O governador e o assassinato do juiz

Por Laerte Braga
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Juiz Alexandre Martins de Castro Filho
O extinto estado do Espírito Santo serve de exemplo para definir um lugar onde tudo o que acontece em Minas, São Paulo, Maranhão, etc, acontece por ali em termos quase absolutos.
O ex-governador Paulo Hartung é a soma de toda a podridão que se possa imaginar possível. Passou oito anos servindo aos donos do estado (ARACRUZ, SAMARCO, CST e outros menores). Qualquer ato de corrupção ou de barbárie imaginável ou inimaginável o ex-governador praticou.
O juiz federal Alexandre Martins investigava no extinto Espírito Santo o crime organizado. Começa no Palácio do governo, o que já é complicado, passa pelo Tribunal de Justiça e tem ramificações profundas na Assembléia Legislativa e bancada federal.
Um estado que foi governado por Gérson Camata, não sei quantas vezes senador, sócio em negócios familiares de Aécio Neves, não pode imaginar nada positivo. A não ser que seja para ele e seus “negócios”.
Como no estado do Rio o último governador decente foi Leonel Brizola, de lá para cá só bandido. No Espírito Santo a exceção de Max Mauro e Vítor Buaiz, o resto – resto mesmo – dá nó em pingo d’água e desentorta banana em matéria de banditismo.
O juiz Alexandre Martins foi assassinado. Na manhã de 24 de março de 2003 foi executado numa rua da cidade de Vila Velha, Grande Vitória. Alexandre Martins de Castro Filho. Estava levantando fatos e dados incômodos a Paulo Hartung e seus cúmplices – os donos do estado –. Decidiram executar o juiz, contrataram o ou os assassinos e pronto. Pagamento feito, tarefa cumprida, missa de sétimo dia marcada.
Uma história de horror contada por veículos independentes de mídia como o jornal on line Século Diário, mas mantida dentro de um cofre de atrocidades guardado a sete chaves por Paulo Hartung e sua quadrilha. Nisso daí, inclusive, o silêncio covarde do pai do juiz. Diga-se de passagem também magistrado, digamos assim. É muita esculhambação com a palavra, mas vá lá.
O coronel PM Carlos Augusto de Oliveira Ribeiro, presidente da Associação da PM e do Corpo de Bombeiros no extinto Espírito Santo, denunciou, sem meias palavras, que o ex-governador Paulo Hartung (…) foi o mandante do crime.
A Justiça essa então! Metade do Tribunal de Justiça do extinto estado foi presa numa operação da Polícia Federal. A turma da venda de sentenças e outras fraudes, como sentar em cima de processos, etc, etc. A Assembléia? Olhe, onde existe um Carlos Verezza, ou um Genivaldo Lievori não vai a lugar nenhum que não show. Leia mais 

Publicado por

Talis Andrade

Jornalista, professor universitário, poeta (13 livros publicados)

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