A MAIS CRASSA MEDIOCRIDADE
por Fernando Monteiro
UM JORNALISTA QUE NÃO SEJA COMPLETAMENTE IMBECIL aspira a algum tipo de legado relevante, na sua vida (um jornalista e um profissional de qualquer outro ramo, é claro).
Mas pensem num jornalista como o Pedro Bial, que começou “normalmente”, fazendo boas reportagens, cobrindo alguns eventos internacionais (a queda do Muro, por exemplo) e chegou até mesmo a dirigir um longa-metragem (razoável) com base em romance de Guimarães Rosa — que ele diz admirar muito.
Então, com esse currículo inicial, você é chamado para apresentar uma coisa totalmente boçal como o “Big Brother” — e, neste 2016, completam-se 16 edições — portanto quase vinte anos — das aspirações dessa pessoa como jornalista se terem reduzido a conversar com um bando de pessoas desocupadas numa casa, dedicadas às mais comezinhas intrigas e “armações”; baixarias entre si, pessoas essas que são, como ele as chama, os seus “HERÓIS” (heróis de que???), gente com quem durante alguns meses ele “convive”, como “apresentador”, na mais deletéria intimidade promíscua num mar de irrelevância que é pior do que a morte: é a Mão em Continência perante a mais crassa mediocridade, a qual vai estar — para sempre — ligada ao seu nome.
Putaquepariu. Se eu fosse ele, me$mo com todo o salário que esteja envolvido nisso, eu preferiria ter morrido num desastre a caminho de Berlim ou de qualquer outra cidade do mundo, vasto mundo no qual eu também não gostaria de me chamar R…
CADA UM TEM A BIOGRAFIA QUE PODE
Nota do editor do blogue: Não poderia ser outro. Tal sujeito foi escalado para escrever a biografia do patrão, Roberto Marinho, que ele louva como jornalista.
Escreve Paulo Moreira Leite: “Embora a maioria dos jornais publique artigos e reportagens condenando obras produzidas sob encomenda, cabe lembrar que seus patrões estão entre grandes clientes de biografias autorizadas.
Procure conhecer a vida dos fundadores e patronos dos principais grupos de comunicação do país.
Numa prova de que não têm confiança suficiente em nossos biógrafos — em sua maioria, jornalistas que assumiram uma segunda carreira — para lhes dar liberdade absoluta de investigação sobre o passado, todos tiveram direito a uma biografia amiga – seja autorizada, encomendada, ou os dois.
Foi assim com Roberto Marinho. Idem para Octavio Frias. A família Mesquita encomendou uma biografia a um profissional da área. Recebeu o trabalho, pagou pelo serviço e decidiu não publicar”.
Os assinalados barões da imprensa viveram no luxo e na luxúria. E teceram promiscuas relações com o executivo, o judiciário e o legislativo visando o enriquecimento ilícito e o monopólio dos meios de comunicação de massa, transformando o país refém de campanhas antinacionalistas, entreguistas, e antipovo.