Via Crucis de um jornalista que ousou denunciar a corrupção do “coronel” Aécio Neves

Escrevei várias vezes que o jornalista Marco Aurélio Carone só seria solto depois das eleições. Desde janeiro que a ditadura policial/judicial mantinha o jornalista preso, amordaçado e acorrentado em um cárcere de segurança máxima, porque assim desejavam os manos Aécio e Andréa Neves, denunciados por Carone como corruptos, ladrões, e pela prática de todos os crimes de enriquecimento rápido e ilícito.

Carone fez todas as denúncias, apresentando provas, que o Brasil espera não estejam destruídas pela polícia, pela justiça, inclusive via incêndios, com queima de processos.

Carone passou quase um ano preso, sempre correndo risco de morte, notadamente por falta de socorro médico.

Leia a notícia a seguir, e conclua quanto a justiça é cúmplice da violência:

 

Finalmente soltos em Belo Horizonte delator do mensalão tucano e jornalista

 

Jornalista Marco Aurélio Carone, o preso de Aécio Neves
Jornalista Marco Aurélio Carone, o preso de Aécio Neves

 

por Conceição Lemes

 

Por volta das 11h desta terça-feira 4, foram postos em liberdade, em Belo Horizonte (MG), Nilton Monteiro e o jornalista Marco Aurélio Carone.

Segundo a versão oficial, os dois foram acusados de formar quadrilha para disseminar documentos falsos, inclusive por meio de um endereço na internet, com o objetivo de extorquir acusados.

Mas há outra explicação, que remete a um fato político: Nílton Monteiro e Marco Aurélio Carone se tornaram uma pedra no sapato dos tucanos em geral e do senador Aécio Neves em particular, que, à época da prisão dos dois, pretendia ser candidato à Presidência da República.

Carone mantinha o site Novo Jornal, onde publicava denúncias contra os tucanos mineiros, especialmente Aécio Neves, que governou Minas de 2003 a 2010.

A sua prisão ocorreu em 20 de janeiro deste ano. Na época, o bloco parlamentar Minas Sem Censura (MSC) denunciou: a prisão preventiva do jornalista era uma armação e tinha a ver com o chamado “mensalão tucano” e a Lista de Furnas no contexto das eleições de 2014.

Os advogados de Carone tinham impetrado vários habeas corpus em favor do seu cliente no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Só que nenhum foi julgado ainda.

A decisão de libertá-lo partiu do juiz Dr. Haroldo Andre Toscano de Oliveira, titular da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte.

Devido a problemas de saúde, Carone estava preso na enfermaria do complexo penitenciário de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de BH.

Porém, de acordo com a sua irmã, quando iniciou o segundo turno da eleição presidencial, Carone foi transferido da enfermaria para isolamento, para que não tivesse contato com ninguém.

Passado o segundo turno, voltou para a enfermaria.

Nílton Monteiro é principal testemunha contra a cúpula do PSDB em Minas Gerais. Em 2005, revelou a trama urdida pelos tucanos para desviar dinheiro público para o financiamento das campanhas de Eduardo Azeredo à reeleição ao governo do Estado e de parlamentares de vários partidos, em 1998. O caso ficou conhecido como o mensalão tucano, ou mineiro.

Nílton também foi testemunha do caso da Lista de Furnas, que envolvia esquema de financiamento de campanha de tucanos mineiros e aliados na eleição de 2002.

Ele estava preso, desde maio de 2013, também no complexo penitenciário Nelson Hungria, em Contagem.

Em dezembro de 2013, concedeu entrevista exclusiva à jornalista Rodrigues, em reportagem especial para o Viomundo.

Nilton se declarou inocente e jurou ser vítima de uma armação de políticos denunciados no esquema do mensalão tucano, que queriam mantê-lo na cadeia afastado dos holofotes.

“Por detrás da minha prisão está o Aécio Neves… Eu fui operador do esquema junto com o Marcos Valério”, frisou na entrevista ao Viomundo.

Coincidência ou não, Nilton Monteiro e Marco Aurélio Carone só foram libertados após o término das eleições de 2014.

Será que se Aécio Neves tivesse vencido, eles já estariam em casa hoje?

 

Leia mais para conhecer a bandidagem que domina os podres poderes de Minas Gerais:

Conceição Lemes: O balanço das denúncias contra Aécio que a mídia ignorou

Deputados pedem inclusão de Cemig e Lista de Furnas no mensalão tucano

Geraldo Elísio: “Forjando provas mediante intimidação”

Rogério Correia: “Inquérito contra jornalista é fantasioso, peça de ficção”

Preso diz que oferta de delação em MG buscava comprometer petista

Ordens superiores’ impedem visita a preso: ‘Segurança do Estado’

Advogado diz que morte de modelo tem ligação com mensalão tucano

Modelo Cristiana Aparecida Ferreira, assassinada pela Mensalão Tucano
Modelo Cristiana Aparecida Ferreira, assassinada pela Mensalão Tucano

Com medo de morrer, delator do mensalão tucano se diz perseguido

 

 

 

Aécio governador entregou milhões do povo mineiro para Aécio barão da mídia embolsar

No debate da SBT, quinta- feira última, Dilma Rousseff perguntou para Aécio Neves: – Eu gostaria de saber se o senhor realmente nunca empregou parentes em seus governos?

Aécio respondeu que a irmã, Andrea Neves, trabalhou em serviço de voluntáriado, sem receber nada.

Replicou Dilma: O nepotismo é uma decisão do STF. Toda a sociedade brasileira sabe que dentro do governo federal e do estado não pode ter família

Sua irmã era responsável por toda a verba destinada à publicidade, que foi para as rádios e os jornais que vocês têm em Minas

nepotismo 1

Aécio é um barão da imprensa. Ganhou concessão de rádio, inclusive para esticar o mandato do presidente Sarney.

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Aécio governou Minas de janeiro de 2003 a abril de 2010. Durante os dois mandatos, a irmã Andrea comandou o Núcleo Gestor de Comunicação Social da Secretaria de Governo, criado por decreto em 3 de abril de 2003, pelo próprio governador.

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O setor tinha as funções de:
1) coordenar, articular e acompanhar a execução de toda a política de comunicação social do Estado, inclusive a das secretarias, autarquias, empresas públicas e fundações estaduais;
2) decidir a alocação de recursos financeiros de toda a publicidade do Estado de Minas Gerais, sua administração direta e indireta, até mesmo das empresas controladas pelo poder público mineiro, bem como o patrocínio de eventos e ações culturais e esportivas.

