizar el arte de la persuasión política para aplicar o justificar las medidas neoliberales: la sistematización de asesinatos, persecuciones, secuestros, torturas y demás formas de terrorismo de Estado impedían toda crítica a sus programas y hacían vano el uso de cualquier argumento.

Por lo tanto, se tomarán como punto de partida los Gobiernos de Margaret Thatcher Ronald Reagan a finales de los 70 y la década de los 80 en Inglaterra y Estados Unidos, continuando en algunos países de América Latina durante los años 90 y principios de 2000, y finalizando en la actualidad en el sur de Europa.

A partir del ensamblaje de algunas piezas clave de los discursosde los principales responsables políticos en estos distintos momentos históricos, se puede ilustrar cómo se modula y articula el discurso del poder en contextos neoliberales. Un esquema discursivo coherente, integrado por un puñado de ideas repetidas hasta el hartazgo. Relatos que, por su reiteración y simplificación, pueden alcanzar un fuerte grado de interiorización social, incorporándose al “sentido común”.

Medidas que no se anuncian: en campaña nadie es neoliberal

Dado que no existe un partido que públicamente asuma una ideología neoliberal (y seguramente nunca vaya a haber un “partido neoliberal” como tal), este modelo llegó a las democracias occidentales de la mano de partidos políticos de los más diversos colores ideológicos. Partidos de tradición conservadora o socialdemócrata,  formaciones de nueva creación, espacios históricamente vinculados al movimiento obrero y sindical o bien coaliciones de partidos [1].

Teniendo en cuenta que las recetas neoliberales han afectado y afectan necesariamente de forma negativa a amplias mayorías sociales, resultan impopulares. Un asunto que no pasa desapercibido para los expertos en marketing político y propaganda. ¿Quién sería capaz de incluir en su programa electoral medidas que van a perjudicar a la mayoría de la población?

En todos los casos, estos partidos llegaron al poder con los países en situación de crisis financiera, desempleo, deuda pública o inflación elevados, y por ende con un grado de descontento social. Las promesas electorales durante las campañas se centraron en ofrecer soluciones a estos escenarios, omitiendo la concreción de cómo se llegaría a éstas [2]. Ninguno de los entonces candidatos habló de recortes de inversión pública, de abandono de la tutela social del Estado, de privatizaciones de bienes y servicios públicos, de reducción de puestos de trabajo y achicamiento del Estado o de mercantilización de derechos sociales.

De esta forma, con propuestas abstractas, una fuerte inversión publicitaria y valiéndose de los errores de sus predecesores, ThatcherReaganMenemFujimoriSánchez de LozadaRajoy o Samarás, entre otros, se alzaron con el poder del Estado.  Recién en ese momento, las buenas intenciones y la abstracción de los programas dieron paso a la aplicación del recetario neoliberal.

Empezando a mostrar las cartas: “no hay alternativa”

Fue Margaret Thatcher quién inmortalizara en 1979 la frase “no hay alternativa”, en relación a que el neoliberalismo era la única opción posible, dadas las circunstancias sociales y económicas por las que atravesaba Gran Bretaña en ese momento. Una frase tantas veces repetida por la Dama de Hierro que desde entonces comenzó a utilizarse como sigla, TINA (“There Is No Alternative”).

En el inicio de la puesta en marcha de un programa neoliberal, esta consigna es una de las claves en la comunicación política. El presidente del Gobierno español decía en 2012 que “el Gobierno ha tenido que hacer cosas que no le gusta hacer para salir de la grave situación en la que se encuentra”. Dicho de otra forma, “ya nos gustaría poder hacer otra cosa, pero con la herencia que hemos recibido, no tenemos otra alternativa que hacer esto”.

El argumento que justifica el ajuste estructural del Estado es la necesidad de reducción del déficit público, ocultando la fuerte transferencia de riqueza desde el sector público hacia el privado concentrado. Siguiendo con el mandatario español, “corregir el déficit es una obligación y algo imprescindible para España”, o”recortar (…) es imprescindible porque en este momento no hay dinero para atender a los servicios públicos”.

