O primeiro dia da Copa em São Paulo

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Pela Copa da África, marcada pela corrupção e ditadura da Fifa, fui contra o evento no Brasil.

Os jornalões brasileiros promoveram a Copa 2014 no Brasil, notadamente as organizações Globo.

Lula disse sim.

Aécio Neves disse sim.

Fernando Henrique disse sim.

Marina Silva disse sim.

Eduardo Campos e mais onze governadores, pelo desejo de construir os estádios, disseram sim.

Depois dos investimentos do governo da União, dos governadores e prefeitos, o movimento não ter Copa perdeu o sentido, desde que era um compromisso assumido pelo Brasil com os países que ora participam do mundial do futebol.

Incentivados pelos chamados movimentos sociais, com todo tipo de infiltrados, grupos decidiram continuar com os protestos de 2013, agora com a participação de partidos políticos que disputam a presidência da República.

Ora, ora, se é para conter protestos, que a polícia aja dentro e fora dos estádios. Mas a polícia apenas bate no povo que não pode comprar ingressos para assistir os jogos. Dentro dos estádios se pode mandar uma autoridade tomar naquele lugar. Que a polícia não bate nas elites. Na rua, qualquer reclamação tem pancadaria.

 

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Registram os advogados ativistas: O primeiro dia iniciou-se em São Paulo com o sítio à cidade, exercido pelas forças de segurança pública.

Segundo atendimento realizados pelo grupo de socorristas, GAPP, durante o dia foram realizados ao menos 37 socorros a manifestantes, decorrentes de diversos tipos de lesões, como ferimentos por estilhaços de bombas, balas de borracha, asfixia por gás lacrimogênio e mecânica decorrentes de esganadura, bem como de reiterados golpes de cacetetes.

Foram realizadas ao menos 47 detenções, sendo que diversas prisões sequer eram informadas aos advogados, ou permitido o acompanhamento visual da atuação policial.

· bloqueio de vias e interdição de ao menos parte do transporte público, com a finalidade de comprometer a mobilidade dos manifestantes e, desta forma, sua tendência de deslocamento em direção ao perímetro de exclusão imposto pela FIFA – organizador da Copa;

· revistas pessoais realizadas por policiais em transeuntes, sem qualquer fundamentação legal;

· policiais trajados com farda sem tarjeta de identificação funcional ou identificação alfanumérica de 10 dígitos, ou ainda de modo a não evidenciar qualquer tipo de identificação;

policiais portando armas de fogo (inclusive de grosso calibre como metralhadoras e escopetas 12mm) durante contenção e operações antidistúrbio;

· civis atingidos por estilhaços de bombas, balas de borracha, golpes de cacetete e socos;

· intimidação e constrangimento ilegal contra manifestantes por meio de gritos e gestos ameaçadores;

· impedimento de atuação dos advogados durante o acompanhamento de revistas pessoais, bem como no registro de material probatório, quando das agressões ou abusos de autoridade;

· impedimento, com violência deliberada, de atuação dos jornalistas no exercício da profissão, tendo sido tomados como alvo por reiteradas vezes pelas forças de segurança;

· impedimento da atuação dos Observadores Legais na coleta de material estatístico e probatório durante a manifestação, por meios ostensivamente impeditivos;

· seguranças do serviço privado do metrô realizando revistas pessoais nos usuários, de modo totalmente ilegal;

· prisões ilegais infundadas, justificadas como sendo para averiguação – instrumento, aliás, inexistente no ordenamento jurídico brasileiro. No ano em que se completa o cinquentenário da ditadura militar no Brasil (1964-1985), é no mínimo irônica a utilização de um expediente tão característico período ditatorial.

· tiros de armamento balístico menos letal e elastômero (bala de borracha), feitos acima da linha da cintura – como indicam os orifícios feitos a bala nos para-brisas de veículos, a cerca de 1,5m do solo.

· veículos atingidos no seu interior por bombas de gás-lacrimogênio.

· policiais militares e supostos policiais civis (não fardados), em duas ocorrências distintas, com agressão e rapto de manifestantes, introduzindo-os a força em veículos descaracterizados, não oficiais. Sem direito de registro do nome do condutor, evadindo-se os veículos para local desconhecido, perante a população que registrava as ocorrências em vídeo e foto, em plena luz do dia.

· depois de registrar cenas de espancamentos perpetrados por policiais militares, um manifestante, por eles perseguido, refugiou-se em residência próxima àquela ocorrência, obtendo guarida dos proprietários da casa. Somente depois de aproximadamente uma hora de refúgio – com a Polícia Militar todo o tempo à frente do imóvel – foi possível a retirada do manifestante perseguido, em segurança, na companhia de representantes dos Advogados Ativistas e Observadores Legais;

· utilização de bombas e armas de fogo em um posto de gasolina;

· utilização de bombas com data de vencimento raspadas;

· acusações de crimes infundadas aos manifestantes, com diversas tentativas de flagrantes forjados;

· agressão deliberada de policiais militares a uma criança de nove anos de idade e seu cão, sem motivação;

· agressão reiterada a equipes de socorristas que insistiam na prestação do socorro às vítimas dos próprios agentes de segurança;

· tentativa, por parte dos policiais militares, de esvaziamento de uma estação do metrô, obrigando os usuários a saírem rapidamente da estação sob tiros e golpes de cacetete. Leia mais. 