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De 2003 a 2010, as despesas com “divulgação governamental” somaram R$ 489 milhões. No primeiro mandato, foram R$ 157 milhões; no segundo, R$ 325 milhões, de acordo com o Sistema Integrado de Administração Financeira do Tesouro (Siafi).
Nesses valores não estão incluídos os gastos com publicidade de empresas públicas ou de economia mista controladas pelo Estado, como as companhias Mineradora (Codemig), Energética (Cemig), Saneamento (Copasa) e Gás (Gasmig), assim como as do Banco de Desenvolvimento de Minas (BMDG) e Loteria estadual (LEMG). Eles totalizaram mais de R$ 325 milhões de 2003 a 2009, conforme o Tribunal de Contas do Estado.

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Pois era Andrea quem orientava, determinava e supervisionava quanto, quando, como e onde aplicar todos esses recursos do Estado e suas empresas, diretamente ou via agências de publicidade.

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No decorrer das gestões do irmão-governador, o seu núcleo aplicou, a título de publicidade, dinheiro de estatais mineiras e da administração direta estadual na rádio Arco-Íris e em outras empresas de comunicação dos Neves.
Exatamente quanto não se sabe, pois o ex-procurador-geral Alceu José Marques Torres nem ao menos investigou quanto de dinheiro público a rádio Arco-Íris recebeu. Leia mais 

 

nepotismo bolsa

 

Ele só quer só pensa em namorar

Escreve a prestigiada e excelente jornalista Mônica Bergamo: “O rol de conquistas de Aécio é admirável. Se existe um traço comum entre suas namoradas ou affaires é que a maioria tem cabelos longos e lisos. A idade também as aproxima – quase todas elas têm uns quinze anos a menos. Ele tem 53 [este texto é de 7 de 7 de 2013].

Estrelam o grupo a jornalista Cynthia Howllet, a modelo Michele Pin e  estudante Luciana Milhomens. Leia mais e veja galeria de fotos.

Michele Pin, BBB 13, com Aécio 1

Michele 2

Michele 3

Michele 4

Michele 5

Aécio e a BBB13 Michele Pin, curtindo uma praia em Salvador
Aécio e a BBB13 Michele Pin, curtindo uma praia em Salvador
  Cynthia Howllet
Cynthia Howllet

 

A MISS E O GOVERNADOR AÉCIO

 

capa_ gente

Publica Istoé Gente: Frequentador do Rio, para onde embarca nos finais de semana, o governador ainda tem entre suas conquistas a dentista Michele Bahiense…

Na madrugada carioca, Aécio Neves e Natália Guimarães trocam beijos em restaurante. Fascinado pelos encantos da companhia, o governador nem sequer se preocupou em escolher uma mesa mais reservada. Durante duas horas e meia em que permaneceram no restaurante, não esconderam o quanto estão encantados um pelo outro. A conversa, entrecortada por abraços e beijos, foi regada a vinho tinto Doña Paula Estate, safra 2005.

Aécio e Natália degustaram lagostim de entrada e escolheram peixe como prato principal. A miss Brasil optou por cherne enquanto o governador mineiro escolheu atum. Alheios aos olhares mais curiosos, saborearam o jantar em clima de romance e deixaram o restaurante abraçados. Texto de Rosangela Honor e Thaís Botelho. Leia mais [Aécio abandonava Minas Gerais, e entregava o governo para a irmã Andréa Neves]

Miss Brasil Natália Guimarães
Miss Brasil Natália Guimarães
Governador Aécio Neves e Michele Bahiense
Governador Aécio Neves e Michele Bahiense

 

Twitter, fotos e namoradas do senador

 

Ao contrário da maioria dos políticos, Aécio é um boêmio. Gosta de sair à noite, beber um pouco de uísque (aguardente ele só bebe em sua fazenda) e namorar.

A lista de ex-namoradas dele é ocupada só por belas garotas, como as modelos Ana Luiza Castro e Letícia Weber ( atual esposa do político).

Apresentadora Lívia Lemos
Apresentadora Lívia Lemos
Martha Graeff
Martha Graeff
Ana Luiza Castro
Ana Luiza Castro
Aécio e Letícia Weber
Aécio e Letícia Weber

Na hora de roubar jornalistas delegado e bandido é tudo uma coisa só

Ladrões armados na calçada de Eduardo Campos

Foto Allan Torres
Foto Allan Torres

 

Sete jornalistas, que estavam nesta sexta-feira trabalhando na cobertura em frente à casa do ex-governador Eduardo Campos, em Dois Irmãos, Recife, tiveram seus celulares roubados por dois bandidos armados, que chegaram em um carro, ordenando a entrega dos aparelhos. Os assaltantes até recusaram um dos aparelhos. Segundo relato das vítimas, eles queriam apenas Iphones.

É virou mania roubar jornalistas. Aconteceu também em Belo Horizonte, Minas Gerais, mas foi coisa de delegados de polícia. Veja o relato:

Coisas da vida

 Alfredo Martirena
Alfredo Martirena

 

por Geraldo Elísio

 

Estava eu posto em sossego, e toca a campainha do apartamento onde moro. Atendo e eram policiais do DEPATRI com ordem de busca e apreensão de meu netbook, HD externo. pen drive e cadernetas de telefone, por obra e graça do então senador Aécio Neves e sua irmã Andrea Neves, a “Goebbels” das Alterosas, sinha “Mãos de Tesoura”.

Ao Estado a Lei assiste investigar quem for necessário. Mas tudo dentro de normas legais. Fui acusado de pertencer a uma quadrilha de falsário a movimentar um bilhão de dólares por ano para acusar políticos tucanos e do DEM, logo eu aposentado pelo INSS. Tudo porque, sete meses antes, eu trabalhara no Novojornal. Site que os Neves conseguiram retirar do ar.

Meus equipamentos foram levados, arrolaram duas testemunhas, mas não deixaram nenhuma prova comigo. Para ler os meus poemas, contos, hai kais, letras de música e romances sendo escritos aposto que não foi. Ah… Já sei. Sinha Andrea e o biruta de aeroportos talvez tivessem medo que eu pudesse dispor de informações comprometedoras. Ledo engano. Se tivesse teria publicado, pois no Estado Democrático de Direito a notícia não pertence ao repórter e sim ao povo. Se fosse algo calunioso ou sem provas nem pensaria em publicar. E o que eu publiquei antes o procurador geral da República, doutor Rodrigo Janot, pelas mesmas razões pediu 22 anos de prisão para o ex-deputado federal Eduardo Azeredo.

