Alckmin troca votos para Aécio por baldes de água

Falta d’’água se espalha e atinge residências em toda SP

 

água fila

Revista Exame/ Estado de S. Paulo: A falta d’’água que virou queixa frequente de moradores e comerciantes de bairros em pontos mais altos da capital se espalhou e, agora, atinge residências por toda a cidade. A crise hídrica está afetando até o Parque do Ibirapuera, na zona sul, que ficou sem água nos bebedouros.

Desde o último fim de semana, moradores de Perdizes e Pompeia, na zona oeste, da Aclimação, Cambuci, Consolação e Pacaembu, na região central, Limão e Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte, e Vila Guarani e Jardim Ângela, na zona sul, ficaram com as torneiras vazias à noite e até durante o dia pela primeira vez.

Foi o que aconteceu nesta terça-feira, 14, com o empresário Celso Cury, de 37 anos, dono do restaurante árabe Casa Cury, em Perdizes. Por volta do meio-dia, ele se viu diante de um relógio de água que girava, mas o líquido não saía.

“Se isso continuar acontecendo, vamos ter de mudar o cardápio e servir só os sanduíches. Assim, não vou precisar usar tantas panelas”, diz Cury. Outro plano do empresário, caso a crise se agrave, é antecipar as férias dos funcionários.

Os paulistanos que foram aproveitar o calor no Parque do Ibirapuera encontraram os bebedouros do local secos durante o dia de ontem. Procurada, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente confirmou o problema.

A AMA Vila Palmares, na zona norte, teve de ser socorrida por caminhões-pipa para não fechar as portas. Segunda a Secretaria Municipal de Saúde, a unidade ficou sem água na segunda-feira e ontem.

Na segunda, as torneiras secaram às 15 horas na Rua Augusta, na região central da capital. “A água só voltou de madrugada e hoje está fraca. Tenho medo que falte de novo, porque temos movimento 24 horas por dia aqui, conta o gerente do BH Lanches, Evandir Barbosa de Lima, de 57 anos.

Seca. No último sábado, das 7 horas às 20h30, a água não chegou ao salão de cabeleireiro onde trabalha Danilo Vicente José, de 31 anos, localizado na Rua Reims, no Limão, zona norte. “Faltou água durante o dia inteiro, da hora que abrimos até quando fechamos o salão.”

Ficar sem água durante a noite já era uma realidade para Andrea Gattoni, de 47 anos, proprietária do Hostel Traipu, no Pacaembu, na região central. Mas, desde anteontem, a água tem voltado com menor pressão e está prejudicando o funcionamento dos banheiros do local. “Temos dez banheiros, mas só estamos usando um. A pressão da água está prejudicando as válvulas (dos sanitários).”

 

Situação é pior do que o admitido

 

O número de pessoas sem água já triplicou
O número de pessoas sem água já triplicou

 

Fernando Brito: É estarrecedor que uma empresa pública, com um corpo profissional ao qual não faltam qualidades técnicas, esteja fazendo o que faz a Sabesp em São Paulo.

Sua presidente, a D. Dilma Pena, serrista de quatro costados, admitiu hoje na CPI da Água que era “mentirinha” a declaração do governador – às vésperas da eleição – de que havia água suficiente para atravessar o verão e que a água acaba em “meados de novembro”. 

Eros José Alonso, Faculdade Cásper Líbero: Tem otário para tudo nesse mundo. Tirar a água do Paraíba porque se o Estado tem águas internas como a Rio Paranapanema? O problema é que obras que deveriam ter sido feitas há 10 anos não foram e o dinheiro que era para as obras foi transformado em 7 bilhões de lucros na ações da Bolsa de NY onde valorizaram 612% em 10 anos. Essa é a cara real da PPP, o empresário fica com o lucro, o governo com as despesas e o povo com as consequências. Administração Temerária em Empresa Pública de profundo interesse social, de segurança pública e de saúde pública, sem falar no bem estar social. É o que o setor privado administrando o interesse público. É caso de Estatização da Sabesp sim.

Reinaldo Nunes: O prejuízo não fica com o governo fica com o contribuinte. Água é bem de necessidade vital e estratégica para qualquer povo. Exige do estado planejamento e altos investimentos para a ampliação do sistema. Então a Cia. de Águas de qualquer Estado tem que ter por foco a sua população, com tarifas justas. Assim, repassar lucros para “acionistas” é trair a população.

Lenyra Rique da Silva, UFPB: E este Alckmin foi eleito pelo povo sedento de S. Paulo. Se deixou enganar, que era por falta de chuva. Sei que Padilha denunciou muitas vezes o problema, e o governador reeleito com mais de cinquenta por cento dos votos enganou como quis. Pergunto: o paulista sabe votar? Tomara que acorde para o segundo turno. O candidato do governador, que mentiu demais sobre a falta d’água, Aécio, mente mais do que o Alckmin.

“Quero lançar o desafio da torneira ao governador”, disse Padilha

 

água população cantareira

Na campanha para governador, Padilha lançou um desafio a Alckmin: “Eu faço o desafio da torneira ao governador. Temos até o dia 5 de outubro para irmos à periferia, abrir a torneira das casas dos moradores de bairros de São Paulo, da cidade de Guarulhos ou de Campinas, e ver se sai água, como ele diz”, destacou.

