por George Sanguinetti

LAUDO DE EXAME DE CORPO DE DELITO 2676/2013. IML São Paulo
Consta no laudo cadavérico da vítima Andreia Regina, realizado no IML, lesões corporais indicativas de haver sofrido espancamento, violência, antes de receber o tiro que a matou.
Transcrevo do laudo: 1.) “: descolamento da epiderme em região inguinal direita e em região dorsal da perna direita, próxima a dobra do joelho “. Significa que houve uma lesão traumática na epiderme. São escoriações, tipo mais simples de contusão. Com o tempo de morte que o cadáver foi necropsiado, só justificaria existir os descolamentos epidérmicos, se a morte tivesse resultado de afogamento e o corpo tivesse permanecido submerso ou na água por muitas horas. Como isto não ocorreu e a pele, é um invólucro protetor, de revestimento do corpo, e a primeira barreira as agressões, é um indicativo de violência; para esclarecer ou negar esta possibilidade, deveria o IML de São Paulo ter realizado o exame histológico, para elucidar a causa da ação contusa que produziu a escoriação, o descolamento, termo utilizado que é um neologismo em Medicina Legal.
2.) ” equimose com edema (inchação) traumático importante em pálpebra superior do olho esquerdo com discreta hemorragia de conjuntiva temporal do olho esquerdo. Discreto edema nasal.”
O tiro que recebeu (PAF perfuração por arma de fogo), foi na parte de trás da cabeça, especificamente na região occipital direita, a distância acima de 1 metro, que segue em direção a região cervical. Pode ocorrer equimoses de pálpebra, mas chama atenção o edema traumático, principalmente no nariz.
O quadro de lesões na face são característicos de violência por instrumento contundente (espancamento), mas a equimose palpebral com edema poderia resultar da contundência do tiro. Chama atenção que o percurso do projétil é em direção ao tronco encefálico e a região cervical. Nada lesionou os ossos da face, ou seja a “camisa” do projétil foi recuperada, na parte de trás da cabeça; o projétil foi recuperado, na base do crânio. Por que as evidências de espancamento, sobretudo a inchação do nariz que não se explica por consequência do tiro.
A face de Andreia Regina Bovo Pesseghini é a de quem sofreu espancamento, violência. E as escoriações (descolamentos) descritas, só se justifica por trauma; jamais como fenômeno de transformação cadavérica. E o disparo de arma de fogo, na cabeça, a distância superior a 1 metro, tiro único, marca registrada de execução, jamais poderia ter sido deflagrado pelo menor Marcelo.
Solidariedade ao menor Marcelo, vítima da chacina e “escolhido” para ser o autor, sem nenhuma prova.
Só agora divulgo as evidências de violência na mãe, para que o menor Marcelo não fosse também acusado de haver espancado a mãe, antes de disparar o tiro.
As autoridades têm que encontrar os culpados, embora exista sempre a possibilidade de apontar alguém para assumir, um condenado a pena longa, protegendo os verdadeiros autores. Esta proteção tem ocorrido, desde a descoberta dos corpos.

E o garoto foi mesmo à escola?