En este punto, y para apoyar esta idea, suelen usarse sobre-simplificadas explicaciones del funcionamiento económico. Margaret Thatcher aclaraba décadas atrás “esta verdad fundamental: el Estado no tiene más dinero que el dinero que las personas ganan por sí mismas y para sí mismas. Si el Estado quiere gastar más dinero, sólo puede hacerlo endeudando tus ahorros o aumentando tus impuestos. No es correcto pensar que alguien lo pagará. Ese «alguien»eres «tú». No hay «dinero público», sólo hay «dinero de los contribuyentes»”.

Otros ejemplos de lo mismo: un referente del neoliberalismo en Argentina, Domingo Cavallo [3], mientras anunciaba como Ministro de Economía en 2001 el enésimo ajuste del gasto público, afirmaba que “hay que ir a déficit cero y dejar de vivir de prestado”. También Rajoy arrojaba luz sobre esta cuestión en 2012 asegurando que “lo que no se puede gastar es lo que un país no tiene”.

Como puede verse, resulta curioso que la comunicación de la economía neoliberal, según sea conveniente, puede apoyarse en modelos inteligibles sólo para un selecto grupo de “expertos” (ocultación) o, por el contrario, puede ser tan simplista como las afirmaciones anteriores (reduccionismo). “La teoría económica convencional acostumbra a practicar, no se sabe muy bien si a partes iguales, la ocultación y el reduccionismo desvirtuando el carácter y la percepción de la economía” (Martinez González-Tablas & Álvarez Cantalapiedra, 2013).

Además de querer minimizar la pérdida inexorable de apoyo popular, la idea de la inexistencia de alternativas al neoliberalismo también tiene como trasfondo un intento de des-ideologizar el modelo, queriendo instalarlo en la opinión pública como si fuera una cuestión referente a las ciencias puras. “No nos gusta lo que estamos haciendo (no elegimos, no es ideología), pero no tenemos opción (es una decisión científica)”.

Además de su inevitabilidad y su carácter científico, existen otras cartas de presentación del modelo. La primera, como una “modernización” de las instituciones democráticas y el aparato productivo. Cavalloafirmaba que “vivimos una época de modernización de todo el aparato productivo después de que Argentina había quedado rezagada en todos los sectores”. La segunda, que existe una suerte de consenso global sobre la adopción de este tipo de medidas. “Hay que recuperar la confianza de los mercados” o “hay que estar insertado en el mundo” son frases utilizadas repetidas veces por la primera línea del Partido Popular español.

Ya puesto en marcha el recetario neoliberal, parte de la sociedad, el periodismo y la oposición parlamentaria exige a los Gobiernos explicaciones por la incoherencia entre las propuestas plasmadas durante la campaña electoral y las medidas de política real que se implementan.

En este punto, se pueden ver dos estilos diferenciados de un particular mea culpa. Uno más pragmático:Mariano Rajoy afirmaba en 2013 que “quién me ha impedido cumplir mi programa es la realidad” o “dije que bajaría los impuestos y los estoy subiendo (…) han cambiado las circunstancias y tengo que adaptarme a ellas”. Otro estilo, impunemente “sincericida”: el ex presidente Carlos Menen declaraba meses después de comenzar su andadura neoliberal en la Argentina que “si yo hubiera dicho lo que iba a hacer, nadie me hubiera votado”.

Primeros impactos: “Estamos mal, pero vamos bien”

Cuando los impactos de las medidas neoliberales, en lugar de atenuar la situación de dificultad e insatisfacción que sufrían distintos sectores sociales antes de su puesta en marcha, evidencian un rápido empeoramiento de sus condiciones de vida, un retroceso de sus derechos sociales y un aumento del descontento social, la retórica de los representantes políticos y portavoces del poder debe dar un nuevo giro.

Cuando las cosas empeoran para la mayoría, se intenta transmitir el hallazgo de “brotes verdes”, de una ilusoria “luz al final del túnel”. La idea es que los “sacrificios” que viene haciendo el grueso de la ciudadanía bajo el yugo del libre mercado y sin tutela del Estado están empezando a dar sus frutos. Aunque éstos todavía no sean visibles para los sacrificados por el modelo.

En un discurso en 1996, Menem sentenciaba que “estamos mal, pero vamos bien”. En la misma dirección, Rajoy afirmaba en 2013 que “aún no podemos decir que España va bien, pero va mejor y el rumbo marcado es el correcto”. Este intento por vender esperanza e ilusión a sus votantes tiene como fin seguir pidiéndoles “sacrificios”.