 

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HISTÓRIAS DA COPA: O dia em que um brasileiro foi ‘preso’ no Brasil por uma polícia estrangeira

por Chico Alencar, deputado federal

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Este é um texto que apenas supõe uma pequena ocorrência. Imagina com a gente:

Durante a Copa, um brasileiro faz uma provocação futebolística mais abusada para um turista.

O estrangeiro, de outra cultura, não gosta e parte pro tapa.

O brasileiro, malandro, dá-lhe duas pernadas e o turista fica bastante machucado.

Uma cena lamentável, mas lamentavelmente comum.

No grupo do turista, surgem dois POLICIAIS, ou três, ou mais, ou um monte deles.

Eles podem ser argentinos, iranianos, gregos, ingleses, bósnios, ganeses, suíços, dependendo do time que for jogar no dia.

(Os das fotos, em sentido horário, são nigerianos, russos, espanhóis e argelinos, todos de países classificados para a Copa.)

Eles “separam” a briga, de acordo com a cultura de atuação em seu país, que certamente varia.

Vamos supor que, por alguma razão, eles imobilizam – e dão uns sopapos também, pra não passar em branco… – APENAS no brasileiro.

Protegem o estrangeiro, o ajudam a procurar atendimento.

Não estão exatamente errados: estão em serviço e em alguns países a função policial de proteger a população é coisa muito séria.

Pois bem. Mas o brasileiro está então imobilizado e é “entregue” pelos policiais iranianos ou suíços aos policiais brasileiros.

Ou talvez a alguma tropa do Exército, que pode estar nas ruas com poder de polícia. (lembra? – http://on.fb.me/1k5b2yp)

Os policiais estrangeiros , em outras palavras, PRENDEM o brasileiro, por mais que isso não esteja previsto na portaria do Ministério da Justiça (leia até o fim para entender).

Pra história ficar ainda mais interessante, o brasileiro deu o azar de ser preto e – mas que azar! – pobre. Tá desempregado também.

Ele não vai ver o jogo do Brasil, nem pela TV. Vai em cana.

Se o delegado inventar, de repente encaixa uma tentativa de homicídio em flagrante.

Os cinco filhos do homem vão passar tempos de dificuldades.
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Esta é apenas uma historinha (assustadoramente) verossímil. Nos furtamos a entrar aqui em debates mais profundos sobre nossa Constituição, nossa legislação, nossas instituições e nossa SOBERANIA NACIONAL, por exemplo. Os comentários, no entanto, estão abertos.

A matéria do UOL fala que “de acordo com a portaria do governo, os policiais estrangeiros nas ruas irão trabalhar identificados como tais e terão uma autorização específica da PF para isso. Apesar disso, questionado pela reportagem, o Ministério da Justiça afirma, por meio de sua assessoria de imprensa, que os policiais estrangeiros não terão poder de polícia no Brasil e nem poderão andar armados.”

Hmm. Ok. Ainda assim, na prática, permanece a verossimilhança da história. Talvez um ou outro ponto possa ser questionado. Ou alguém a percebe muito fantasiosa?

Esta portaria do governo é mais uma das ações que, em nome da Copa, altera de maneira questionável e perigosa nossa ordem institucional.

Leia a matéria do UOL aqui

 

 Mike Flugennock
Mike Flugennock

Sorria você pode ser filmado pelos EUA

O deputado Anthony Garotinho comenta:

Reprodução da Folha de S.Paulo online
Reprodução da Folha de S.Paulo online

O que impedirá os centros de vigilância montados pelos EUA, com toda a tecnologia que dispõe de espionar brasileiros ou até mesmo o governo? Os satélites da NSA não vão estar apontados para o Brasil? Acho que o Ministério da Defesa precisa esclarecer melhor o que será permitido e se a nossa Inteligência terá acesso ao que os centros de vigilância norte-americanos estarão monitorando.

Fifa faz propaganda do turismo sexual. E vende brasileiras como “hostesses”

O que acontecerá com as meninas e garotos, que neste mundo de bilhões rolando no tapete verde, se ofereceram como voluntários, isto é, para trabalhar de graça, como escravas de gananciosos piratas? 

Abertura

O Brasil receberá aproximadamente 600 mil turistas durante a Copa do Mundo de 2014, informou o diretor de Administração e Finanças do Instituto Brasileiro de Turismo, Tufi Michreff Neto.

Significa a lotação estourada de doze estádios, cada um com 50 mil pessoas, todas elas estrangeiras.

Por este cálculo podemos concluir que o jogo não está no programa de milhares de turistas.  E a maioria dos que assistem as partidas também pretendem a mesma coisa: fazer sexo com a brasileira, considerada a melhor puta do mundo.

