O chanceler Héctor Timerman quebrou o silêncio da Argentina sobre a morte da ex-premiê britânica Margaret Thatcher. Nesta quinta-feira, em entrevista a uma rádio argentina, o ministro reagiu às notícias de que a família da ex-primeira-ministra teria vetado a presença de representantes do governo argentino no funeral marcado para a próxima quarta. Timerman considerou a decisão “mais uma provocação” dos britânicos. E desdenhou: “Por que eu me importaria em ser convidado a um lugar ao qual não planejo ir?”
O governo de Cristina Kirchner assumiu um discurso de reivindicação da soberania do arquipélago, invadido pela Grã-Bretanha desde 1833, que provoca ranger de dentes entre os dois países. Neste cenário, o jornal inglês The Telegraph publicou que familiares da ex-premiê consideraram “inadequada” a presença de Cristina ou de outros membros do governo argentino no funeral. A cerimônia terá como tema exatamente a Guerra das Malvinas, segundo informação do governo britânico.
[Transcrito da revista Veja, que diviniza a “dama de ferro”, para a imprensa imperialista; e “ladra de leite”, para a maioria dos ingleses. É verdade, o governo argentino guardava um respeitoso silêncio, não devido.
Fazer propaganda da Guerra das Malvinas constitui um abuso que ofende toda a América do Sul, pela presença bélica do Reino Unido no Continente.
A política nefasta neoliberal de Thatcher tirou do povo importantes direitos. Uma política direitista que teve seguidores nas ditaduras do Cone Sul, e que ameaça hoje a Europa do euro.
A polícia inglesa teme protestos em Londres. O inglês não é o brasileiro que esquece a perversidade dos seus governantes. O povo vai para as ruas, durante o funeral, para se vingar da “bruxa” e denunciar o mito forjado pela propaganda da globalização].

A pólvora, a traição e o ardil;
por isso não vejo porque esquecer;
uma traição de pólvora tão vil”