Dilma: “Onde estão os corruptos da compra da reeleição, do metrô, da pasta rosa? Todos soltos!”

Luscar
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Quando Aécio Neves botou o pé no palácio do governo começou um reinado de terror e corrupção em Minas Gerais.

Quem denunciasse ou fiscalizasse os desmandos era perseguido, espancado, preso ou morto.

Era um estado acéfalo, o governador sempre em férias no Rio e no exterior,  e no seu lugar ficava a mana Andréa Neves pintando o sete, que Aécio estonteado não conseguia fazer um quatro com as pernas. Foi assim que perdeu a carteira de motorista vencida. Tinha uma de policial dos tempos da ditadura militar, dizem.

Um poderoso capo tucano, que teve revelado o trabalho escravo em seus latifúndios, ordenou a chacina de Unaí. Não é atoa que Minas foi o estado que mais matou jornalistas em 2013. Nas suas masmorras, desde janeiro, continua preso Marco Aurélio Carone.

Um coronel da Casa Militar fez uma estudante de jornalismo, adolescente, se ajoelhar com um cano de revólver encostado na cabeça, durante uma solenidade com a presença de Aécio. A jovem (pasme!), estagiária da TV dirigida por Andréa, estava no exercício da profissão.

 

Quinta-feira última, os jornalistas mineiros assinaram um Manifesto de Alerta ao Brasil.

Que tem a dizer a imprensa vendida, o executivo, o legislativo, o judiciário das denúncias de Dilma Rousseff?

A fala da Presidente, no debate da SBT, cara a cara com Aécio, ecoou como um grito de liberdade. (T.A.)

Bira
Bira

 

Dilma: Aécio, você não está acima de qualquer suspeita

 

No debate do SBT, a Presidenta lembrou temas como Lei Seca, aeroporto em Cláudio, nepotismo, entre outras denuncias

Em debate promovido pelo SBT, nesta quinta-feira (16), a Presidenta Dilma Rousseff enfrentou o tucano Aécio Neves. A petista destacou a não punição de crimes cometidos em governos do PSDB, além de lembrar das denuncias contra o mineiro, como o aeroporto construído em Claudio. (Paulo Henrique Amorim)

Abaixo, frases da Presidenta:

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TERCEIRO E ÚLTIMO BLOCO

Candidato, todos os anos 40 mil pessoas morrem por acidentes de trânsito. Muitos por conta de motoristas dirigindo embreagados ou drogados. Queria saber o que acha e como vê a Lei Seca e se todo cidadão que for solicitado deve se dispor a fazer exame de alcool e droga?

Neste momento, Aécio lembrou do episódio em que esteve envolvido em 2011, quando teve a habilitação apreendida no Rio de Janeiro.

Candidato, eu acho a Lei Seca muito importante para o país e o senhor está tentando diminui-la

Ninguém pode dirigir nem drogado nem bêbado. Eu não faço isso e isso afeta a todos os brasileiros.

A lei seca trouxe um bem..

Eu sancionei a Lei Seca. Quero saber o que o sr. acha que todos os cidadãos devem se dispor a fazer exame de álcool e drogas

Eu acho que ninguém deve sair impune por dirigir drogado ou embriagado, porque disso depende a vida de nossos jovens

Se o sr. tiver o mínimo de discernimento, vai reconhecer q seu governo não gastou o mínimo necessário com saúde e educação

O governo do sr deixou de investir R$ 8 milhões na saúde e R$ 7,6 bilhões na educação. O sr. não responde isso

O sr foi obrigado a assinar um Termo de Ajustamento de Gestão pq não cumpriram os investimentos em saúde e educação

Como o sr. acha que pode sentar aqui e se furtar a explicar o porquê teve de assinar um Termo de Ajustamento de Gestão

Dilma lembra o caso do desaparecimento de documentos que comprovam a má gestão de Aécio do site do TCE-MG.

Temos que saber como o aeroporto de Claudio foi construído dentro da fazenda do seu tio

Ao mesmo tempo que outro aeroporto, o de Montezuma, foi construído nas mesmas condições

Eu teria muita honra de ser candidata pelo governo de Minas. Gosto muito do estado e da cidade de BH, onde nasci

No caso de Claudio, o senhor deve explicação, porque o senhor construiu dentro de uma propriedade e a chave estava com um parente seu

Nós não podemos mais tolerar o uso de bens públicos para privilegiar alguns, como o senhor (Aécio) fez no caso do aeroporto pra sua família..

aerporto

Candidato, o senhor manipula as palavras. Todos temos que aceitar que somos iguais perante a lei.