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Publicou a revista Hotéis: Os 600 mil turistas estrangeiros que virão ao Brasil no mês da Copa do Mundo vão realizar quase dois milhões de viagens pelas cidades-sede.  Já os três milhões de brasileiros que circularão pelo país, farão seis milhões de viagens pelos 12 municípios. As estimativas de fluxo de turistas durante o evento foram divulgadas, em palestra no Núcleo de Conhecimento do Salão do Turismo, no Anhembi, na capital paulista.

A cidade que deverá receber o maior número de estrangeiros é o Rio de Janeiro (RJ), com 413 mil. Em segundo lugar, aparece São Paulo (SP), com 258 mil, seguida de Brasília (DF), com 207 mil.

Entre os turistas brasileiros, o destino preferido é São Paulo, com 1,2 milhões de visitas. Depois, aparece o Rio de Janeiro, com 840 mil, e Fortaleza (CE), com 564 mil.

A pesquisa da FGV – Fundação Getúlio Vargas, encomendada pelo Ministério do Turismo, revela o total de visitas de estrangeiros e brasileiros que as cidades-sede receberão por jogo.  Somando os resultados das doze cidades serão 341,4 mil turistas internacionais e 1 milhão de nacionais por partida de futebol. “O estudo foi realizado com base em pesquisas que realizamos com o público da Copa do Mundo da África do Sul, em 2010 e a movimentação do turista brasileiro”, explicou o Diretor de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo, José Francisco Lopes.

Escreve Hugo R.C. Rosas:

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Sendo assim, na condição de delegada dos interesses de empresas do porte da fabricante de materiais esportivos Adidas, da Coca-Cola e da empresa de cartões de crédito Visa, a Fifa desfila pelo mundo na condição, digamos, de “dono da bola”, aquele que na gíria da meninada dita as regras da “pelada” no campinho de terra.

Sobretudo em épocas de Copa do Mundo, A Fifa tira do bolso a procuração do poder econômico que a financia e enumera uma série de exigências aos países-sede, que já ficam previamente avisados de que podem ter que construir isso, demolir aquilo, providenciar aquilo outro, e até mesmo requisitar a criação ou a abolição de leis.

Exemplo crasso foi a pressão da Fifa para que a gerência de Jacob Zuma descriminalizasse a prostituição no país durante a Copa, passando o recado das grandes agências de turismo da Europa e do USA, cujos clientes se mostraram receosos em viajar para alugar corpos femininos infectados com o vírus da AIDS (6 milhões dos 48 milhões de sul-africanos sofrem da síndrome da imunodeficiência adquirida). O jornal britânico The Guardian abraçou a causa da Fifa e chegou a pedir a regulação do “mercado sexual” na África do Sul durante o mundial de futebol, a fim de minimizar o risco de os turistas da metrópole contraírem o vírus HIV.

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MULHERES VENDIDAS POR US$ 670

Como se percebe, o objetivo da Fifa e do The Guardian não era exatamente fazer com que o governo conciliador-patriarcal da África do Sul mandasse a polícia parar de espancar e extorquir mulheres sul-africanas negras e pobres. Ao contrário: a Fifa mandou Zuma sumir com mendigos e prostitutas das ruas. O objetivo era criar condições para a chegada de prostitutas estrangeiras, mulheres traficadas por empresas capitalistas de submundo para suprir uma das principais demandas da festa suprema do futebol profissional.

E assim se fez: o tráfico de pessoas com destino ao país-sede da Copa 2010 aumentou consideravelmente nos meses que antecederam este evento que é também um dos ápices do calendário do chamado “turismo sexual”. O governo Zuma não chegou a legalizar a prostituição, mas tratou de fazer vistas grossas à farra a custa da dignidade alheia e chancelada pelos mandachuvas do futebol, os mesmos que se esmeram na farsa da responsabilidade social da Copa do Mundo.

Estudos conduzidos pela pesquisadora Merad Kambamu, de Zâmbia, compilaram denúncias e provas de um número crescente de casos de meninas e jovens mulheres que desapareceram em vários países da África e reapareceram em bordéis e “casas de massagem” das cidades que receberam as partidas da Copa do Mundo da África do Sul. A porta-voz da polícia de Maputo, capital de Moçambique, revelou que estas mulheres vinham sendo vendidas por US$ 670 para serem oferecidas feito refeições a turistas endinheirados.

Este lado de pouco “fair play” das Copas do Mundo de futebol foi escancarado na Alemanha, em 2006, quando nada menos do que 40 mil mulheres foram levadas para os megabordéis quase que patrocinados pela Fifa que foram instalados em caráter excepcional em cidades como Berlim. Naquela ocasião, a exigência foi feita e a Alemanha legalizou sua “indústria sexual”, que funcionou à base de “mão de obra” levada da Ásia, América Latina e do Leste Europeu com promessas de empregos temporários, mas que acabaram se convertendo em escravas sexuais para animar a grande farra capitalista quadrianual regada a dinheiro e futebol.

