por Marcia Lobo
Esta linda e inocente garotinha de 7 anos é Elizabeth Angela Marguerite Bowes Lyon, que se tornaria rainha da Inglaterra e, depois, quando a filha subiu ao trono como Elizabeth II, passou a usar o título de rainha-mãe – embora os súditos gostassem de chamá-la de “a avó de todos os ingleses”.
Morreu em 2002, com 102 anos e ilibada reputação. Nunca se disse uma única palavra maldosa sobre ela. Agora, porém, um livro inteiro foi escrito para revelar o segredo de sua origem: a digna esposa do rei e mãe da atual rainha seria na verdade filha de uma cozinheira francesa.
Resumidamente, a história é a seguinte: depois de dar três herdeiros ao marido e perder a primogênita (Violet), vítima de difteria em 1893, lady Cecilia Glamis pirou e os médicos proibiram uma nova gravidez, o que na época significava proibir o sexo.
Mas lord Glamis, 14o Conde de Strathmore e Kinghorne, não era homem de abstinências e imediatamente botou olho grande na bela francesa Marguerite Rodiere, que trabalhava ali mesmo, na cozinha da mansão de St Paul’s Waldenbury. Tiveram dois filhos – Elizabeth e David –, adotados pela esposa, o que não chegava a ser raro entre os casais aristocráticos da Inglaterra vitoriana.
A obra que está tirando o sono da família real e “ameaça” ser lançada ainda este mês tem um longo e sugestivo título: The Queen Mother, The Untold Story of Elizabeth Bowes Lyon, Who Became Queen Elizabeth the Queen Mother.
A autora é lady Colin Campbell, mulher indiscreta e habituada com histórias escabrosas que já foi responsável por outras insônias da corte: primeira a revelar ao mundo os podres do casamento de lady Di, escreveu duas biografias da princesa e espalhou o caso de Diana com o rei Juan Carlos da Espanha durante um cruzeiro em agosto de 1986.
Também conhecida como Georgie Campbell, a biógrafa várias vezes não-autorizada é ela própria um escândalo ambulante. Nascida em 1949 na família Ziadie, um dos mais influentes clãs da Jamaica, seu nome de batismo é George William, pois teria nascido com “um defeito físico” que carregou até os 18 anos, quando se operou e passou a se vestir como mulher. Tornou-se modelo em Nova York, fisgou o nobre inglês Colin Campbell (irmão caçula do 12o duque de Argyll), circulou entre a aristocracia durante 14 meses, tempo que o marido demorou para descobrir que “tinha se casado com um travesti”.
Incomparavelmente mais vexaminosa é a saia justa em que a família Windsor está agora. Afinal, se Elizabeth II não sabia da avó cozinheira, foi passada para trás. Se sabia, fez todos os súditos de bobos.
Transcrito do blogue Antes que eu me esqueça de Marcia Lobo. Conheça outras impressionantes biografias