Padilha fez o comentário no dia seguinte ao debate com os candidatos, realizado pela Rede Globo, em que o governador foi questionado a respeito por diversas vezes sobre a crise hídrica vivida pelo Estado de São Paulo. “O governador teve a desfaçatez de falar na frente da câmera, para a casa dos paulistas, que não falta água no Estado, ressaltou Padilha.

O candidato também explicou: “Eleito governador, o lucro da Sabesp não vai para acionistas da Bolsa de Nova York. Vamos reverter esses recursos em obras que precisam sair do papel. E também reduzir impostos, de forma que empresários, administradores de condomínios e produtores agrícolas sejam estimulados a fazer o reuso da água”. Padilha também reforçou que vai realizar obras para reduzir as perdas de água, já que atualmente perde-se “uma Guarapiranga inteira por ano” pela tubulação da Sabesp, que é antiga e sem manutenção.

O candidato também ressaltou: “Vou aprofundar a discussão sobre corrupção com o atual governador. Vou mostrar os instrumentos que o governo federal e o governo do prefeito Fernando Haddad criaram para combater a corrupção, enquanto Alckmin conviveu por 15 anos com esquema de corrupção no trem. Esse é o principal motivo para o Metrô não ter chegado ao Jardim Ângela, nem a Parelheiros e sequer ter sido planejado para chegar até o Jardim Colônia”. E completou: “Tenho sede não só de água, mas de debate”.

 

 Miguel Villalba Sánchez
Miguel Villalba Sánchez
Reservatório do Sistema Cantareira em Bragança Paulista. Foto: Luis Moura
Reservatório do Sistema Cantareira em Bragança Paulista.
Foto: Luis Moura

PSB perde rumo e enterra princípios, diz neta de Arraes

Marília Arraes

 

A vereadora recifense Marília Arraes (PSB) conta que escutou seu avô criticar debandadas de grupos de esquerda para a direita, como agora está acontecendo com o PSB. “A meu ver, o PSB está perdendo o rumo e enterrando os seus princípios.

Escutei Miguel Arraes se referir, algumas vezes, a situações parecidas como ‘o caminho da perdição’.” Marília subiu o tom das críticas e afirmou que dirigentes querem transformar o “S” da sigla em apenas uma letra. O “S” em questão, significa: Socialismo.

Prima de Eduardo Campos, a vereadora em Recife era contra o lançamento de Eduardo à Presidência da República e apoiou as candidaturas do PT no estado. Na última quarta-feira (8), quando o PSB decidiu apoiar a candidatura do tucano Aécio Neves, Marília questionou como uma legenda de esquerda, que teve entre seus quadros Antonio Houaiss, João Mangabeira e Miguel Arraes, pode se unir ao PSDB.

Para ela, o partido de Aécio é ligado aos interesses conservadores da parcela mais privilegiada da população: “Como é possível aliar-se a um partido de direita, que sempre combatemos e que não representa em nada os nossos ideais progressistas e socialistas? Como é possível ignorar todos os avanços sociais do projeto político conduzido por Lula e por Dilma?”

A “nova política” também foi alvo de Marília durante as eleições, por achar um conceito que leva ao descomprometimento. “Acredito que em política a gente tem que ter lado”, dizia ela durante o primeiro turno.

O “chega de PT” e o vice terrorista do doutor Aécio da Cunha

No segundo turno, um plebiscito

por Elio Gaspari

 

‘Chega de PT’, ou ‘Mais PT’, essa será a escolha que o eleitorado fará daqui a três semanas

[Eleição (*) não é plebiscito (**) nem referendo. 

O sub-título, além de faccioso, expõe o voto de Elio Gaspari. Um jornalista, independente escreve o certo, baseado na contagem dos votos das urnas de Minas Gerais:

‘Chega de PSDB’. Nuca ‘mais PSDB’]

A doutora Dilma vai para o segundo turno sem uma plataforma clara.

[Dilma lançar um plano de governo seria admitir que governa sem nenhum. Ora, cara pálida, o plano de governo de Dilma começou a ser executado no dia 1 de janeiro de 2011]

Em junho, durante a convenção do PT para anunciar um “Plano de Transformação Nacional”, no qual, além de generalidades, ela prometeu uma reforma dos entraves burocráticos e um projeto de universalização do acesso à banda larga. Como? Não explicou. No seu lugar, entraram autolouvações e manobras satanizadoras contra os adversários. Delas, a mais mistificadora é aquela que confunde os oito anos de Fernando Henrique Cardoso com uma ruína econômica e social. Foi o período de esplendor da privataria, época em que um hierarca do Ministério do Trabalho dizia que o aumento do número de brasileiros sem carteira assinada era uma boa notícia, mas deve-se ao tucanato algo muito maior: o restabelecimento do valor da moeda. Sem isso, Lula, Dilma e o PT não teriam conseguido quaisquer avanços sociais. Por questão de justiça, reconheça-se que o DNA demofóbico de parte do tucanato seria um obstáculo para que fizesse o que Lula fez.

[Elio Gaspari parece Marina Silva. Denúncias contra o PSDB e Fernando Henrique são  “manobras satanizadoras”. O diabo é que FHC rasgou a CLT, e terceirizou os empregos públicos e privados.

Elio Gaspari para contrariar Itamar Franco, o verdadeiro criador, chama Fernando Henrique de pai do Plano Real]

 

 

A ideia segundo a qual o PT precisa continuar no poder porque no poder deve continuar é pobre e pode funcionar como uma armadilha.

