O que vai fazer nos EUA a Procuradoria-Geral do Brasil? Acusar a Petrobras? Salvo melhor juízo, um Estado não vai ao estrangeiro acusar a si mesmo ou ajudar outro Estado a lhe fazer acusações

Quem deveria ir aos EUA é a AGU

 

 

 

 

Janota

 

por Motta Araújo

O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot [foto], e mais um grupo de procuradores de Brasilia e do Paraná viajaram ontem para Washington em função da Operação Lava Jato (O Globo). Algumas questões conceituais:

1. Por causa dessa Operação, a Petrobras está sendo objeto de três tipos de processos nos EUA. Um na Comissão de Valores Mobiliarios (SEC), uma série de ações civeis coletivas de acionistas minoritarios (class actions) e, a mais grave, uma ação criminal no Departamento de Justiça.

2. Portanto, está claro e sem dúvidas que quem está sendo processado num País estrangeiro é uma estatal controlada pelo governo brasileiro, que é ré desses processos.

3. A Procuradoria-Geral da República é uma entidade que opera pela acusação, funciona como acusadora.

A PGR por definição não defende, ela é a parte acusatoria no Brasil, lá fora não poderia agir.

Pergunta-se: O que vai fazer nos EUA a Procuradoria-Geral da República do Brasil? Vai ajudar os americanos na acusação contra a Petrobras? Mas a Petrobras é parte do Estado que lhes paga os salarios, está sendo atacada no estrangeiro, eles vão lá ajudar os autores das ações?

4. Quem deveria ir para os EUA é a Advocacia-Geral da União, orgão que funciona como defensora dos interesses do Estado brasileiro. A AGU poderia ir aos EUA para ser auxiliar da defesa dos advogados da Petrobras porque, salvo melhor juizo, um Estado não vai ao estrangeiro acusar a si mesmo ou ajudar outro Estado a lhe fazer acusações. Quem processa a Petrobras indiretamente está processando o Estado brasileiro.

Fora do Brasil só há um ente que representa o Brasil, o Estado brasileiro, representado pelo Poder Executivo (art.84 da Constituição). Só o Poder Executivo representa o Brasil no exterior, a PGR não é um Estado separado do Brasil.

Quem representa o Brasil em Washington é a Embaixada do Brasil, a quem cabe os contatos com o Governo americano e suas dependências, a Embaixada deveria estar atenta para proteger a Petrobras nos EUA.

5.O Procurador-Geral e seu grupo vão ao Departamento de Justiça fazer o quê? Ajudar na acusação à Petrobras?

A única coisa sobre Petrobras que existe no Departamento de Justiça é uma investigação criminal contra a empresa Petrobras, os procuradores vão lá reforçar a acusação? É a unica coisa que podem fazer, defesa não é com eles, é com a AGU.

Vão ao FBI fazer o que? Pedir para ajudar em investigações contra a PETROBRAS? Mas a PETROBRAS é controlada pela União, vão pedir a uma potencia estrangeira investigar a PETROBRAS?

Alguem imaginou o Procurador Geral dos EUA vir ao Brasil pedir que nossa Policia Federal do Brasil investigue o EXIMBANK, banco controlado pelo Governo dos EUA?

Na ansia de detonar o que restou de credibilidade à PETROBRAS não hesitam em tocar fogo nas vestes, detonar no exterior a estatal que com todos seus defeitos gera o caixa que lhes paga os robustos salarios.

A PGR vai a Washington ajudar seus colegas americanos a ferrar a PETROBRAS. Parece que esse é o objetivo.

O clima contra a PETROBRAS já esta bem pesado nos EUA, a PGR não vai lá para amenizar esse clima, só a prsença dos Procuradores brasileiros vai aumentar a temperatura da fornalha onde querem queimar lá a Petrobras.

As perdas que o Brasil e a PETROBRAS podem sofrer em termos de rating, perda de linhas de credito, dano à imagem corporativa, danos a imagem do Pais, incapacidade de conseguir parceiros e licitantes para novos investimentos, superam infinitamente qualquer beneficio em perseguir corruptos, conseguir mais provas para processar mais gente, tentar rastrear dinheiros (aliás para isso não precisa viajar, o COAF tem acordos, basta um e-mail). A cada etapa da Lava Jato mais os prejuizos ao Pais vão aumentado, já passou do limite de colocar gente na fogueira e queimar o Pais junto, é impressionante não perceberem isso.

