O impacto do resgate da Bankia, de mais de 23 mil milhões de euros, está a sentir-se nos mercados, com o risco da dívida espanhola a atingir níveis recorde e a cotação da entidade a abrir a cair quase 27%
Aparentemente, devido a receios sobre a capacidade do Governo espanhol para resolver, sozinho, os resgates no sector bancário, que o jornal El Mundo estima hoje poderem, globalmente, custar 50 mil milhões de euros.
Em causa está, particularmente, a situação das entidades Catalunya Caixa, Nova Caixa Galicia e Banco de Valencia, que foram alvo de intervenção do Estado, e que o Governo pode não conseguir agora “vender” sem antes sanear as contas.
Uma situação que, a somar-se aos elevados défices das comunidades autónomas e às suas dificuldades em financiamento, podem, segundo o jornal, empurrar o executivo a aceder ao Fundo de Resgate europeu para salvar a banca.
Bankia passou de lucro de 300 milhões a prejuízo de 3000 milhões
Depois de ter a negociação em bolsa do Bankia ter sido suspensa na sexta-feira – à espera da reunião do Conselho de Administração, que solicitou um resgate adicional de 19 mil milhões de euros (a somar aos 4465 milhões de euros já injectados na Bankia –, os investidores voltam a penalizar o banco.
Na abertura da sessão, e depois de retomar a negociação, as acções da Bankia caiam 26,75%, para 1,150 euros, com um valor ainda acima do atribuído por vários investidores, alguns dos quais falam já de um “preço objectivo” de 0,20 euros.
A situação da entidade é asfixiante e, por isso, o Conselho de Administração do Bankia corrigiu as suas contas de 2011, que passam de um lucro de 309 milhões para um prejuízo de 3000 milhões de euros.
O Bankia é o banco de Espanha mais exposto ao sector imobiliário em crise, com uma carteira sectorial de 37.500 milhões de euros, problemática na sua quase totalidade (31.800 milhões), devido à incerteza do seu valor, por corresponder a situações como crédito malparado ou casas penhoradas.
Hoje deverá ocorrer o mesmo com a holding da Bankia, a BFA, que também deverá rever as suas contas de 2011, acumulando as perdas do Bankia e ainda perdas adicionais. Analistas antecipam que será o pior resultado de sempre de um banco em Espanha.
Con el dinero que va a inyectar el Gobierno a la Banca se podrían crear 10 millones de cooperativas
por Javier Parra
Permítanme unas breves reflexiones.
Leo en la edición de éste lunes de El Mundo que el Gobierno de España va a inyectar otros 30.000 millones de euros a la banca, que se suman a los 23.000 millones de euros que irán a parar a Bankia. En total son 53.000 millones de euros. Cuando lo he leido me he puesto a hacer un sencillo cálculo de qué uso se podría dar a esos 53.000 millones de euros para reactivar la economía de una manera distinta a la de rescatar a los culpables de ésta crisis, o mejor dicho de éste saqueo.
¿Qué coste tiene crear una pequeña empresa? Digamos cooperativa. El coste es mínimo, apenas unos 500 euros. Sumémosle un pequeño capital para empezar a funcionar de unos 5.000 euros para adquirir material y lo necesario para los primeros trabajitos. Esto hacen 5.500 euros.
Si dividimos 53.000 millones de euros entre 5.500 euros nos salen aproximadamente… 9.600.000 empresas que podrían crearse, por ejemplo concediendo microcréditos a interés 0%.
Pero no me hagan mucho caso, yo no soy economista.
Aunque esperen, vamos a hacer otro cálculo. ¿Cuantos parados hay en España? 5.700.000 más o menos. Las cooperativas están compuestas como mínimo por 3 personas, esto quiere decir que con 1.900.000 de cooperativas se podría dar trabajo a todos los parados. Otro simple cálculo dividiendo 53.000 millones entre 1.900.000 cooperativas nos dirá que podríamos crear todas esas cooperativas con un capital inicial de 27.900 euros cada una.
Pero no me hagan mucho caso, yo no soy economista.