[A idéia segundo a qual o PSDB precisa retomar o poder porque no poder deveria ter continuado é pobre e pode funcionar como uma armadilha]

Na noite de domingo, a doutora Dilma afirmou que o “povo brasileiro vai dizer que não quer os fantasmas do passado de volta”. Pode ser, desde que se entenda que o Brasil de FHC foi um castelo mal-assombrado. Mesmo nesse caso, o PT faz sua campanha pretendendo continuar no governo pelos defeitos do adversário e não pelas suas próprias virtudes. Colocando a questão dessa maneira, deu a Aécio Neves a oportunidade de responder: “O Brasil tem medo dos monstros do presente”.

[É isso aí: medo das monstruosidades do governo Fernando Henrique. Que elas retornem com Aécio Neves, que foi um governador irresponsável – a irmã Andréa governou no lugar dele – e corrupto. Para esconder os desmandos, comprou e prendeu jornalistas. Abusou da censura judicial. Minas é o único estado que ainda mantém um jornalista como preso político. Vide Marco Aurélio Carone

aécio governador

O desempenho da doutora no primeiro turno foi o pior desde 1998. Ficou em terceiro lugar em São Bernardo, no coração do ABC paulista. A bancada petista no Congresso perdeu 18 cadeiras. Em Pernambuco, foi dizimada. Boa notícia, o PT só recebeu de Minas Gerais, onde o eleitorado negou ao PSDB o mandato que lhe daria 16 anos de poder ininterruptos. É isso que o PT busca na esfera federal. Nunca na história deste país um grupo político homogêneo ficou no poder por 16 anos.

[Esqueceu Elio Gaspari de enfatizar que Aécio da Cunha perdeu em Minas Gerais, que ele considerava um feudo, um curral fechado]

Dilma vai para o segundo turno com a arma do favoritismo de quem ganhou no primeiro. Contudo, faltam-lhe dois amparos. Agora, o tempo de televisão será o mesmo e os debates serão mano a mano. Aécio, como fez o petista Fernando Pimentel em Minas, falará em desejo de mudança. É o “Chega de PT”. Dilma defenderá o “Mais PT”. Darão ao pleito um tom plebiscitário.

[Dilma, como fez o petista Fernando Pimentel em Minas, falará em desejo de salvação do Brasil e do povo. É o “Chega de PSDB”. Nunca mais PSDB. Votar em Aécio da Cunha é um retrocesso.  

O “Mais PT” ganhou em Minas. Basta mostrar para o Brasil que o mineiro expulsou Aécio. Isso näo é plebiscitário. Isso é polarização. Mostrar que o governo do doutor Aécio da Cunha foi um desastre. Tão nocivo quanto o governo entreguista de Fernando Henrique]

Seria melhor se discutissem propostas para os próximos quatro anos. O PT carrega êxitos e escândalos…

[Gaspari reconhece os êxitos dos governos Lula e Dilma. Mas não cita quais.

Sobre os escândalos teria que repetir as manchetes diárias do julgamento de Joaquim Barbosa, que teve sua filiação na OAB recusada. O Barbosa que julgou o mensalão do PT, e engavetou o mensalão tucano. Ou a delação premiada de Paulo Roberto Costa, que envolve os governadores Eduardo Campos, Roseana Sarney (que tem sociedade com o marido de Marina Silva, Fabio Vaz de Lima) e Sérgio Cabral, quando o mais escandaloso presidente da Petrobras foi Henri Philippe Reichstul, genro de Fernando Henrique, que disputa a taça da corrupção com Shigeaki Ueki (presidente no governo do ditador Figueiredo). Com Reichstul, a maior plataforma produtora de petróleo do mundo, a P-36, afundou, dando um prejuízo direto de US$ 350 milhões à companhia e causando 11 mortes. Foi responsável, também, pelo derramamento de cerca de 4 milhões de litros de óleo no Rio Iguaçu, destruindo a flora e fauna e comprometendo o abastecimento de água em várias cidades da região].

O governo Fernando Henrique afundou a maior plataforma do mundo, a P-36
O governo Fernando Henrique afundou a maior plataforma do mundo, a P-36

…porém, o programa de Aécio é mais uma coleção de platitudes e promessas. Seus capítulos para a educação e a saúde não enchem um pires.

[O programa do doutor Aécio, foi elaborado por Armínio Fraga, ex-empregado de George Soros, e presidente do Banco Central no governo de Fernando Henrique. De bancário, da noite para o dia, Fraga virou banqueiro. Fraga considera o salário mínimo muito alto. É uma Maria Alice Setubal. Da política do tudo para os banqueiros, e neca para o povo]

neca marina Itaú

Se Marina Silva obtiver dele [Aécio] a meta de implantar em quatro anos o tempo integral nas escolas públicas, terá justificado sua passagem pela disputa. Em qualquer país que tenha um sistema universal de saúde com uma clientela de 150 milhões de pessoas, suas deficiências seriam discutidas por todos os candidatos. O assunto ficou fora dos debates. Aconteceu a mesma coisa com os planos privados, que coletam recursos de 48 milhões de fregueses e financiam generosamente seus candidatos.