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PACOTE VIP: 2,3 MILHÕES DE DÓLARES

Escreve Andrew Jennings: Fotos revelam o estilo de vida efervescente que a Fifa oferece ao público endinheirado que vem ao Brasil para a Copa do Mundo. Essa semana, o secretário geral da FIFA, Jerôme Valcke, anunciou que a Maison Taittinger terá exclusividade para abastecer de champanhe os compradores dos pacotes VIP Hospitality.

Essas suítes, em estádios como o Maracanã, custam mais de 2,3 milhões de dólares para todo o campeonato. Esse folheto de propaganda de circulação limitada foi disponibilizado pela FIFA apenas para os 250 indivíduos e empresas mais ricos do mundo, com condições de usufruir a vida nas su’ites milionárias que aparecem nas ilustrações.

De modo chocante revelam que são poucos os consumidores ricos que realmente querem ver o futebol. Enquanto os jogos rolam, eles irão bebericar champanhe em copos flute, falar de negócios e se entreter, todo o tempo de costas para o campo!

As suítes privativas, as mais caras, tem assentos para oito visitantes. O folheto mostra dois deles assistindo ao jogo e os outros seis comendo, conversando e fazendo pedidos ao garçom sem demonstrar o menor interesse pelo espetáculo no gramado.

Os clientes se sentarão em poltronas confortáveis e terão a seu dispor “bar e serviço de alimentação luxuosos, um brinde comemorativo, um kit vip de hospitalidade e serão recebidos por hostesses”.

No Studio Bossa Nova a situação é ainda pior. Ali são 14 visitantes, bebendo, comendo e conversando – mas apenas dois entretidos com o futebol.

Os clientes ainda podem optar por ‘poltronas especialmente acolchoadas’, as Business Seats, com bar de primeira linha e alimentação de alta qualidade.

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HOSTESSES

As hostess são mais do que meras recepcionistas. Elas são uma espécie de cartão de visitas dos estabelecimentos. Por isso mesmo, elementos como beleza, simpatia e personalidade são atributos importantes para quem trabalha no meio.

De uma forma ou de outra, a imagem das hostess acaba se confundindo com a imagem da própria casa em que elas trabalham, e vice-versa.

Apesar do predomínio feminino, existem homens que trabalham na área; são os hosts. Eles desempenham as mesmas funções das hostess, ou seja, tratam os clientes com personalidade.

As hostesses, que vão trabalhar na Copa, são a cara da Fifa, repleta de cartolas ladrões e representantes da pirataria internacional.

Vejam outrros  sinôminos:

Falar sobre hostess é sempre um assunto complicado, como eu já citei um pouco no post sobre Agejo, informa uma blogueira japonesa.

Kyabajo significa “garotas de cabaré” que surgiram no final dos anos 80, no Japão, e também são conhecidas como “hostess”, são meninas que trabalham como acompanhantes de homens muitas vezes mais velhos, não necessariamente oferecendo serviços sexuais.

As Kyabajo são mulheres entre 20 e 30 anos, que trabalham a noite como hostess nos Kyabakura (cabaret clubs).

Geralmente elas são mães solteiras que não conseguem se sustentar apenas com o trabalho diário ou universitárias que precisam pagar suas mensalidades e então viram acompanhantes de homens mais velhos.

As Agejo são derivadas das Kyabajo apenas pelo estilo, mas elas não precisam necessariamente ter filhos ou trabalhar em casas noturnas. A moda Agejo surgiu em outubro de 2006 com a inauguração da revista Koakuma Ageha (que significa algo como “pequeno diabo da noite”)

Bom, mas todo mundo sabe que uma garota numa condição ruim ou com uma boa quantia em jogo pode sim aceitar uma proposta de sexo com um cliente, isso vai da vontade da garota, não necessariamente todas fazem isso!

Por isso muitos estrangeiros pensam em prostituição quando vêem uma gyaru principalmente no estilo Agejo que é um dos mais sexy dentro de gyaru, na verdade é muito difícil para uma pessoa ocidental entender a profissão de Hostess, para quase todo mundo é uma perca de dinheiro pagar para alguém só pra ter companhia!

No Brasil, a prostituição Vip usa vários termos para as garotas de programas e recepcionistas de eventos. Agora, fica valendo a classificação de hoste$$.

O que acontecerá com as meninas e garotos, que neste mundo de bilhões rolando no tapete verde, se ofereceram como voluntários, isto é, para trabalhar de graça, como escravas de gananciosos piratas? A imprensa brasileira fez o maior carnaval: vá correndo se inscrever. Era importante investigar as vítimas voluntárias da Fifa.

Na Copa das Confederações atuaram mais de 20 mil.9.118 pessoas manifestaram interesse em se apresentar no encerramento da competição, no Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, no Rio de Janeiro.

Para concorrer não era necessário ter experiência como bailarina. As exigências eram morar no Rio de Janeiro ou em cidades vizinhas e ter disponibilidade para ensaiar no período da noite ao menos três vezes por semana.

