Para entender a Operação Lava Jato, a propaganda golpista da imprensa e a campanha de destruição da Petrobras pelos traidores do Brasil

Federação Única dos Petroleiros denuncia a privatização dos lucros, a terceirização do trabalho, o entreguismo & outras maquinações  dos falsos defensores da Petrobras. Conheça a Verdade

 

Petrobrás: Rumo à gestão da destruição!

Victor Ndula
Victor Ndula

 
Nos últimos meses, a Petrobrás tem sofrido uma forte exposição, ou melhor, uma fritura na mídia nacional e internacional por conta de uma “suposta” deterioração da sua condição financeira e do esquema de corrupção em contratos de terceirização, cuja investigação foi denominada de Operação Lava Jato. O ápice desse processo ocorreu, em primeiro lugar, com a divulgação das demonstrações contábeis do terceiro trimestre de 2014 e, segundo lugar, com a renúncia da atual presidente e de cinco diretores da Petrobrás.

 

Progresso da estrutura produtiva e operacional da Petrobrás.

 

As demonstrações contábeis do terceiro trimestre divulgadas pela Petrobrás não confirmaram esse cenário de deterioração, uma vez que alguns resultados, omitidos ou minimizados pela diretoria demissionária, apontaram um contínuo progresso da estrutura produtiva e operacional da Petrobrás.

 

A produção de petróleo e LGN aumentou em 6%, em relação ao terceiro trimestre de 2013, em função dos excelentes resultados operacionais de algumas plataformas da Bacia de Campos, bem como por conta da inauguração do sistema de produção antecipada (SPA) de Tartaruga Verde e dos testes de longa duração na área do pré-sal de Iara Oeste.

 

 

A produção de gás natural também apresentou uma expansão significativa (7%), basicamente pelo aumento dos sistemas de produção de algumas plataformas das Bacias de Campos e de Santos.

 

 

Além disso, em setembro de 2014, a Petrobrás alcançou um novo recorde da produção do pré-sal (532 mil barris/dia).

 

 

Fora isso, as análises de mercado a respeito da redução de lucro da Petrobrás, em geral, desconsideraram o cenário de forte retração da demanda e do preço do petróleo que impactaram várias gigantes do setor. Se a Petrobrás conseguiu um lucro de R$ 3,1 bilhões, no terceiro trimestre de 2014, a norueguesa Statoil apresentou prejuízo próximo à R$ 1,8 bilhão e a russa Rosneft um lucro irrisório de R$ 57,1 milhões.

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As pressões do mercado e os pretensos prejuízos do caso Lava a Jato

Graça

Ignorando o turbulento cenário externo e os êxitos operacionais – que colocam grandes perspectivas para a Petrobrás no médio prazo –, a diretoria da companhia, de modo desastroso, cedeu às pressões do mercado.

 

Ao invés de dar ênfase aos resultados operacionais e as perspectivas futuras, a apresentação das Demonstrações Contábeis se resumiu a fazer um resumo, mal e porcamente, dos pretensos prejuízos do caso Lava a Jato.

 

Maquinações da PwC e Bolsa de Valores

 

Como se isso não bastasse, ressaltou o fato dos resultados não terem sido auditados pela PwC, a mesma auditoria que havia avaliado como excelentes os ativos do banco Lehman Brothers logo antes da sua quebra na crise internacional de 2008.

 

Em outras palavras, a diretoria da Petrobrás sucumbiu aos fundamentos da Bolsa de Valores de suposta credibilidade – a mesma credibilidade que legitimou a quebradeira internacional de 2008 – e deixou, em segundo plano, os sucessos operacionais alcançados por toda sua força de trabalho.
Mas, o enquadramento da Petrobrás ao mercado não parou nesse aspecto. A criação da Diretoria de Governança, Risco e Conformidade, ocupada pelo empresário João Adalberto Elek Junior, foi mais um exemplo de que a gestão não tem se mostrado comprometida em dar fim às raízes da corrupção, mas apenas dar uma resposta ao mercado.

 

Toda corrupção está nos contratos de terceirização

 

Como já afirmado pela FUP diversas vezes, “a corrupção sempre esteve intimamente ligada à terceirização do trabalho no Sistema Petrobrás”.

 

O processo de eliminação da corrupção sempre dependeu do fim dos contratos de terceirização, estes mesmos que deram início a todos os esquemas de desvios de recursos da empresa.

 

Torna-se fundamental ressaltar que isso não significa afetar a vida dos petroleiros terceirizados, que devem ter seus empregos e salários preservados, mas, sim, eliminar um ciclo vicioso de negociatas que geram rendas extraordinárias apropriadas por executivos e parlamentares.

 

Complô de destruição da Petrobras começou na década de 90

Por fim, a mera mudança da atual diretoria tem sido parte de uma estratégia muito mais ampla definida pelo mercado: a de transformar a Petrobrás naquela da década de 1990, uma empresa reduzida, com menor protagonismo econômico e com menos compromissos sociais.

 

Ou seja, a visão do mercado para a Petrobrás sempre se caracterizou pela forte redução de custos, por meio da desarticulação e redução de áreas de atuação, eliminação dos investimentos em áreas com menor margem lucro (como, na construção de novas refinarias no Nordeste) e, principalmente, o abandono do papel social da empresa em vários municípios isolados pelo interior do país.
Ao sucumbir à estratégia do mercado, a atual direção da Petrobrás/governo tem minado as bases de reconstrução da empresa, que desde 2003, privilegiou a expansão dos investimentos nacionais, geração de tecnologia local e aumento do emprego e renda, a partir da criação de vários elos produtivos.