[Programas como mais escolas, mais hospitais são promessas para governadores. As elites costumam estadualizar e municipalizar as eleições presidenciais. Os presidenciáveis deveriam discutir saúde pública ou privada, educação pública ou privada, renacionalização das empresas estatais que Fernando Henrique doou. A defesa das riquezas nacionais. Retomar antigas campanhas como “O Petróleo é nosso”,  “Fora FMI”, “A Amazônia é brasileira”. 

Criar novas campanhas nacionalistas, patrióticas e cívicas. Evitar o tráfico do nióbio. Considerar, como já fez a ONU, a água um alimento.

Erradicar os transgênicos.  Nacionalizar os meios de comunicação de massa e acabar com os monopólios dos barões da mídia. Criar conselhos de redação.

Promover as reformas de base,  impedidas pelo golpe de 64. Restaurar as conquistas dos trabalhadores, que a CLT foi rasgada por Fernando Henrique, inclusive a estabilidade no emprego cassada pelo ditador Castelo Branco.

Promover as reformas do executivo, do judiciário, do legislativo, via plebiscito e referendo.

Realizar um governo para todos, e que contemporize os sem terra, os sem teto, os sem nada. E não exclusivamente as elites e os 1% ricos, representados pelos bancos, indústrias e empresas que financiaram a ditadura militar e, agora, marcham unidas para eleger Aécio Neves, e seu vice Aloysio Nunes Ferreira, tucano que, em 1964, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN), organização guerrilheira liderada por Carlos Marighella e Joaquim Câmara Ferreira, o Toledo].

aécio programa FHC

obra PSDB

 

(*) Eleição, ensina Wikipédia, é todo processo pelo qual um grupo designa um ou mais de um de seus integrantes para ocupar um cargo por meio de votação. Na democracia representativa, é o processo que consiste na escolha de determinados indivíduos para exercerem o poder soberano, concedido pelo povo através do voto, devendo estes, assim, exercerem o papel de representantes da nação. A eleição pode se processar com o voto de toda a comunidade ou de apenas uma parcela da comunidade, os chamados eleitores.

O processo eleitoral pode ser basicamente dividido em dois modelos: eleição direta e indireta.

(**) Plebiscito (do Lat. plebiscitu – decreto da plebe) , voto ou decreto passados em comício. O plebiscito é convocado antes da criação da norma (ato legislativo ou administrativo), e são os cidadãos, por meio do voto, que vão aprovar ou não a questão que lhes for submetida…

Ainda in Wikipédia: Podemos dizer que plebiscito é uma consulta ao povo antes de uma lei ser constituída, de modo a aprovar ou rejeitar as opções que lhe são propostas; o referendo é uma consulta ao povo após a lei ser constituída, em que o povo ratifica (“sanciona”) a lei já aprovada pelo Estado ou a rejeita. Maurice Battelli, de fato, define plebiscito como a manifestação direta da vontade do povo que delibera sobre um determinado assunto, enquanto que o referendo seria um ato mais complexo, em que o povo delibera sobre outra deliberação (já tomada pelo órgão de Estado respectivo).

 

 

Costumeiros enganadores títulos safados da revista Veja

Eis o título da notícia malandra da revista Veja para o debate, promovido pela CNBB, com de todos os candidatos a presidente:

“Tumulto, silêncio e Dilma perdida: os bastidores do debate”.

Que tipo de informação passa esse escandaloso título? Qual a primeira interpretação de um leitor apressado? Mais existe outras perversidade.

Eis a curta notícia: É por ali – A comitiva de Dilma Rousseff errou a entrada na Basílica de Aparecida e precisou dar uma volta. Dilma foi a última a chegar, faltando dez minutos para o início do debate”. Tai a “Dilma perdida”.

Leia o texto completo, assinado por Bruna Fasano, Mariana Zylberkan e Andressa Lelli, de Aparecida):

Penitência – Jornalistas que tentavam cobrir o debate entre os presidenciáveis acabaram ‘enclausurados’ em um cercadinho do lado de fora do estúdio da TV Aparecida. A situação impedia o acesso da imprensa aos candidatos – jornalistas tinham de gritar em coro para convencê-los a se aproximar da barreira. Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT) foram as únicas que não atenderam aos gritos e passaram batido.

Os verdes – Na vez de Marina Silva, os jornalistas tentaram convencê-la a se aproximar: “Vem para a grama, Marina, vem para o verde”, gritaram alguns. A área destinada à imprensa ficava sobre um gramado.

Voz fraca – Rouca, Marina não quis falar com a imprensa quando chegou. Já a caminho da sala destinada a receber os candidatos, fez um gesto com as mãos de que falaria depois. E cumpriu o prometido.

A força do anel – Marina tem por hábito mexer na aliança quando tem de discursar e, principalmente, falar sobre temas espinhosos. Logo no início do debate, a candidata do PSB manipulava nervosamente o anel que simboliza sua união com Fábio Vaz, técnico agrícola, com quem é casada desde 1986.

Marina, o nervoso tique de rodar a aliança
Marina, o nervoso tique de rodar a aliança

Virgem – Uma das explicações para a falta de acesso à imprensa aos candidatos foi a inexperiência da TV Aparecida em promover debate entre presidenciáveis. “Foi para garantir que tudo desse certo”, afirmou um integrante da organização.

Acordo – Segundo a assessoria de imprensa da CNBB, a ausência de jornalistas na plateia foi condição imposta por dirigentes de algumas campanhas para aceitar participar do debate. A entidade não informou quais partidos fizeram o pedido.

