Blogueiro acusa Aloysio de envolvimento do cartel dos metrôs em São Paulo, que reage: ‘vai pra PQP’


por Heitor Mazzoco/ Diário da Região/ Rio Preto
O senador rio-pretense Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) considera ter sido “vítima” do blogueiro Rodrigo Pilha, ex-assessor de uma deputada do PT, que o teria provocado ao questionar suposto envolvimento no cartel dos metrôs em São Paulo. Após fazer o questionamento ao senador, Pilha foi xingado: “Vai pra puta que o pariu. Vou te meter o cacete”, disparou Aloysio, que depois deu ordem de prisão ao militante.
Em vídeo divulgado na internet, Grassi aborda Aloysio nas galerias do Congresso Federal e pergunta sobre a importância das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).
Na sequência, pergunta o que levou o PSDB a arquivar 70 CPIs no governo de São Paulo. Aloysio disse que existem outros meios de investigação e encerra a entrevista. Pilha, então, fala sobre o suposto cartel de metrô e diz que o senador é suspeito. “Vá pra puta que pariu”, gritou o tucano, que ainda o chamou de “vagabundo”. Correndo, Pilha responde questionando o PSDB. “O que é isso? O senhor está querendo me agredir. Essa é a liberdade de imprensa do seu partido? Vai para a internet”, afirma.
O Diário entrou em contato com a assessoria de Aloysio solicitando uma entrevista, mas não obteve retorno. Por meio de nota em seu site oficial, o tucano disse que foi ofendido com grave injúria. “Fui vítima do ex-assessor da deputada do PT Erika Kokay (DF), Rodrigo Grassi. Sob o pretexto de me entrevistar a respeito de Comissões Parlamentares de Inquérito, ofendeu-me com uma grave injúria, uma acusação mentirosa e insuportável. Diante da ofensa, tentei segurá-lo até que a segurança do Senado acudisse”, disse.
Pelo microblog Twitter, Aloysio disse ainda que o vídeo postado por Grassi foi editado para prejudicá-lo. O ex-assessor ficou conhecido por ofender o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, em um restaurante de Brasília.
O Diário procurou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), que informou que, até então, nenhuma medida seria tomada, por meio de assessoria. Nesta quarta-feira, 7, Aloysio assinou requerimento de abertura de CPI para investigar cartel em São Paulo, mas depois retirou o nome, dizendo que assinou na esperança de que contratos da Alstom em outros estados, como Distrito Federal e Bahia, também seriam investigados.