 

Na verdade, o que a empresa necessita agora é de uma nova reconstrução, com o fim da terceirização, menos centralização decisória e novos investimentos.

 

Mas, o que se vê, até agora, é a implementação da gestão da destruição, liderada pelo mercado e seus parceiros – a mídia, principalmente.

 

Com essa estratégia destrutiva da Petrobrás, o mercado propõe extinguir “um conceito, uma bandeira, uma nação”, como bem definiu Mauro Santayanna. Uma nação que exerce um papel central na vida de grande parte dos trabalhadores brasileiros. Fonte FUT

 

 

O jogo da bolsa e do bolso dos banqueiros. Para uma centena de agências que baixam, outras cem sobem.

Fazer como a Argentina, criou uma agência nacional para fazer o serviço capitalista. O sobe e desce da nota é punheta. Para o povo vai valer sempre a teoria do “nóis sofre, mas nóis goza”

A aposta do quanto pior para o Brasil, melhor para eles: os agiotas bancários e piratas de todas as bandeiras que roubam nossas riquezas.
A aposta do quanto pior para o Brasil, melhor para eles: os agiotas bancários e piratas de todas as bandeiras que roubam nossas riquezas.

 

O tempo passa e o Brasil vai se acabando no balancê balancê

Não é brincadeira de criança. De troca-troca para ver quem come primeiro. A promessa de que só bota a cabecinha. Né não. De combinação as autoridades econômicas estão na dança de cadeiras. E o povo cada vez mais nu, mais miserável.

Escreve Carlos Newton

Edemir Pinto, presidente da BM&F/Bovespa, em entrevista à repórter Mariana Durão (Agência Estado), disse que não fez qualquer indicação para a presidência ou diretoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). “Nunca fizemos indicação. A Bolsa não tem candidato e é uma empresa regulada pela CVM. Não é justo regulado indicar regulador”.

Pois bem, para que a “mentira contada mil vezes não se torne verdade”, principalmente a uma repórter séria como Mariana Durão, este jornalista resolveu fazer uma pesquisa do troca-troca que vem ocorrendo “entre regulado e regulador”, nas palavras de Edemir Pinto, mostrando que as declarações do presidente da Bolsa carecem de exatidão, digamos assim.

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QUEM ERA DA CVM…

Vejam quem era da CVM e depois foi para a BM&F/Bovespa ou para a Bolsa Supervisão de Mercados (BSM):

A) Wladimir Castelo Branco – Funcionário Concursado

Diretor da CVM até 2006. Foi do Conselho de Auto-Regulação da BM&F e hoje está no Conselho de Supervisão da BSM.

B) Pedro Testa – Cargo de Confiança

Assessor do presidente da CVM, Marcelo Trindade, entre 2004 e 2005, hoje está no Conselho de Supervisão da BSM. É sócio do Escritório Trindade Sociedade de Advogados, apesar de julgar processos na BSM.

C) Henrique Rezende Vergara – Funcionário Concursado

Procurador-Chefe e Superintendente da CVM até 2005, hoje é diretor jurídico da BM&F/Bovespa.

D) Marcelo Fernandez Trindade – Cargo de Confiança

Diretor e Presidente da CVM até 2007. É titular do Escritório Trindade Sociedade de Advogados e também conselheiro da BM&F/Bovespa, atuando ao mesmo tempo em processos na CVM e defendendo empresas que são auto-reguladas pela BSM, onde seu sócio Pedro Testa é conselheiro.

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QUEM ERA DA BOLSA…

Agora, vejam quem era da BM&F/Bovespa e da BSM e foi para a CVM:

E) Maria Helena Santana – Cargo de Confiança

Entrou na CVM como diretora em 2006 e ficou como presidente até 2012. Era diretora da Bovespa, antes de ir para a CVM.

F) Otavio Yazbek – Cargo de Confiança

Entrou na CVM como diretor em 2009 e está atuando como presidente Interino da CVM. Era diretor da BM&F e depois foi diretor de Auto-Regulação da BSM.

G) Gabriela Codorniz – Cargo de Confiança

Trabalhava no Escritório Trindade Sociedade de Advogados (ex-BM&F/Bovespa e CVM), sendo agora ouvidora e chefe de gabinete da Presidência da CVM.

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QUEM MANDA EM QUEM?

Trata-se de fatos, do conhecimento de todos. Mostram não só as relações perigosas, mas quem de fato manda na CVM, ou seja, seus regulados – BM&F/Bovespa e BSM.

Se o Ministério Público Federal tivesse interesse em defender a probidade e moralidade
administrativa, ia descobrir muito mais coisa debaixo desse tapete. Por exemplo:

(I) quanto essas pessoas – que vêm e vão, que vão e vêm, de um lado para o outro – receberam dos regulados pagamento em “stock options”, uma forma de remuneração de gestores através de contratos de opções de compra de ações. Dá-se a opção de comprar ações a um determinado valor, mais baixo, é claro.

(II) e quantos processos de interesse da BM&F/Bovespa e da BSM essas pessoas julgaram na CVM, por ocasião de integrarem seu colegiado, depois de terem recebido milhões em stock options da gestão de Edemir Pinto, escancaradamente, sem um mínimo de constrangimento e sem se darem por impedidas.

 Escute a música Balancê. Canta Gal Costa