Ninguém está acima de qualquer coisa.

Temos que provar a cada dia que temos respeito pela vida pública, que não mexemos com a coisa pública em beneficio nossos, de parentes nossos.

O dinheiro é coisa pública. Ninguém pode tergiversar sobre isso

Você não é um cidadão acima de qualquer suspeita..

Ao contrário do que ocorria no passado, quando governos de elite só viam só as elites, o meu governo olha para o povo.

Nós saímos da crise garantindo emprego, garantindo renda e trabalhando para que o nosso país esteja cada vez melhor.

Reeleita, eu quero garantir saúde e qualidade na educação para todos os brasileiros.

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SEGUNDO BLOCO

O ex-diretor da Petrobras afirmou ao MPF que o PSDB recebeu propina para esvaziar uma CPI

Como Aécio explica a denúncia de seu partido, o PSDB, ter recebido propina para barrar uma CPI?

Candidato, o senhor tem dois pesos e duas medidas. Eu, sem nenhum constrangimento, investigarei tudo e todos

O senhor gosta de culpar todos, mas quando chega no presidente do seu partido, você fala que tem que investigar o PT.

Tem que investigar todos, candidato, e não como vocês faziam.

Eu não engaveto, não transfiro delegados para impedir investigação, não varro para debaixo do tapete, como vocês faziam m

Minas engavetava, na sua época, todos os processos. Vocês não deixavam nada ser investigado

Quando um delegado chegava perto de uma investigação na epóca de vocês (PSDB), vocês mandavam a investigação parar imediatamente.

corrupção polícia

Nós temos tido um empenho imenso na melhoria da segurança pública. Isso é, também, uma prioridade do meu governo.

O único governo que fez uma política eficiente de combate à violência contra os jovens, foi o meu governo

As forças de segurança atuaram conjuntamente nas nossas fronteiras

Nós fizemos o “Crack, é possível vencer”, que dá suporte à família e às vítimas

O senhor está mal informado, Aécio. Gastamos 17 bilhões em segurança pública.

Nós tivemos uma política exitosa na Copa de atuação conjunta das polícias e das forças de segurança

Inserimos a União na questão da segurança pública

Considero que é muito importante assumir um papel na segurança pública, que hoje é atribuição só dos estados. .

Eu acredito que você, de fato, não tenha muito conhecimento. Você não sabe onde está o metrô e ele está sendo feito pelo seu aliado, o prefeito

Estamos fazendo nove metrôs no Brasil

Gastamos R$ 143 milhões

Tem 13 VLTs no Brasil inteiro

Era bom o senhor passear pelo Brasil. Tem metrô construido em Fortaleza, no Rio de Janeiro. Enquanto vocês foram governo, vocês não investiram em mobilidade urbana

O senhor quer se apropriar de meus programas sociais.

Vocês fizeram Bolsa Família para cinco milhões. Nós fizemos para 50 milhões.

O sr. fala que vocês fizeram Bolsa Família pra cinco milhões de famílias? Pensa bem. Vocês não fizeram

bolsa

O sr. está confundindo, deliberadamente, todas as obras de mobilidade. O sr. sabe que as obras acontecem em parceria

O senhor tem que se informar melhor. As obras estão andando

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PRIMEIRO BLOCO

Sou defensora de um modelo de um governo de um Brasil que emprega, ao contrário do que desemprega, um Brasil governado para todos contra um Brasil que não er governado para todos.

Faço parte de um projeto que construiu bases para um Brasil moderno, inclusivo e competitivo, em que a educação estará no centro de tudo.

Um projeto que quer levar avante segurança, saúde e transporte de qualidade.

Candidato, em relação a tudo o que está acontecendo na Petrobras, a PF que foi levada a investigar tem autonomia

Onde estão os corruptos da compra da reeleição, do metrô, da pasta rosa? Todos soltos!

Pela 1ª vez, vamos ter combate consistente à corrupção e pelo fim da impunidade

Quando a gente pergunta sobre os recursos passados às rádios e a um jornal mineiro que você tem em MG, não há transparência

A diferença entre mim e você, Aécio, é que eu investigo

Vocês engavetam, escondem para baixo do tapete. No caso da Pasta Rosa, vocês transferiram o delegado

Vocês foram contra o ProUni e as Escolas Técnicas. Por que vocês foram contra o Enem?

Aécio, se você gosta tanto dos nossos programas sociais, por que não fez quando era governo?

