O Brasil não acredita em espionagem. Nem liga para os serviços de espionagem dos satélites articiais. Noutros países, satélites espias são derrubados.
Para se encontrar regiões que provavelmente tenham petróleo, dispomos hoje de satélites artificiais e fotos tiradas de aviões.
Nas regiões onde se formou o petróleo houve dobramento do subsolo ocasionando a formação de cavidades. As fotos dos satélites e dos aviões demonstram essas cavidades. Assim sendo, os técnicos vão ao local e através de aparelhos sofisticados verificam a probabilidade de haver ou não petróleo na determinada região.
Em caso positivo monta-se a plataforma marítima ou terrestre de petróleo.
Desde o mês de novembro do ano passado a família do senhor Sebastião Batista Dias está cavando um poço nos arredores de sua residência, localizada no Sítio Calisto, zona Rural do município de Água Branca. No poço, que tem 4,70 m de profundidade começaram a aparecer pedras manchadas por uma borra preta, o que os moradores acreditam ser petróleo.
“Ninguém consegue ficar muito tempo lá embaixo, porque o cheiro é muito forte” disse a filha de seu Sebastião. O fato curioso da historia é que a família começou a cavar o poço à pedidos de Dona Nelcina, uma paulistana que nunca veio a Paraíba e que nem conhecia os agricultores. Segundo Dona Cecí Maria da Silva (48), esposa de seu Sebastião, a Dona Nelcina tem poderes psíquicos e teria indicado com precisão o local da escavação.
“Ela nunca veio aqui e sabia exatamente onde estava o pé de algodão e onde deveríamos cavar” disse Dona Cecí. Uma amostra da borra encontrada nas pedras foi enviada para São Paulo para ser analisada. Segundo a família foi constatado que se tratava realmente do petróleo.
Essa área, disse Ferreira, seria uma extensão da bacia do Apodi, região produtora de petróleo com 15 mil km2, localizada no Estado vizinho do Rio Grande do Norte.
Com base nessa suposição, o diretor da CDRM acredita que as possíveis jazidas paraibanas possam produzir até 20 mil barris por dia. “Evidentemente, não seria uma produção de impacto nacional, mas, para a região, representaria a estabilização”, afirmou.
De acordo com ele, os seis municípios localizados na bacia do Rio do Peixe e os agricultores receberiam royalties pela exploração do petróleo em suas terras.
Até agora, porém, ninguém sabe nem sequer onde estariam as jazidas. O único estudo realizado na área, disse Ferreira, foi feito pela ANP (Agência Nacional de Petróleo), a pedido do governo estadual. O objetivo era detectar sinais de gás e óleo no solo.
Na pesquisa, afirmou, a potencial região produtora foi mapeada e dividida. De locais determinados, foram retiradas 1.800 amostras de terra a uma profundidade média de 70 cm. As amostras foram enviadas para análise no Rio de Janeiro e nos Estados Unidos, que “confirmaram os indícios”.