Otra línea argumental consiste en incidir en que las decisiones que adopta el Gobierno son responsabilidad deotros actores o circunstancias.Principalmente, los resultados de las políticas de sus predecesores: afirmaba Mariano Rajoy, con el país plagado de protestas y movilizaciones como consecuencia de las medidas de su Gobierno, que “el PSOE carga con una culpa histórica. Hay que decirlo alto y claro”. Thatcher decía que “curar la enfermedadde Gran Bretañacon el socialismo es como intentar curar la leucemia con sanguijuelas”. Y Menem, incluso hasta el último año de su década de mandato, no desistía en señalar “la pesada herencia” dejada por su antecesor.

La culpa de la política y de lo público

El debilitamiento y la denostación de la política y lo público son condiciones sine qua non para la implementación del modelo neoliberal.

Desacreditar a la política como un instrumento de transformación a disposición de las mayorías promueve la desafección y, de esta manera, facilita que ésta pase a ser de dominio del poder económico concentrado. Ronald Reagan dejaba a las claras su visión sobre la política. “Se supone que la política es la segunda profesión más antigua de la Tierra. He llegado a la conclusión de que guarda una gran semejanza con la primera”.

Igualmente prostituido debe quedar lo público. Un ex ministro menemista, Roberto José Dromi, en referencia a las políticas de privatizaciones del Gobierno, afirmaba: “nada de lo que deba ser estatal permanecerá en manos del Estado”. No es un dato menor que Dromi en ese momento fuera Ministro de Obras y Servicios Públicos del Estado nacional argentino.

Si la política y lo público son partes del problema, las soluciones deben pasar por lo individual.En palabras de Margaret Thatcher “Están situando el problema en la sociedad. Y «la sociedad»no existe. Hay hombre y mujeres individuales, y también hay familias. Ningún gobierno puede hacer nada excepto a través de cada persona, y las personas necesitan mirar por sí mismas en primer lugar. Es nuestra obligación mirar por nosotros mismos, y después por nuestro vecino”.

Discursos que anticipan el estallido

Cambian los momentos históricos, los contextos mundiales, los territorios y los Estados-nación, las condiciones materiales de subsistencia de los pueblos, los nombres o las tendencias ideológicas de los partidos políticos. Pero en los casos analizados hay al menos tres cosas que no se alteran: las recetas en política económica, sus impactos sociales y los conceptos subyacentes al discurso de quienes, desde las instituciones políticas, deben implementarlas y legitimarlas.

Discursos que niegan lo que van a hacer, lo que hacen, y también las consecuencias de lo que hacen. Discursos que buscan responsables fuera, desacreditan a la política, injurian lo público y tiñen decisiones ideológicas de científicas. ¿Lo hacen por pragmatismo de realpolitik o por vergüenza ideológica?

Más allá de las palabras, parece evidente que los gobiernos neoliberales hacen lo que quieren hacer y saben lo que ello implica. Quieren instalar un nuevo “contrato social” que busque la legitimación de otro régimen de propiedad, con clases dominantes mucho más dominantes, un desmantelamiento y privatización del Estado, y la primacía de la competencia y la lógica mercantil en una sociedad  individualista, insolidaria y descohesionada.

Dado que este sistema político y económico profundiza la desigualdad y la injusticia social, empobrece y expulsa a grandes mayorías, estos gobernantes,condenadosa recoger el apoyo popular, necesitan un relato fuerte para poder implementar la versión más voraz que ha conocido el capitalismo en su historia.

Más allá de las palabras, los gobiernos neoliberales han dejado o están dejando los mismos legados económicos, sociales y políticos. Los discursos analizados anticipan el estallido de una crisis social que se va gestando durante todo el tiempo que duran estas medidas. Más allá de que se repita incesantemente la idea de que “no hay alternativa”, en última instancia, y como dijera José Saramago: “la alternativa al neoliberalismo se llama conciencia”.

Kike Estrada
Kike Estrada

 

Notas:

[1] Por ejemplo, Margaret Thatcher llegó al Gobierno desde el Partido Conservador, Ronald Reagan desde el Partido Republicano o Mariano Rajoy desde el Partido Popular. Por su parte, Alberto Fujimori ganó las elecciones generales peruanas con formaciones nuevas, como Cambio 90 y Nueva Mayoría; Carlos Menen se alzó con el poder desde el Partido Justicialista, Fernando De la Rúa fue electo presidente argentino con la Alianza, y Antonis Samarás fue nombrado Primer ministro griego con Nueva Democracia en coalición con PASOK y DIMAR.

