A imprensa vendida prega a volta da ditadura nos países que a direita não tem nenhuma chance nas urnas. Acontece na Venezuela, no Brasil, no Equador, na Argentina, na Bolívia.
Na Venezuela, um obscuro político – vendido pelas agências internacionais – ganha as manchetes: Leopoldo López. Quem é este deconhecido?
Informa o G1 (Globo): Principal figura da ala mais radical da oposição venezuelana, o ex-prefeito de Chacao Leopoldo López se tornou o principal rosto dos manifestantes nos protestos recentes que se espalharam pela Venezuela.
Responsável por convocar os estudantes para as manifestações e por incitá-los a acabar com o governo do presidente Nicolas Maduro antes do fim de seu mandato, ele acabou tendo uma ordem de prisão emitida pela Justiça, sob a acusação de assassinato e terrorismo em conexão com a violência que irrompeu nos protestos, deixando pelo menos três mortos e os lados opostos culpando um ao outro pelo derramamento de sangue.
Fundador do partido conservador Voluntad Popular – do qual é atualmente coordenador nacional – López utiliza o radicalismo para projetar-se como uma nova liderança no interior da coalizão opositora, tentando tornar-se uma alternativa a Henrique Capriles, até então principal rosto da oposição e dono de uma postura mais moderada.
Ex-prefeito do munícipio de Chacao, ele vem de uma família da elite venezuelana, ligada ao setor industrial e petroleiro. Sua figura nunca foi exemplarmente popular – em um documento de um consultor político da embaixada norte-americana em Caracas, vazado pelo site Wikileaks, ele foi descrito como “arrogante, vingativo e sedento por poder”, apesar de sua “alta popularidade, carisma e talento como organizador”.
“Ainda acreditam que devemos esperar até 2019 [fim do mandato de Maduro] para sair deste regime?”, escreveu López no Twitter ao convocar a primeira manifestação. A declaração foi interpretada pelo governo como um chamado a um golpe de Estado.
Carreira
Nascido em 29 de abril de 1971 em Caracas, o venezuelano de 43 anos estudou políticas públicas e economia nos Estados Unidos, onde frequentou a Universidade de Harward. Sua família é tradicional na elite venezuelana, sendo ligada ao setor petroleiro e ocupando alguns cargos políticos.
Ele teve seu primeiro cargo público em 2000, quando foi eleito prefeito de Chacao, uma das cinco regiões administrativas de Caracas. López foi reeleito em 2004, e ficou no poder até 2008.
Neste ano, após uma acusação de mau uso de recursos públicos quando era prefeito, ele acabou sendo constitucionalmente inabilitado para se candidatar a qualquer cargo de eleição popular – na época, era pré-candidato à prefeitura de Caracas. Segundo ele, a decisão foi feita sem nenhum julgamento foi na verdade uma perseguição do governo de Hugo Chávez, do qual sempre foi opositor.
López levou seu caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos, que acabou ordenando a restituição de seus direitos políticos. A decisão foi acatada pelo Conselho Nacional Eleitoral, e em novembro de 2011 o político se inscreveu nas eleições primárias para presidência da Mesa de Unidade Democrática.
Em janeiro de 2012, entretanto, acabou renunciando para apoiar Henrique Capriles nas primárias do partido. Capriles acabou sendo derrotado por Chávez nas eleições presidenciais, e foi candidato novamente alguns meses depois, desta vez contra Nicolas Maduro (após a morte de Chávez). Capriles foi derrotado por Maduro. (Transcrevi trechos)
El político y economista Leopoldo López tiene 42 años y es el coordinador nacional del partido Voluntad Popular -una escisión de Primero Justicia-, que integra la Mesa de Unidad Democrática. Fue alcalde del municipio Chacao, de Caracas, entre 2000 y 2008. Desde ese cargo participó en el golpe de Estado de abril de 2002 contra el gobierno democrático de Hugo Chávez, siendo uno de los firmantes del “Decreto Carmona” a través del cual se disolvieron los poderes públicos, destituyendo de sus cargos a sus representantes y nombrando presidente de facto a Pedro Carmona Estanga -en aquel momento presidente de Fedecámaras, camara empresarial venezolana-.
¿Se arrepintió de su participación en los violentos hechos del golpe de Estado de 2002? No. En febrero de 2004, durante un mitín público manifestó que “del 11 de abril hay que sentirse orgulloso. Yo no sé si hay alguien que no se sienta orgulloso del 11 de abril, cuando tumbamos a Chávez con una marcha” . Incluso recientemente, consultado sobre cuándo se iban a frenar las violentas movilizaciones que se están dando en territorio venezolano, afirmó, con una honestidad brutal, “cuando logremos sacar a quienes nos están gobernando” .
Es conocida la vinculación entre López y el ex presidente colombiano Álvaro Uribe Velez, representante del ala más reaccionaria de la derecha latinoamericana en la última década. En una reunión con Uribe en 2011, en Bogotá, el dirigente venezolano afirmó que “de Alaska a la Patagonia, Colombia es una referencia absolutamente necesaria e innegable de lo que significa éxito en materia de seguridad” . El “consejero” en materia de seguridad de López también tiene su prontuario: en estos momentos Uribe está siendo investigado -por cuarta vez- en relación a su presunta colaboración con grupos paramilitares durante su período como gobernador de Antioquia.
Sin embargo, los exabruptos de López no son compartidos por la totalidad de los dirigentes opositores. En conferencia de prensa luego de los hechos, Henrique Capriles intentó diferenciarse de su ex jefe de campaña, al decir que “la resistencia no crece si nosotros nos planteamos salidas que nunca llevan a nada” , en lo fue un tiro por elevación a López. Allí también afirmó que “nosotros elegimos un camino que para algunos puede ser largo, pero que es seguro” , en relación a sus diferencias tácticas con el dirigente de Voluntad Popular y la estrategia de “calentar la calle” de este último. Misma posición tomó el también opositor Henri Falcón, gobernador de Lara, quien solicitó “madurez política y entendimiento para superar las dificultades en el marco de la diversidad necesaria en la democracia” .
Las diferencias en la oposición conservadora venezolana son cada vez más evidentes. De continuar la tendencia desestabilizadora propiciada por López – conjuntamente con la diputada María Corina Machado – habrá nuevos cruces públicos que repercutirán en la escena política venezolana. El ex alcalde de Chacao cree que son estos días los que le brindarán mayor visibilidad pública, intentando aprovechar esto para no sólo desgastar al gobierno, sino también apostar a posicionarse como futuro candidato presidencial de la MUD, como expresión de un ala “más radical” que se cansó de las sucesivas derrotas electorales del “caprilismo”. Primero, deberá comparecer ante la justicia venezolana, que lo investiga por los lamentables hechos del 12 de febrero pasado.
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