Helicoca, aeroportos clandestinos, refinaria de drogas na cidade mineira de Cláudio, bem como queima de arquivo “não é do meu tempo”.

Certo é que o meu equipamento continua preso. E olha que eu tenho um Prêmio Esso Regional de Jornalismo, denunciando torturas, quando ainda vigia o AI-5, dois diplomas bis excelência por serviços prestados à Polícia Civil de Minas Gerais, convidado que fui a participar de um projeto de Polícia Humanitária, o Curso de Estudos Superiores de Planejamento Estratégico – CESPE -, e possuo a mais alta condecoração da PCMG, a Medalha Gilberto Porto, em grau ouro, também por serviços prestados visando uma polícia cidadã. Claro isto não atesta que não poderia mudar de rumos, justificando uma ação policial.

Não me considero acima de qualquer suspeita. Mas com a Graça de Cristo, o primeiro dos anarquistas filosóficos, conservo íntegros os meus princípios morais.

Já depus perante um delegado especializado e perante um juiz de primeira instância, por sinal tratado com muito respeito, audiência na qual estavam presentes representantes do MPMG a quem, no dia em que fiz um depoimento perante a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais ofereci, espontaneamente, a quebra de meus sigilos fiscal, bancário e telefônico, repetido na Polícia e no Juizado. Vocês fariam, isto Aécio e Andrea Neves? Deviam fazê-lo. Mas deixa para lá. Só quero reclamar que os meus equipamentos não me foram devolvidos. Nem o back up que a Lei recomenda me entregaram, Não peço muito só a Justiça e a minha literatura.

Aécio não tolera liberdade de expressão

Em Minas Gerais continua preso o jornalista Marco Aurélio Carone, castigado porque denunciou o enriquecimento rápido e ilícito da irmã Andréia Neves, que governou de fato Minas Gerais, nos impedimentos emergenciais do irmão Aécio Neves.

Falou a verdade roubada de Aécio, no País da Geral, o jornalista sofre desemprego, stalking polícial, assédio judicial e cadeia. Aécio é um pequeno César. Empoado Rei Sol

Luís XIV
Luís XIV

 

Professora: “Absurda” a busca e apreensão na UFRJ a pedido de Aécio

 

por Luiz Carlos Azenha

A professora Monica Grin Monteiro de Barros, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, está no rol dos cinco acusados pelo senador Aécio Neves, candidato do PSDB ao Planalto, de difamá-lo na internet.

Da lista também faz parte a jornalista carioca Rebeca Mafra, que denunciou ter tido a casa revirada pela polícia sem nunca ter feito qualquer comentário ofensivo a Aécio Neves na internet.

Por conta disso, a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro um juiz carioca autorizou busca e apreensão numa repartição da UFRJ.

A professora Maria Paula Araujo, colega dela, considerou a situação “absurda” e um indício de que o senador “não tolera a liberdade de expressão”.

Eis a explicação que ela deu no Facebook, em comentário que nos foi encaminhado por um amigo:

Denúncia

PS do Viomundo: A assessoria do PSDB disse que o senador não pediu busca e apreensão, que foi uma decisão do MP, mas podemos dizer que a ação policial resultou de uma demanda do candidato tucano.

PS2 do Viomundo: Como na caso envolvendo Carla Hirt e outros ativistas do Rio de Janeiro, este é mais um caso em que as pessoas acusadas de “formar quadrilha” não se conhecem!

processo

Leia também: 

Polícia faz busca em casa de jornalista: “Nunca falei nada do Aécio”

Da possível armação de uma “casa de caboclo” para censurar ou prender o jornalista Geraldo Elísio. Aprenda como escrever na internet sem computador

Julio Carrión Cueva
Julio Carrión Cueva

 

Fato inédito na história da Imprensa do Brasil: o jornalista Geraldo Elísio, que teve seu computador afanado pelos tiras do tucanato, continua na intenet, via uma rede de amigos e ex-colegas das redações dos principais jornais do Brasil.

Ninguém amordaça e encabresta um jornalista verdadeiro.

Transcrevo algumas mensagens de Geraldo Elísio, postadas por diferentes internautas, no Facebook:

Quem começou a ser jornalista antes da criação das Escolas de Comunicação, de um modo geral iniciava esta atividade profissional cobrindo o setor de polícia. E todo veterano como eu conhece uma expressão: “casa de caboclo”, ou seja, provas falsas que policiais inescrupulosos costuma plantar em lugares estratégicos para incriminar a quem não tem culpa. Assim, diante do meu netbook, um pen drive, CDs e HD externo estarem com ordem judicial apreendidos pelo Depatri, uma espécie de Gestapo mineira que ultrapassa as funções às quais se destina, de público ofereço a quebra de meus sigilos fiscal, bancário e telefônico ao Ministério Público de Minas Gerais, às Polícias Civil e Militar de Minas Gerais, à Receita Pública, à Polícia Federal e ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Para evitar qualquer tipo de “armação”.

***

Ao vasculhar o apartamento onde moro, a Polícia Civil levou meu netbook, CDs, pen drive e escritos. Tenho 3 livros que estou escrevendo neste equipamento, e considero a atitude uma censura previa e a mim mesmo um perseguido político por interesse de Aécio Neves e Andrea Neves. Além do mais, mensagens de apoio a mim estão desaparecendo do facebook. Censura na rede social? Ou então a Polícia Civil de Minas Gerais e o Ministério Público de Minas Gerais, com apoio do judiciário, substituindo o AI-5 de triste memória. Um golpe judiciário policial ou desespero para encontrar provas para acusar quem fala a verdade? Democracia! Democradura! Eu posso explicar o que eles quiserem até de livre e espontânea vontade. Como a Polícia Civil me explica Fernandinho Beira Mar ter saído pela porta da frente do antigo DOPS? E o que tem o Ministério Público a comentar sobre isto e as duas instituições sobre os 450 quilos de cocaína do helicóptero dos Perrellas? Para mim não há mais dúvidas: tentativa de destruir provas e inviabilizar a Lista de Furnas e o Mensalão. Onde estão as provas da falsidade? O laudo do perito americano não vale pois ele foi preso por trambicagem. E o laudo da Polícia Federal atesta que é verdadeiro. Atenção Protógenes entre em ação que a coisa está feia em Minas.