[2] Algunoseslóganes de estas campañas coincidieron en sus ideas abstractas. “Amanece en América” o “América ha vuelto” (Ronald Reagan, EEUU);  “Revolución productiva y salariazo” (Menem, Argentina); “El laborismo no funciona” (Thatcher, Inglaterra);  “Perú, país con futuro”(Fujimori, Perú); “Súmate el cambio” (Rajoy, España).

[3] Cavallo fue presidente del Banco Central durante la Dictadura Militar argentina (1981), Ministro de Economía durante la presidencia de Carlos Menem (1991-1996) y también durante la de Fernando De la Rúa (2001).  

 

Bibliografía citada:
Martínez González-Tablas, A. & Álvarez Cantalapiedra, S. (2013). “Aportaciones para una representación compleja y abierta del sistema económico capitalista”. Revista de Economía Crítica n. 15.

Argentina contra os “fundos abutres”

 

A Argentina é alvo de vários fundos usurários, entre eles o mais conhecido é NML Capital, filial de Elliott Management, registrado nas Ilhas Cayman. Após ter embargado uma fragata argentina em Gana, esses fundos de investimentos especulativos acabam de ganhar o processo ante um tribunal novayorquino que condenou a Argentina a pagar-lhe a totalidade de sua dívida, apesar de grande parte da mesma ser ilegítima.

NML Capital aproveitou-se do caos do início de 2000, quando 20 milhões de argentinos viviam abaixo da linha de pobreza, para estabelecer a estratégia emblemática dos fundos usurários: em primeiro lugar, comprou com um grande desconto bônus emitidos em 1994 (Bônus Globais), considerados incorporáveis, com a expressa intenção de especular; recusando-se, posteriormente, a participar das permutas de bônus em 2005 e 2010. Finalmente, demandou ao Estado ante diversas jurisdições, particularmente protetoras dos direitos dos credores, para forçá-la a reembolsar a dívida aos 100% mais os juros, multas e diversos gastos com processos judiciais.

Mas, esta não é a primeira tentativa de NML Capital. Em 1999, obteve, através de uma sentença do Tribunal de Apelação de Nova York, o pagamento por parte do peru de 58 milhões de dólares por uma dívida que o fundo havia comprado por somente 11 milhões de dólares.

Essa última sentença contra a Argentina é uma nova prova de que a estratégia imoral dos fundos usurários funciona ante os tribunais, salvo que, desta vez, o governo argentino se nega a pagar.

CADTM apoia esta decisão soberana da Argentina de não reembolsar ao NML Capital e a anima a enfrentar os demais credores dos quais também são parte os Estados membros do Clube de Paris.

De fato, uma grande parte da dívida argentina é ilegítima. Em uma célebre sentença (a “Sentença Olmos”), de 13 de julho de 2000, a Corte Suprema Argentina declarava a nulidade dessa dívida, que inchou durante a ditadura (1976-1983) e continuou seu crescimento durante os governos civis de Raúl Alfonsín e Carlos Menem. A justiça argentina havia feito o censo de pelo menos 477 delitos na formação da dívida(1). A Argentina estaria, portanto, em direito de repudiar toda essa dívida ilegítima.

Para proteger-se dos ataques judiciais de seus credores e recuperar sua soberania, o CADTM anima a Argentina a retirar-se imediatamente do Tribunal do Banco Mundial: o Ciadi (Centro Internacional de Ajuste de Diferenças Relativas a Investimentos). De fato, esse tribunal parcial, que não considera os direitos humanos, é a ferramenta jurídica preferida dos “investidores” privados contra os Estados. A Argentina é o país com mais julgamentos ante o Ciadi, com 51 demandas contra ela. Esse tribunal a condenou a pagar 912 milhões de dólares, o que equivale aos salários anuais de 75.000 médicos no hospital público. Os processos em curso poderiam fazer com que o país perdesse 20 bilhões de dólares; ou seja, seis vezes o orçamento de saúde e 3 vezes o de educação.