Após uma pré-seleção, os papéis de cada um dos voluntários foram definidos em triagem. O espetáculo foi comandado pelo carnavalesco da Unidos da Tijuca, Paulo Barros. A abertura em Brasília contou com 2.600 bailarinos e 200 voluntários de suporte, que incluem produção de elenco, figurino, alegorias, gerência de palco e auxiliar de produção. Fonte: Agência Brasil

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Não, Carla não vai ao Mundial-2014. “O Brasil precisa de estádios?”, pergunta

Carla Dauden

Carla Dauden, cidadã brasileira residente nos EUA, garante que não vai ao Mundial de futebol nem aos Jogos Olímpicos no Brasil, em em 2014 e 2016, respectivamente. Num vídeo que publicou ontem no YouTube, e que já reuniu mais de meio milhão de visualizações, explica porquê. “O mundo tem que saber o que realmente está acontecendo” num país que vai gastar milhões a organizar estes eventos desportivos.

Carla é directora de fotografia nos EUA e decidiu gravar um vídeo como resposta a todos aqueles que pensam que o Brasil é só “samba”, “mulheres”, “festas” e “futebol”. Todos lhe dizem que querem ir ao Mundial-2014.

“Mas é aqui que a coisa fica séria”. A jovem brasileira foi buscar os números e quis mostrá-los ao mundo. O Mundial de futebol pode custar ao Estado quase 12 milhões de euros – “mais do que os três últimos mundiais juntos” – e tudo num país que ocupa o 85º posto no ranking de desenvolvimento humano, onde “13 milhões de pessoas passam fome”, onde o “analfabetismo pode atingir os 21%” e “onde muitas pessoas morrem à espera de tratamento médico”.

“Esse país precisa de estádios?”, pergunta.

Enquanto nas ruas brasileiras continuam os protestos, o vídeo que ontem publicou já chegou a mais de meio milhão de pessoas. No Twitter, a directora de fotografia já agradeceu o apoio e a divulgação e promete continuar a luta pela mudança no Brasil. (Jornal Sol, Portugal)

Realize sua Copa paralela. Qualquer pelada serve de protesto. Que o povo faça o seu jogo sem Fifa, empreiteiras e cartolas

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Neste sábado, com o início a Copa das Confederações no Brasil, uma outra copa está acontecendo no Rio de Janeiro, a Copa Popular Contra as Remoções! Um campeonato que quer promover a integração das comunidades ameaçadas por esse projeto de cidade que exclui a população de baixa renda do Rio de Janeiro.

Providência, Santa Marta, Salgueiro, Indiana, Muzema, Vila Autódromo, Vila Recreio II e muitas outras comunidades estarão presentes! Os jogos começaram às 9h. Chega mais! No dia vai ser lançado o saci como Mascote Popular da Copa! O saci é copyleft, vai poder ser vendido nos mercados populares e pelos ambulantes.

Desde às 17h, começou uma festa junina no mesmo local. Quilombo da Gamboa foi o nome escolhido pelos futuros moradores do conjunto que será construído na zona portuária, bem no centro da dita revitalização do Porto Maravilha, em frente à Cidade do Samba. Local conquistado com muita luta e mobilização e que será palco da Copa!

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Coca - Cola

Pobres y “torcedores” se convierten en las grandes víctimas de los preparativos del Mundial y las Olimpiadas en Brasil

Por José Manuel Rambia

 Sergei Tunin
Sergei Tunin

La FIFA quiere consumidores

La propia FIFA es responsable en gran medida de esta visión economicista. Curiosamente fue un brasileño, João Havelange, quien con su llegada a la presidencia de la organización allá por 1974, sentó las bases de esta concepción empresarial y mercantilista del fútbol al vincular las competiciones con el patrocinio de grandes firmas como Adidas o Coca Cola y al transformar los derechos de televisión en una de las claves del negocio. El  modelo fue consolidado por su sucesor y actual presidente, Joseph Blatter. Modelo que ha despertado no pocas voces críticas en Brasil durante los últimos meses. Una de ellas es la del ex futbolista y actual diputado por el Partido Socialista de Brasil, Romário da Souza Faria“Brasil será entregado a una FIFA que se va a llevar más de 3.000 millones de reales y no va a pagar ni mil”, denunciaba en una entrevista al diario O Globo. El veterano deportista también  denunciaba la exclusión de las capas medias y populares de un Mundial que solo podría ser disfrutado por una minoría de extranjeros y miembros de las clases altas brasileñas, al tiempo que rechazaba las imposiciones de la FIFA. “Brasil no puede darse a cambio de una Copa”, señalaba.

Quizá la mayor paradoja de todo ello sea que entre las numerosas  víctimas colaterales del modelo FIFA se encuentre el propio fútbol y especialmente, la forma en que el aficionado brasileño vivía la torcidaComo destaca el antropólogo Marcos Alvito, el objetivo es transformar al torcedor en consumidor, al tiempo que se impone en los estadios la misma vigilancia panóptica que se promueve en las calles. “Las autoridades intentan garantizar un fútbol ‘higienizado’, un producto televisivo no perturbado por ningún disturbio, donde la torciday sus manifestaciones más extremas aparecen como aquello que en teoría de la comunicación se llama ruido”, señala este profesor de Historia en la Universidad Federal Fluminense y uno de los fundadores de la Asociación Nacional de Torcedores.