***

Aprendi desde os 16 anos a fazer um jornalismo revestido da mais extrema ética. E todas as matérias em que não me impediram de assinar os textos as assinei oferecendo o direito de resposta a todas as pessoas físicas ou jurídicas citadas. Os jornais belorizontinos “O Estado de Minas”, “Hoje em Dia” e “O Tempo” em 06-02-14 me citaram em matéria envolvendo a prisão do jornalista Marco Aurélio Carone faltando um detalhe básico. Não ouviram a minha versão. Quanto ao “Hoje em Dia” fui bem atendido pelo repórter, mas ao que parece a direção do periódico achou por bem não cumprir com o dever ético. No jornal “O Estado de Minas” não consegui falar com quem de direito apesar de vários telefonemas. E em relação a “O Tempo” o diretor Luis Tito foi sincero ao dizer “não ser isto usual” naquele jornal. Ficou de me telefonar e nada. Estão a serviço de quem e do que. Ofereço a estes jornais a quebra dos meus sigilos fiscal, bancário e telefônico, mas dos periódicos sugiram que façam o mesmo. Digam a Andrea Neves que nada quero além do que a Justiça me garante. Meu direito de ser ouvido, agora direito de resposta.

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Outra da imprensa mineira. A Ângela Carrato está mostrando “pérolas” do passado por enquanto. Por enquanto mostro algo do presente. “O Estado de Minas”, “O Tempo” e o “Hoje em Dia” me negarem o direito de resposta. É compatível com o interesse deles em evitar os julgamentos do Mensalão Tucano e da Lista de Furnas tentando provar que isto é falso. E de quebra se livrarão, tendo como muletas Andrea Neves e Aécio Neves.

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Compartilhei como é dever de um jornalista uma nota postada em minha linha do tempo referente às declarações feitas pelo senador do PSDB de Minas, Eduardo Azeredo, mantendo a decência e a ética da qual nunca abri, não abro ou abrirei mão, garantindo o democrático direito de resposta a todas as pessoas físicas e jurídicas citadas por mim em qualquer circunstância. Por sinal um comportamento ético que a mídia mineira não teve para comigo ao envolver o meu nome em assuntos com os quais nada tenho a ver. Aos internautas, a quem cabe julgar os fatos, reitero não terem sido alterados em nada as minhas posições pessoais, o meu pensamento e a minha convicção. Um jornalista não cria fatos. Apenas os noticia.

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Carta aberta ao meritíssimo Juiz de Direito, dr. Haroldo André Toscano, ao promotor André Luiz Garcia, ao senhor Delegado de Polícia, dr Cesar Matoso, à mídia de Belo Horizonte e ao meu amigo jornalista Leopoldo José de Oliveira. No que diz respeito às matérias referentes à prisão do jornalista e publicitário Marco Aurélio Carone publicadas hoje – pelo menos onde vi – nos jornais “O Estado de Minas” e “O Tempo”, devo informar: já solicitei à doutora Aurora Ramalho, advogada por mim constituída para reaver o meu netbook, os CDs, pendrive e HD externo apreendidos, que encaminhem às Excelentíssimas autoridades aqui expressas uma autorização formal oferecendo de livre e espontânea vontade a quebra de meus sigilos fiscal, bancário e telefônico. Se assim o desejarem me convoquem também a conversar com qualquer um dos Excelentíssimos senhores. Só não posso oferecer a quebra do sigilo das fontes por que, sendo autoridades competentes como o são, sabem tratar-se de garantia constitucional e uma Constituição somente pode ser alterada por outra originária ou então através de Emenda o que não ocorreu e nem eu posso promover. Quanto ao dinheiro recebido em pagamento pelos serviços então prestados ao Novojornal quando lá trabalhei também nada poderei informar às ilustres autoridades visto ter adotado o mesmo critério de quando trabalhei na Rádio Clube de Curvelo, Rádio Cultura de Sete Lagoas, Mesbla, Cemig, O Diário Católico, O Jornal de Minas, O Estado de Minas, à Rádio Itatiaia de Belo Horizonte, à Secretaria de Estado da Cultura, na Assembléia Legislativa, no Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais e Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, ou seja, em todas estas instituições – algumas já extintas, nunca perguntei de onde provinha o dinheiro com o qual era remunerado modéstia a parte por um trabalho eficiente. Sei da existência de alguns “grilos” em relação à minha amizade com o deputado federal Protógenes Queiroz, inclusive uma conversa minha com ele que foi “grampada” de forma irregular e mais irregular ainda anexada a um processo. Se não me engano só o STF poderia fazer isto. Podemos conversar sobre o assunto, pois tenho orgulho de ser amigo de um homem que trabalha diuturnamente combatendo a endêmica corrupção existente no Brasil. Ressalvo que o endêmico não é da minha lavra e sim do Departamento de Estado Norte Americano. Protógenes prendeu um bandido condenado, por sinal banqueiro, o político Paulo Maluf e tantos outros. Além do mais recorrendo à sapiência das autoridades mencionadas se existe alguma Lei nova que me impede de conversar com os meus amigos, e a democracia brasileira, sem que eu saiba, foi revogada. No que diz respeito à uma possível vinculação minha com outros fatores que os deveres constitucionais impõem, sei apenas que nada sei, e se já periciaram os meus equipamentos os senhores devem ter constatado isto. Não sei se leram meus poemas e livros – me preocupo se eles não foram danificados neste processo de censura prévia. Quanto à mídia está no seu dever de informar inclusive por que não me considero um cidadão acima de qualquer suspeita. Defendo este princípio com unhas e dentes. Só lamento não terem cumprido a ética de ouvir também todos os envolvidos. Tenho residência fixa, email, telefone e face book. Isto que estou dizendo poderia ter sido dito pela mídia. Tudo o que escrevi no Novojornal eu ofereci o sagrado direito de resposta a todas as pessoas físicas ou jurídicas citadas. Não responderam por que não quiseram. E ao meu amigo Leopoldo José de Oliveira lembro que as autoridades e os jornais citaram meu nome no contexto de um assunto explosivo, mas sem me vincular aos petardos. A sua indignação me sensibilizou pela solidariedade, mas pode ter certeza de que você nunca se decepcionará comigo. Você nem qualquer pessoa, principalmente meus amigos. – (Geraldo Elísio – Repórter).

