
No Terceiro Mundo não existe sequestro famoso. É coisa banal e corriqueira. Quantos jovens estão desaparecidos no Brasil? Ninguém sabe. Nem a justiça. Nem o governo. Existe até um ditado: negro não morre, desaparece.
No Brasil escravocrata, nas grandes cidades, os negros eram jogados na rua. Como animais mortos.
Os cemitérios dos negros, em nome do politicamente correto, desapareceram. E os negros, e os pobres são enterrados em covas rasas. Depois de um ano são desenterrados, para novos cadáveres ocuparem os sete palmos de terra da reforma agrária brasileira.
Acontece com os países em crise na Europa, e dou Portugal como exemplo: Os parentes esquecem seus mortos nos hospitais. Deixam para o governo a conta do enterro. Que é cada vez mais caro morrer. Principalmente no Brasil, país que, inclusive, promove o tráfico de cadáveres para escolas e transplantes da medicina de vanguarda.
Os prefeitos brasileiros não constroem cemitérios, e apostam na privatização da rendosa indústria da morte.
Ninguém localiza os cemitérios clandestinos – da ditadura militar, do governo paralelo e milícias e justiceiros.
Em um cemitério clandestino, a polícia de Sérgio Cabral enterrou Amarildo.
O sequestrador, o torturador, sempre, sempre é um serial killer e psicopata.
Dez sequestros famosos. Compare as sentenças da justiça.