O Brasil tem uma porrada de centrais sindicais: CUT, CTB, CSP/Conlutas, UGT, Nova Central, Força Sindical e outras e outras.
Elas juntas formam a Central do Brasil, que compreende a região do entorno da estação de trens da Central do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.
Que pretendem estas centrais que realizam greve de teatro?
Criada há 71 anos, a contribuição sindical, um imposto obrigatório que todo trabalhador paga, arrecadou R$ 1,02 bilhão somente em 2010. Embora a maior parte desse bolo vá para os sindicatos (60%), as centrais ficam com 10% do valor – R$ 102,2 milhões no ano passado.
Todo mundo come, sem ter de prestar contas ou aplicar os recursos para finalidades específicas. Segundo os críticos do atual sistema, a cifra bilionária faz com que surja uma verdadeira máquina de arrecadação que faz aparecer do nada, a cada dia, 1,6 novo sindicato no país.
Para pagar este imposto compulsório, cada empregado trabalha um dia de graça, seja sindicalizado ou não.
Transcrevo do blogue de Luis Nassif:
“Se o ritmo de arrecadação do imposto sindical registrado nos últimos anos for mantido, em 2012 os recursos recolhidos e repassados pelo governo federal para sustentar as entidades sindicais vão alcançar a marca de R$ 2 bilhões, consolidando o tributo como a mina de ouro do sindicalismo brasileiro. O volume é quase o dobro do que os sindicatos receberam há quatro anos. Somente entre janeiro e setembro deste ano, sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais já receberam quase R$ 1,7 bilhão, dinheiro que não passa por qualquer fiscalização de órgãos governamentais.
Só o valor repassado às entidades nesses últimos nove meses é o equivalente a todo o dinheiro transferido pelo governo federal às prefeituras e ao governo do Amapá no mesmo período. É na carona dessa arrecadação bilionária que vem crescendo ano a ano o número de sindicatos no Brasil, contrariando uma tendência mundial de unificações e fusões de entidades. Para se ter uma ideia desse crescimento, de 2008 para cá 782 novos sindicatos entraram na lista da divisão do bolo do imposto sindical, uma média de uma entidade a cada dois dias. Eram 9.077 e hoje são 9.859”. Leia mais
Não sei quanto o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco recebe. Nem quanto arrecada de mensalidades. Mas a sede do Sinjope é um nojo. É o único prédio abandonado na Praça Osvaldo Cruz, no Recife, um local super super valorizado no mercado imobiliário.
Com o olho grande nesta dinheirama, a CUT treinou uma máfia especialista em ganhar eleições. Foi o que aconteceu no Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco.
(Continua)