Nas ditaduras a polícia invade casas para roubar. Acontece o mesmo em Minas. Os tiras afanaram livros inéditos do jornalista Geraldo Elísio

Fogueira-de-livros-nazista

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Queima de livros promovida pelo nazismo
Queima de livros promovida pelo nazismo

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa, em 1888, e morreu em 1935. Em 1934, lançou Mensagem, um pequeno livro em páginas. Praticamente sua obra poética foi publicada postumamente. Já pensou se a polícia de Salazar tivesse invadido sua casa?

Já pensou se a polícia de Franco tivesse invadido a casa de García Lorca?

A Gestapo de Hitler promoveu uma noite de queima de livros e manuscritos judeus. A fogueira alumiou por uma noite a Alemanha. E depois veio a escuridão, que hoje se espalha por Minas Gerais. Que os inimigos da claridade têm medo da Liberdade mesmo que tarde. Da Liberdade e da Verdade. Esse temor fez Azeredo senador apresentar para o Brasil uma lei de censura.

Minas Gerais hoje não possui liberdade de expressão. O jornalista que ousa investigar os rastros de sangue e pó, e os desvios de dinheiro público, que começam com os prefeitos ladrões, vai preso ou morre. Ou tem a casa invadida como aconteceu com Geraldo Elísio, Marco Aurélio Carone e outros.

No governo de Aécio Neves, um major, em uma solenidade oficial, fez uma estagiária de jornalismo ajoelhar, com o cano de um quarentão engatilhado e encostado no ouvido. Este major covarde desconfiou da garota, por ser uma novata. Acontece que a foquinha trabalhava na equipe de Andréa Neves, que governou Minas no lugar do irmão sempre “viajando”. O majorzinho terminou promovido a tenente-coronel e coronel. Era ajudante de (des)ordens de Aécio, e das ordens de silêncio pelos corredores de azulejos brancos. Onde levitava ou deslizava o governador, parecendo uma Estátua de Talco.

Denuncia Geraldo Elísio, Prêmio Esso Regional de Jornalismo e que trabalhou nos principais jornais do Brasil e no Novo Jornal de Minas Gerais, hoje censurado, e preso seu proprietário, o jornalista Marco Aurélio Carone:

– Uma equipe composta por um delegado e três outros investigadores do Depatri visitou-me com ordem de busca e apreensão de meu netbook, minhas cadernetas de telefone, CD’s e anotações, principalmente em um livro no qual escrevo poesias

– Esses atos são obra de Andréa [Neves] e seu irmão [senador Aécio Neves, PSDB-MG], para tentar desqualificar a Lista de Furnas e o mensalão tucano, para que não entrem em julgamento no STF. Para isso não estão titubeando em lançar mão de tentativas loucas e desmesuradas.

Quanto custam os originais de um livro? Só a posteridade pode avaliar. Quando os originais são destruídos considero um crime inominável. Um livro não valorizado hoje, pode se tornar um patrimônio da humanidade. Da mais famosa poetisa do mundo, Safo, não se conhece nenhum poema. Apenas versos esparsos citados por filósofos e poetas. Também foi destruída, pelos cristãos, a obra da mais célebre mulher filósofa da Antiguidade, Hipátia, que os católicos transformaram, na contrapropaganda, em Santa Catarina. Também a perseguição política e religiosa destruiu os manuscritos do Velho e Novo Testamentos.

Neste mundo capitalista do deus dinheiro temos alguns preços de leilões de livros e manuscritos:

  • ‘Codex Leicester’: Livro de anotações de Leonardo da Vinci escrito à mão. Datado do século 16, foi vendido por US$ 30,8 milhões (R$ 70 milhões) em 1994.
  • ‘Rothschild Book of Hours’: Livro ilustrado de orações escrito à mão. Datado do início do século 16, foi vendido por US$ 14,3 milhões (R$ 32 milhões) em 1999.
  • ‘Magna Carta’: Amplamente distribuído, porém escrito à mão e não encadernado. Uma cópia do século 13 foi vendida por US$ 21,3 milhões (R$ 48 milhões) em 2007.
  • ‘Birds of America’: Livro de desenhos coloridos feitos à mão pelo naturalista e pintor John James Audubon. Datado do início do século 19, foi vendido por US $ 11,5 milhões (R$ 26 milhões) em 2010.
  • Bay Psalm Book: (“O Livro de Salmos da Baía”, em tradução livre), de 1640, primeiro livro que se tem notícia que foi impresso nos Estados Unidos, US$ 30 milhões (cerca de R$ 60 milhões) em 2011.

Quando era foca, no final da década de 50, poucos jornalistas possuíam máquina de escrever. Quem tem computador comprou a prestações. Que a maioria dos jornalistas ganha o salário da fome e do medo. Roubar um computador é calar, amordaçar, mutilar as mãos de um jornalista. A Santa Inquisição cortou um mão de Cervantes. Os militares de Pinochet amputaram as mãos de √ictor Lara.

A polícia arbitrária e a justiça absolutista estupram a Constituição, que determina que bens relacionados com a profissão de um trabalhador, de um profissional liberal, inclusive para o funcionamento de uma empresa, são absolutamente impenhoráveis.

A invasão da casa de Geraldo Elísio foi um ato torpe, arbitrário, insano, ditatorial, kafkiano, imoral, principalmente depois que o procurador geral da República,o mineirto Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), as alegações finais do processo do valerioduto tucano, também conhecido como mensalão mineiro. No documento, Janot sugere a condenação do deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) a 22 anos de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. O documento tem 84 páginas e aponta “subversão” do sistema político-eleitoral.

O procurador recomendou como punição ao parlamentar multa de 623 dias-multa de cinco salários mínimos cada – o valor é calculado com base no salário da época em que o crime foi cometido. Em R$ 1998, era de R$ 130. A quantia estimada é de R$ 404.950, que serão corrigidos pela inflação caso o STF atenda o pedido da Procuradoria.

Informa ainda a jornalista Raquel Gondin (O Tempo):Na ação, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB) é acusado de peculato e lavagem de dinheiro por supostamente se associar ao grupo do empresário Marcos Valério para o desvio de verbas e arrecadação ilegal de recursos para a campanha eleitoral do PSDB para o governo de Minas em 1998.

Segundo a Procuradoria, os desvios teriam alcançado R$ 3,5 milhões que, em valores atualizados, passam para R$ 9,3 milhões.

“Ao desviar recursos públicos, Eduardo Azeredo pretendeu, ao fim e ao cabo, praticar mais um episódio de subversão do sistema político-eleitoral, ferindo gravemente a paridade de armas no financiamento das despesas entre os candidatos, usando a máquina administrativa em seu favor de forma criminosa e causando um desequilíbrio econômico-financeiro entre os demais concorrentes ao cargo”, diz Janot no documento.