Quente x frio – Enquanto o debate entre os candidatos foi bastante monótono em frente às câmeras, com poucos confrontos diretos entre os principais presidenciáveis, os bastidores foram agitados. Uma jornalista que tentava ter acesso ao estúdio foi barrada por seguranças da Presidência e chegou a ter o braço ferido. Profissionais de imagem puderam ficar apenas 15 minutos próximos aos candidatos e registrar poucas imagens.

Ginástica olímpica – O candidato do PSDB, Aécio Neves, comentou o fato de ter perdido o segundo lugar na corrida eleitoral. “A campanha eleitoral deu uma cambalhota depois da morte de Eduardo Campos”, disse em referência ao trágico acidente que vitimou o candidato do PSB e outros seis membros de sua equipe.[Uma morte providencial para Marina, que amargava um humilhante terceiro lugar]

Gravata da discórdia – O tucano parece ter errado na escolha do figurino e escolheu uma gravata vermelha para participar do debate. A cor, em geral, é associada ao PT.

Bandeira branca – Principais oponentes nessas eleições, Marina Silva e Dilma Rousseff vestiram branco para participar do debate na CNBB. No caso da candidata do PSB, o uso de roupas em tons claros tem sido a orientação de pessoas próximas para suavizar sua imagem. Marina tem sido proibida de usar preto [para apagar imagem de viúva de Chico Mendes e Eduardo Campos]

Entre nós – Ao contrário dos demais debates, o da CNBB foi marcado pelo confronto direto entre Dilma e Aécio. Se o formato obrigou Marina a debater com Levy Fidelix, a petista e o tucano protagonizaram o momento mais tenso da noite ao falar de corrupção – que incluiu pedidos de direito de resposta.

O falante – Diante dos apelos da imprensa, Aécio Neves concedeu duas entrevistas coletivas aos jornalistas. Apostando na “onda da razão”, aparentava alívio diante de uma nova pesquisa de intenção de voto que indica que cresceu quatro pontos na preferência do eleitorado.

Reforma política – Eduardo Jorge, candidato à Presidência pelo PV, disse que recebeu uma proposta de reforma política de Dom Raymundo Damasceno Assis, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Não concordamos que as empresas financiem as campanhas eleitorais”, disse o candidato.

Ataque ao marketing – Luciana Genro, candidata do PSOL à Presidência, agradeceu à sua moda o convite para participar do debate. “O debate é um recurso mais autêntico e não protegido por marqueteiros como na propaganda eleitoral.”

Entendeu? – O candidato Eymael (PSDC) também agradeceu o convite da CNBB e se disse injustiçado por ter sido excluído de dois debates anteriores. “Vim aqui dizer quem é o Eymael e o que eu fiz pelo Brasil”. Ao ser questionado sobre o que realmente fez pelo país, o candidato respondeu: “Ajudei a construir uma sociedade livre e justa e fazer do Brasil uma República Federativa.”

Metralhadora – Alvo de uma liminar concedida pela Justiça Eleitoral a pedido da campanha de Dilma Rousseff, que suspendeu os programas eleitorais que atrelavam o governo do PT ao escândalo do mensalão, Pastor Everaldo (PSC) repetiu o discurso vetado. “O povo brasileiro não aguenta mais corrupção, estamos diante de um mensalão 2”.

Líder isolado – Presidente nacional do PT e um dos chefes da campanha de Dilma Rousseff, Rui Falcão ficou sem saber o que fazer na espera pela presidente na entrada do debate. Após conceder entrevista coletiva, e sem intimidade com bispos e padres, que faziam as honras na recepção, se manteve com as mãos nos bolso e isolado em um canto.

É por ali – A comitiva de Dilma Rousseff errou a entrada na Basílica de Aparecida e precisou dar uma volta. Dilma foi a última a chegar, faltando dez minutos para o início do debate.

Militância abraçada – Ao final do debate, Dilma Rousseff saiu do carro e fez questão de abraçar a militância do PT que a aguardava já de madrugada.

Os acréscimos entre colchetes são do editor deste blogue. T.A. 

O Brasil precisa conhecer George Soros, o financiador de campanhas eleitorais

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George Soros foi denunciado como um dos mentores da teoria da conspiração para matar Eduardo Campos, e desestabilizar o governo e a reeleição de Dilma Rousseff.

Esta suspeita jamais foi noticiada pelos barões da mídia no Brasil, e não se sabe se faz parte das investigações sobre o avião fantasma da campanha de Eduardo Campos e Marina Silva, que caiu em Santos no azarado e fatídico dia 13 de agosto.

Para a maioria dos eleitores de Marina, a crença de que Eduardo Campos foi assassinado, e ninguém do PSB e partidos aliados, principalmente o clandestino partido Rede, neca de admitir uma morte acidental.

In Wikipédia: George Soros (Budapeste, 12 de Agosto de 1930) é um empresário e homem de negócios húngaro-americano. Ficou famoso pelas suas atividades enquanto especulador, nomeadamente em matéria de taxas de câmbio, chegando a ganhar 1 bilhão de dólares em um único dia apostando contra o banco da Inglaterra, bem como pela sua atividade filantrópica, que apoiou entre outros, a Universidade Central Europeia.