No caso do Trensalão, a justiça da Suíça mandou as provas para o Brasil e vocês estão sendo investigados

Candidato, eu vou dar um esclarecimento: não houve nenhuma acusação à Erenice Guerra que não seja similar à sua de nepotismo

Sobre a inflação, existe uma tentativa de criar um cenário de “quanto pior, melhor

Vocês tentaram espalhar o terror na Copa, dizendo que ia dar tudo errado. E não deu

A seca é passageira, mas não é passageira quando falta planejamento, como em São Paulo

Son
Son

Candidato, vocês não podem falar de emprego, pois entregaram o país com mais de 11 milhões de desempregados

Eu não vou combater a inflação com os seus métodos: desempregando, arrochando salário e não investindo

indignados cortes

Eu gostaria de saber se o senhor (Aécio) realmente nunca empregou parentes em seus governos?

Aécio respondeu que a irmã, Andrea Neves, trabalhou em serviço de voluntáriado, sem receber nada.

O nepotismo é uma decisão do STF. Toda a sociedade brasileira sabe que dentro do governo federal e do estado não pode ter família

Sua irmã era responsável por toda a verba destinada à publicidade, que foi para as rádios e os jornais que vocês têm em Minas

 

 

Quando os jovens vão começar a combater a corrupção em Minas Gerais

A corrupção rola e deita no País da Geral. Tem assassinatos. Corrupção mil.  Foi em Belo Horizonte que o marqueteiro Marcos Valério ganhou duas agências de publicidade de presente: uma dada pelo sobrinho de um vice-presidente da República, outra por um vice-governador de Minas Gerais.

Em Minas começou, não podia ser em outro lugar, o mensalão, com a lista de Furnas, a morte da modelo Cristiana Ferreira.

Em Minas, onde reina a Lei Mânica, o Tribunal de Justiça é tardo e… falha.

Crimes e mais crimes engavetados. O povo precisa ir para as ruas pedir justiça.

De uma reportagem do Novo Jornal: “Função de repórter não é ser advogado de defesa ou assistente de acusação, menos ainda promotor ou juiz. Mas narrar os fatos ocorridos e em sendo necessário compará-los.

O goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, já está encarcerando a alguns anos acusado de ser o mandante da morte da modelo Elisa Samúdio, num rumoroso caso onde não foi encontrado o cadáver e que, teoricamente, do ponto de vista técnico jurídico, não permitiria a detenção do goleiro flamenguista.

Para complicar a situação, policiais e membros do Judiciário foram envolvidos em denúncias de extorsão e um dos indigitados matadores da modelo, o ex-policial Bola, foi expulso dos quadros da polícia de São Paulo, admitido na Polícia Civil de Minas Gerais, de onde acabou expulso também, mas mesmo assim no sítio dele era onde um grupo tático de policiais participava de treinamentos sem nenhuma explicação do governo de Minas ou da cúpula da Polícia Civil do Estado.

 

Condenação

Por outro lado, há quase três anos o teólogo e detetive particular Reynaldo Pacífico, acusado de matar a modelo Cristiane Aparecida Ferreira, nas dependências do San Francisco Flat, no centro de Belo Horizonte, foi condenado a 14 anos de reclusão em regime fechado e jamais foi detido.

Na época, o crime ganhou repercussão nacional por envolver o nome de vários políticos de projeção, entre eles o ex-governador Itamar Franco, o ex-secretário da Casa Civil, Henrique Hargreves, o ex-governador Newton Cardoso, o ex-ministro do Turismo do primeiro governo do presidente Lula, Walfrido dos Mares Guia e o presidente da Companhia Energética de Minas Gerais, Djalma Moraes.

Durante o júri popular foram citados para comparecer e depor o ex-governador Newton Cardoso e o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia. Newton Cardoso compareceu e depôs, dizendo-se isento de qualquer responsabilidade com o crime, tese que foi aceita. O ex-ministro Walfrido dos Mares Guia não compareceu perante o juiz singular, e em sua defesa alegou uma viagem inadiável a Miami”.

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BRA^MG_EDM corrupção

Que acontecerá em Belo Horizonte se os jovens seguirem o conselho do Papa?

Vai muita gente cair do Viaduto da Morte.

Escreve R7 Notícias: “Em meio às manifestações contra a Copa das Confederações e outras reivindicações que são realizadas em Belo Horizonte, um viaduto localizado na avenida Antônio Carlos, na Pampulha, ganhou papel de risco. A estrutura que liga a avenida Antônio Abrahão Caram — principal via de acesso ao estádio Mineirão — à avenida Antônio Carlos, deixou cinco feridos e um morto. Todas essas pessoas caíram do viaduto durante confrontos entre manifestantes e policiais militares nas sequências dos protestos”.