Recusar submeter-se aos tribunais estrangeiros, como o do Banco Mundial, cujas decisões vão contra os direitos humanos e da soberania dos povos, é completamente possível. É uma questão de vontade política. A Bolívia, o Equador e, recentemente, a Venezuela, têm demonstrado isso, retirando-se do Ciadi. (Agência Adital)

Nota:
1) Texto completo da Sentença Olmos (em espanhol).

 

O PETRÓLEO ERA DOS BRASILEIROS. DEIXOU DE SER COM O ENTREGUISMO DE FERNANDO HENRIQUE

1953 – O Petróleo é nosso!

por Lucyanne Mano

Rio de Janeiro, 03 de outubro de 1953. Acervo CPDoc JB
“O Congresso acaba
de consubstanciar em lei o plano governamental
para a exploração do nosso petróleo.
A Petrobras assegurará não só
o desenvolvimento da indústria petrolífera nacional,
como contribuirá decisivamente
para limitar a evasão de nossas divisas.
Constituida com capital, técnica
e trabalho exclusivamente brasileiros,
a Petrobras resulta de uma firme política nacionalista
no terreno econômico,
já consagrada por outros arrojados empreendimentos
cuja visibilidade sempre confiei”.

Getúlio Vargas

Durante uma cerimônia realizada no Palácio do Catete, o Presidente Getúlio Vargas sancionou a Lei nº 2.004, implantando o plano governamental para a exploração do petróleo brasileiro.

Jornal do Brasil: Sexta-feira, 04 de outubro de 1953 - página 6

Entre suas disposições, a lei estabeleceu a autorização da constituição da Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, como empresa estatal de petróleo, e garantiu o monopólio total da sua extração e parcial do seu refino.

“É portanto, com satisfação e orgulho patriótico que hoje sancionei o texto da lei aprovada pelo Poder Legislativo e que constitui novo marco da nossa independência econômica”.
Getúlio Vargas

Para conhecer a Lei nº 2004 na íntegra, acesse aqui!

Homens trabalhando na extração de petróleo. Acervo CPDoc JB
A conquista
A Lei nº 2.004 foi uma vitória dos nacionalistas que, em virtude da condição comercial estratégica do petróleo, travaram uma acirrada disputa pelo controle de sua exploração contra frentes que defendiam os interesses privatistas e, em conseqüência, a abertura do mercado brasileiro ao capital estrangeiro.Era o fim de uma batalha parlamentar de 23 meses. Começava uma nova era para o desenvolvimento econômico do país.

Nota do editor deste blogue:
O petróleo era nosso. Era. Nem os ditadores militares – Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel, Figueiredo – ousaram tanto. Fernando Henrique fatiou a Petrobras para os corsários.
A Lei nacionalista nº 2.004 foi revogada pela Lei privatista e submissa nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, assinada por Fernando Henrique, o  Carlos Menen brasileiro.
A quarta maior empresa petrolífera do mundo, a Petrobras deixou de ser estatal. Virou uma empresa de Soros e outros especuladores.
FHC realizou cinco leilões dos nossos poços de petróleo e gás. Lula da Silva continuou com a entrega. Promoveu seis rodadas.
Desde 1980, o governo não inaugura nenhuma refinaria no Brasil.  A de Pernambuco, com dinheiro inicial de Hugo Chávez, continua enterrada. Típica caveira de burro.
O Brasil exporta petróleo e importa gasolina e gás. Os preços para o povo sobem, para aumentar os lucros das empresas estrangeiras.
O Brasil construiu refinarias no Japão, Estados Unidos, Argentina, Bolívia, Equador, Irão e outros países, inclusive na África. Mas os novos donos da Petrobras e do pré-sal proibiram a construção de refinarias no Brasil.

Quedan cuentas por pagar en América Latina

Petróleo era nosso
Petróleo era nosso

Hablábamos de las incursiones del capital español en América Latina, en medio de la vorágine de las privatizaciones. Borell las justificaba. ¿Por qué no, si las empresas estaban en venta? Algo de razón tenía. Pero, desde la perspectiva latinoamericana, ¿qué sentido tenía aquello, qué beneficio nos podía traer deshacernos de los ahorros públicos, sobre todo la s inversiones más rentables, las estratégicas, entregar los negocios a las transnacionales, como si noso tros no pudiéramos desarrollarlo s, como si no nos conviniera mante ner el negocio en nuestra manos?