Nascido na Hungria com o nome de Schwartz György, tornado-se Soros György, filho de Tivadar Soros, famoso esperantista húngaro, escritor e ex-soldado, e de Erzebet Czacs, ambos de família judia, George Soros teve uma infância relativamente boa, tendo passado parte da adolescência fugindo de perseguições, na Hungria, pelo fato de ser judeu.

Depois, migrou aos dezessete anos para Londres, onde começou a enriquecer com a administração de empresas.

Actualmente é o Presidente da Soros Fund Management, curador da International Crisis Group, e presidente da Open Society Institute, tendo pertencido à Administração do Council on Foreign Relations. Perdeu um processo judicial na França e no Tribunal Europeu de Direitos Humanos por Insider Trading.

Nos Estados Unidos é conhecido por ter doado montantes exorbitantes para eleger o presidente Barack Obama.

soros obama

No mesmo mês, em 2010, o investidor multimilionário doou US$ 1 milhão para a campanha de um referendo que visa legalizar a maconha na Califórnia. Ele patrocina o International Crisis Group e a Revenue Watch, que financiam campanhas eleitorais em vários países do mundo [Inclusive no Brasil, e mantém a sustentabilidade de várias ONGs na Amazônia].

Censura. Aécio Neves quer apagar o passado

Dario Castillejos
Dario Castillejos

O senador tucano Aécio Neves, pré-candidato à Presidência da República, teve negado pela Justiça de São Paulo dois pedidos de bloqueio em links de sites e perfis em redes sociais que relacionam seu nome ao “uso de entorpecentes” e desvio de dinheiro durante a gestão como governador de Minas Gerais. As ações têm como alvos os sites de busca Google, Yahoo! e Bing, e pedem a exclusão de notícias e remoção de sugestões de pesquisas.

O tucano não conseguiu derrubar as notícias na primeira instância, no caso da ação sobre desvio de verbas, e entrou com um recurso, com pedido de liminar. No processo, os advogados do Google disseram que Aécio “parece sensível demais às críticas sobre sua atuação”. A empresa afirmou ainda que é impossível retirar o conteúdo do ar sem prejudicar outras buscas relacionadas ao nome do senador.

A ação que busca excluir postagens que vinculam o nome de Aécio ao consumo de drogas corre em segredo de Justiça e foi iniciada em dezembro de 2013.

Por ter comprovado o uso de drogas (socorro de emergência em hospitais), o jornalista Marco Aurélio Carone está preso em Minas Gerais, numa armação idêntica que o jornalista Ricardo Antunes sofreu da polícia de Pernambuco. A prisão de Ricardo criou o precedente da criação da figura criminosa “jornalista inimigo” e “perigoso para a ordem pública”.

Aécio responde a vários processos, e além do perdão da justiça, pretende que sua vida pública seja segredo de justiça.

Os eleitores precisam conhecer os candidatos,  inclusive a vida privada, em atos e fatos que são do interesse público.

A censura, imposta por todos regimes ditatoriais, permite a eleição de candidatos corruptos, induz o eleitor ao erro, dificulta a escolha do melhor candidato, impede o voto certo, facilita a fraude.

O povo sempre escolhe o melhor, desde que tenha acesso às informações. Uma eleição com censura não é democrática.

indignados voto ficha suja

Não é verdade

beijo

por Gilmar Crestani

Dizer quer Dilma agrada a todas as classes é uma falácia. Sabemos muito bem que há duas classes que não estão contempladas: os mal informados e os mal intencionados. Veja-se, por exemplo, a baixa dos juros e tarifas bancárias. Todos saíram lucrando, de correntistas a bancos públicos. Mas os bancos privados ficaram para trás, fazem parte do grupo dos mal intencionados, pois, como fez oItaú, financia o Instituto Millenium, o CANSEI e ataca via The Economist e Financial Times. Quanto aos desinformados? Bem, para saber quem são basta verificar a lista de assinantes da VEJA…

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DILMA VENCE PRIMEIRO TEMPO

Por Vinicius Torres Freira

Oposição não tem treinador, reforço, esquema tático, torcida e tem medo de sair do vestiário

PRESIDENTES populares podem perder eleições? Decerto não levam para as urnas todos os seus votos de prestígio, como é fácil perceber pelos recorrentes segundos turnos das disputas presidenciais no Brasil.

Diz-se que o carisma de Lula elege postes. Mas o ex-presidente não teve carisma para vencer as eleições presidenciais de 1989, 1994 e 1998. A beatificação de Lula aconteceu em algum momento de seu primeiro governo.

Dilma Rousseff não tinha o jeitão e menos ainda o jeitinho da liderança carismática, mas é uma governante tão popular quanto Lula. Além de gostar de seu governo, o povo gosta dela também, indicam pesquisas recentes.

Quase carregado pelas ruas e sertões na campanha de 1994 (“meninos, eu vi”), reeleito em 1998 apesar de dois anos de tumulto econômico e agito social de PT e aliados, FHC viu seu prestígio desabar para sempre depois da desvalorização do real, em janeiro de 1999.

Mais ou menos um quinto do eleitorado que aprovou com louvor Lula ou Dilma não votou no ex-presidente ou não pretende votar na presidente. Quantos outros podem mudar de ideia?

A sorte da oposição depende da queda de um meteorito econômico ou escandaloso sobre Dilma? Quão forte é o vínculo da massa mais pobre com Dilma, Lula e/ou o PT?