Alvito insiste en cómo, con la excusa de la violencia en los estadios, “han sido tomadas una serie de medidas de control y monitorización de todos los torcedores”. En este sentido, el  también antropólogo Antonio Holzmeister recogía en su cuaderno de campo el impacto de estas prácticas a propósito de su experiencia durante un partido entre el Atlético Paranense y el Paraná. “Lo que más me impresionó fue cuando un jugador del Paraná lanzó el balón a la grada, que fue rápidamente escondido por un torcedor atlético debajo de su camisa. Poco después escucho en los altavoces: ’Torcedor atlético que viste la camiseta número 23, usted está siendo filmado, devuelva la pelota inmediatamente o será expulsado del estadio’. Intimidación rápidamente obedecida por el aficionado”.

Pero sobre todo, el torcedor brasileño ve como paulatinamente las normas de la FIFA le impiden buena parte de sus manifestaciones más particulares como las bandas de música, los grupos de percusión, las coreografías, las bengalas, el baile de banderas, los gigantescos bandeirões capaces de ocultar toda una grada, o simplemente, seguir en pie el partido. En buena medida eso se ha debido a los cambios introducidos en los estadios que tienden a una drástica reducción de su capacidad, especialmente de las localidades más baratas. Maracanã vuelve a ser ejemplificador. Inaugurado como el mayor estadio del mundo con una capacidad oficial para 155.000 personas, llegó a acoger a más de 200.000 espectadores en la mítica final de la Copa de 1950 donde Brasil cayó derrotado tras una remontada de la selección uruguaya. El 80% de aquel aforo estaba destinado para las entradas más baratas. Ahora, el nuevo Maracanã ha limitado su capacidad a unas 78.000 plazas, todas sentadas y acolchadas, que incluyen el palco de autoridades y de prensa, así como unos 12.750 asientos VIP distribuidos entre 10.000 asientos Premium y 110 palcos privados de 80 metros cuadrados cada uno y aforo para 25 personas.

Todo ello ha ocasionado un incremento desorbitado del precio de las entradas que, a su vez, aleja a las capas populares de los estadios. Según un estudio realizado por la consultora Pluri, el coste de las entradas de fútbol en Brasil ha subido un 300% en la última década, pasando de los 9,50 reales de media que costaban en 2003 a los 38 que se paga en la actualidad. Este encarecimiento es muy superior tanto a la inflación del 73% acumulada durante ese mismo periodo, como a la revalorización del 37% experimentado por la renta media del trabajador que, según el estudio, se sitúa hoy en unos 1.955 reales (754 euros).

Brasil parece así desandar el camino recorrido en los inicios del pasado siglo, que le llevó hasta convertir el fútbol en una de sus principales señas de identidad. Si a finales del siglo XIX el balompié llegó al país en las aristocráticas maletas de jóvenes que, como Charles Miller u Oscar Cox, regresaban de estudiar en Inglaterra, las primeras décadas del siglo XX fueron el escenario de un auténtico conflicto social por la democratización del deporte. Mientras la élite social defendía un modelo que expulsaba de los campos y las competiciones de prestigio a los negros y los trabajadores, estos por su cuenta inventaban en las calles ese juego creativo e imaginativo que acabaría caracterizando al fútbol brasileño. Será en los años 20 y 30 cuando la paulatina profesionalización del fútbol permitió la irrupción de jugadores negros y de las clases populares, mientras el nuevo sistema de venta de entradas lo transformaba en un espectáculo de masas rescatándolo de los clubes privados de la burguesía blanca. Paralelamente, fue tomando cuerpo una manera de vivir la afición que al entroncar con el espíritu de rebeldía juvenil de los años 70, acabó hallando su máxima expresión en la torcida organizada.

Hoy la globalización ha convertido a Brasil en un exportador nato de jugadores al precio de vaciar sus clubs de las grandes figuras sobre las que se asentaba la afición. Así, al pasear por las calles brasileñas es casi más fácil tropezarse con aficionados vistiendo camisetas del FC Barcelona, el Real Madrid o cualquier otro equipo europeo donde juegue alguna de las figuras brasileñas, que con torcedores luciendo los colores del Corinthians, el Fluminense o el Vasco de Gama. Ahora las restricciones impuestas por la FIFA amenazan con dar el tiro de gracia a una forma de vivir el fútbol que, con todas las contradicciones sociales y políticas que caracterizaron su historia, se convirtió en seña de identidad de un país. Un golpe final que llega con el implacable tsunami del Mundial y sus secuelas de especulación inmobiliaria, mercantilización y exclusión social justificadas en nombre del mayor espectáculo del mundo.

Martirena
Martirena

Escândalos de corrupção na FIFA

Unknown

Os escândalos vão aumentar com a Copa do Mundo no Brasil. De uma maneira que influenciarão, em 2014, as eleições presidencial e dos governadores dos Estados que sediarão jogos.

