O episódio lembra o caso da enfermeira que anunciou a gravidez de Kate, esposa do príncipe William da Inglaterra. Demitida, Jacintha Saldanha suicidou-se.

Vem doutro hospital – triste comércio da medicina – o São Carlos, em Fortaleza, que atendeu o jogador Neymar após o mesmo se machucar em um jogo contra a seleção da Colômbia pelas quartas de final da Copa do Mundo FIFA 2014, a desumana notícia da demissão de uma de suas enfermeiras que, sem autorização, filmou a chegada do jogador.
Com um celular em mãos a enfermeira que só teve seu primeiro nome revelado, Chíntia, filmou o craque na maca.
Segundo o ortopedista que atendeu Neymar, o hospital tem um acordo de confidencialidade com a FIFA, e não pode divulgar nada sobre atendimentos ou internações de jogadores ou membros das equipes. “Ninguém pode falar nada sobre os atendimentos, pois queremos sempre preservar primeiro a imagem da pessoa e depois do atleta ali atendido. Soube que a funcionária que filmou a ação já foi retaliada”, disse ele.
“Deixamos bem claro para todos os envolvidos nos atendimentos e os funcionários são orientados a não fazer nenhum vídeo nem passar informações. Infelizmente as pessoas têm essa necessidade de aparecer e isso foge ao nosso controle”, completou o médico.
“Retaliar” um trabalhador é escravidão, é crueldade, não fica bem para um hospital cuja missão é salvar pessoas. E não matar psicológica e moralmente. É destruir uma carreira profissional.