Note-se de passagem que as políticas petistas populares vão muito além do clichê do Bolsa Família e do salário mínimo melhor; favorecem pessoas de classe muito variada.

Afora a grande expansão dos programas de transferências direta de renda, há o ProUni, as cotas na universidades, o Minha Casa, Minha Vida, os milhões de microcréditos para miniempresários, a formalização dos assalariados e dos autônomos e por aí vai, para programais mais capilarizados.

Isto posto, parte dessas pessoas não vota no candidato petista. Talvez o vínculo seja menos forte ainda devido ao fato de que a incorporação dos pobres se dê de forma em geral passiva, e não por meio de mobilização política forte.

Insatisfeitos de elite é o que não falta e há cada vez mais. Parecem, porém, passivos ou incapazes de oposição eficaz.

O “fenômeno Marina (Silva)” mostrou que há gente à procura de “terceira via”, além de eleitorados fulos com a relativa estagnação de sua renda (no topo da pirâmide).

Empresários têm demonstrado sua insatisfação com o governo “votando com o bolso”: investem pouco, em parte porque desconfiam do rumo que o governo dá à economia (há, ainda desafetos terminais, ideológicos ou programáticos).

Governadores e prefeitos estão irritados. Perdem receita devido às desonerações de impostos; pagam salário mínimo maior e salários maiores para professores também devido a políticas federais. A maioria dos Estados bateu Dilma no Congresso na votação dos royalties do petróleo.

Por falar nisso, fazia tempo que o governo não levava tantas invertidas no Congresso, que Dilma sempre considerou um problema, tanto que seu governo evita quanto pode o Parlamento.

Esses setores insatisfeitos vão “ligar os pontos”, organizar uma candidatura e um programa que vá além de gestionices e hipocrisias “éticas”, quando não de ideias francamente reacionárias?

O “filho” pródigo de Lula ganhou Dilma como madrasta

 

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A gestão da presidente Dilma Rousseff derrubou repasses federais para financiar projetos apresentados por Pernambuco, do governador Eduardo Campos (PSB), potencial adversário da petista na eleição presidencial de 2014. Dilma alterou, assim, a trajetória de transferência desse tipo de recurso, iniciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo dados do Tesouro Nacional, em 2012, o valor repassado voluntariamente pelo governo federal chegou a patamar menor que o de 2006, último ano de gestão do então governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), que fazia oposição ao governo do PT. As transferências voluntárias são aquelas em que não há obrigatoriedade prevista em lei, como nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Compreendem recursos obtidos por meio de convênios ou acordos, mediante solicitação dos Estados. Também não incluem investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujos projetos são definidos pelo governo federal.

Campos tem dado sinais de que pode ser candidato em 2014. Aumentou as críticas à política econômica de Dilma, num aceno ao empresariado, que está insatisfeito com as taxas de crescimento do PIB. Passou também a fazer reuniões políticas com maior frequência, inclusive com integrantes da oposição – embora aja como candidato, ainda analisará o cenário de 2014 para ponderar a conveniência de se lançar ou de negociar com o PT a retirada da candidatura.

De acordo com os dados do Tesouro, o governo federal aumentou o porcentual de verbas distribuídas ao governo pernambucano quando Lula e Campos estavam no poder. Em 2007, primeiro ano do mandato de Campos, a participação de Pernambuco no total das transferências voluntárias era de 5%. Em 2010, último ano de gestão Lula, alcançou 14,6%, a maior fatia de tudo o que foi repassado aos Estados no ano.

No mesmo período, caiu a participação de São Paulo, administrado pelo PSDB, maior partido de oposição. Em 2007, o Estado recebia 9,62% do total de transferências voluntárias do governo federal. Três anos depois, o porcentual caiu para 6,27%. Enquanto isso, os valores totais repassados pela União cresceram: de R$ 4,4 bilhões para R$ 6,8 bilhões.

Em 2010, Campos chegou a receber R$ 994 milhões dessas transferências voluntárias. O governador disputava a reeleição com o apoio do PT – e Lula usava Pernambuco como vitrine de projetos federais em infraestrutura e combate à pobreza para promover a candidatura de Dilma.

Os números do Tesouro mostram que a trajetória de crescimento dos repasses para Pernambuco foi interrompida por Dilma. Em 2011, as transferências caíram para R$ 318 milhões. O valor, no entanto, ainda era maior que o verificado em 2007, 2008 e 2009. Mas em 2012 os repasses diminuíram mais uma vez e chegaram a R$ 219 milhões, o menor desde 2006, ano em que o governador era Vasconcelos. As transferências voltaram a 4,88% do total enviado para os Estados, o mais baixo porcentual do governo Campos.

Em 2012, o PT e o PSB de Campos saíram rachados na eleição para a Prefeitura do Recife. Venceu o candidato do governador, Geraldo Julio. A partir daí, a relação com o PT começou a azedar.

Na semana passada, Lula chegou a criticar a postura de Campos, que integra a base governista, mas ensaia um discurso oposicionista. “Se alguém quiser romper conosco, que rompa. Não podemos impedir as pessoas de fazerem o que é de interesse dos partidos políticos”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De olho em 2014, Eduardo Campos reforça cuidado com imagem

Folha Online

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), diz estar com a cabeça em 2013 e afirma que as eleições presidenciais serão discutidas só em 2014. Mas sua agenda e sua estratégia de comunicação já o indicam como candidato ao Planalto.

