Até os idos de março ninguém conhecia Eduardo Cunha. Perdia feio para a esposa jornalista. De Cláudia Cruz, historia a Wikipédia: “Foi âncora do Fantástico, Jornal Hoje e RJTV. (…) Egressa da TV Educativa do Rio de Janeiro, ela foi no final de 1989 a 2001 apresentadora da Rede Globo de Televisão (…) dos telejornais Bom Dia Rio entre 1989 e 1991, o Jornal Hoje eventualmente entre 1989 e 1992 e 1994 e 2001, sendo fixa desse mesmo telejornal entre 1992 e 1994, RJTV 1ª edição entre 1989 e 2001 e RJTV 2ª edição entre 1999 e 2001, onde recebeu o título de “musa do RJTV“, título dado a apresentadora que encarava com sensualidade apresentação do telejornal e anteriormente este título pertencia a jornalista Valéria Monteiro; Globo Ciência, Globo Comunidade, Jornal da Globo e Fantástico. Após 2001 foi para a Rede Record ancorar a segunda edição do Jornal da Record, um concorrente do Jornal Nacional. Porém a rejeição do público paulista ao estilo da apresentadora, fez com que a mesma fosse substituída por Paulo Henrique Amorim. E deixou a Rede Record após recusar a proposta de apresentar o local Informe Rio (hoje extinto) e ser repórter especial do Jornal da Record. Atualmente se dedica às artes plásticas”.
Nesta de terceirização, Claudia Cruz, historicamente, não concorda com o marido. Comenta Maria Flô: “Vejam vocês, se o PL 4330 [da terceirização de Eduardo Cunha] existisse em 2008, sua esposa, a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, com doença ocupacional, estaria a ver navios, desprotegida pela legislação e não poderia ter entrado com a ação judicial contra a Globo”.
Maria Flô transcreve:
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Terceirizada, mulher de Cunha ganhou ação contra Globo e foi contratada
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Segundo o Portal da Imprensa, publicação voltada para o mundo da comunicação, na sentença o TST informou que a jornalista teve de criar uma empresa (C3 Produções Artísticas e Jornalísticas) para prestar serviços à TV Globo. Em julho de 2000, após vários contratos de “locação de serviços”, a emissora informou que o acordo com Cláudia não seria renovado, após ela ter sofrido uma faringite, considerada doença ocupacional.
A jornalista entrou com ação trabalhista pedindo vínculo de emprego e ressarcimento das despesas e indenização por danos morais, já que passou por uma cirurgia em razão da faringite e nenhuma despesa foi paga pela emissora da família Marinho.
O TRT do Rio de Janeiro reconheceu a existência de vínculo empregatício, uma vez que a jornalista tinha de cumprir horário de trabalho e relação de subordinação com a Globo, condenando a emissora a registrar Cláudia em carteira de trabalho por todo o período de contrato, entre maio de 1989 e março de 2001.
A Globo recorreu, mas o TST rejeitou a apelação, mantendo a decisão do tribunal fluminense.
Segundo o ministro do TST Horácio Senna Pires, relator do caso, a atitude da emissora “se tratava de típica fraude ao contrato de trabalho, caracterizada pela imposição feita pela Globo para que a jornalista constituísse pessoa jurídica com o objetivo de burlar a relação de emprego”.
Se o PL 4330 [que cria a terceirização ampla, geral e irrestrita] de Eduardo Cunha existisse naquela época, sua mulher estaria desprotegida pela legislação e não poderia ter entrado com a ação judicial.
Musa do Jornalismo e artista plástica

Jeff Benício, autor do livro Fama Ordinária, escreveu em seu blogue: “Cláudia Cruz ganhou o título de musa do jornalismo da Globo nos anos 90. Sua beleza chamava mais atenção do que as notícias — e ainda impressiona.
Deixou a emissora em 2001, após 12 anos. Pouco depois, as duas partes travaram uma batalha jurídica por conta de um processo trabalhista.
Cláudia transferiu-se para a Record, mas ficou pouco tempo no canal. Logo abandonou a carreira na TV, para decepção de seus fãs.
Na internet há comunidades e fóruns criados para pedir o retorno ao telejornalismo da apresentadora, hoje com 47 anos.
(…) Cláudia Cruz possui outro título: o de primeira-dama da Câmara dos Deputados. Seu marido, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi eleito presidente da casa.
Desde que se afastou do vídeo, a jornalista tem se dedicado às artes plásticas. Ela também organiza eventos culturais. É uma personagem recorrente nas colunas sociais cariocas.
O casal Cunha tem quatro filhos. Uma delas, Bárbara, de 17 anos, gerou manchetes na imprensa ao longo dessa semana.
Herdeira da beleza da mãe, a estudante foi considerada a musa da cerimônia de posse da nova legislatura, em Brasília”.

Herdou a beleza da mãe. Noticiou o Diário de Pernambuco: “A estudante Bárbara Cunha, de 17 anos, filha do novo presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), virou uma espécie de “musa da eleição”. Leia mais
O Frank Underwood brasileiro
Escreve Quintino Gomes, editor do Diário do Rio: “Chamado por alguns como Frank Underwood brasileiro, apelido dado pela deputada Clarissa Garotinho, e do qual faz jus e, dizem, até gosta. Para quem não sabe Underwood é o personagem interpretado na série House of Cards, um político que faz tudo pelo poder.
Desconhecido por muitos cariocas, que nunca entendem como ele consegue se eleger deputado, Cunha está “por aí” faz muito tempo. Mas foi em 1991 que ele foi nomeado por Collor como presidente da TELERJ, aquela mesmo. Depois foi orbitando vários políticos e grupos, mas só em 2001 que conseguiu se tornar deputado estadual, ainda assim ocupando a cadeira como suplência. Mas em 2002 sai candidato a deputado federal pelo PP, com apoio de Anthony Garotinho (PR), hoje seu inimigo politico, e obtém 101.485 votos. Logo ao assumir Cunha troca o PP pelo PMDB,
Desde a primeira vitória Cunha só aumentou o poder dentro da bancada, e sempre envolto em escândalos, mas sempre saindo ileso. Agora sua escalada no poder é coroado com a presidência da Câmara.
Eduardo Cunha cria de Fernando Collor e bispo Robson Rodovalho

Eduardo Cosentino da Cunha (Rio de Janeiro, 20 de setembro de 1958) é um economista, radialista e político brasileiro. Evangélico, é fiel da igreja neopentecostal Sara Nossa Terra e seguidor do bispo Robson Rodovalho. Atualmente, é deputado federal, pelo PMDB do Rio de Janeiro, e presidente da Câmara dos Deputados desde 1º de fevereiro de 2015.
Filiado ao Partido da Reconstrução Nacional, foi presidente da Telerj durante o Governo Collor . Já pelo Partido Progressista Brasileiro, comandou a Cehab no mandato de Anthony Garotinho. Candidatou-se pela primeira vez a um cargo eletivo em 1998, tendo sido eleito suplente de deputado estadual do Rio de Janeiro e assumido uma vaga na Alerj em 2001. Elegeu-se deputado federal em 2002, ainda pelo PPB. Reelegeu-se em 2006 e 2010, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro.
Como radialista, tem atuado em sete rádios FM (Rádio Melodia desde meados da década de 1990) nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Piauí e Paraná. Leia mais
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