A «Iniciativa para Uma Auditoria Cidadã à Dívida Pública» (IAC) participa hoje da greve geral e apresenta-se em Faro, amanhã, às 18h, na Livraria Pátio de Letras.
A sessão conta com a presença de Ana Benavente, Martins Guerreiro, Isabel de Castro e Mariana Mortágua, que irão descrever a natureza do movimento, o seu processo de formação e organização interna, as linhas de acção e estratégia, desenvolvendo os fundamentos e a justificação para uma auditoria cidadã à dívida pública portuguesa.
Esta iniciativa da IAC visa, além da divulgação de informação sobre as investigações em curso e sobre o processo de cooperação internacional, a dinamização regional do movimento e a sua articulação com outras ONG interessadas no problema da dívida pública.
É chegado o momento de conhecer o que afinal é esta dívida, de exigir e conferir a fatura detalhada. De onde vem a dívida e porque existe? A quem deve o Estado? Que parte da dívida é ilegítima e ilegal? Que alternativas existem para resolver o problema do endividamento do Estado? Tudo isso incumbe a uma auditoria à dívida pública. Uma auditoria que se quer cidadã para ser independente, participada, democrática e transparente.
Desmistificar todo o discurso, que afinal só é novo na Europa: «é inevitável», «andámos a viver acima das nossas possibilidades», «agora temos que trabalhar a sério», «somos preguiçosos». Todos conhecem de cor estas frases mentirosas.
Saber como se dá a volta à «inevitabilidade». Como é que aconteceu no Brasil, na Argentina, como está a acontecer agora na Grécia.
Quando somos chamados a pagar, temos direito a saber o quê, a quem, quais as condições, de que nos serviu a nós, população, esse dinheiro — e se não nos serviu, quem se serviu dele e porque estamos nós a pagá-lo?
No Brasil todo este serviço sujo já foi feito: