Fabrícia Peixoto escreve para a BBC: “Um dos países que mais gasta com aposentadorias no mundo, o Brasil vê crescer a proporção de idosos no país sem conseguir avançar em um debate mais profundo sobre o papel da Previdência – e quem deve pagar por ela.
De acordo com estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil gasta o equivalente a 12% do Produto Interno Bruto (PIB) no pagamento de aposentadorias e pensões, incluindo as previdências do setor público e privado.
Essa proporção coloca o Brasil na 14ª posição entre os que mais gastam com previdência, em um universo de 113 países, segundo a pesquisa do Ipea”.
O Ipea exagera. Também publica hoje o jornal Público, de Lisboa: “A Grécia é o país da União Europeia que mais gasta em pensões em percentagem do PIB (17,5% em 2015, contra um pouco menos de 15% em Portugal e pouco mais de 13% na média europeia). Num ranking recentemente elaborado pela Allianz, a Grécia era o oitavo ´país com um sistema de pensões menos sustentável entre 45 países (Portugal era o 17º)”
Culpar a população de velhos, idosos e anciãos que ganha o salário mínimo do mínimo é outra farsa difícil de engolir. O sistema previdenciário brasileiro tem que ser único. E não múltiplo. Cada poder tem seus pensionistas e aposentados secretos. Com diferentes caixas de pagamento. Mas a fonte é uma só: a Viúva. Que termina pagando toda a farra. E a maior fonte de renda da Viúva continua sendo o imposto indireto, pago pelo povo em geral, os pobres, que rico não paga imposto.
A Hidra de Lerna tinha sete cabeças, A Hidra da Previdência tem mil. Filha dos monstros da desigualdade social e da ganância individualista de uma minoria.
Republicou isso em O jornaleiro.