Além de ter subido o tom em críticas recentes ao governo federal, Campos anda com a agenda repleta de encontros com empresários, políticos diversos e jornalistas e até lançou um perfil “nacional” no Instagram –rede social de compartilhamento de fotos.

Seu perfil, administrado por assessores, adotou o BR no nome, em vez do estadual PE: eduardocamposbr.

Até ontem pela manhã, 651 seguidores visualizavam 79 imagens do governador em momentos de trabalho e de descontração com a família.

Campos ainda mantém intactos dois hábitos: sempre olhar para as câmeras das TVs durante as entrevistas e sempre andar acompanhado de cinegrafista e fotógrafo.

MÍDIA

O grupo de comunicação do governo tem 41 funcionários. A equipe distribui textos à imprensa com destaque a declarações do governador e transmite ao vivo pelo site eventos oficiais.

Essa estrutura, segundo o governo, é a mesma desde 2007, quando Campos assumiu o primeiro mandato.

O governador e presidente nacional do PSB também tem cuidado da sua imagem. Nos eventos públicos, por exemplo, adota estratégia semelhante à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Seu fotógrafo oficial sempre distribui cartões aos fãs que posam para fotos com o governador e depois querem uma cópia de recordação.

Esses eventos, antes acompanhados só pela imprensa local, agora contam com jornalistas de outros Estados, que passaram a ver Campos criticar o governo federal.

Entre os alvos estiveram o financiamento da saúde, o deficit habitacional, as desigualdades regionais e o desempenho da economia.

O governador ainda diz combater o que chama de velha política, numa crítica ao embate de PT e PSDB.

“Ele entrou [na mídia nacional] como o governador bem avaliado e com essa proposta do novo pacto federativo”, afirma Adriano Oliveira, cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

DEFINIÇÃO

Oliveira diz que o momento para Campos anunciar a candidatura está nas mãos da presidente Dilma Rousseff.

Caso ela dê um ultimato, Campos terá de informar sua decisão e antecipar o “fuso horário” do PSB, aliado do Planalto à frente de dois ministérios (Integração Nacional e Secretaria de Portos).

Segundo a legislação eleitoral, ele tem até o fim de março de 2014 para deixar o cargo e disputar a eleição.

Pesquisas de popularidade também podem acelerar o relógio socialista, caso apontem que Campos já está sendo reconhecido pelo país.

“Para não perder a identidade e o eleitorado não o ver como oportunista, traidor ou do mesmo campo do PT, ele vai ter de se posicionar”, diz o professor da UFPE.

Ex-rival e atual aliado, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) afirma que o próprio PT estimula Campos.

“As declarações de Lula [ao lançar Dilma à reeleição] aumentaram a disposição dele de disputar a eleição. Acho que fizeram uma tentativa de acuá-lo, de intimidá-lo, e aí a coisa foi pior, o estimulou”.

O sumidouro dos petrodólares
O sumidouro dos petrodólares

“Campos chegou a receber R$ 994 milhões dessas transferências voluntárias”

[Isso não é nada. Quantos bilhões receberam os bancos de Sílvio Santos e Ermírio de Morais?

Com a divisão dos royalties do petróleo para todo o Brasil, quanto receberá Pernambuco?

Os marqueteiros de Eduardo Campos erraram feio. Marqueteiro sempre quer mais dinheiro. O tempo que tem é para administrar o próprio dinheiro. E depois, e depois, em política, não existe marketing. Isso é coisa de publicidade comercial. Nenhum político é um produto ou serviço.

Acredito em propaganda política que visa propagar uma idéia. Qual o ideário político de Eduardo Campos, de Aécio Neves, de Marina Silva, que saiu do Partido Verde para criar uma Rede para se deitar?

Na propaganda existe a lei do inimigo único. Exemplo de uma campanha: os indefinidos “marajás” que elegeram Collor.

Ou a lei do exemplo. Que obra realizou Aécio Neves para mostrar ao povo brasileiro: “Fiz em Minas e vou fazer no Brasil”.

Existem outras leis. Que Eduardo Campos releia o livro que o avô traduziu. E que foi censurado pela ditadura militar. Um livro que fala da guerra de símbolos.

No mais, os jornalões – sem candidato que polarize com Dilma – jogam com o nome de Eduardo Campos que entrou, sem projeto, sem estratégia, e apressadamente, na campanha presidencial de 2014.

 

 

 

 

Aécio Neves de cara nova. Escreve Carlos Chagas:

 

Pós operatório
Pós operatório

PERDENDO TEMPO

Vai se completar uma semana desde que o Lula, de público, manifestou-se pela candidatura de Dilma à reeleição. Aguardava-se que o governador Geraldo Alckmin fizesse o mesmo com relação a Aécio Neves, quer dizer, afastando sua própria candidatura presidencial e contribuindo para a unidade no ninho dos tucanos. Até agora, porém, nenhum sinal à vista.

SINAL DOS TEMPOS

Tancredo Neves era careca e tinha sua arcada dentária inferior projetada sobre a superior. Jamais pensou em implante de cabelos ou em ir ao dentista para corrigir o defeito. Tinha outros objetivos em mente.

Já o neto acaba de passar pelo bisturi para tirar rugas e outras melhorias no visual. Sinal dos tempos…

Veja a cara nova
Veja a cara nova