Minha menção a Nuremberg refere-se ao Tribunal Internacional sobre Crimes de Guerra. Vinte reus alemães foram os julgados, todos com pesada ficha de atos que contribuiram para a guerra, para o genocidio e por violações da Convenção sobre crimes de guerra de Genebra. Por mais que fizessem os Procuradores americanos, russos, franceses e ingleses não conseguiram testemunhas alemãs para depor contra reus alemães, esses não ajudaram a processar alemaes, mesmo os piores crimonosos mas a maioria dos advogados de defesa eram alemães.

Realmente não dá para entender a PGR recorrer a um Pais estrangeiro para uma questão que só diz respeito aos brasileiros, acima do interesse da Justiça está o interesse do Brasil como Estado. GGN

 

 

 

 

O ALERTA VERMELHO DA PRIVATIZAÇÃO

Quanto maior o lucro, mais facilidades para a privatização.

É o Brasil dependente. Que o tráfico aéreo constitui a principal via de integra-ção nacional. Depois o transporte rodoviário. As estradas privatizadas pelos tucanos e petistas, com a criação de novas porteiras de pedágios.

No Brasil não existem navios de passageiros, nem trens.

As ferrovias e navios são transportes de cargas. Tanto que uma ferrovia, hojemente, liga um porto a uma mineradora ou a um latifúndio. Todos estrangeiros. Piratas do mar, terra e ar.

Moody`s sobe a nota do Brasil, pelo alto grau de vassalagem

Corsários e piratas dão a nota máxima para o Brasil.
Os especuladores da bolsa de valores dão a nota máxima para o Brasil.
Os banqueiros agiotas dão a nota máxima para o Brasil.
Uma nota que representa o grau de satisfação deles.

Política do balancê

Ou da punheta econômica se faz no sobe e desce do dólar.

Comprar dólar pro dólar baixar.
Comprar dólar pro dólar subir.
O dólar tem que ser na medida. Como a chuva no Brasil.

Política do orgasmo

Eles gozam na variação. No baixar e subir. No subir e baixar. Do dólar oficial. Do dólar paralelo. Do câmbio negro.

Política do estupro

O Brasil perde dinheiro quando o dólar sobe.
E perde dinheiro quando o dólar baixa.
O Brasil não ganha uma.

A moeda do Brasil paralelo

O Brasil paga em dólar (quando o dólar está nas alturas) para os predadores.
Que nossa moeda não vale neca.
Não circula em país nenhum.

Uma dívida nunca auditada

Quando aumentam os juros sobre os juros, os banqueiros agiotas dão nota alta para o Brasil, trem pagador dos serviços essenciais lá no Primeiro Mundo, para as populações do G-20 e dos países atômicos.

Quanto maior a dívida, maior a nota da Moody`s.
Quanto mais se paga a dívida, maior a nota da Moody`s.
Quanto mais se paga a dívida, mais ela incha. Cresce que nem o bolo de Delfim Neto. É uma dívida fermento. Dívida balão. Dívida paga a ladrão. Dívida de país que paga proteção.

Moody`s, a Cerasa dos países pobres

A política punheta do sobe dólar, baixa dólar, faz uma minoria de novos ricos, milionários da noite pro dia, e de bilionários íntimos do rei.

Mas quando o dólar cai, o real não sobe nem com Viagra.
Assim quanto mais desvalorizado o real, maior a nota da Moody`s.

Quanto mais entreguismo,
privatizações,
desnacionalizações,
tráfico de moeda para os paraísos fiscais,
enriquecimento ilícito de ministros,
maior a nota da Moody`s.

Moody`s, o IPC dos países endividados

Hoje o Diário do Comércio repete recente entrevista de Fernando Henrique. De propaganda para novas privatizações:
“Deu um nó na infraestrutura. O cenário: aeroportos superlotados e defasados, estradas precárias, hidrovias e ferrovias abandonadas”.

“Governo arrecada muito e oferece pouco”

Quanto mais o Brasil arrecada impostos, maior a nota da Moody`s.
Quanto menos o governo investe em serviços para o povo, maior a nota da Moody`s.

Quanto mais o Brasil arrecada em impostos diretos e indiretos, para fazer déficit primário, isto é, economiza, para fazer caixa para pagar a dívida, maior a nota da Moody`s.

Brasil colônia

O Brasil voltou aos tempos coloniais.
Cada vez mais dependente das importações de alimento. De tudo que é necessário para a vida.
É o maior importador do mundo de

trigo,
água,
medicamentos,
sangue.

O quinto importador de arroz.
Importa até feijão.

Quanto mais dependente, maior a nota da Moody`s

O Brasil é o país das montadoras e oficinas.

Quanto mais vassalagem, maior a nota da Moody`s