Nem a CGTP nem a UGT vão baixar os braços após a greve geral de amanhã. Até ao encerramento do Parlamento, o Governo vai aprovar um super-pacote de leis que os sindicatos consideram a maior ofensiva de sempre sobre os trabalhadores da Função Pública. Daí que até final de Julho a luta continue em força. Em várias frentes, incluindo o Tribunal Constitucional.
Na passada quinta-feira, a Frente Comum de Sindicatos da Função Pública reuniu-se com juristas. “Ouvimos os especialistas e pensamos que há condições para avançar com pedidos de inconstitucionalidade”, diz ao SOL a coordenadora Ana Avoila. Além do apelo a Cavaco Silva , do encontro saiu também a intenção de mobilizar, para fiscalização sucessiva, os deputados, a PGR e o Provedor de Justiça. Em causa está a lei das 40 horas e a que pode levar ao despedimento de 30 mil funcionários públicos. Para já.
A agenda dos sindicatos está cheia até final de Julho. “Num mês o Governo vai tentar fazer toda a revisão da legislação laboral. Vai ter de haver respostas depois da greve geral, não podemos parar”, justifica Ana Avoila. O sentimento na UGT é idêntico e não estão excluídos entendimentos em mais acções de conjunto. Para a greve geral de amanhã, conjunta às duas centrais, a mobilização em sectores-chave será fundamental para o sucesso.
Crato ajudou a mobilizar
Saúde, transportes e educação são as áreas com mais impacto. A greve dos professores desta segunda-feira deu um bom incentivo. “A predisposição dos trabalhadores para a greve pode alterar-se em dias. E a convocatória para todos os professores irem fazer vigilância mobilizou muitos que não iriam fazer greve. As pessoas sentiram que estavam a ser usadas pelo Governo para um ‘trabalho sujo’”, diz Ana Avoila.
Predisposição para a greve de amanhã haverá também no sector da saúde, por causa do “despedimento de médicos e auxiliares” e os trabalhadores dos transportes e portos.
O diploma que seguirá para a AR para fazer o levantamento de todos os subsídios e remunerações complementares tem um objectivo: “Preparar cortes de vencimentos na Função Pública”. A uniformização de tabelas salariais, diz Ana Avoila, vai atingir fortemente quem trabalha por turnos e quem recebe subsídios de risco. (Sol)
Olá, Thalis,
Divido minha morada com Portugal, e com prazer vejo um antigo companheiro e, até co-parente, engajado com Portugal, muito legal ver que continua o mesmo que conheci ai pelos 18 anitos..em outros carnavais natalenses