Colunista do Telegraph abandona jornal, denunciando “fraude” na cobertura do caso Swissleaks
No Brasil, os colunistas econômicos vão ficar caladinhos. Primeiro que no HSBC está uma parte [mínima] das propinas das privatizações de Fernando Henrique. E mais os dólares do tráfico de moedas, de diamantes, de ouro, de nióbio e de safadezas outras jamais investigadas.
Mas a censura dos barões da mídia começa nos países que guardam o dinheiro sujo. Que a imprensa separa em duas categorias:
1. Sonegadores da Europa e dos Estados Unidos, que praticaram apenas sonegação, crimes que não sujam as mãos de suor, sangue, lágrimas, esperma e outras secreções, imundícies próprias de corpos mestiços, e classificados pelas cores negra, amarela e parda das espécies nativas da África, América Latina e Ásia.
2. Corrupção do judiciário, do legislativo, do executivo e traficantes de órgãos, de drogas, de armas, de prostitutas, de escravos, como se a podridão apenas existisse no Terceiro Mundo.
Lá na União Européia e nos Estados Unidos da América do Norte tudo tem cor e cheiro, menos o dinheiro.
Peter Oborne, principal comentador político do Telegraph, abandonou o jornal e denunciou que os jornalistas – seus colegas de redação – foram impedidos de investigar o HSBC devido a contratos de publicidade.
No Brasil, não existe cobertura jornalística porque os barões da imprensa estão envolvidos. Revela a revista Veja, sem destaque, os nomes de apenas dois clientes do HSBC: Lilly Safra, matriarca da família dona do banco Safra, e os Steinbruch, que controlam a Companhia Siderúrgica Nacional.