Para Janot, há provas para a condenação de Azeredo. Ele rebateu argumentos apresentados pela defesa no processo de que Azeredo estaria isento das ações financeiras de sua campanha. Segundo o relatório, “há nos autos conjunto probatório robusto que confirma a tese acusatória e afasta por completo a tese defensiva”.

No documento, Janot reforça a denúncia assinada em 2007 pelo então procurador Antonio Fernando, que o mensalão mineiro foi “a origem e o laboratório” do PT. “A prática dos crimes descritos na denúncia só foi possível com a utilização do esquema criminoso montado por Marcos Valério Fernandes de Souza, mais tarde reproduzido, com algumas diferenças, no caso conhecido como mensalão”, afirmou o procurador Rodrigo Janot.

A denúncia do mensalão mineiro envolvia 15 pessoas, mas somente as acusações contra Azeredo e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG) serão julgadas pelo STF. Andrade é alvo de uma ação separada. Os dois parlamentares têm direito a serem julgados diretamente pela Suprema Corte devido ao foro privilegiado.

A CRIMINALIZAÇÃO DO JORNALISMO DE OPOSIÇÃO EM MINAS GERAIS

por Miguel do Rosário

Geraldo Elísio
Geraldo Elísio

Reproduzo a entrevista abaixo e quero deixar registrado a minha preocupação de que as liberdades no Brasil estejam se tornando um privilégio dos poderosos. De um lado, uma âncora de tv aberta pode elogiar o justiçamento bandido feito por jovens fascistas. De outro, um jornalista com 54 anos de carreira é perseguido pela polícia mineira por fazer seu trabalho com independência e coragem.

Há uma inversão de valores que sinalizam uma tendência repressora, e só para um lado. Jornalistas pró-tucanos recebem prêmios sem fim, aqui no Brasil e nos EUA. Jornalistas críticos ao PSDB são presos, processados, perseguidos, seus computadores, pendrives e documentos pessoais são apreendidos.

Onde isso vai parar?

“Acuso frontalmente o senador Aécio Neves e sua irmã…”

O Bloco Minas Sem Censura entrevistou Geraldo Elísio Machado Lopes, que tem 54 anos de jornalismo, e foi vítima de ação de busca e apreensão em sua residência, na sexta-feira, 31 de janeiro. Ex-colaborador do Novo Jornal, do qual já se afastara há sete meses para cuidar da publicação de livros de sua autoria, Elísio foi novamente convocado para o front das lutas pela liberdade. E acusa abertamente Aécio e Andréa Neves de estarem por trás dos atos de perseguição ao Novo Jornal. Língua afiada, Geraldo Elísio faz, ao final de sua entrevista um desafio aos Neves. Leiam.

MSC – Quem é você profissionalmente?

Geraldo Elísio – Um jornalista com 54 anos de atuação em todas as áreas das diversas mídias existentes, com orgulho de nunca ter sido desmentido e uma carga de luta a favor da redemocratização do Brasil pós o golpe civil militar de 64. E um Prêmio Esso Regional de Jornalismo, em 1977, do qual me orgulho mais ainda, não por vaidade, mas pelo sentido da causa: a luta a favor dos direitos humanos denunciando as torturas praticadas contra o operário Jorge Defensor Vieira, quando ainda existia o famigerado AI-5. Inúmeras coberturas políticas e algumas internacionais. Também artista multimidia.

MSC – O que aconteceu em sua residência na última sexta-feira 31 de janeiro de 2014?

Geraldo Elísio – Por volta das 15 horas o interfone do apartamento tocou, uma voz masculina perguntou por mim, me identifiquei e fui solicitado a comparecer ao portão. Assim o fiz e atendi a um delegado do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) e mais três policiais que o acompanhavam com uma autorização judicial de busca e apreensão, com a qual levaram meu netbook, pendrive, cds e cadernetas de telefone. Não cito os nomes porque não deixaram sequer o número do documento portado por eles e nem uma cópia do que foi arrestado, inclusive isto me soa estranho, pois no site do Tribunal de Justiça nada consta. Sei que existe o nome de alguém do Ministério Público e de algum juiz, mas como nada deixaram não posso dizer nomes. Na ditadura civil militar vi residências violadas na marra, mas com ordem judicial (será mesmo?) creio ser pioneiro.

MSC – A quem você atribui tudo isto?

Geraldo Elísio – Acuso frontalmente o senador Aécio Neves e sua irmã Andréa Neves, no ímpeto de destruir as provas de denúncias formuladas pelo site Novojornal. Principalmente as que se referem a denúncias de desvio de dinheiro público e a acusação de que Aécio é dito usuário incurável de cocaína. Porque saber que eu trabalhei no jornal virtual é público e notório. Foram quase seis anos com editoriais assinados, em todos oferecendo espontaneamente o direito de resposta a todas as pessoas físicas e jurídicas citadas em meus textos. E tenho convicção de estarem querendo desqualificar os documentos que comprovam o Mensalão Tucano Mineiro e a Lista de Furnas. Quanto à Lista de Furnas por que o senhor Dimas Fabiano Toledo a registrou em cartório? A Lista de Furnas teve uma cópia xerox que foi periciada nos Estados Unidos e o perito que a declarou falsa já tinha sido preso por perjúrio. Além do mais a Polícia Federal já atestou que ela é verdadeira. Porém, Andréa Neves se julga um gênio da comunicação e como não é, troca os pés pelas mãos. Tenho igualmente certeza de que a dupla formada pelos netos do doutor Tancredo Neves, autor da frase “O primeiro compromisso de Minas é com a liberdade” quer incriminar os deputados Rogério Correia e Sávio de Souza Cruz. Estão desesperamente tentando encontrar ou até forjar provas mediante intimidação. Nasci no Grande Sertão Veredas e sei que “viver é muito perigoso.” Não temo, não me intimido e se algo me acontecer nem é preciso dizer de quem é a culpa, obviamente ressalvadas as causas naturais. Se morrer, baixo o meu espírito em médiuns especializados em psicografia e continuarei a denunciar as tramoias dos Neves ou quaisquer outras.

MSC – E o que você pretende agora?

