Até Alckmin abandona Aécio. Que José Serra vota em Marina
Pela pregação dos pastores da Assembléia de Deus, a mulher deve obediência ao marido. Evangélica que é, Marina Silva apóia o marido em tudo. Esta era a razão de combater a reeleição de Geraldo Alckmin.
Escreveu o marido Fabio Vaz de Lima: “Todos sabemos como são tratados pela elite de SP os nordestinos, bem vindos apenas para suprir o exército de força de trabalho para as diversas atividades econômicas como usinas de cana e construção civil. (…)
Deixemos de lado a violência de polícia, crime organizado que deixam um governo [de Geraldo Alckmin] acuado por chefes em presídios. Ora quem morre são os mais pobres sempre. Solução para os ricos: condomínio, carros blindados, seguranças particulares.
Se analisarmos de maneira mais profunda como eles (SP aqui como os ricos) olham o resto do país e a nossa região, aqui é apenas espaço de consumo para seus produtos e fonte de recursos naturais para suas indústrias e serviços. Paramos para pensar quanto saiu ganhando SP com a isenção e impostos para a indústria automobilística e quanto nós perdemos? Ganharam vendendo mais carros, inclusive para nós. Perdemos, exportando nossas renda somada à redução de transferência constitucional (FPE e FPM) para o Estado e Municípios. Resultado final: eles ficaram mais ricos e nós, mais pobres. Alguns compraram mais carros, mas a maioria perdeu renda.
Onde se compra mais madeira ilegal fruto de desmatamento e outras ilegalidades. Não vou falar, pois acharão que estou com perseguição com SP (lembro: nasci lá). De onde vem o cartel para impedir que empreendimentos nas regiões mais pobres do país de consolidem como os nossos voltados para proteína animal como aves, ovos, suínos e peixes? Se o Acre não for competitivo, e ser justo com os nossos, eles nos engolem”.
O artigo, com o título “Responsável quem, cara pálida?”, foi publicado no dia 26 de abril último, no Página 20, Net.
Em 23 último, publica a Revista Forum:
Marina Silva autoriza campanha conjunta com Alckmin

Postura é mais uma mudança da candidata, que no início do pleito declarou que não faria campanha com o tucano
De acordo com informações da coluna da jornalista Monica Bergamo, desta terça-feira (23), a candidata Marina Silva autorizou que o material de campanha que será distribuído em São Paulo, na fase final deste primeiro turno, tenha o nome de Geraldo Alckmin como candidato ao governo do estado.
Esta decisão marca mais uma mudança de postura e discurso da candidata Marina Silva, pois vale lembrar que, no início do pleito, Silva havia afirmado que não dividiria palanque com o candidato tucano ao governo do estado de São Paulo.
Ainda de acordo com a coluna de Bergamo, a mudança de Marina Silva acontece após pressão dos coordenadores de sua campanha. Eles teriam orientado a candidata que, caso haja atrito entre ela e Alckmin, que possui grande popularidade em São Paulo, ela poderia perder votos.
A pressão também acontece porque Marina Silva, que se mantinha líder nas pesquisas no estado de São Paulo, perdeu pontos nos últimos levantamentos. Vale lembrar, também, que ela se posicionou contra a aliança do PSB com o PSDB em São Paulo. Marcio França, candidato a vice na chapa de Geraldo Alckmin, é coordenador financeiro da campanha de Marina Silva.
Contrabando de pessoas do Haiti e Senegal
O artigo de Fábio Vaz é uma resposta à secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, Eloisa de Sousa Arruda, que afirmou que Sebastião Viana, governador do Acre, foi “irresponsável”, ao enviar tropas de senegaleses e haitianos para São Paulo sem comunicar.
Paralelamente corre a denúncia de que os contrabandistas de mão-de-obra para os latifúndios faturam bilhões, e subornam poliiciais para a entrada no Brasil de trabalhadores escravos.
Fábio Vaz denuncia que o “Governo federal está aquém das suas possibilidades, penalizando o Estado [do Acre] por duas vezes. A primeira não tendo competência de controle sobre as fronteiras. Segundo deixando ao governo local os custos de um tratamento digno que passou ser a imagem do País”.
Não faz nenhuma referência ao tráfico de pessoas.