Justiça. Depois de um incêndio criminoso no TRT-RJ, outros palácios ameaçados

Em 8 de fevereiro de 2002, ano dos milionários e misteriosos depósitos, tocaram fogo em quatro andares do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. O incêndio foi criminoso. A conclusão é de peritos da Polícia Federal e do Corpo de Bombeiros.

Incêndio criminoso no TRT-RJ
Incêndio criminoso no TRT-RJ

O prédio do TRT-RJ transformou em cinzas cerca de 11 mil processos prejudicando 100 mil pessoas, segundo levantamento do Tribunal Superior do Trabalho.

Escreve Paulo Peres

Rachaduras no Tribunal de Justiça

podem causar outra tragédia


Pode acontecer outra tragédia no Rio de Janeiro, pois o edifício anexo III do Tribunal de Justiça do Rio, que foi inaugurado em 8 de dezembro de 2006, apenas seis anos depois já começa a apresentar problemas na estrutura, tanto que somente os serventuários permanecem trabalhando no local, uma vez que todos os magistrados que estavam instalados lá foram transferidos para o 12º e 13º andares do anexo II.

A assessoria do Tribunal nega, mas funcionários, advogados etc, que trabalham ou frequentam o local, dizem que as rachaduras nas paredes são visíveis e as que estão surgindo são de proporções consideráveis.

O perigo está à vista e nos próximos dias haverá visita da Defesa Civil para avaliar o estado do prédio, com participação de engenheiro calculista para dimensionar o risco provocado pelas rachaduras nos oito andares do prédio, onde funcionavam 20 Câmaras Cíveis, 110 gabinetes de desembargadores, 22 secretarias e 12 salas de sessões, além das bibliotecas do tribunal e da Escola da Magistratura.

Vale ressaltar que o prédio foi erguido pela velha conhecida Delta Construção, uma das campeãs em contratos com o estado, e custou a bagatela de R$ 60 milhões. E a Delta continua lá, tocando as novas obras do Tribunal.

Fundos do TJ-RJ
Fundos do TJ-RJ
O palácio do Tribunal de Minas Gerais também ameaçado.

TJ-MG descarta risco de desabamento e

servidores trabalham com medo

Descarta o perigo mas, para aliviar a carga do prédio, o tribunal afirmou que desde o dia 10 de fevereiro adotou providências de retirada e remanejamento de autos de processos. Segundo a assessoria do tribunal, os processos em tramitação vão ficar no subsolo do prédio e os baixados vão ser transferidos para o arquivo, em outra unidade da Justiça.
Funcionários ameaçam nova greve.
A primeira foi de advertência. 

Publicado por

Talis Andrade

Jornalista, professor universitário, poeta (13 livros publicados)

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