Geraldo Elísio – Eu já tinha decidido me afastar de enfrentamentos políticos, mas recebi um convite para uma briga boa. Estou no ringue. Claro, tenho os meus defeitos mas não preciso me envergonhar deles. Se ser pobre não é motivo de orgulho também não o é para vergonha. Vou oferecer a quebra de todos os meus sigilos, fiscal, bancário e telefônico às autoridades competentes e espero que Aécio e Andréa Neves façam o mesmo, pois ao contrário deles respeito o princípio jurídico de que até prova em contrário todos são inocentes e creio terem eles condições de tomarem a mesma atitude que eu. Irei ou enviarei correspondência a todos os órgãos ligados aos Direitos Humanos, inclusive à ONU denunciando o Estado de Exceção em Minas Gerais. E como no meu netbook existem os textos de três livros inéditos denuncio a minha condição de perseguido político sujeito à censura prévia de minhas obras. E a luta segue em frente.

 

Justiça mineira manda prender jornalista adversário de Aécio Neves

 Rede Brasil Atual – [Diego Sartorato] Alegação da detenção é formação de quadrilha com Nilton Monteiro, denunciante do mensalão mineiro; bloco Minas sem Censura quer depoimento de jornalista na Assembleia Legislativa.


O jornalista mineiro Marco Aurélio Flores Carone, diretor de redação do sitenovojornal.com, foi preso na manhã de hoje (20) em Belo Horizonte por autorização da juíza Maria Isabel Fleck, da 1ª Vara Criminal da capital mineira. Carone foi denunciado pelo Ministério Público estadual em novembro por formação de quadrilha, falsificação de documentos públicos e particulares, falsidade ideológica, uso de documento falso, denunciação caluniosa majorada e fraude processual majorada – todas acusações relativas ao contato entre o jornalista e o lobista Nilton Monteiro, que tornou pública a Lista de Furnas após ter colaborado com suposto esquema de desvio de dinheiro da estatal. A juíza entende que ambos fazem parte de uma quadrilha cujo objetivo é “difamar, caluniar e intimidar” adversários políticos, e autorizou a prisão preventiva do jornalista para impedir novas publicações. Além disso, aponta o fato de que o NovoJornal seria financiado com dinheiro de origem ilegal, uma vez que o site não contaria com anunciantes suficientes para manter a página.

Carone, amparado pelo bloco parlamentar Minas Sem Censura, que reúne deputados estaduais de PT, PMDB e PRB, negam as acusações e denunciam perseguição política e investida dos aliados do senador Aécio Neves (PSDB) para calar o NovoJornal. “Ora, se você estabelece a prisão preventiva para evitar a publicação de material jornalístico, está oficializada a censura prévia”, lamenta o deputado Rogério Correia (PT), vice-líder do bloco Minas sem Censura.

IRMÃ DE AÉCIO COMANDA

“Assim que voltarmos do recesso, vamos convocá-lo para prestar depoimento na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia. Nesse caso, ele pode vir mesmo estando preso, para denunciar a perseguição promovida pelo PSDB de Minas contra seus adversários políticos”, defende o parlamentar, que afirma já ter sido alvo de prática similar. “Quando do surgimento da Lista de Furnas, encaminhei o relatório à Polícia Federal e, por isso, o vice-presidente nacional do PSDB tentou a cassação do meu mandato. É a mesma situação. A censura tem agentes no Ministério Público e no Judiciário, mas, quando é com a imprensa, quem organiza a perseguição é a própria irmã do senador, Andréa Neves.”

O NovoJornal, em texto publicado no ano passado, acusa a irmã de Aécio, que é jornalista e integrará a direção da campanha a presidente do tucano, de ter procurado anunciantes do portal à época e intimidá-los para que parassem de investir no “jornaleco da oposição”. O senador Aécio Neves foi procurado pela RBA por meio do diretório nacional do PSDB para comentar o caso, mas não deu resposta à reportagem até o momento da publicação.

LISTA DE FURNAS

A Lista de Furnas é um documento que revela as quantias pagas a políticos de PSDB, PFL (hoje DEM) e PTB em esquema de desvio de verbas intermediado pelo publicitário Marcos Valério em 2000, com o objetivo de abastecer o caixa dois de campanha desses partidos nas eleições de 2002, caso que ficou conhecido como “mensalão tucano” por envolver os mesmos personagens e operações envolvendo denúncias contra o PT em 2005. O PSDB nega a existência do esquema, que pode ter movimentado mais de R$ 40 milhões, e a autenticidade da Lista de Furnas, embora a Polícia Federal tenha comprovado, em perícia, que a lista conta com a caligrafia de Dimas Toledo, então presidente da estatal de energia. O caso aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal; o julgamento contra o PT foi realizado entre 2012 e 2013, e condenou 36 pessoas.

Em entrevista realizada em agosto do ano passado e divulgada pelo Youtube, o ex-advogado de Nilton Monteiro Dino Miraglia afirmou que o caso de Furnas envolveria até o assassinato da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, em agosto de 2000 – segundo ele, além de trabalhar como garota de programa para os envolvidos no esquema, ela era ainda responsável por transportar o dinheiro desviado da estatal em malas. O assassinato, registrado como suicídio até a revelação de sinais de asfixiamento da modelo, seria queima de arquivo, uma vez que a modelo queria abandonar a quadrilha.

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AMEAÇA DE MORTE

Miraglia abandonou a defesa do lobista Monteiro após ter a casa invadida por dez policiais militares que tinham mandato para procurar um documento falso, mas que teriam aproveitado a oportunidade para ameaçar sua vida. O motivo teria sido o pedido do advogado para enviar a Lista de Furnas ao STF. (Transcrito do Diário Liberdade)

Aécio e Andréa Neves sobreviveram protegidos pelo silêncio da mídia mineira. Ao tentarem alçar vôo nacional, sendo observados pela mídia digital a máscara caiu

O abraço de afogados: quem conhece sabe que é o início do fim

por Marco Aurélio Carone/ Novojornal

Aécio e Andréa Neves
Aécio e Andréa Neves

No passado, os veículos da imprensa nacional mantinham ativas e independentes sucursais nos diversos Estados do País. Minas não era exceção. Houve um tempo em que os funcionários destas sucursais na capital mineira, somados, suplantavam o número de funcionários trabalhando nos veículos da imprensa local.