Na campanha eleitoral serão denunciados vários crimes: 170 mil despejos, e os super, super faturamentos de  obras e serviços, que provocarão o endividamento de governos municipais e estaduais. No final, o Governo Federal, isto é, o povo pagará todas as contas.

O Brasil realizou uma copa em 1950, que nenhum país da Europa, depois da II Grande Guerra, tinha condições de patrocinar.

São exemplares as crises da Grécia hoje depois da olimpíada, e da África do Sul que desperdiçou dinheiro na última copa, a de 2010.

Na Fifa reina a corrupção.

El organismo rector del deporte rey está salpicado por un nuevo escándalo de corrupción. El presidente de la FIFA, Joseph Blatter, ha vuelto a causar controversia tras involucrar a reconocidos dirigentes del fútbol mundial.

Todo comenzó el pasado 11 de julio cuando un tribunal suizo reveló los millonarios sobornos (unos 22 millones de dólares) que recibieron Joan Havelange, presidente honorario de la FIFA, y el ex presidente de la Confederación Brasileña, Ricardo Teixeira, por parte de ISL, una agencia de marketing y de derechos televisivos ligada por muchos a años a la FIFA.

Copa do Mundo: espetáculo sectário, autoritário, perdulário

por Helio Fernandes

A partir da Olimpíada de 1920, messiê Jules Rimet aumentou sua obsessão de realizar uma competição de futebol que não fosse subordinada a nenhum evento, tivesse vida própria. Assistiu à Olimpíada de 1924, ganha pelo Uruguai, à de 1928, também vencida pelo Uruguai, que se consagrou como a “Celeste Olímpica”.

Em 1930 concretizou seu sonho, a primeira Copa do Mundo foi no Uruguai, pelo passado e pelo presente. O Uruguai completava 100 anos da Independência. Eram 8 países convidados, não existia eliminatória, nem estádios assombrosos, luxuosos, suntuosos. Apenas o Estádio Centenário, que existe sem reformas altamente custosas.

O tempo passou, chegamos à realidade de agora. No momento vários países disputam sediar a Copa de 2026, a de 2030 já está prática e justamente destinada: será no Uruguai-Argentina, uma parceria. Principalmente para a Fifa que já patrocinou um fracasso total, jogado entre Japão e Coréia do Sul. Sete horas de avião de um país para outro, moeda diferente, língua idem, e por aí vai.

A de 2026, luta enorme entre México e EUA. Por que essa antecedência, se antigamente o anfitrião era indicado entre 5 e 6 anos antes. Preponderância da corrupção e do poder financeiro. Por causa disso, a Fifa mudou seus hábitos, escolheu no mesmo dia (inédito e surpreendente) duas sedes. Rússia 2018. Qatar 2022. O dinheiro “correu solto”. (Parecia até a reeleição de FHC).

A escolha da Rússia, no distante 2018, e a do Qatar, no mais longínquo 2022, acusações que correram o mundo. Blatter, um dos acusados, aproveitou para expulsar os adversários, contabilizou (ou contaminou) mais uma reeleição. De simples funcionário (amanuense), se transformou em riquíssimo personagem esportivo.

O AMANUENSE BLATTER

Tem um plano de saúde para sempre, ao custo de 300 mil dólares. Aposentadoria majestosa, salários mensais ou anuais, que não consegui descobrir de quanto é. Fora as mordomias, avião especial, por que iria se misturar com a plebe vil e ignara?

Com toda essa deficiência de competência e de caráter, se permite fazer exigências a um país como o Brasil, que aceita tudo, incluindo mudanças constitucionais. Lembrando seu secretário-geral, Jerome Valcke, que disse para todo mundo ouvir: “O Brasil deveria levar um pontapé no traseiro”. Inacreditável, continuam vindo ao país, dando ordens ou fazendo restrições.

A Copa do mundo geralmente não deixa “herança” positiva para a coletividade, gastam fortunas em estádios desnecessários, e depois, praticamente inúteis. Muito mais elogiável e facilmente verificável é a Olimpíada. Podem dizer, “beneficia apenas uma cidade”. Vejam o Rio, hoje um “canteiro de obras” em todos os lugares, do subúrbio à Zona Sul, tudo para a população. E que reflete e repercute no país inteiro.

Desmoralizaram até o Maracanã, um símbolo respeitado no mundo inteiro. Na Copa do Mundo de 50 não eram exigidos tantos estádios, também não havia eliminatórias. Na final Brasil-Uruguai, histórica pelo monumental silêncio provocado pela derrota. E histórica pelo fato de estarem presentes 200 mil pessoas, ou até mais.

MARACANÃ E AS “REFORMAS”

Na bancada de imprensa, em cada cadeira, ficavam 5 jornalistas em pé. Depois, na eliminatória de 1978, Brasil-Paraguai, mais de 188 mil pessoas. Num jogo Flamengo-Fluminense, mais de 170 mil pagantes. Agora, na “reforma” desse Maracanã do qual tanto nos orgulhamos, quase um bilhão de reais desperdiçados. Para ser mais exato e com os números oficiais: 882 milhões.