Pero nada de eso parecía posible. Como si volaran en aire enrarecido, las ideas nacionalistas perdían sustento; por el contrario, la voracidad de las transnacionales se sostenía en los argumentos de una necesaria globalización que parecía dejarnos sin alternativa.

De eso hablamos aquella tarde con Borell. Recuerdo con precisión el final del diálogo. Si las transnacionales españolas se iban a adueñar de esos recursos, si se iban a aprovechar de los precios de liquidación, algún día iban a tener que pagar la cuenta. Se lo di je. Borell me contestó que ya la había n pagado. Recuerdo que me quedó la duda, que no me quedó claro a qué se refería exactamente. En todo caso, le dije, me parece que todavía quedan cuentas que pagar.

Precio de liquidación

Todo esto me viene a la memoria hoy, cuando la presidente argentina , Cristina Fernández, se lo cobra a Brufau , el presidente de Repsol .

Fernández declaró de utilidad pública y sujeto a expropiación el 51% del patrimonio de Yacimientos Petrolíferos Fiscales ( YPF ) , controlada por la española Repsol desde hace más de una década. “La decisión de llevar adelante el proyecto que declara de interés público la explotación de hidroca rburos y la expropiación del 51% de YPF está vinculada con un tema estratégico para la Argentina”, afirmó.

YPF era una empresa emblemática, uno de los pilares de la nación. Tenía sentido. Manejaba recursos estratégicos: el petróleo y el gas. En México, también Pemex era un pilar de la construcción de lo nacional. Los mismo en Brasil, con Petrobrás.

Estas empresas eran fundamentales para las políticas de desarrollo, instrumentos clave de las políticas económicas y el desarrollo tecnológico, fuentes de enormes recursos financieros para el país.

Pero, en determinado momento, todo esto cambió y el Carlos Menem, que la s había defendido contra el intento de vaciarlas, a principios de los 80, se encargó de liquidarla s cuando as u mió el poder, en 1989. “El petróleo y el gas ya no eran más recursos naturales estratégicos, sino que, a causa de la “globalización”, del “fin de los Estados-nación (sic)”, etc., etc., eran bienes transables, commodities , con un comportamiento en el mercado igual que el maíz, el café, la soja, el azúcar ”.

Consumada la privatización, recuerda el artículo de “Sin permiso” , “ la nómina de personal de YPF pasó de 37.000 a 5.500 trabajadores. Numerosas actividades fueron o tercerizadas o desguazadas ” . De la flota petrolera de YPF , varias naves “fueron ven didas entre los amigos, sin registros contables; y a muchas se las puede hoy ver abandonadas en cementerios flotantes sobre el río Paraná ” .

Minas de oro

YPF representa algo más del 50% de la producción total de hidrocarburos de Repsol y alrededor del 40% de sus reservas. El año pasado cerró con un beneficio de explotación de 1.231 millones de euros, lo que representó el 25% del total de lo obtenido por la empresa española .

No es la única, por supuesto, que ha hecho de América Latina su filón más rico. El Banco Santander, pese a que el año pasado vio caer un 36% sus beneficios en comparación con el año anterior, logró en América Latina más de la mitad de esos ingresos, principalmente en Brasil que, con un 28% casi se equipara con lo obtenido en toda Europa continental (31%).

Telefónica también se entusiasma con sus perspectivas latinoamericanas. “Es la hora de Latinoamérica”, dijo, la semana pasada, el presidente de la empresa en la región, José María Álvarez Pallete. Pallete recordó que “ Telefónica tiene una cuota en el negocio global latinoamericano del 29% ” y aseguró que “ la operadora está en disposición de captar nuevas opor tunidades en todos los negocios”. Un anuncio que coincidió con otros dos: el de un plan de incentivos de 450 millones de euros para sus directivos y la reducción de un 20% de la plantilla en España, lo que representaba algo más de 5.500 empleados.

Reacción airada

Pero las cosas han cambiado mucho desde aquellos años de la liquidación de los activos públicos latinoamericanos, de los Menem o los Fernando Henrique Cardoso. Hasta el diario “El País”, tan conservador cuando habla de América Latina, reconocía que la región “ ha hablado con una libertad y una convicción de fuerza desusadas”, refiriéndose a la Cumbre de las Américas celebrada recientemente en Colombia.