Como exemplo, basta citarmos as sucursais: do “Estado de São Paulo”, “Folha de São Paulo”, “Última Hora”, “Jornal do Brasil”, “O Globo”. O que ocorria em Minas Gerais era rapidamente repassado. É evidente que naquela época, como agora, os Poderes econômico e político interferiam nas publicações das matérias. Mas, por meio de relatos e conversas informais entre os jornalistas das sucursais mineiras com seus colegas de outros estados, transmitia-se com fidelidade o que aqui estava acontecendo.

Com a crise batendo na porta destes veículos, e diante do “acordo” celebrado com o Governo de Minas − quando se instituiu o FEE mensal, valor pago aos veículos para publicação de releases − estas sucursais foram sendo extintas, permanecendo algumas poucas com reduzido número de jornalistas, com a adoção da pré-aprovação das pautas a serem cumpridas por seus jornalistas.

Desta forma, a imprensa nacional ficou refém, pois, tem que utilizar como informação o que a imprensa local publica, sendo induzida ao erro. Como é de amplo conhecimento, essa imprensa local, vivendo uma enorme crise financeira, viu-se obrigada a subordinar-se a vontade do maior e praticamente exclusivo anunciante, o Governo de Minas.

Até 1991, no segundo governo de Hélio Garcia, esta relação era sutil, embora irregular e sem maiores imposições. Porém, na mesma porta que entrou Washington Mello para exercer o cargo de assessor de imprensa, entrou junto o modelo que vigora hoje. É evidente que, diante do que vem ocorrendo a partir de 2003, o esquema de Mello pode ser considerado “juvenil”.

Com a posse de Aécio em 2003, implantou-se um modelo draconiano, por meio de negociação das verbas de publicidades, pertencentes ao Governo. As verbas das autarquias e empresas públicas foram concentradas em uma secretaria, sendo administradas e direcionadas para os veículos segundo a vontade de Andréa Neves.

O critério para o recebimento desta verba passou a ser o de total submissão editorial ao Governo de Minas. A esta degradada relação houveram resistências, assim como e em idêntico número as vítimas, mas ela se manteve protegida pelas montanhas de Minas. O comportamento e costume de Aécio, de seus auxiliares e de seu governo passaram a ser assunto proibido na imprensa regional. Dar espaço e voz à aqueles que pensavam diferente do Governo, passou a ser crime.

Denúncias não eram toleradas, os veículos que as ousassem fazer eram punidos severamente com a perda da propaganda oficial e demissão do profissional que as fizera, além da perseguição pelos órgãos de repreensão do governo que, para surpresa de todos, eram capitaneados por integrantes do MPMG − participantes da ala do ex-procurador Jarbas Soares e sucessores.

O Novojornal vem destoando desta realidade desde 2006, pois além de seu mínimo custo, foi criado e mantido através da venda de patrimônio pessoal de seu diretor responsável. Esse, por ter dirigido diversos veículos da mídia, inclusive dois jornais diários na capital, planejara o retorno do investimento em 10 anos, prazo normal para o setor.

Com a lógica de que os veículos da imprensa só sobreviveriam se recebessem verba de publicidade do governo, Andréa Neves não aceitava que o Novojornal sobrevivesse. Através de uma “parceria” com Jarbas Soares, o então procurador Geral do Ministério Público, tentou em 2008 fechar e desmoralizar o portal jornalístico, não obtendo sucesso.

Vieram dezenas de processos, o que igualmente, não surtiu qualquer efeito, pois, continuávamos a noticiar. Passou-se então, a perseguir nossos colaboradores e funcionários, além de ameaçar e constranger nossos anunciantes. Desesperados, passaram a utilizar a máquina policial no intuito de intimidar e tentar obter acesso às nossas fontes de informação. Por último, utilizando-se de um promotor que “disposto a tudo”, como demonstra seu passado, acusou o diretor responsável do Novojornal de ser relações públicas de uma quadrilha de falsários.

O motivo: o Novojornal deu voz ao denunciante do esquema criminoso, denominado “Lista de Furnas”, montado para abastecer financeiramente a campanha do atual senador, Aécio Neves ao governo de Minas. O documento foi periciado e atestado como autêntico pela Polícia Federal.

Para a grande maioria dos amigos e familiares tratava-se de uma luta inglória, pois o poder que Aécio e seu grupo conseguiram no País e no exterior era gigantesco. Impossível de ser confrontado.

Devo admitir que por diversas vezes me perguntei se valia a pena. As ofertas milionárias e a cobrança de familiares e amigos defendendo a busca de um acordo para levar vantagem, obrigaram-me a afastar dos mesmos. Agora, anos depois, leio entrevista do próprio assessor de marketing de Aécio afirmando ser impossível sua pretensão de ser candidato a presidência, diante do que foi noticiado pelo Novojornal.

A mídia nacional vem diariamente recorrendo ao trabalho do Novojornal para fundamentar suas pautas e noticiar sobre o Aécio Neves que ninguém conhecia. Os documentos que comprovam as matérias são solicitados e fornecidos. Desesperada, Andréa busca ajuda do “Gangster da Imprensa” Leonardo Attuch, para plantar uma matéria na revista “IstoÉ” com a finalidade de denegrir a imagem do portal e de seu diretor responsável.

Mais uma vez deu errado. “IstoÉ” esqueceu-se que fora ela o primeiro veÍculo a noticiar que a “ Lista de Furnas” era verdadeira.O que provocou, além de enorme insatisfação e discussão na redação, a internação de um de seus melhores jornalistas.

O questionamento da mídia independente quanto aos motivos que levaram a revista a praticar tal absurdo, acabaram por trazer à tona um esquema montado por Aécio Neves junto a Editora Três, dona da publicação.

Descobriu-se que, assim como em relação ao livro “Privataria Tucana”, existia a digital de Aécio nos ataques que a “IstoÉ” vem fazendo ao PSDB paulista. Desmoralizado, ele é hoje conhecido nacionalmente como um garoto mimado, despreparado e teleguiado por sua irmã, que cuida até de suas constantes internações por dependência química. Aécio busca o Poder por capricho e vaidade, visando atender os seus interesses financeiros, de seus familiares e patrocinadores.

Sem falsa modéstia, entendemos que dentro de nossas limitações, contribuímos para que a população tenha conhecimento de quem é Aécio Neves e sua irmã Andréa, assim como, o que ocorreu em Minas Gerais neste período sombrio.

Nosso diretor responsável, quando questionado pelo já falecido pai dos irmãos Neves, Aécio Cunha, sobre os motivos das críticas do Novojornal ao comportamento de sua filha a quem ele considerava um gênio, respondeu:

Ela o criou, o escravizou e vai matá-lo.

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