
No Brasil, ninguém sabe, realmente, quanto vão custar os estádios.
Escreve Diego Salgado: Desde a escolha do Brasil como organizador da Copa, o custo das obras dos estádios apresentou quatro valores diferentes. Na escolha das 12 cidades-sede, no dia 31 de maio de 2009, o montante já estava 67% maior que a previsão de outubro de 2007 – passou de R$ 2,3 bilhões para 3,7 bilhões.
No final de 2010, a primeira versão da Matriz de Responsabilidade trouxe outro valor: R$ 5,4 bilhões. Depois de 28 meses, a lista do governo apontava gastos de R$ 7,03 bilhões. Nos últimos meses, contudo, deu-se o maior reajuste no menor período: R$ 950 milhões em apenas oito semanas.
O mais caro
Com o novo valor, o Brasil aumentou a diferença nos gastos em relação às Copas de 2006 e 2010. Os estádios brasileiros, orçados em R$ 8 bilhões, custam duas vezes mais. Na África do Sul, o custo total das dez arenas foi de R$ 3,27 bilhões. Na Alemanha, 12 estádios saíram por R$ 3,6 bilhões.
Custos em agosto de 2013: 7,98 bilhões
Arena da Baixada: 265 milhões
Arena da Amazônia: 605 milhões
Arena das Dunas: 350 milhões
Arena Pantanal: 519,4 milhões
Arena Pernambuco: 529,5 milhões
Beira-Rio: 330 milhões
Castelão: 623 milhões
Fonte Nova: 591,7 milhões
Mané Garrincha: 1,43 bilhão
Maracanã: 1,19 bilhão
Mineirão: 695 milhões
Arena Corinthians: 855 milhões
UM ELEFANTE PERDIDO NA MATA
Faltam acrescentar outros gastos como de mobilidade urbana, e o social, com os horrores dos despejos, na marra, de comunidades. Mais de 250 pessoas sofrerão deslocamentos involuntários. Tal como faziam os nazistas com os judeus.
A Arena de Pernambuco, construída em local de difícil acesso, na mata de São Lourenço, investirá 841 milhões em mobilidade urbana, sendo a principal obra a ligação com o setor hoteleiro, e mais 19,8 milhões com a torre do aeroporto.

ALDO REBELO E OS
“ELEFANTES BRANCOS”

por Helio Fernandes
O ministro do Esporte estava sendo entrevistado ontem no ESPN, num excelente programa, chamado “Bola da Vez”. Os entrevistadores faziam restrições aos gastos elevados com estádios, que custaram fortunas, e não serão aproveitados.
O ministro se irritou, supostos comunistas não gostam de críticas ou contestações. Revidou: “Vocês questionam as arenas (é estádio, ministro), mas não fazem qualquer restrição ao Teatro Municipal, também construído com dinheiro público.
Ah!, ministro, entrou um “elefante branco” no seu conhecimento. O Teatro Municipal, doação T-O-T-A-L do governo da França. É exatamente igual ao Teatro da Opera de Paris. Foi inaugurado em 14 de julho de 1909, o presidente era Nilo Peçanha, que como vice, substituía Afonso pena que havia morrido.
CESAR MAIA-EDUARDO PAES
O próprio ministro do Esporte deveria questionar e imediatamente investigar o que aconteceu com o Engenhão. Na construção e na irresponsabilidade da insegurança do público, “com ventos” até de pouca velocidade, tudo isso muito acima do preço convencionado, na administração (?) Cesar Maia.
A PARTICIPAÇÃO DE EDUARDO PAES
O estádio foi construído para os Jogos Panamericanos de 2007. Com Cesar, lógico. Ia ficar como “patrimônio” popular, tudo desapareceu. Paes foi eleito, tomou posse, logo, logo descobriu que o estádio não tinha segurança, interditou-o cinco anos depois.
Por que tanto tempo? O indispensável para que a empreiteira amiga (dele, de Cesar Maia e de cabralzinho) se livrasse de pagar qualquer coisa.
Agora recomeçam, não ficará pronto para a Copa de 2014. E o custo da “reconstrução”? Alucinante, bem na “cara” de administradores alucinados.
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PS – E por hoje nem quero falar nos gastos espantosos do governador cabralzinho com o Maracanã. E Rebelo como ministro. As denúncias COMEÇAM com o custo de 1 bilhão e 200 milhões, fora todo o resto. É imprescindível que esse “maracanaço” de cabralzinho e os parceiros, seja investigado.