por Nei Duclós

por Nei Duclós
A televisão promoveu a santificação da mãe de Plínio Corrêa de Oliveira, fundador da seita TFP – Tradição, Família e Propriedade, adorada como imagem da mãe de Jesus; e da segunda esposa de Roberto Marinho.
Como esdrúxulo reverso: a cena de um pastor chutando a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
Nada pessoal. Sou contra a divinização pretendida, e o absurdo iconoclasta.
por Luiz Carlos Azenha
Um golpe palaciano, daqueles que se viu no Vaticano, me relegou ao papel de cuidar dos vídeos e docs do Viomundo, sob as ordens da papisa Conceição Lemes.
A boa notícia é que jornalistas experientes já se declararam dispostos a submeter projetos ao crowdfunding do site, ou seja, ao financiamento de produção jornalística livre de governos ou patrocinadores privados, bancada pelos próprios leitores.
O formato está sendo organizado por Leandro Guedes, da Café Azul.
1. Importante produtor da TV brasileira, ganhador dos prêmios Vladimir Herzog, Esso e Embratel, pretende fazer um mini-doc no Nordeste sobre uma tribo indígena em extinção ameaçada por madeireiros.
2. Autor do livro Privataria Tucana, que por enquanto pretendemos não identificar, quer saber se a modelo morta em importante escândalo político de Minas Gerais cometeu suicídio ou foi assassinada.
3. Premiadíssima repórter pretende passar alguns dias em Minas Gerais, debruçada sobre números do governo e da oposição, para avaliar se o “choque de gestão” dos governos Aécio/Anastasia de fato arrumou as finanças do Estado.
4. Premiadíssima repórter de Direitos Humanos considera viajar para o interior do Brasil e, em um mini doc, avaliar se de fato mudaram as condições de vida onde se deu um foco guerrilheiro durante a ditadura militar, além de revelar fatos inéditos sobre a repressão.
5. Experiente repórter na área de economia junta documentos e entrevistados para se perguntar: o objetivo de FHC era mesmo vender a Petrobras ou foi apenas um truque eleitoral do PT para pintá-lo de privatista? Quanto se gastou com o projeto de mudar o nome pata Petrobrax? Quem foi autor da ideia?
6. Jovens repórteres querem explicar como é possível que o veneno dos agrotóxicos termine no leite materno; quais são as outras substâncias que podem afetar desde os primeiros dias a saúde do seu bebê?
7. Repórter desempregado pretende demonstrar como um terreno da Telesp, que na verdade ainda hoje deveria pertencer ao patrimônio público (um bem reversível, ou seja, só controlado pela concessionária durante o período da concessão) foi negociado para um dos maiores empreendimentos imobiliários do Brasil.
8. Veterana correspondente internacional vai aos arquivos norte-americanos e faz, pela primeira vez em vídeo, a cronologia dos documentos que demonstram que o golpe cívico-militar no Brasil se enquadrava num plano muito mais amplo de contenção que, ao fim e ao cabo, levou à Operação Condor.
Estas são apenas algumas das dezenas de ideias que nos foram sugeridas por gente quem tem interesse especial na elucidação de determinados assuntos obscuros de nossa História, passada ou contemporânea. Obviamente haverá um processo de seleção inicial para submeter apenas quatro ou cinco à decisão dos leitores.
Vocês poderão acompanhar online os que querem ver aqueles reportagens realizadas, através de um contador de adesões.
Algumas serão em texto, outras em mini-docs e, eventualmente, chegaremos aos documentários.
Como o processo é complexo, vamos começar devagar, mas um dos objetivos finais é permitir que leitores sugiram ou façam suas próprias pautas, com o auxílio de profissionais experientes.
Seria o embrião para estabelecer no Brasil uma rede de correspondentes comprometidos com o interesse público, no modelo da GRNlive.
En el trabajo, los autores realizan un minucioso repaso por la historia de la TV pública en América latina, desde su nacimiento en México en 1950 hasta el rejuvenecer actual. Además, el libro debate acerca de cómo deben programarse los medios no gubernamentales, da distintas concepciones sobre los controles y la financiación, y plantea una serie de conclusiones y propuestas globales sobre y para los medios públicos de la región. “El objetivo de este libro –se lee en la introducción– es identificar aquellas fórmulas que, más allá de la concepción teórica, sirvan en la práctica –porque ya están funcionando en países de la región– como ejemplo para lograr que la TV pública cumpla con la misión básica que comparte con el resto de los medios públicos y todavía vigente de informar, educar y entretener, y pueda hacerlo desde la autonomía de su sustentabilidad económica y la calidad de sus contenidos. Sin renunciar a llegar a un público cuanto más amplio, mejor. Porque un servicio público sin público tiene poco sentido.”
