«Com Jesus e São Caetano, vamos ao encontro dos mais necessitados!», o Papa Francisco afirma que os cristãos são chamados a «edificar, criar e construir uma cultura do encontro». E encontrar os mais necessitados não significa dar esmola olhando-os de longe mas fitando-os nos olhos, tocando-os como fazia Jesus. «Ide, procurai e encontrai-vos com os mais necessitados – disse o Papa – mas não sozinhos: com Jesus e com São Caetano!»
São Caetano, fundador da Ordem dos Caetanos ou Teatinos, nasceu em 1480, em Vicenza, de pais ilustres e virtuosos. Logo após o batismo, foi a criança, pela mãe oferecida e consagrada à Santíssima Virgem. Não ficou sem efeito a oração de sua mãe.
Desde pequeno Caetano mostrava grande amor à oração e às obras de caridade. Exemplar em tudo, era entre os companheiros de infância chamado “o Santo”.
A vida de São Caetano, vivida através da pureza e penitência, apresenta ainda outras coisas à nossa consideração, por exemplo, o desapego dos bens terrestres e a confiança ilimitada na Divina Providência. O mal de muita gente é uma preocupação exagerada com as coisas do mundo. Com receio de experimentar prejuízo, não se dão à pena de rezar de manhã e de noite, de ouvir a santa Missa. A atenção está concentrada num ponto só: ganhar dinheiro. Que sem a bênção de Deus nada conseguem, é uma circunstância de que não se lembram. Não devemos pertencer a essa classe de gente. A nossa confiança deve estar em Deus, que veste os lírios do campo e dá alimento às aves do céu. Procuremos primeiro o reino dos céus e tudo o mais nos será dado por acréscimo.
Na arte sacra, São Caetano é representado com um livro e uma cruz nas mãos. Noutros locais e representado com o menino Jesus ao colo.
Três palavras que nunca se devem esquecer em casa: por favor, obrigado, desculpa
«Como é possível viver a alegria da fé hoje?». A pergunta do Papa Francisco serviu de fio condutor à peregrinação organizada pelo Pontifício Conselho para a Família por ocasião do Ano da fé. E à pergunta – que retomava o slogan escolhido para a iniciativa: «Família, vive a alegria da fé» – responderam com a sua presença jubilosa as mais de cem mil pessoas que se reuniram na praça de São Pedro provenientes de 75 países do mundo para participar no sábado à tarde, 26 de Outubro, no encontro de oração e de testemunho, e domingo de manhã na celebração da Eucaristia, ambos presididos pelo Papa Francisco.
Durante a sugestiva vigília do sábado, depois de ter ouvido vários testemunhos de famílias, o Pontífice ofereceu uma meditação centrada nas canseiras e nas dificuldades de todos os dias, sobre a necessidade de comunicar, sobre o peso dos silêncios. «Mas o que mais pesa – admoestou o Papa – é a falta de amor», a ausência de alegria nas casas.
No dia seguinte, celebrando a missa dominical, o bispo de Roma na homilia partindo das leituras traçou três características da família cristã: a oração em comum, a preservação da fé e a vivência da alegria, aquela «verdadeira – explicou – que nos faz sentir a beleza de estar juntos, de nos apoiarmos reciprocamente»; em cuja base está a «presença de Deus» com «o seu amor acolhedor, misericordioso, respeitoso para com todos» e «paciente». Por fim, no Angelus, o Papa pediu para rezar pelas famílias em dificuldade.
Outro aspecto aprofundado pelo bispo de Roma concerniu o sacramento do matrimónio, com a exortação dirigida aos esposos a permanecer unidos “sempre e por toda a vida”, sem “dar importância a esta cultura do provisório que nos transtorna a vida”. A este propósito, o Papa repetiu as três palavras-chave já sugeridas durante a missa no dia mariano de 13 de Outubro passado, “para não lançar pratos” entre marido e esposa: por favor, obrigado, desculpa. Por fim, indicando o ícone da Apresentação de Jesus no templo, colocado ao lado da cátedra, o Pontífice relançou o diálogo entre as gerações, sobretudo entre jovens e idosos, entre avós e netos.