Juiz envolvido na morte de dois jornalistas de Minas Gerais

Justiça censura jornalista

Vários juízes substituíram os coronéis da ditadura militar nos serviços sujos de censura a jornalistas.

Sempre repito: a morte de um jornalista é a solução final da censura.

Que fique sabendo o Conselho Nacional de Justiça, CNJ, presidido pelo ministro Joaquim Barbosa, que tem um juiz acusado de participar da quadrilha que chacinou os jornalistas Walgney Carvalho e Rodrigo Neto.

Em Ipatinga, a sede de um grupo de extermínio com juiz, médico legista (Jose Rafael Miranda Americano), entre outras autoridades,  corre o boato do envolvimento do presidente da Câmara, Werley Glicério Furbino. Só tem gente fina. Os executores das mortes são policiais. Foi preso o investigador José Cassiano Guarda.

O Brasil precisa federalizar já! os inquéritos dos jornalistas martirizados, pela participação, em 99 por cento dos casos, de policiais ou ex-policiais.

Uma semana antes de morrer, Rodrigo Neto apresentou, para a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, uma relação de crimes em Ipatinga e outras cidades mineiras. O depoimento vazou. Que a AL divulgue o depoimento. Nele estão os nomes dos assassinos.

Na Assembléia, quando Aécio Neves era governador, um deputado deu um tapa na cara de uma jornalista diretora da assessoria de imprensa parlamentar. Um coronel da guarda do governador fez uma jovem jornalista ajoelhar, com um revólver engatilhado na cabeça.

Com coragem, idealismo e amor ao jornalismo, escreve Heron Guimarães:

jornalista ameaça censura

Extermínio em Ipatinga
 
A mais nova denúncia do presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputado Durval Ângelo, que aponta a participação de um juiz no extermínio de jornalistas no Vale do Aço, lança mais um sinal de alerta para os poderes constituídos do Estado.

Isso porque os assassinatos dos dois repórteres no Vale do Aço não podem, de forma alguma, ser tratados como homicídios comuns, que, apesar de igualmente inadmissíveis, não despertam mais, na população e nos próprios órgãos de segurança pública, a comoção que deveriam.

Ao que tudo indica, o repórter Rodrigo Neto, acostumado a fazer coberturas policiais, encontrou uma linha investigativa que ligava policiais de Ipatinga a crimes bárbaros e a um grupo de extermínio. Acabou sendo fuzilado após deixar uma bar que tinha o hábito de frequentar. Morreu cedo e abreviou sua passagem pela vida, deixando esposa e filhos.

Um mês depois, seu colega de profissão, o fotógrafo Walgney Carvalho, morreu em circunstâncias semelhantes. Assim como Neto, deixou família e filhos. Assim como Neto, foi covardemente fuzilado após um momento de descontração. Ele também participava das “investigações” que deixariam em maus lençóis homens da “lei” que mudaram de lado.

Neto e Carvalho sabiam demais e, certamente, por saberem demais, escarafunchavam demais, aliás, o que todo bom jornalista, por convicção ou por dever de ofício, honraria em fazer, desde que munido de coragem.

A situação é bem mais grave e vai além da necessidade de se fazer a justiça tão rogada pelos familiares e pelos amigos dos dois profissionais mortos; assim como no caso Tim Lopes, quando traficantes cariocas popularizaram o termo “micro-ondas”, estamos diante de um verdadeiro atentado à liberdade de imprensa e à democracia.

Evidências que apontam para o envolvimento de policiais já seriam o bastante para que todas as forças de Minas se unissem e reforçassem as investigações, tirando de Ipatinga o comando central das investigações.

Agora, com essa nova hipótese lançada por Durval, colocando no rol de suspeitos um membro do Judiciário, a gravidade aumenta. É preciso dar uma resposta ainda mais clara para a sociedade, apresentando, com o máximo de urgência, os responsáveis por tais barbaridades.

As vagas dos repórteres assassinados não estão sendo preenchidas por outros jornalistas por causa do temor que se abateu sobre a região de Ipatinga, mas o medo deve ser de todos. Não o medo de boçais que resolvem suas podres questões e escondem suas sujeiras matando e fazendo desaparecerem provas vivas, mas o medo de um Estado inerte, incapaz de agir.