Não podemos esquecer: nos 4 anos do governador Garotinho, obras de mais de 300 milhões. A seguir, no governo de Dona Garotinha, outra reforma no custo de mais 400 milhões. Isso em quanto tempo? 12 anos. E as duas obras executadas pelo mesmo personagem, chamado de Chiquinho da Mangueira, eleito deputado estadual, se licenciava, logo ia para a Secretaria de Esportes e o Maracanã.

Acabava o governador Garotinho, voltava para a Alerj, era reeleito, outra vez a palavra voltava, para a mesma Secretaria de Esportes e para mais obras no Maracanã. O que mudava? Saía o marido, entrava a mulher.

Excluído o Maracanã, apresentemos apenas os totais oficiais de 10 estádios. Sem qualquer aparelhamento ou discussão sobre números, só o que o Ministério do Esporte divulga: 5 bilhões e 160 milhões. O que ficará para a comunidade? Só o exagero.

O mais caro, São Paulo, acima de 800 milhões. O menos dispendioso, do Paraná, pouco mais de 200 milhões. E foram construídos com uma capacidade aceitável, com previsão de público razoável para esses estádios.

EM BRASÍLIA, O ABSURDO

Absurdo completo: 70 mil pessoas em Brasília, que nem campeonato trem. (Mais importante na capital é “A pelada do Estevão, disputada). O único estádio pronto é o de Fortaleza, ao custo e mais de 700 milhões, não estão incluídos na lista de mais de 5 bilhões.

Esse estádio é chamado de “Castelão”, muita gente pensa que é por causa do ditador Castelo Branco. Quando foi construído (agora monumentalizado), Castelo nem era nascido. É que naquela região só existiam castelos, ultrapassados.

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PS – Para terminar: estava demorando o Parreira posar para câmeras e holofotes. Diz: “O Brasil não tem direito de perder outra Copa em casa”. Além de não se aproveitar nada do que falou, esta preciosidade: “O Zagallo me ajudou muito nas duas Copas”. A primeira, 1994, a mais fraca de todas, vencida nos pênaltis, depois de uma classificação com um gol milagroso e mediúnico do Branco.

PS2 – A segunda Copa a que ele se refere foi a de 2006 na Alemanha. Vexame completo, até hoje inesquecível, vive na mente e no coração dos brasileiros. Agora apela para o apoio do torcedor: “É preciso envolver todo mundo no projeto vitória. E quando falo todo mundo, é o país inteiro”. Por que o povão confiaria na Comissão Técnica, comandada por esse Marin, que foi parceiro, “vice e depois governador da ditadura”?

PS3 – Guardei para o fim o único elogio geral. A Copa de 1930 no Uruguai, que festejava os 100 anos de liberdade. Em 2030, 100 anos da primeira Copa, resta saber o que a autoritária, arrogante e corrupta Fifa vai exigir dos anfitriões.

Jornalista Mauri König recebe Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa

Prêmio talvez intimide os delegados de Beto Richa que encomendaram a morte de um expressivo nome do Jornalismo Investigativo do Brasil

Brasil disputa com o México a Copa de Chacina de Jornalistas
Brasil disputa com o México a Copa de Chacina de Jornalistas

O repórter Mauri König recebeu, este ano, o Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa.

O Comitê de Proteção dos Jornalistas, CPJ, na sigla em inglês, entidade internacional independente e sem fins lucrativos dedicada a defender a liberdade de imprensa, premia o trabalho de jornalistas que arriscaram a vida para realizar reportagens investigativas e sofreram represálias pelo trabalho que realizavam.

Além de König, foram homenageados Mae Azango, da Libéria, Dhondup Wangchen, da China, e Azimjon Askarov, do Quirguistão – os dois últimos estão encarcerados por suas reportagens críticas.

Para König, a surpresa de ser escolhido é ainda maior por não haver inscrição para este prêmio. “A escolha depende do próprio Comitê, que fica monitorando os jornalistas no mundo inteiro. Foi uma surpresa bem grande, não cogitava ganhar esse prêmio, que é um reconhecimento que parte do próprio Comitê e não de alguém que indica. Considero o principal prêmio do jornalismo que já ganhei.”

Trajetória

Mauri König é considerado pelo CPJ como um dos principais jornalistas investigativos do Brasil e passou os últimos 22 anos informando os leitores sobre abusos contra os direitos humanos e corrupção.

No final do ano 2000, a Gazeta do Povo iniciou a publicação de uma série de reportagens em que König investigou o recrutamento e sequestro de crianças brasileiras para o serviço militar no Paraguai.

Três anos depois, o jornalista fez um trabalho mostrando uma rede de crimes envolvendo policiais civis e carros roubados. Devido às ameaças que sofreu, Mauri teve de se mudar com a família de Foz do Iguaçu para Curitiba. O último grande trabalho do repórter foi sobre exploração sexual nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, que foi publicado na primeira semana de setembro, depois de dois meses e meio de produção.