Hablar hoy en día de medios públicos de comuni-cación obliga a adoptar una perspectiva integral y adeterminar los denominadores comunes que permitanrealizar una propuesta global para que dichos medios públicos sean una ayuda a los ciudadanos como herra-mientas de información, educación y entretenimientoen las sociedades latinoamericanas.
El servicio público audiovisual, queabarca el medio televisivo, la radio y los medios de co-municación en Internet, debería reunir los siguientesdenominadores comunes, que ya fueron repasados a lolargo de este libro, como objetivos de servicio públicoque primen la rentabilidad social en equilibrio con lasostenibilidad económica. El camino para llegar a ellosno es único, como también ha quedado de manifiesto.Estos denominadores comunes son:
— Dirigirse al ciudadano a diferencia de los medios privados que se dirigen a los consumidores y a diferen-cia de los medios puramente gubernamentales que sedirigen al ciudadano como elector.
— Constituirse en un lugar de encuentro y de diá-logo nacional e intercultural que represente la totalidadde las expresiones culturales e identitarias presentes encada país. — Desarrollar una política de universalización enla prestación del servicio público, de tal forma que seofrezca al conjunto de la ciudadanía sin exclusiones so-ciales, políticas, culturales, étnicas o geográficas. — Promover la cultura y educación aprovechandolas potencialidades del medio audiovisual para colabo-rar en el desarrollo y formación de los ciudadanos. — Aspirar a la mayor audiencia posible, con conte-nidos diversos de calidad e impacto. — Entretener como una forma de llegar a las másamplias capas de la sociedad y aprovechar los formatos para la educación en valores para construir ciudadanía,democracia y sociedad civil.
por Laurindo Lalo Leal Filho
Jornais, revistas, o rádio e a televisão tratam de inúmeros assuntos, quase sem restrição. Apenas um assunto é tabu: eles mesmos.
Durante muito tempo a crítica da mídia esteve restrita às universidades e a alguns sindicatos de jornalistas ou radialistas. Hoje a internet tem um papel importante na ampliação desse debate.
Mas na academia houve um retrocesso. O programa “Globo Universidade”, das Organizações Globo, tem parcela importante de responsabilidade nessa mudança. Surgiu com o objetivo de neutralizar aquela que era uma das poucas áreas onde se realizava uma análise crítica sistemática dos meios de comunicação.
Passou a financiar laboratórios de pesquisa e eventos científicos e, com isso, o objeto de investigação, no caso a própria Globo, tornou-se patrocinador do investigador, retirando da pesquisa a necessária isenção.
Fez na comunicação o que a indústria farmacêutica faz com a medicina há muito tempo, bancando viagens e congressos médicos para propagandear remédios.
O resultado prático pode ser visto no número crescente de trabalhos acadêmicos sobre o uso de novas tecnologias associadas à TV e as formas de aplicação dos seus resultados pelo mercado.
Enfatizam cada vez mais o papel do receptor como elemento capaz de selecionar, a seu critério, os conteúdos que lhe interessam.
Fazem, dessa forma, o jogo dos controladores dos meios, retirando deles a responsabilidade por aquilo que é veiculado. Fica tudo nas costas do pobre receptor, como se ele fosse dono de um livre-arbítrio midiático.
Esquecem o fenômeno da concentração dos meios que reduz o mundo a uma pauta única, com pouca diferenciação entre os veículos. (Continue lendo)
“Murdoch invade sua TV
Os bastidores da megafusão entre Sky e Directv no Brasil, uma operação que deu ao magnata Rupert Murdoch 95% do mercado de TV via satélite no País”
Com este título, Darcio Oliveira e Eduardo Pincigher, em 27 de outubro de 2004, anunciavam, na Istoé Dinheiro , a invasão do corsário Rupert Murdoch. Isso em qualquer lugar do mundo é chamado de monopólio, exclusividade, conquista total de um Brasil todo dominado.
Rupert Murdoch só faz safadezas nos países desarmados e pobres. Lá nos Estados Unidos. Na Inglaterra. Nunca jamais aqui no Brasil. Viva o patriotismo, o nacionalismo, o civismo, a coragem dos nossos poderosos poderes! Cá no Brasil ele é um santo, um anjo, nem sei se já deram pra ele a cidadania brasileira, nem como vão os negócios dele. Tudo hoje faz parte da lista do segredo eterno.